SIMBOLISMO ANIMAL


Também os animais eram objeto de culto e veneração entre os galos. Alguns grupos tribais utilizavam o nome próprio de um determinado animal para, assim, mostrar-lhe a veneração e o culto devidos. Por exemplo, a tribo dos "Tauriscí" recebia esse nome porque os seus componentes estavam considerados como "os homens e mulheres do Touro". Os "Deiotarus" pertenciam ao grupo do Touro deífico. Os "Lugdunum" eram chamados assim porque habitavam na colina do corvo. Os "Ruidiobus" apareciam associados com o javali e o cervo. A tribo dos "Artogenos" era um povo ligado à existência de animais como o urso. E até havia uma deusa que recebia o nome de "Artío", e aparecia representada com a figura de uma ursa. A verdade é que existem numerosas representações artísticas que mostram a importância que, entre os celtas, adquiriria o totemismo animal. Existia também, uma abundante espécie de legislação não escrita, que é uma conseqüência direta desta consideração sagrada dos animais, pela qual os povoadores celtas se mostrarão escrupulosos à hora de conseguir os seus alimentos. Por exemplo, entre os celtas não se consumia carne de cavalo, dado que este era um dos animais considerados sagrado e exclusivamente destinados a trabalhos bélicos. Certos animais, como a lebre, eram utilizados pelos povoadores galos com fins relacionados com a predição profética e a visão futura. Também o frango, o galo e a galinha eram animais venerados pelos galos e a sua carne não podia comer-se.