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Obras de grandes dimensões

 

Fresco no transepto da basílica de S. Eugénio, em Roma (1951)

 

Altar votivo de Nossa Senhora de Fátima

 

Excertos de "A Voz" de 4 de Junho de 1951

        Roma,2 - O pintor Martins Barata, a propósito da capela de Nossa Senhora de Fátima, hoje inaugurada por Sua Santidade com a igreja de Santo Eugénio, onde figura, declarou-nos:

        "Fátima não tem uma história que possa interpretar-se, plasticamente, além da própria aparição. Por esse motivo, o tema da decoração do altar da Madonna di Fátima, na igreja de Santo Eugénio, em Roma, não se podia fraccionar em predelas e formelas à velha maneira toscana e umbra. A decoração devia ocupar um espaço com as ingratas medidas de cinco metros de largura por onze de altura. A citada impossibilidade de parcelar este espaço, o que seria, artisticamente, mais indicado, apresentou-se como uma grande dificuldade a vencer; mas a indispensável composição una foi estudada e a solução que se encontrou   mereceu ser recebida com aprazimento pelo Vaticano."

        Martins Barata prossegue, descrevendo a traços breves mas completos, o que é a nova capela:

        "A Virgem, representada num belíssimo alto relevo do mestre Leopoldo de Almeida, aparece-nos, ao centro do grande fresco de Martins Barata, no halo luminoso do céu de Fátima, sobre a azinheira, aos olhos maravilhados dos pastorinhos. Acompanham-na quatro santos portugueses: Santo António, a Rainha Santa, S. Nuno e S. João de Deus. Conduzido por dois anjos docemente impetuosos, aproxima-se, dos dois lados, o povo de Portugal, representado pelas suas serranas, seus pescadores, seus pastores, operários e estudantes."

 

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E acentua depois:

        "A composição apresenta-se com uma grande unidade cromática e linear, ligando-se bem a claridade da estátua à claridade do céu, a cor quente das pinturas à cor quente das robustas molduras de travertinos claros e escuros que as circundam; a  estátua, monocroma, num belo mármore de Vila Viçosa tem a modelação a um tempo suave e forte que compensa a uniformidade da sua cor - e a pintura, sempre apenas no plano da parede, tem o vigor bastante para acompanhar a modelação da estátua, sem lhe sobrepor em importância (...). O frontal, na cerâmica de Jorge Barradas, que representa uma Anunciação, afina também a sua cor com a do fresco, apresentando-se com a justeza de tons e a finura de modelação necessárias para sublinhar, sem estridências, a alvura dos mármores, também portugueses do altar, o qual se destaca assim suave mas nitidamente, como lhe compete, do conjunto da decoração."

 

 

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