Todo o mês, estaremos colocando a sua disposição, dicas que irão melhorar ainda mais seu rendimento no bodyboard. Você poderá rever as dicas dos meses anteriores. Esta página é escrita por Evandro Kinosita, responsável pela O.P.B.                                    

 

   Com o surgimento de novos modelos de pranchas, a tendência por parte dos atletas é dar atenção somente para elas, esquecendo-se das nadadeiras, leash e de outros acessórios que também compõem o bodyboarding.

         Primeiramente, as nadadeiras de bodyboarding se caracterizam pela sua função, isto é, atuam na superfície da água, ao contrário das nadadeiras de mergulho que agem imersos.

          Sendo assim, os fins para o esporte têm design hidrodinâmico diferente e podemos classificá-los em 2 grupos:

          a) Nadadeiras Simétricas: não há distinção entre pé direito e esquerdo, caracterizam-se por apresentar bordas laterais e centrais mais definidas.

          b) Nadadeiras Assimétricas: o atleta deve prestar atenção quando for calçá-los, já que existe diferença entre pé direito e esquerdo. Sua construção foi baseada na semelhança com a cauda do golfinho, porém não podemos aplicar toda sua funcionalidade à nossa hidrodinâmica, visto que o posicionamento do bodyboarder, bem como o deslocamento é totalmente diferente.

           Ambos modelos apresentam orifícios na sola que servem para eliminar areia ou conchas que eventualmente se acumulam no interior dos fins. Ao calçá-los sempre volte os orifícios para baixo.

           Vale ressaltar que o uso constante e prolongado de fins assimétricos podem causar problemas nas articulações (joelhos e tornozelos). Isso ocorre devido justamente a não simetria dos fins, que ao invés de direcionar a água totalmente para trás, buscando assim o máximo de propulsão para o deslocamento do bodyboarder, eles jogam parte da água para as laterais.

           Esse deslocamento lateral da água é uma ação prejudicial por dois motivos: ineficiência no deslocamento e provável dano às articulações. Vamos tentar explicar melhor.  

           Se os bodyboarders ao surfar batessem os pés juntos, o modelo assimétrico seria o mais recomendado, já que este foi desenvolvido a partir da cauda do golfinho que se desloca acionando as “duas nadadeiras” ao mesmo tempo, as quais formam a cauda.

            No entanto sabemos que não é isso que ocorre. Por motivos de equilíbrio e praticidade sempre o bodyboarder está batendo as pernas alternadamente. Sendo a ação de cada uma independente, é necessário que a cada batida toda a energia gasta se converta em deslocamento útil.

           A água deslocada pelos fins assimétricos não é totalmente direcionada para trás, uma parte dela é desperdiçada lateralmente devido ao corte oblíquo, característico nesse tipo de fins.

          Além dessa perda de propulsão há também o provável dano às articulações que pode surgir ao longo do tempo. Esse com certeza será o maior prejuízo ao bodyboarder.

           Tal problema nas articulações pode ser causado pelo corte não uniforme (oblíquo) no design dos fins. Isso faz com que o bodyboarder bata as pernas de forma irregular, isto é, elas acabam, imperceptivelmente, se entortando ao serem acionadas.

          A utilização de fins simétricos dificilmente acarretará algum tipo de lesão nas articulações, pois por apresentarem simetria em seu formato, não existe desigualdade de ação ao serem solicitados, ou seja, o propulcionamento de água dar-se-á por igual, não havendo deslocamento de água para as laterais, somente para trás.

          Para se saber qual dos modelos é o mais recomendado, é necessário que ambos sejam testados nas mais variadas condições de mar, já que cada um possui estilo e performance diferentes.

          Sem dúvida alguma os fins são de suma importância para a correta prática do esporte, mesmo porque sem eles não há como se desenvolver satisfatoriamente.

          Contudo, deve-se tomar cuidado com as nadadeiras, pois todas são feitas com borracha e, obviamente, sofrem a ação dos raios solares, bem como da água do mar.

          Como foi dito na Dica do mês de Janeiro, é recomendável que o atleta leve sua prancha e fins para debaixo de uma água doce após o surfe, o que certamente prolongará a vida útil do equipamento, proporcionando altas ondas por muito mais tempo!

                    Evandro Kinosita

Responsável pela O.P.B.

 
                                   
Dica do Mês de Fevereiro 2000                                    
                                   
Dica dos meses anteriores:

Janeiro 2000

                                   
                                     
                                   
                                     
                                   
                                   
                                     
 

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