É O BICHO!

Saiba mais sobre a peça que agitou o SESC Vila Mariana em SP, e seguiu em grande turnê pelo Brasil!

Muitas pessoas vieram conferir a estréia de É o bicho - a ordem natural das coisas no SESC Vila Mariana. A peça esteve em cartaz de 14/06 à 10/08/03, trazendo como protagonistas Sthefany Brito e Kayky Brito.

Antes de começar o espetáculo, a expectativa é grande. Vários fãs aguardam o momento de assistirem seus ídolos interpretando ao vivo e a cores!!
Ao abrirem as cortinas, a surpresa: dois mil metros de tecido formam uma grande floresta encantada!! O som dos pássaros, o aroma das plantas, dá a sensação de que realmente estamos entrando em um desenho animado!

Ao surgir Kayky no palco, a esteria das fãs é imensa! As meninas não param de gritar e berrar tentando chamar a atenção do ídolo.

Kayky está na pele de Pedrinho, um garoto rebelde que não gosta de bichos, natureza, que acaba vivendo uma grande aventura florestal.

Pedrinho também é metido a "valentão", vive dizendo que não tem medo de nada, porém acaba descobrindo que o medo é uma coisa muito natural e tem seu lado bom.

A entrada de Sthefany no palco é triunfal, com grandes passos de ballet. Ela interpreta a medrosa e divertida Gabriela, uma mosquita da dengue cansada de transmitir o vírus. É a primeira vez que Sthefany interpreta um personagem não-humano.
"É legal porque é um personagem fantasioso, que fala e age como gente" conta a atriz. A roupa da personagem é feita de pelinhos, asas e tem até um ferrão. Usa uma maquiagem engraçada, para que a personagem não fique muito séria.

"A minha irmã ia fazer uma mosquita e pensei: ‘que coisa mais ridícula essa’. Aí quando li o texto, vi que o espetáculo era muito legal", afirmou Kayky.
Os dois vão em busca da Mãe Natureza, a fim de que ela resolva o problema de Gabriela. No caminho, conhecem seus novos amigos, o sapo filosófo Blemiro (Gabriel Mendonça) e a cobra preguiçosa Sofia (Jô Santana), que também estavam com problemas e precisavam da ajuda da Mãe Natureza. Acabam indo todos ao grande encontro.

A peça é recheada de trilhas sonoras
. Cada personagem tem seu tema, são músicas alegres que retratam as características de cada um. Com instrumentos de percussão, desenvolvem ritmos ligados à terra, enfocando a ecologia.

 

Além de abordar as leis da natureza, a peça também fala sobre preconceito, diferença, medo, mas principalmente a realidade da morte. "A idéia da peça surgiu após a minha filha de seis anos ter me questionado sobre a morte. Como não sabia o que responder, resolvi escrever um texto que abordasse esse tema tão delicado. Situar a história em um contexto ecológico, que acontece dentro da floresta, apresentando a morte como parte do ciclo da vida na natureza, foi a maneira que encontrei para tratar o assunto como um processo natural", afirma o autor Evaldo Morcazel.

No final da peça, surge a Mãe Natureza, interpretada pela atriz Dhu Moraes (a Tia Anastácia de O sítio do Pica-Pau Amarelo). A cena impressiona a todos, têm se a impressão de que a atriz está vestindo o cenário! Os efeitos de luz são de primeira!
"Cuidamos para que esse personagem não ganhasse um tom maternal, mas sim que mostrasse as leis da natureza, como a lição de quem vence, muitas vezes, é o mais forte", explica a diretora Rosi Campos (a inesquecível Bruxa Morgana do Castelo Rá-tim-bum).

A iluminação de Marcos Moreira segue uma linha não-realista, com composição de cores, formas e desenhos. "A luz tem relação direta com o cenário e com a aparição de cada personagem. A cada encontro de Pedrinho com um bicho, o palco ganha a cor e textura do animal ou do inseto" explicou.

"Para compor meu personagem, estudei os insetos, a relação entre eles e a transmissão de doenças. Fiz uma série de exercícios para me movimentar no palco, sem contar que os ensaios eram muito tranqüilos e engraçados, sempre ouvi das diretoras que tinha de estar à vontade para transmitir a mensagem da peça com naturalidade", conta Sthefany.

Durante os ensaios, os irmãos Sthefany e Kayky são do tipo que interferem na direção sem constrangimento. 
‘Às vezes, a gente fazia uma marcação e eles davam uma solução mais interessante. São crianças e sabem a melhor forma de fazer isso. A Sthefany é supercriativa, ela brinca muito’’, conta Rosi Campos.

‘‘É claro que tem a parte séria do trabalho, mas é eu me divirto muito com o espetáculo’’
, concorda a atriz.

Os atores contam que, às vezes, pintam umas briguinhas de irmão nos ensaios, mas em geral são bastante cúmplices e cada um costuma comentar o desempenho do outro.

A peça encerrou turnê no final de 2003, depois de viajar por diversas cidades do Brasil, garantindo teatros lotados e bilheterias esgotadas!!!




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Sthefany & Kayky Rulz 2003©
Copyright by Rodrigo