POBRE JOÃO
Um dia, ofereceram a João
uma erva pura e cheirosa
que daria a visão
de um mundo cor-de-rosa.
Ele experimentou, gostou
e viajou;
viu balões coloridos,
carroséis, duendes e fadas,
pura ilusão, pobre João!
de repente, os balões,as fadas
e duendes
se fizeram serpentes
e então, João apavorado,
quis voltar pro seu mundo,
a erva era maldita
como agora se tornara sua vida,
e João se perdeu nos caminhos,
sua cabeça rodou
como um moinho de vento
e ele não quis mais se encontrou.
Um furto aqui, um assalto ali...
Atrás da mesa,
um senhor distinto,
que chamavam Sua Excelência,
bateu o martelo
e lhe deu uma sentença:
des anos de prisão,
podre João!
Não entenderam que os trocados
que roubara na padaria
eram pra comprar a erva
que lhe deram
ali na escola, perto de todos,
em pleno dia, na portaria.
Denise Torres
(reservado direitos autorais)
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Webmaster Eloisa
eloisa39@iname.com
Um dia, ofereceram a João
uma erva pura e cheirosa
que daria a visão
de um mundo cor-de-rosa.
Ele experimentou, gostou
e viajou;
viu balões coloridos,
carroséis, duendes e fadas,
pura ilusão, pobre João!
de repente, os balões,as fadas
e duendes
se fizeram serpentes
e então, João apavorado,
quis voltar pro seu mundo,
a erva era maldita
como agora se tornara sua vida,
e João se perdeu nos caminhos,
sua cabeça rodou
como um moinho de vento
e ele não quis mais se encontrou.
Um furto aqui, um assalto ali...
Atrás da mesa,
um senhor distinto,
que chamavam Sua Excelência,
bateu o martelo
e lhe deu uma sentença:
des anos de prisão,
podre João!
Não entenderam que os trocados
que roubara na padaria
eram pra comprar a erva
que lhe deram
ali na escola, perto de todos,
em pleno dia, na portaria.
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