Melhor visualizado em Internet Explorer 4.x em 800 por 600 ou superior

 

 

 

 

 


VOLTAR PARA A PÁGINA 37

 

Modelos de Perfeição

 

Miniaturas em Catástrofes

 

Abaixo comentaremos alguns exemplos de miniaturas em catástrofes, já que são bastantes usadas para esse fim. Da mesma forma que nas outras situações, os exemplos abaixo não são a única forma de se fazer a cena, são apenas exemplos das diversas maneiras. Com relação a miniaturas e explosões, elas serão abordadas na secção Pirotécnica da MSFX.

 

Tempestades

Para o filme Duro de Matar 2, os artistas de efeitos especiais da ILM usaram uma miniatura de avião de passageiro para uma cena em que o avião está numa tempestade. Para simular esta tempestade, eles usaram potentes ventiladores e máquinas de fumaça que expeliam vapor de óleo mineral. Os ventiladores jogavam ar de 8 a 16 Km/h. As máquinas de fumaça produziam nuvens de fumaça que se espalhavam por uma área de 30 metros de largura por 400 metros de comprimento.

 

Para a cena de Exterminador do Futuro 2 em que aparece o holocausto nuclear sobre uma cidade no sonho de Sarah Connor, as miniaturas foram a solução para conseguir este efeito. Para simular a tempestade de radioatividade arrasando a cidade e arremessando os carros, foram usadas miniaturas de cidade e de carros. A Forward Productions dos irmãos Skotak usou fortes canhões de ar para arremessar miniaturas leves de carros. Em outros, foram usados cabos para puxar os carros e palmeiras e assim parecer que foi a tempestade radioativa que arrastou tudo. Esses carros foram construídos com partes soltas e mal conectadas (portas, porta-malas, tetos, etc) para que, ao serem arremessados e puxados, eles se desmontassem, dando mais realce à violência da cena.

 

 

Terremotos

Normalmente para simular terremotos usando miniaturas, os artistas de efeitos usam uma técnica conhecida como "cenário quebrável". Nesta técnica, o mini-cenário é montado sobre uma plataforma que tem um apoio desmontável afim de que ele se desabe. É como se a miniatura fosse montada sobre uma mesa em que um dos pés da mesa não é fixo totalmente e possa ser deslocado, derrubando-se a mesa.

 

No filme Terremoto de 1975, foi mostrada a destruição de Los Angeles por um terremoto avassalador. Como filmar em cenários reais ficaria muito caro e representaria um risco para os atores, foi preciso encontrar um solução para representar a destruição pelo terremoto. A equipe de efeitos especiais liderada por Glenn Robertson encontrou nas miniaturas a sua resposta. Os modelos foram construídos em escala 1:6 pois os testes provaram que objetos deste tamanho pareceriam mais reais para a câmera, especialmente se filmados em alta velocidade. Isso quer dizer que seria filmado mais depressa mas quando projetado na velocidade padrão pareceria mais devagar dando sensação de maior peso às miniaturas. Réplicas de todos os marcos de Los Angeles foram construídas com exatidão de detalhe e depois seriam completamente destruídas. Até os mini-cestos de lixo tinham mini-papéis enrolados e outras coisa. Para alguns prédios mais ao fundo só as fachadas foram construídas, ou seja, só as frentes apoiadas em suportes. Para que as miniaturas fossem destruídas completamente, elas já eram pré-cortadas e pré-quebradas. Depois elas eram destruídas usando técnicas de cenário quebrável, ou seja, eram tirados os pontos de apoio destas miniaturas para que desabassem. Ou seja, como eram montadas em plataformas tipo mesa, eles retiravam um dos pés da mesa para que ocorresse o desabamento.

 

No filme Fuga de L.A., o início do filme mostra um enorme terremoto aterrorizando Los Angeles. Para obter essa cena o supervisor de efeitos especiais da BVVE (Buena Vista Visual Effects), Michael Lessa, usou 2 técnicas: computação gráfica e miniaturas. Para a cena em que um edifício todo de vidro desaba, foi usada computação gráfica, já que uma miniatura grande feita toda de vidro ficaria muito cara. Para a cena do terremoto atingindo um trevo viário de 4 níveis, foi usada uma miniatura grande, já que não podia ser muito pequena, para que permitisse com que tivesse peso suficiente. Para isso, Lessa contratou John Stirber da Stirber Visual Network para construir as miniaturas do filme, inclusive o trevo de 7,5 metros de altura. Segundo Stirber, "usamos materiais leves para suportar algo tão grande. Fizemos esculturas e tiramos moldes, usamos fibra de vidro, usamos concreto quebradiço e mais de 3 metros quadrados de entulho, tudo feito a mão por uma equipe de 20 pessoas". Eles encheram algumas das colunas (os "pés" do trevo viário) com entulhos pequenos e colocaram fios para simular os arames de concreto armado. Para obter um movimento ondulante semelhante a um terremoto, as colunas estão apoiadas sobre um carrinho pequeno que se movimenta para frente para trás através de um pistão hidráulico e para cima e para baixo através de uma câmara de ar (semelhante às de pneus de carros). Isto permitiria com que o trevo pudesse "chacoalhar" antes de desabar.

   

 

 

Basicamente, as seguintes formas de fazer um cenário quebrável usadas até hoje no cinema são:

Todos estes esquemas se referem a um dos pés da mesa ou plataforma em que a miniatura se apoia. O primeiro esquema mostra um suporte que se puxado a coluna perde o apoio e então o cenário desaba. O segundo esquema mostra uma coluna apoiada em um cilindro com um furo. Nesse furo é enfiado um pino que dá suporte a coluna de cima. Se o pino é retirado, a coluna de cima escorrega rolando com o cano, desabando o cenário. O terceiro esquema mostra uma coluna apoiada em rodinhas. Esta coluna está presa por um fio que se cortado libera essa coluna para escorregar e então desaba o cenário. Um outra técnica, não mostrada abaixo consiste em puxar o pé da coluna (por exemplo de um mini-viaduto ou de uma mini-ponte) com um fio que está por baixo do cenário. Estas técnicas foram utilizadas em filmes como Terremoto de 1975.

 

 

Uma outra técnica de "cenário quebrável" além das três mostradas acima e que é bastante recente trata-se da "junta de joelho fraco". Ela foi usada em filmes como Volcano a Fúria e Fuga de L.A. Abaixo você pode ver um esquema animado mostrando a "junta de joelho fraco". Neste sistema a miniatura que se quer derrubar está apoiada sobre uma coluna com esta junta, feita de aço. Quando a carga explosiva é acionada a parte de cima da junta escorrega para o lado fazendo com que a miniatura caia para o lado oposto. A vantagem desta técnica é que estas juntas não precisam de nenhum tipo de fio para puxar ou mesmo apoiar, podendo ser acionada por controle remoto. No filme Fuga de L.A., esta junta foi usada para desmoronar um trevo viário em miniatura. No filme Volcano a Fúria, esta junta apoiava um mini-prédio que precisava se desmoronar para um determinado lado.

   

 

IR PARA A PÁGINA 39

 

Voltar para a página principal |Voltar para Miniaturas

O autor desta página não tem interesse de lesar os direitos de qualquer empresa ou indivíduo. Os comentários e imagens aqui utilizados são apenas de interesse comum e não tem fins comerciais.
MSFX mail