Na verdade, em 2004
Repensando o uso da Internet
Atualizada em agosto/04
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Não quero só bater na utilidade da internet. Quero fazer refletir, quero saber que as pessoas reconheçam que têm menos tempo porque têm mais informação a processar e que, portanto, devem produzir mais. E essa produção inclui a leitura de livros (clássicos e não clássicos), o costume do cinema, do teatro, da galeria de arte, a leitura de semanários e diários e que encontrem ainda tempo para trabalhar no sonho. No seu projeto de vida. Na capacidade de ver e descrever o belo, o lúdico, de sorrir e chorar com toda a história já contatada e que possa, ainda contar a sua. Isso, é claro, além de trabalhar regularmente, estudar e etc. Ou seja: o mundo e a vida tornaram-se pequenos demais, curtos demais.
É preciso abrir os olhos porque temos direito ainda às nossas fantasias, aos nossos delírios, ao nosso mundo de espelhos e nossos buracos negros.
É sob essa ótica que dispenso a internet em troca da reflexão, em troca do amor, em troca da leitura ou de qualquer outra coisa. Como explicar o prazer táctil de uma caneta tinteiro a um menino alfabetizado num PC? Como contar e mostrar Victor Hugo fora de um verbete do Google? Como mostrar que o dinheiro de mais 128 de memória pode ser muito mais bem aplicado num sebo? É preciso ter tempo para contarmos as nossas histórias, para sentarmos à escrivaninha, para que nossos filhos saibam que existem escrivaninhas, existem folhas de papel de verdade e que impressão é algo que fazemos com a mão e não com cartuchos de jato de tinta. Nem que seja para saber, para conhecer.
Mas não é esse o caminho que estamos tomando, não é essa a educação que estamos dando. Não há mais a preocupação estética fora do photoshop.
É exatamente dessa retomada que estamos tratando. Da retomada do homem com seu justo tempo e com o direito de conhecer o lado de cá dos computadores.
jan/2004
Visite o escritor Olavo de Carvalho
           NOVO                                                           BLOGS II                      1/01/04

                                                           ...Pelo que sabemos, hoje em dia quase todos os usuários da internet têm o seu blog e com isso começa a existir uma certa acuidade, um certo cuidado com o que estamos colocando lá. É incrível, mas podemos ver no livro “Psicologia da Arte” de Vigótski, por exemplo, vários textos, várias comparações que o autor faz entre a arte e a psicologia ou a arte e a sociologia...O blog hoje em dia é arte, é psicologia de infovia, é a possibilidade do indivíduo se expressar com a certeza de que será lido, será correspondido e essa troca possibilita uma espécie de infindável terapia de grupo em rede. Cada vez mais os autores levam à sério seus blogs, o produto de seus trabalhos e na elaboração de seus sentimentos e de sua filosofia de vida. Sabendo que seus posts, seus textos serão acessados por muitas pessoas, o autor procura escrever de maneira mais coerente, mais correta, procura expressar de maneira mais lógica sua visão de vida, sua preocupação com o mundo em seu entorno...
É sempre um prazer acompanharmos o que determinado autor anda postando em seu blog, o que tem acontecido em sua vida, quais os momentos de felicidade e quais as dificuldades e como ele vem agindo para supera-las
Ele expõe, ele se dilacera diante de milhares ou milhões de pessoas, ele recebe opiniões, agrados e críticas. Ele é só psicologia e arte posta à disposição de todos, seu psiquismo está ali, como no divã de um terapeuta e esse psiquismo nada mais é o subsolo comum de todas as ideologias da sua época. (
Leia a íntegra aqui)
                                                                   

Visite o
SOBRETUDO DE LONA
                                                                   LIBERDADE DE IMPRENSA
                                                                 (
Liberdade, abre as asas sobre nós)
A proposta de mordaça, de censura na imprensa brasileira pelo governo federal atiçou a atenção de jornalistas de todos os matizes (inclusive petistas). Acreditamos que não vá se concretizar um projeto tão hediondo porque o país mudou, a sociedade está mais esclarecida e atenta ao que vem pela frente. Já tivemos o escândalo do áudio visual – também censura para as produções culturais e agora a imprensa. Não vi nenhum jornalista concordar, aceitar a idéia e parece que o presidente da República já está brincando com a idéia, preparando-se para voltar atrás. Sempre que ele tenta um ato de truculência e percebe que a sociedade reage, volta atrás de maneira brincalhona como se a proposta não tivesse existido de verdade. Mas existiu. Já existiram outras como a expulsão do país do jornalista americano e outras virão. Esse governo tem a tendência a ditadura, quer sempre que possível, ditar regras que o beneficiem e calem as opiniões contrárias. Não há mais o que fazer, é um governo eleito legitimamente, agora se tem que agüentar até o final. O importante mesmo é a sociedade estar atenta, estar de olho nos projetos governamentais em todas as áreas de comunicação e artísticas. E saber que sempre haverá tentativas coercitivas. A truculência não morre, está ali, fingindo-se adormecida para dar o bote na primeira oportunidade. Os artistas e jornalistas do país bem como observadores internacionais terão de tutelar esses anos que vem pela frente para manter a democracia no país, teremos todos que zelar pelas nossas liberdades, pela nossa capacidade de reação imediata porque um país sem artes e imprensa livres não é um país democrático.
                 NOVO                                                   De Novo a TV Pública
Tenho lido alguma coisa sobre televisões públicas em alguns países do mundo, televisões que, apesar das dificuldades, conseguem estabelecer com a população uma cumplicidade interessante, onde verdades são ditas, fatos apresentados e discutidos por todos, democraticamente. No Brasil, atrvés de vários governos, várias gestões, não percebo essa sintonia produção/público espectador.
Brasileiro acha a sua televisão dita pública chata e não é o povo que está errado, ela realmente é chata ou, quando não é, tem apenas momentos interessantes e não uma programação, uma grade interessante. Daí, sem opção inteligente ou instigadora, o telespectador migra para qualquer outro canal, ainda que seja pior, mas que possui algum tipo de identidade. Nesse ponto, o telespectador fica discutindo a qualidade ou não daqueles canais que falam alguma coisa ainda que não seja a expectativa do público.
Existem vários exemplos de interação dos meios de comunicação públicos na sociedade e vou citar dois que considero primordiais. Primeiro, evidentemente, a internet. No mundo de hoje eu não conheço nenhuma criança, nenhum adolescente, nenhum adulto com interesse em informação que não tenha a internet como seu ponto de partida na busca, na pesquisa. Pensando assim, se essa afirmativa for realidade, um canal de comunicação pública tem que possuir um site que atenda a todas as necessidades do usuário tais como, informação (notícias e seus desdobramentos), entretenimento, cultura, etc. fazendo uma ponte com a televisão e rádio. O que deveríamos entender como sistema público de divulgação é isso, um meio e não apenas uma televisão ou apenas uma rádio: é um tripé que trabalha em igualdade de condições dando cada um deles aquilo que é específico do meio. A TV pública brasileira não tem investimento na área da internet, a internet é quase um favor da TV, o site não tem autonomia não é consultado, não participa nas decisões da empresa, é marginal. Daí não tão bem acabado, insipiente às vezes. A produção televisa não se reporta à internet, considera dar informações ao site como um fardo e não um estímulo, uma complementação do que é tratado em sua programação. Como resultado imediato, temos menos acessos ao site, este tem menos credibilidade e leva menos pessoas à televisão e à rádio. Um círculo vicioso de informação às avessas, de desinformação e desinteresse.
O outro aspecto sobre o qual não vou me estender é a falta de trabalho comunitário, de campo, dos produtores dos veículos com as comunidades, não ouvindo, não se mostrando presente e pronta a atender as demandas sociais.
Assisto apenas à mudança dos discursos, mas nenhuma ação concreta, nenhuma atitude, que definitivamente, coloque efetivamente a televisão, a rádio e a internet no seu devido lugar de serviço público, mas útil e atraente com o tripé de meios anteriormente mencionados.
Jan 2004
                                                                 A não estética da internet
O que aflige na internet é a falta de arte, a incapacidade da psicologia, da estética estarem presentes nos sites, blogs e demais sítios. Conversando com uma amiga artista, ela me falava da sua angústia diante da internet com todas as suas exigências de códigos e padrões pré-estabelecidos. Não pensamos na internet como arte, como prazer, como indução ao lúdico. Vemos apenas a fonte de pesquisa, a fonte do conhecimento fugaz.
Não se pensa na psicologia, na análise, na arte quando tratamos das infovias. Pensamos imediatamente na troca de informações breves e, na maioria das vezes, comerciais. Seguindo esse caminho a internet está fadada ao fracasso como meio de comunicação. Nosso psiquismo não suporta nenhum instrumento que constantemente aplique determinados conceitos e funções sem pensar no amor, na poesia, no sentimento e, principalmente, na arte. O ser humano é, essencialmente, artístico, sua visão de mundo contempla enorme espectro de estética, seja ela no corpo, na forma das coisas, em suas cores, em sua singularidade. A internet não tem nenhum desses requisitos e não se pensa neles quando sentamos em frente a um computador.
Há alguns anos encontrou-se um pouco de humanização através dos blogs que, a meu ver, não estão trilhando o caminho mais coerente com o meio. Mas ainda assim, são eles fonte de humanização. Entretanto, parou-se aí. Não se pensa em psicologia e em arte. Buscamos arte em museus e livros não porque queremos apenas isso, mas porque nossa intelectualidade ainda não foi capaz de traze-la para a rede de computadores o que é um contra senso já que vivemos numa sociedade em rede e dela não mais sairemos. E se é um fato, por que não trazer para cá a cultura verdadeira, dissociada da informação ordinária? Qual o caminho devemos perseguir para trazer a psicologia da arte para a internet? Quanto tempo mais faremos pesquisas rápidas sem nos determos em artistas. Por que não Goya, Shakspeare, Callas e tantos outros? Falta uma semana de arte, como a de 22, na internet e esse é o desafio que imponho a mim e aos leitores.
Janeiro/2004
                                                                         
DO    HOMEM
Ainda que de forma ambígua, existe uma proximidade entre o mito e o ícone, entre o sagrado e o profano, entre o desejo de imortalidade não dito do homem e sua perpetuação em sua obra.
Conforme já dissemos antes, hoje é possível recriar pessoas, cérebros e mundos onde a impossibilidade inexiste. O mundo cabe nas mãos do homem e ele, perplexo, ajoelha-se ex-machine ao mesmo tempo em que hordas ajoelham-se frente ao objeto que cultua e serve.
É tempo de discórdia e luta. Tempo também de progresso confuso quando o que cura, devasta. De todo modo, o homem, único no planeta, sobreviveu e venceu. Caminha agora para outros mundos ao mesmo tempo em que recria, de outra forma, o mundo aqui. Mundo impalpável nem por isso menos real.
Homero, bem o sabemos torna-se binário, quem sabe sempre o foi e o místico perde ser cerne tão próximos estamos da união extra mundos.
A cada cem anos uma grande obra do homem vai para o fundo do mar e a cada segundo nascem milhares de novos homens para prosseguir recriando-as.
E, apesar de tudo, renasce em cada homem, a cada dia, a certeza da liberdade, da criação, do belo. O homem é belo. Mesmo travestido, mimetizado e, em essência ou bites, a estética e o sentimento sobrevivem.
Geraldo Iglesias
Março 01
Marcelo Yuka, com ódio, deturpa fatos e estimula a revolta
Mande seus Textos (que nós publicamos) PARTICIPE DOS DEBATES!
EMIR SADER E A DITADURA ESTATIZANTE Educação a Distância
Por quê o mistério?
Como o fato real vira história?
É história? Avisem!
TV WEB A História
E-MAIL
O APARENTE FRACASSO DA INTERNET NA DIFUSÃO DA EDUÇÃO E DA CULTURA - NOSSOS ERROS POLÍTICOS
O FUNK É O CÃNCER DO TECIDO SOCIAL - LEIA
                                                                             Drogas
... quando começamos a tratar do assunto das drogas com nossos filhos acreditamos que nossa relação de amizade e confiança bastará... e basta... mas como tratar a mídia com suas músicas que falam da maresia, que falam das ervas e tantas outras formas enaltecendo, estimulando o uso da maconha e outras drogas? A internet tem milhares de sites estimulando mesmo que sub-repticiamente o uso de drogas, os ídolos da música, os artistas, a mídia, principalmente a mídia estimulando de forma dissimulada, de forma desavergonhada para não ser punida... esse é o desafio dos responsáveis: tratar o assunto droga sem mitifica-lo e mostrar que essa mídia podre que aceita e produz esse estímulo é careta, é hipócrita a canalha. Os raps, o não sei quem pensador, essas bandas, enfim é uma produção enorme de indução à droga e usando todas as mídias disponíveis com a permissividade dos responsáveis por esses canais de difusão... canais de são concessão pública ou seja, eu última análise, cabe ao governo coibir toda a canalhice, impedir mesmo a propaganda irresponsável coma censura na medida exata. Mas a mídia (internet, televisões, rádios, jornais) favorece o governo acobertando aqui e ali atos se não ilícitos, pelo menos estranhos, pelo menos fatos que o governo não tem interesse que venham a público. E nessa troca de favores canalha temos figuras nitidamente peçonhentas como Gabriel, o Pensador (risível) e tantos outros cantando as maravilhas da maresia.
Com o descaso de todos, com a falta de escrúpulos dos dirigentes de tvs apaniguados pelo governo, ficam os pais lutando sozinhos para impedir a entrada se seus filhos no catastrófico mundo das drogas. Que interesse então têm o governo em que haja estímulo às drogas? O que se espera criando uma geração de possíveis drogados. E, ainda, se o governo não age, qual o papel real da mídia nisso tudo?                                                     Janeiro 2004
                                                                             Arte no Brasil
Independente da velha discussão se a televisão faz cultura ou não, é indiscutível o baixo desempenho que essa mídia vem tendo nos últimos anos, desempenho esse que cai à cada ano, com menos produções, produções mais baratas, com menos criatividade, com menos caráter cultural. Não existe dinheiro do governo, as empresas antes patrocinadoras se fecham, à novas propostas e os artistas se encolhem, baixam a cabeça e lambem as botas de qualquer patrão para garantir sua sobrevivência.
Essa posição vai se tornando cada vez mais imobilizadora na medida em que o artista tem medo porque não há teatro, cinema e televisão sem a criação, sem a figura do criador independente, do artista que inventa, traduz, instiga. Não são as empresas, ao contrário do que muitos pensam, que fazem cultura. Quem faz é o artista contratado, o artista que tem liberdade, que se permite criar livremente sem o pavor constante do desemprego. E não havendo dinheiro disponível para a produção cultural cria-se um círculo vicioso onde nada acontece, como estamos vendo nos tempos atuais.
(Continua)  fev/04
PALIMPSESTO PALIMPSESTO PALIMPSESTO PALIMPSESTO
Funk, câncer do tecido social
Absurdo totalitarismo
Que Mundo!
Direita Volver
Paulo Paim e a Escravidão
Abençoadas Cabecinhas
Prudência na Internet
Interatividade nas novelas
Preconceito com a Áustria
Mídia, Violência & Crianças
TVE, novas possibilidades
Paulo Francis faz falta
Doce Mundo
Nem tudo... Ainda Órfãos de Francis
Ética II
A superioridade de Francis
Meios de Educação
Programas para jovens?
Espaço de resposta
Mal entendido
Brasil 500
A Violência Infantil
Facção Aeroporto
Cacos da Democracia
Ano Gilberto Freyre
2001 - As Patrulhotas
O Sonho Começou
Modernidade
Manifesto pela Direita
Admirável Mundo Novo Democracia Ameaçada
A Estrutura da Favela
TV Pública Esparsas&Controversas
A Praça Global
Ética O Forró e Robertinha
O PORQUÊ DO PORTAL
Leis e Políticos
TV Motivacional
Polícia no Formigueiro
ACONTECEU!
Zumbi
A Mídia, o Homem e o Meio
Nós, Semideuses
Saramago
TV e Internet
2004, Uma Odisséia Virtual
Os livros e os periódicos Mídia e Cidadania
Homossexualismo e Mídia
Do Homem
A Inquição e a CPI
Computadores de 500 Nosso Incrível Frei Betto
Interatividade em Novelas e na Vida Real
Multimídia
A Mídia como Prtodutora de Deesejos
Convergência de Mídias
O Veradeiro Homem de Mídia
Um Dilema para Reflexão
Blogs I
Pesquisas de educação
O Direito de Saber e de Opinar
Blogs II
Estética sem Photoshop
A não estética da internet
TV Pública II
Meus Caros Amigos
Drogas
De Novo aTV Pública
Amor na Internet
Arte no Brasil
O meio Internet
Liberdade de imprensa