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Obras de grandes dimensões

 

Exposição do Mundo Português (1940)

 

Painéis no Pavilhão de Lisboa.

Os painéis foram executados sobre tela, pintados a cera e a óleo, com técnica rudimentar. São substancialmente grandes ilustrações, mas o efeito é poderoso. As telas, acabada a exposição, foram ainda vários anos conservadas numa arrecadação municipal e depois levadas para o salão nobre da Casa da Alfândega, no Porto.

Afonso Henriques cercou e tomou Lisboa aos Mouros em 1147

Painel da esquerda: Painel do centro: Painel da direita:
O ataque dos colonenses pelo oriente

Submissão dos chefes mouros ante o rei e a sua gente,

no acampamento português

O ataque dos ingleses pelo ocidente

Neste tríptico podem identificar-se no painel central, à direita de D. Afonso Henriques e atrás do bispo,

os olissipógrafos Vieira da Silva, Roque Gameiro e Augusto Castilho.

 

 

O Mestre de Aviz defendeu Lisboa no cerco castelhano em 1384

Painel da esquerda: Painel do centro: Painel da direita:

Morte de Rui Pereira no combate naval

O Mestre e Nuno Álvares Pereira

entre o seu povo e cavaleiros,

depois da partida do rei de Castela

Peleja numa galé junto das muralhas

Neste tríptico podem identificar-se no painel central, à esquerda do Mestre e atrás de um nobre,

os olissipógrafos Leitão de Barros, Matos Sequeira, Norberto de Araújo, Cristino da Silva (e Pastor de Macedo?).

 

Algumas curiosidades:

        O aspecto rude das telas, deve-se ao facto de terem sido feitas em sisal, na CUF, então fabricante de telas para as velas das fragatas do Tejo, pois não se fabricavam telas para pintura com estas dimensões (telas únicas, sem costuras).

        As telas foram pintadas com tinta preta (de óleo). Por não haver no mercado de então tinta suficiente, esta foi moída propositadamente, na Casa Varela, de Lisboa, e colocada em várias latas com um dispositivo inovador na altura, de saída da tinta pela parte inferior da lata, quando se pressionava a tampa.

        No entanto, esta tinta, por ser de óleo, era brilhante, e daria certamente vários reflexos de luz no local onde ia ser colocada. Para evitar este efeito não desejado, a tinta foi misturada com cera e aguarrás, para conseguir o aspecto mate que têm as telas.

        Em 1940, Martins Barata não dispunha de atelier onde pudesse pintar telas deste tamanho. Por isso, teve de as pintar numa sala da sua casa em Campolide. As telas eram enroladas em dois grandes rolos de madeira, que foram suspensos nas aduelas de duas portas. À medida que desenrolava de um lado, enrolava do outro. Como consequência disso, só pôde ver o resultado final quando as telas foram desenroladas e montadas na própria exposição de 1940.

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Para a Exposição do Mundo Português, Martins Barata realizou também, entre outros trabalhos:

    - naus para a torre do pavilhão de Lisboa.

    - padrão central para a sala de honra do pavilhão de Lisboa.

    - 6 cartões para diaporamas  para as galerias A e B do pavilhão de Lisboa (o Tejo nos Séc. XIV, XVI e XVIII e Lisboa nos Séc. XIV, XVI e XVIII).

    - 12 cenas-palco para a sala do pitoresco do pavilhão de Lisboa (panoramas de bairros de Lisboa).

    - frisos das legendas para a sala de honra do pavilhão de Lisboa

    - composição alegórica de Lisboa para a sala de S. Vicente do pavilhão de Lisboa.

    - cartões para baixo-relevo do pátio do pavilhão de Lisboa (fundos de casario lisboeta do Séc. XVII):

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(Maquete)

m01-relevo2.jpg (11485 bytes)

 

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