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Modelos
de Perfeição
Miniaturas
em Catástrofes
Abaixo
comentaremos alguns exemplos de miniaturas em catástrofes, já
que são bastantes usadas para esse fim. Da mesma forma que nas
outras situações, os exemplos abaixo não são
a única forma de se fazer a cena, são apenas exemplos das
diversas maneiras. Com relação a miniaturas e explosões,
elas serão abordadas na secção Pirotécnica
da
MSFX.
Tempestades
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Para
o filme Duro de Matar 2, os artistas de efeitos especiais da
ILM usaram uma miniatura de avião de passageiro para
uma cena em que o avião está numa tempestade. Para simular
esta tempestade, eles usaram potentes ventiladores e máquinas
de fumaça que expeliam vapor de óleo mineral. Os ventiladores
jogavam ar de 8 a 16 Km/h. As máquinas de fumaça produziam
nuvens de fumaça que se espalhavam por uma área de 30
metros de largura por 400 metros de comprimento. |
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Para
a cena de Exterminador do Futuro 2 em que aparece o holocausto
nuclear sobre uma cidade no sonho de Sarah Connor, as miniaturas foram
a solução para conseguir este efeito. Para simular a
tempestade de radioatividade arrasando a cidade e arremessando os
carros, foram usadas miniaturas de cidade e de carros. A Forward
Productions dos irmãos Skotak usou fortes canhões
de ar para arremessar miniaturas leves de carros. Em outros, foram
usados cabos para puxar os carros e palmeiras e assim parecer que
foi a tempestade radioativa que arrastou tudo. Esses carros foram
construídos com partes soltas e mal conectadas (portas, porta-malas,
tetos, etc) para que, ao serem arremessados e puxados, eles se desmontassem,
dando mais realce à violência da cena. |
Terremotos
Normalmente
para simular terremotos usando miniaturas, os artistas de efeitos usam
uma técnica conhecida como "cenário quebrável".
Nesta técnica, o mini-cenário é montado sobre uma
plataforma que tem um apoio desmontável afim de que ele se desabe.
É como se a miniatura fosse montada sobre uma mesa em que um dos
pés da mesa não é fixo totalmente e possa ser deslocado,
derrubando-se a mesa.
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No
filme Terremoto de 1975, foi mostrada a destruição
de Los Angeles por um terremoto avassalador. Como filmar em cenários
reais ficaria muito caro e representaria um risco para os atores,
foi preciso encontrar um solução para representar a
destruição pelo terremoto. A equipe de efeitos especiais
liderada por Glenn Robertson encontrou nas miniaturas a sua
resposta. Os modelos foram construídos em escala 1:6 pois os
testes provaram que objetos deste tamanho pareceriam mais reais para
a câmera, especialmente se filmados em alta velocidade. Isso
quer dizer que seria filmado mais depressa mas quando projetado na
velocidade padrão pareceria mais devagar dando sensação
de maior peso às miniaturas. Réplicas de todos os marcos
de Los Angeles foram construídas com exatidão de detalhe
e depois seriam completamente destruídas. Até os mini-cestos
de lixo tinham mini-papéis enrolados e outras coisa. Para alguns
prédios mais ao fundo só as fachadas foram construídas,
ou seja, só as frentes apoiadas em suportes. Para que as miniaturas
fossem destruídas completamente, elas já eram pré-cortadas
e pré-quebradas. Depois elas eram destruídas usando
técnicas de cenário quebrável, ou seja, eram
tirados os pontos de apoio destas miniaturas para que desabassem.
Ou seja, como eram montadas em plataformas tipo mesa, eles retiravam
um dos pés da mesa para que ocorresse o desabamento. |
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No
filme Fuga de L.A., o início do filme mostra um enorme
terremoto aterrorizando Los Angeles. Para obter essa cena o supervisor
de efeitos especiais da BVVE (Buena Vista Visual Effects),
Michael Lessa, usou 2 técnicas: computação
gráfica e miniaturas. Para a cena em que um edifício
todo de vidro desaba, foi usada computação gráfica,
já que uma miniatura grande feita toda de vidro ficaria muito
cara. Para a cena do terremoto atingindo um trevo viário
de 4 níveis, foi usada uma miniatura grande, já que
não podia ser muito pequena, para que permitisse com que
tivesse peso suficiente. Para isso, Lessa contratou John
Stirber da Stirber Visual Network para construir as miniaturas
do filme, inclusive o trevo de 7,5 metros de altura. Segundo Stirber,
"usamos materiais leves para suportar algo tão grande.
Fizemos esculturas e tiramos moldes, usamos fibra de vidro, usamos
concreto quebradiço e mais de 3 metros quadrados de entulho,
tudo feito a mão por uma equipe de 20 pessoas".
Eles encheram algumas das colunas (os "pés" do
trevo viário) com entulhos pequenos e colocaram fios para
simular os arames de concreto armado. Para obter um movimento ondulante
semelhante a um terremoto, as colunas estão apoiadas sobre
um carrinho pequeno que se movimenta para frente para trás
através de um pistão hidráulico e para cima
e para baixo através de uma câmara de ar (semelhante
às de pneus de carros). Isto permitiria com que o trevo pudesse
"chacoalhar" antes de desabar.
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Basicamente,
as seguintes formas de fazer um cenário quebrável usadas
até hoje no cinema são:
Todos
estes esquemas se referem a um dos pés da mesa ou plataforma em
que a miniatura se apoia. O primeiro esquema mostra um suporte que se
puxado a coluna perde o apoio e então o cenário desaba.
O segundo esquema mostra uma coluna apoiada em um cilindro com um furo.
Nesse furo é enfiado um pino que dá suporte a coluna de
cima. Se o pino é retirado, a coluna de cima escorrega rolando
com o cano, desabando o cenário. O terceiro esquema mostra uma
coluna apoiada em rodinhas. Esta coluna está presa por um fio que
se cortado libera essa coluna para escorregar e então desaba o
cenário. Um outra técnica, não mostrada abaixo consiste
em puxar o pé da coluna (por exemplo de um mini-viaduto ou de uma
mini-ponte) com um fio que está por baixo do cenário. Estas
técnicas foram utilizadas em filmes como Terremoto de 1975.
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Uma
outra técnica de "cenário quebrável"
além das três mostradas acima e que é bastante
recente trata-se da "junta de joelho fraco". Ela foi usada
em filmes como Volcano a Fúria e Fuga de L.A.
Abaixo você pode ver um esquema animado mostrando a "junta
de joelho fraco". Neste sistema a miniatura que se quer derrubar
está apoiada sobre uma coluna com esta junta, feita de aço.
Quando a carga explosiva é acionada a parte de cima da junta
escorrega para o lado fazendo com que a miniatura caia para o lado
oposto. A vantagem desta técnica é que estas juntas
não precisam de nenhum tipo de fio para puxar ou mesmo apoiar,
podendo ser acionada por controle remoto. No filme Fuga
de L.A., esta junta
foi usada para desmoronar um trevo viário em miniatura. No
filme Volcano
a Fúria, esta
junta apoiava um mini-prédio que precisava se desmoronar
para um determinado
lado.
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