O Santo Graal e a linhagem Sagrada

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"O Santo Graal e a linhagem Sagrada"

Queila Manso

Extraído do site:

Instituto de Metafísica e Jornal Filhos do Sol.

http://filhosdosol.isonfire.com/

Este material, é baseado no best-seller

"O Santo Graal e Linhagem Sagrada" - Richard Leigh -Henry Lincoln-Michael Baigent.

O que veremos, são as linhas gerais desse livro. Sendo que fica muito difícil resumir um livro de mais de 400 páginas. Por isso, aconse-lho a quem quiser, e puder, procurar esse livro.

Em 1969, Henry Liincoln, de férias em Cévennes, França, comprou um livro de bolso, uma história de istério, sobre um tesouro amaldiçoado encontrado nos idos de 1890 por um padre do vilarejo de Rennes-le-Château, que decifrara alguns documentos enigmáticos desenterrados em sua igreja. No outono de 1970, ele apresentou a história como um possível documentário para Paul Johnstone, produtor executivo da série Crônica, sobre história e arqueologia, da BBC de Londres. Paul achou o projeto viável e Henry foi então enviado de volta à França para entrar em contato com o autor do livro e para explorar as perspectivas de se fazer um filme sobre o que o livro divulgava. Henry acabou por entrar numa extensa investigação, e o que parecia ser uma simples história de mistério tomou uma proporção tal que suas descobertas poderiam abalar a estrutura religiosa-social-política de todo mundo moderno. Assim se juntaram a Henry mais dois colaboradores: Richard Leigh, romancista e escritor de contos, professor universitário com pós-graduação em literatura comparada, e conhecimento profundo em história, filosofia, psicologia e esoterismo; e Michael Baigent, psicólogo que abandonara a bem-sucedida carreira de fotojornalismo para se dedicar ao estudo dos Cavaleiros Templários. Em 1982 os três publicam um livro, um trabalho extenso de pesquisa e investigações que durou 10 anos, e que culminou com revelações que surpreenderam e criaram uma intensa polêmica internacional.

Segundo os autores, os documentos encontrados pelo padre da antiga igreja de Rennes-le-Chateau, continha "provas irrefutáveis"de que Jesus estava vivo em 45 d.C, mas não indicava onde. A igreja de Rennes-le Chateau, é consagrada a Madalena, desde 1059, e repousa sobre outra ainda mais antiga, datada do século VI. Quando, Sauniere, o padre local, resolveu restaurar a igreja ele acabou por encontrar alguns pergaminhos guardados em tubos de madeira selados. Dois deles continham genealogias que datavam uma de 1244 e outra de 1644. Dois pergaminhos eram textos virtuosos em latim, extraídos do Novo Testamento Em um deles as palavras se seguiam incoerentes, sem espaço entre elas. Várias letras supérfluas haviam sido escritas. No segundo as linhas eram truncadas de forma indiscriminada e irregular. Na realidade eles continham uma sequência de códigos e cifras. Sauniere de posse dos pergaminhos entrou em contato com o bispo, foi enviado a Paris, com todas as despesas pagas e instruído a se apresentar a algumas autoridades eclesiásticas com os pergaminhos, e enriqueceu da noite para o dia. Realizou, com o dinheiro recebido e depositado em sua conta, várias construções, inclusive de uma rodovia moderna até a cidade, a introdução de água corrente em sua vila, uma torre foi levantada, uma opulenta casa de campo foi construída, a igreja foi toda reformada ostensivamente, colecionava porcelana rara, tecidos preciosos e mármores antigos, criou um jardim e um zoológico e reuniu uma biblioteca magnífica.

Quando estava em seu leito de morte, o padre da paróquia vizinha foi chamado para ouvir sua confissão e administrar-lhe a extrema-unção. O padre confinou-se no quarto do doente. De acordo com testemunhas oculares, ele saiu logo depois, visivelmente chocado. Nas palavras de outra testemunha "nunca mais sorriu", nas palavras de outras: "entrou em depressão profunda que durou vários meses". Se sabe que com base na confissão de Sauniere, o padre recusou-se a lhe administrar o último sacramento, Sauniere morreu sem o perdão da confissão. Esta foi a história publicada na França nos anos 60, à qual Henry teve acesso e foi a partir dela que os autores resolveram investigar todo esse mistério que acabou por levá-los às mais chocantes conclusões. Uma delas era a de que toda a história de Jesus, sua crucificação, ressurreição era uma farsa montada por alguns de seus seguidores para manter viva a "mensagem" de Jesus, sendo apropriada mais tarde pela Igreja de Roma com o intuito de manter sua hegemonia sob todo o mundo e principalmente sob o cristianismo.

Em suas pesquisas os autores concluíram que Jesus era de família aristocrata, um rei legítimo e de direito, de sangue real, descendente de Davi, via Salomão, com pretensões ao trono da Palestina unida, ocupado por Roma. Deduziram inclusive que era casado: " Não ser casado, na época era considerado um desvio dos costumes e se Jesus não seguia os costumes da época, teria havido alguma reverência, e não há. A ausência de tal referência sugere fortemente que Jesus, no que diz respeito ao celibato, seguia os costumes da época: ou melhor era casado, isso explica o silêncio dos evangelhos sobre o assunto". A hipótese de casamento se torna mais aceitável em virtude do título de rabino ser atribuído a Jesus e a lei judia é clara: "Um homem não casado não pode ser professor". De acordo com os autores a esposa mais provável é Madalena, que era também da aristocracia, de linhagem real, da tribo dos benjamitas , e seu casamento com Jesus teria sido uma forma de aliança dinástica já que Jesus era da tribo de Judá. Ao longo dos Evangelhos Jesus trata Madalena de uma forma singular e preferencial. Ela é a primeira testemunha da tumba vazia e a quem primeiramente foi revelada a ressurreição.

Para os autores Jesus poderia ter gerado vários filhos antes da crucificação, entretanto se ele sobreviveu à crucificação esta prole pode ter sido maior. Estes afirmam inclusive que a crucificação pode ter sido uma farsa senão no total, pelo menos em parte, e engendrada pelos familiares de Jesus. A crucificação foi testemunhada de longe pela maioria das pessoas. "Não foi então um evento público, mas privado, numa propriedade privada, deixando margem a uma falsificação". Até o século VII o Alcorão mantinha precisamente o mesmo argumento: um substituto, Simão de Cyrene tomara o lugar de Jesus na cruz. Segundo os pesquisadores, Madalena, após a crucificação, levou o cálice sagrado, sangraal, que significa sangue real para a França, para a região da Gália, onde existia comunidades judias que podiam abrigá-la e sua união com Jesus produziu uma prole ou pelo menos um filho. Pode ter havido casamentos dinásticos não só com outras famílias judias, mas a linhagem de Jesus pode ter se aliado à linhagem real dos francos, engendrando assim a dinastia merovíngia.Assim explicaria o culto a Madalena durante as Cruzadas e a igreja erigida em sua honra comentada logo acima, onde é representada como uma mulher com uma criança ao colo e explicaria a condição sagrada atribuída aos merovíngios.

Mais do que as hipóteses que levantaram, os autores foram levados a uma verdade ainda mais cruel: a de que o Novo Testamento oferece um retrato de Jesus e de sua época que reconcilia necessidades de interresses escusos, de alguns grupos e indivíduos que exerceram- e ainda exercem- grande influência no assunto. E qualquer coisa que possa comprometer ou embaraçar esses interesses - como o Evangelho secreto de Marcos, por exemplo - tem sido devidamente extirpada. Os autores acreditam que se Jesus era um pretendente legítimo ao trono, é provável que tenha sido apoiado, pelo menos inicialmente, por uma percentagem relativamente pequena da população - sua família da Galiléia, alguns outros membros de sua própria classe aristocrática e alguns representantes estrategicamente colocados na Judéia e na capital, Jerusalém. Tal número de seguidores não teria peso suficiente para colocá-lo no trono, assim ele teria que recrutar seguidores de outras classes.

Assim Jesus teve duas facções distintas de seguidores: os "seguidores da mensagem" e os "seguidores da família, da linhagem real". Quando o empreendimento de Jesus falhou, a aliança entre essas duas facções sucumbiu. Os seguidores da família teriam então tentado salvar o que para eles era mais importante: a preservação da linhagem, a qualquer custo, mesmo que este fosse o exílio.Aos seguidores da mensagem de Jesus interessava a mensagem não a linhagem e para que esta não morresse foram feitas algumas concessões: o papel de Roma na morte de Jesus foi, por necessidade, suprimido e a culpa de sua morte foi transferida para os judeus. Mas isso não foi tudo: o mundo romano estava acostumado a endeusar seus governantes; para competir, Jesus, a quem ninguém antes havia considerado divino, tinha que ser endeusado também. Em suma, o novo deus tinha de ser comparável em poder, em majestade, em repertório de milagres, àqueles que deveria substituir, não poderia ser um Messias no velho sentido da palavra, não um rei-sacerdote, mas um deus encarnado, que como seus oponentes sírio, fenício, egípcio e clássico passou pelo submundo e pelo tormento do inferno, e emergiu, rejuvenescido pela primavera. Foi aí que veio a idéia da ressurreição, tal qual Osíris, Adonis, Attis, pela mesma razão foi promulgado o nascimento da virgem. Assim todos os elementos e referências com relação à família de Jesus, aos essênios, e ao envolvimento em uma conspiração para a tomada de um trono, e ainda por cima fracassada, que não seria próprio de um Deus, foram expurgados da história.

Enquanto a "mensagem"evoluía dessa maneira, Julius Africanus, que escreveu no século III, narra que os membros sobreviventes da família de Jesus acusaram amargamente os governantes de Herodes de destruir as genealogias de judeus nobres, removendo assim todass as evidências que pudessem desafiar sua pretensão ao trono e que esses mesmos membros teriam "migrado pelo mundo". A família - que constituiria testemunho ocular do que realmente e historicamente aconteceu representava um perigo e ameaça ao mito Jesus, assim a família deveria ser exterminada. Estaria aí a intolerância dos padres da Igreja dos primeiros tempos em relação a qualquer desvio que queriam impor. Pode estar aí também uma das origens do anti-semitismo. Ao culpar os judeus e aliviar os romanos foi conseguido um duplo objetivo: não só teriam tornado o mito digerível aos romanos como também se impugnou a credibilidade da família, uma vez que era judia., e o sentimento anti-judeu que engendraram teria contribuído para seus objetivos. O retrato dos judeus como bodes expiatórios asseguraram o sucesso de seu intento.

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