DA FOLHA VALE
Rogério ficou preso na cadeia
do município. Por ter curso superior, o advogado está em prisão
domiciliar, já que o local não tem
cela especial.
Segundo a polícia, o crime ocorreu depois que as irmãs Laís Maria de Fátima, 20, e Thaís de Fátima de Carvalho Rodrigues,18,
deixaram a papelaria do advogado, sem comprar nada. Elas disseram que pai e filho teriam desconfiado de furto.
Laís informou que foi agarrada
de volta ao estabelecimento. Um
dos vizinhos, que não quis se
identificar, afirmou que uma das
garotas foi agredida dentro da loja. O vizinho diz ter chamado a
polícia, como registra a delegacia.
Em seguida, pediram um item
que não haveria na papelaria,
conforme teria dito o balconista.
""Elas começaram a ofender o
balconista e saíram da loja, só que
antes jogaram um balcão no chão
e pegaram dois pacotes de cartões, dizendo que não
iriam pagar", acusou o advogado.
A polícia de Campos do Jordão
(SP) prendeu anteontem o advogado e comerciante Ivo Teixeira
Pinto, 65, e seu filho Rogério Flores Pinto, 35, sob acusação de racismo contra duas garotas negras.
A pena para o crime de racismo é
de um a três anos de prisão.
As irmãs afirmaram à Folha que
pediram uma folha de sulfite.
"Rogério disse que "não gostava
de negrinhas" na loja. O pai dele
nos chamou de "putinhas"", acusaram.
Outro lado
O advogado afirmou que elas
entraram na loja e ficaram cerca
de 15 minutos mexendo nas prateleiras.