Internacionalização da Amazônia
LUIZ GUILHERME MENEZES LOPES
Subtenente do 63º Batalhão de Infantaria (Florianópolis-SC)

Atualmente fala-se muito do interesse que os países desenvolvidos têm em internacionalizar a Amazônia. Obviamente, tal intenção não poderá ser concretizada sem o uso de uma força bélica internacional e sem o respaldo da Organizaçãodas Nações Unidas. Será que China e Rússia, dois dos cinco membros permanentes da ONU, concordariam com essa idéia ?

Paradoxalmente, as Forças Armadas brasileiras têm se pronunciado incansavelmente sobre a necessidade de se ocupar o espaço amazônico, principalmente com o deslocamento definitivo de tropas de locais onde a segurança não se faz tão necessária, como as localizadas em pequenas cidades do interior da regiões Sudeste e Sul do país, por exemplo.

Com relação à utilização de armamentos mais adequados num suposto  conflito internacional, creio que o Brasil levaria grande desvantagem, isso pelo fato de que existem hoje nos países desenvolvidos armas fabricadas com tecnologiaavançadíssima.

Muito bem, mas como as nossas tropas poderiam resistir ou combater à suposta invasão do inimigo internacional se possuímos armamentos e equipamentos muito menos sofisticados que os dele ? Creio que teríamos que utilizar as velhas e ainda não ultrapassadas táticas de guerrilha, a exemplo do que ocorreu na Guerra do Vietnã.

Para o norte-americano Bevin Alexander, autor do livro "A Guerra do Futuro", publicado pela Bibliex, jamais uma tropas de uma nação subdesenvolvida poderão engajar-se em combate com tropas de uma nação mais desenvolvida, sob pena de perder a guerra num período de tempo muito curto, a exemplo da humilhante derrota iraquiana na Guerra do Golfo, ocorrida em 1990. As tropas dos países tecnologicamente avançados são muito bem aparelhadas e equipadas, ao contrário das forças dos países subdesenvolvidos, que fazem um esforço tremendo para manter os seus soldados pelo menos nas mínimas condições de combate.

A solução apontada por Bevin Alexander, resume-se, então, na guerra de guerrilha, onde as tropas da nação mais pobre, sem entrarem em contato com as tropas inimigas mais fortes, possam causar o maior número de baixas e desgaste físico e psicológico possíveis. Dessa forma, pode-se concluir que no caso de uma invasão estrangeira à Amazônia, nossas tropas estenderão a guerra de guerrilha ao maior período de tempo possível, de forma que possam causar o maior número de mortes do lado inimigo, desgastar o espírito combativo dos adversários, imprimir-lhes um gasto oneroso aos cofres das nações interessadas no conflito, e por conseguinte, chamar à atenção da comunidade internacional para o respeito à soberania dos povos oprimidos.

Na minha forma de ver as coisas, creio que só assim a nação brasileira poderiaenfrentar supostos invasores estrangeiros sem perder a soberania sobre a nossa imensa e rica Região Amazônica. É claro, que no caso de uma invasão, o preço a ser pago pelos nossos irmãos compatriotas e pela sociedade brasileiraseria muito alto.

Para evitar mal maior, é necessário que todos os brasileiros cultuem os valores nacionais tão bem defendidos pelas nossas Forças Armadas. Afinal, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, são o baluarte de nossa Pátria amada,e por conseguinte, de nossa liberdade e soberania nacional.


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