A realidade a
que os impressionistas se referem têm características realistas, indo
em direção a objetividade, porém a impressão que os escritores têm dessa
realidade é subjetiva, sendo muitas vezes guiados pela intuição, características
do simbolismo. Isto tudo fez com que o Impressionismo tivesse caráter
conflitante e ambíguo.
A principal manifestação do Impressionismo foi o revigoramento
do nacionalismo, na busca dos aspectos regionais no conto e no romance,
tornando-se um pré-modernista.
O termo Impressionismo veio da pintura, onde designa o movimento
artístico da segunda metade do século XIX, originado na França por Monet,
Renoir, dentre outros, o qual se baseava no fenômeno da percepção. Para
eles, não era fundamental representar o objeto com detalhes e minúcias,
mas sim, reter as impressões imediatas que o objeto causasse na sua alma.
O quadro que desencadeou o movimento foi Impresssion, de Monet.
O Impressionismo se caracterizou por ser um estilo fundamentalmente
sensorial, no qual a natureza não era vista de forma objetiva e sim, interpretada
(o que valia era a verdade do artista). Nele houve a valorização do anacoluto,
da metáfora, da comparação e o uso de formas verbais como o gerúndio,
o imperfeito do indicativo, o infinitivo precedido pelo "a", e outras,
dando a idéia de continuidade da ação (aspecto permansivo).
Como o Impressionismo não foi propriamente uma escola, mas
sim uma atitude na expressão, suas manifestações surgiram em diversas
épocas e, no Brasil, podem ser notadas suas características na obra de
autores como: Raul Pompéia (Naturalismo); Euclides
da Cunha e Graça Aranha (Pré-Modernismo);
e Guimarães Rosa (Modernismo).
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