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A Física Quântica seria necessária para explicar a Consciência?


1.Introdução
Seria a consciência um fenômeno quântico? Por mais forçada que tal especulação possa parecer, ela tem sido seriamente considerada por vários pesquisadores nos últimos cinco anos.A motivação para essa abordagem, grosso modo, é que como a consciência é uma coisa misteriosa, e os fenômenos quânticos também o são, então esses dois mistérios poderiam estar ligados. O presente trabalho, ainda em fase preliminar, é um estudo dos diferentes argumentos utilizados para defender tal ligação, e das diferentes linhas de pesquisa em neurociência que fazem uso de considerações da física quântica.Veremos que a questão de se a consciência é um fenômeno quântico é basicamente uma questão empírica, ainda em aberto, mas que uma formulação precisa desta questão requer esclarecimentos filosóficos relativos às definições de "consciência" e de "fenômeno quântico". 2.A quem interessa tal Tese?
Vamos nos colocar dentro do contexto do materialismo, e supor que estados e processos conscientes são idênticos a certos estados e processos fisiológicos.Neste contexto, existe um debate em psicologia que gira em torno do funciona­lismo ("strong AI"), que defende que a mente depende apenas da estrutura dos processos cerebrais, e não de sua realização física. Assim, em princípio, um computador poderia ter consciência, ou mesmo uma sociedade poderia ter uma consciência própria, desde que os elementos destes sistemas satisfizessem certas propriedades estruturais, ainda não conhecidas pela ciência. A mente seria como um programa de computador. A tese de que o problema mente-corpo só poderá ser esclarecido quando for levado em conta a natureza quântica do cérebro tem sido usada como um argumento anti-funcionalista. Esta posição defende que existe algo nos detalhes dos processos fisiológicos da mente que é essencial para a consciência. Talvez esse "algo" seja um processo quântico! Se isto for verdade, então computadores feitos com chips convencionais e sociedades humanas não poderão ter consciência. 3. O que é a Consciência?
Boa pergunta!Não sei bem! Espero aprender nesta conferência! Mas tem algo a ver com eu (ou você) estar aqui agora, tendo acesso a impressões sensoriais que possuem uma qualidade fenomênica (os "qualia", a qualidade branca neste branco, etc.), tendo acesso a memórias que são sempre relativas às experiências minhas, tendo desejos e pensamentos que parecem ter sempre uma intencionalidade, tendo uma noção de unidade de minha consciência, tendo uma noção de tempo e um terrível pavor ao representar adequadamente a minha morte. 4. O que é um Fenômeno Quântico?
Um ponto filosofico crucial a ser esclarecido se refere ao significado da expressão "fenômeno quântico", em oposição a um fenômeno "clássico". A física quântica é a teoria científica que descreve os objetos microscópicos, como átomos, e sua interação com a radiação (luz, etc.). Como ela é uma teoria muito bem sucedida, pode-se dizer que qualquer fenômeno microscópico é um fenômeno quântico. Assim, como nosso cérebro é constituído de entidades microscópicas, num sentido trivial nosso cérebro é quântico, assim como nossa consciência (supondo o materialismo). Mas não é essa a nossa pergunta. Queremos saber se a física quântica é necessária para explicar a consciência, ou seja, se a física clássica é incapaz de explicá-la. Mas afinal, o que é a teoria quântica? Em poucas palavras, podemos dizer que o que a física quântica tem de essencial é que ela é uma teoria que atribui propriedades ondulatórias para partículas individuais. Na década de 1920, comprovou-se que toda radiação é absorvida em quantidades discretas de energia ou massa, chamados de "quanta", e que todas as partículas ou quanta podem exibir propriedades ondulatórias, como interferência, difração, etc. Esta constatação é uma versão fraca do princípio da "dualidade onda-partícula". A física clássica incluia a mecânica de partículas e a mecânica ondula­tória, mas cada qual tinha um domínio de aplicação exclusivo. Partículas seguiam trajetórias bem definidas e não se dividiam em espelhos semi-refletores. Ondas se espalhavam pelo espaço, se dividiam, interferiam consigo mesmas, eram limitadas pelo princípio de incerteza (por exemplo, um pulso de luz emitido em um intervalo de tempo curto não podia ter uma freqüência bem definida), sofriam tunela­mento, e exibiam flutuações em sua intensidade. A física quântica é justamente a teoria que atribui todas essas propriedades ondulatórias a partículas individuais. Considere agora um determinado tipo de objeto, como um elétron, e o conjunto de suas manifestações (ou seja, os diferentes tipos de experimentos que podem ser feitas com esse elétron). Em geral, a cada um destes experimentos pode-se atribuir ou uma descrição corpuscular, ou uma ondulatória (esta é uma versão forte da dualidade onda-partícula, conhecida como complementaridade, mas que parece ter exceções). Se este conjunto de manifestações do objeto contiver os dois tipos de comportamento (onda e partícula), então somos forçados a dizer que só a física quântica é capaz de descrever o objeto.Caso isso não aconteça (ou seja, todas as manifestações são de apenas um tipo), dizemos que o objeto se comporta classicamente. Considere a absorção de luz pela retina. A física quântica é necessária para descrever este processo?Bem, sabe-se que certos animais são sensíveis a apenas um fóton, e assim este processo é corpuscular.No entanto, acredita-se que nenhuma das propriedades ondulatórias da luz são relevantes para o processo de absorção em si. As propriedades ondulatórias afetam a distribuição espacial dos fótons, mas a absorção em cada célula da retina independe do que está acontecendo em outras células (ou estarei enganado?).Assim, a física clássica seria suficiente para explicar a absorção de luz pela retina. Existiria algum processo em nosso cérebro, essencial para a nossa consciência, que só pode ser explicado pela física quântica? 5.O Papel da Consciência na Física Quântica
A ligação entre consciência e física quântica foi estabelecida na década de 1930, mas em um sentido diferente do que estamos examinando aqui.Para expli­car como que uma frente de onda espalhada podia ser detectada em uma chapa foto­gráfica como uma trajetória quase linear, elaborou-se a noção de um colapso do pacote de onda que seria causado pela ato da observação (Heisenberg, 1927).Ora, qual é a essência de tal ato?Para alguns físicos importantes da época, era a presença de uma ser consciente.A consciência humana seria causadora de uma transição quântica! Após a Guerra, o consenso passou a ser que uma observação se caracterizaria pela presença de um aparelho macroscópico de medição, elimi­nando assim o papel legislador da consciência (ver Pessoa, 1992). Ainda hoje, porém, alguns físicos e filósofos respeitáveis aderem à tese subjetivista. 6. O Papel da Física Quântica na Consciência
A tese que pretendemos examinar com maior cuidado não é o papel da consciência na teoria quântica, mas o papel da teoria quântica nas teorias materialistas da consciência. Apresentarei aqui os principais argumentos em favor da tese de que a física quântica é essencial para a consciência.
a) O cérebro seria um "computador quântico". Este conceito foi bastante trabalhado pelo físico David Deutsch (ver Deutsch, 1992), que mostrou que tal computador seria mais eficiente do que um computador digital.Por seleção natural, essa vantagem computacional poderia ter favorecido um cérebro que fosse um computador quântico ( Lockwood, 1989, pp. 251-2). O problema com este argumento é que o cérebro é muito quente para que tal computação quântica pudesse ocorrer.
b) O cérebro computaria funções não-recursivas. Computadores clássicos e quânticos só podem computar funções recursivas, mas o pensamento humano (por exemplo, a intuição matemática) extrapolaria esta limitação. Uma solução inovadora ao problema do colapso na mecânica quântica talvez solucionasse também esse problema da consciência (Penrose, 1989, pp. 403-4). O problema aqui é que não se mostrou rigorosa­mente que o pensamento humano é capaz de computar funções não-recursivas.
c) Um fenômeno quântico semelhante à "condensação de Bose" poderia ocorrer no cérebro ( Marshall, 1989).Este fenômeno é observado a baixas temperaturas, quando um grande número de partículas se comporta identicamente. Fröhlich (1968) propôs um modelo biológico deste fenômeno de "coerência" à temperatura ambiente, envolvendo moléculas dipolares.Alguns pesquisadores afirmam ter encontrado evidência de que tal fenômeno ocorreria no cérebro (ver Hameroff et al., 1993, p. 340). Preciso estudar esta questão um pouco mais a fundo para poder avaliar sua plausabilidade.
d) O cérebro seria regido por leis análogas às da mecânica quântica. Existe uma abordagem em neurociência que supõe que a convencional dinâmica do neurônio e da sinapse não é fundamental, e que as funções cerebrais podem ser descritas por um "campo dendrítico" que obedeceria a equações da teoria quântica de campos (Stuart et al., 1979; Jibu & Yasue, 1991).Esta abordagem matemática foi inspirada na proposta de Karl Pribram, nos anos 60, de um modelo "holonômico" para o cérebro (ver Pribram, 1991).Conforme notado por Werbos (1993, pp. 301-3), o fato de leis análogas às da mecânica quântica descreverem funções cerebrais não implica que tais funções constituam um fenômeno quântico. Além disso, em tais modelos não se introduzem medições que causam colapsos, o que sugere que a descrição destes autores é meramente ondulatória.
e) A liberação de neurotransmissores é um processo probabilístico, que seria descrito apenas pela física quântica. Tal liberação, chamada de "exocitose", ocorreria com uma probabilidade relativamente baixa (de cada 5 impulsos nervosos chegando à vesícula sináptica de células piramidais do neocórtex, apenas 1 liberaria o neurotransmissor).De acordo com John Eccles, a mente (que em sua visão dualista existe independentemente do cérebro) pode alterar levemente essas probabilidades de exocitose, o que constituiria um mecanismo para a ação da mente sobre o cérebro.Rejeitamos aqui, por motivos filosóficos, esse dualismo de Eccles. Agora, se ele estiver correto e a exocitose puder ser descrita pela teoria quântica (Beck & Eccles , 1992), faltaria mostrar que a mecânica quântica é necessária para decrever este fenômeno, conforme explicado na seção 4, e de que forma este fenômeno está ligado com a emergência da consciência.
f) A nível subneuronal ocorreria processamento de informação. Nos anos 70 descobriu-se que as células possuem uma delicada estrutura formada por "micro­túbulos" de proteína, formando um "citoesqueleto". Hameroff et al. (1993, p. 330) citam alguma evidência experimental de que o citoesqueleto tem de fato uma função cognitiva, ligada à memória. Como tais microtúbulos são cilindros com diâmetro de apenas 25 nanometros (10-9 m), é provável que eles só possam ser adequadamente descritos pela física quântica. Resta saber se de fato o cito­esqueleto tem uma função cognitiva, além de sua função estrutural e de trans­porte. Em um recente relato irônico a respeito deste programa de pesquisa (Horgan, 1994, p. 77), anuncia-se que Penrose aderiu a ele.
7) A mecânica quântica explicaria fenômenos de percepção extrasensorial.Alguns autores partem do princípio de que a consciência pode exercer influência direta sobre processos naturais, e procuram mostrar como um modelo quântico da consciência daria conta deste e de outros tipos de fenômenos (Jahn & Dunne, 1986). Marshall (citado por Horgan , 1994, p. 78) defende que a performance mental de seres humanos é alterada quando um eletroencefalograma é feito, já que este aparelho de medição estaria provocando colapsos no cérebro. Não creio que tais propostas devam ser levadas a sério em nossa discussão.
8. Conclusão Não existe evidência concreta, ainda, de que a física quântica seja necessária para explicar a consciência. O modelo de Fröhlich e a hipótese de que os microtúbulos tenham uma função cognitiva são bastante interessantes, e merecem ser investigados mais a fundo. Mas quanto às declarações de que tais hipóteses foram confirmadas, conhecemos bem a dinâmica da ciência para não nos deixarmos levar facilmente por tais promessas. Este é um campo em que os pré-julgamentos filosóficos possuem bastante peso.E mesmo que tais hipóteses se confirmem, permaneceria a questão de se a consciência, a ser caracterizada de maneira precisa, faria uso de maneira essencial das características quânticas dos processos cerebrais. Como saldo positivo, espero ter definido de maneira adequada um critério para caracterizar um fenômeno quântico (seção 4), que preciso ainda estender de maneira precisa para a condensação de Bose.




Se o seu fim não é algo parecido com isso, vá pro G1 !!!!! hehehehehhe - BEM VINDOS.



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Link - Conhecendo o Mundo
Sealand


Link - Lest We Remember: Cold Boot Attacks on Encryption Keys
Prêmio Nobel da Esperteza


A MILLION TIMES

Author: Unknown
I have seen you a million times
And every time I see you
I fall in love with you all over again
My heart starts to race
My frown turns into a smile
And all my worries are now in my past
When you smile at me my heart melts
You give the sweetest hugs
Every time you hug me
Your smile is like a new day
Your sense of humor is like no other
The ability you have to make me smile
Is all you need you love me
Your laugh is so soft and sweet
Just looking in your eyes
Makes me melt inside
Your lips look so soft
Soft enough to kiss
You, yourself relive me from all pain
Your hands are as soft as a pillow
The way you comfort me is amazing
Every time we say good-bye
I start to cry
I say good-bye to you too many times
I said good-bye to you a million times



Título original: The Narrative of Arthur Gordon Pym of Nantucket

Autor: Edgar Allan Poe
Tradutor: Jorge Pereirinha Pires
Editora: Assírio & Alvim, 2009



Qualquer fã de Edgar Allan Poe poderá nesta altura rejubilar de contentamento, pois têm disponível agora toda a sua obra traduzida para português: a Tinta da China publicou toda a poesia, a Quetzal, todos os contos em dois volumes – o segundo ainda não foi lançado – e a Assírio & Alvim, o seu único romance, A Narrativa de Gordon Pym de Nantucket.
Não bastava podermos ter acesso a toda a sua obra, como também somos presenteados com três belíssimas e cuidadas edições. Mas por agora, centremo-nos na edição da Assírio & Alvim.
“Contendo os detalhes de um motim e de uma atroz a bordo do brigue americano Grampus, em rota para os mares do Sul, no mês de Junho de 1827. Com relato da reconquista do navio pelos sobreviventes; seu náufrago e posteriores horríveis padecimentos devido à fome; de sua livração pela escuna britânica Jane Guy; do breve cruzeiro desta última no oceano Antárctico, da captura dela e do massacre da sua tripulação entre o grupo de ilhas no PARALELO 84 DE LATITUDE SUL A par das incríveis aventuras e descobertas AINDA MAIS A SUL às quais essa aflitiva calamidade deu origem.”
E com isto se resume a aventura de Gordon Pym, ou quase. Há ainda muito mais para descobrir...
A escrita de Edgar Allan Poe não só é muito descritiva e pormenorizada como é realista, o que permite a nós, leitores, viver as mesmas vivências da personagem principal. Poe inclusive narra a aventura através dos olhos do protagonista, o que confere uma experiência ainda mais pessoal.
Mas tudo isto apenas foi possível ao trabalho de Jorge Pereirinha Pires que volta a apresentar uma tradução exemplar: “As diferentes medidas (...) indicadas no texto original foram aqui reconvertidas ao sistema métrico e decimal, sempre que tal se julgou adequado a uma melhor compreensão do testo. Por último, retomou-se o vocabulário de marinharia definido em Como se fala a bordo de Francisco Penteado... [...] A ambos se deverão, portanto, alguma da espuma e algum do sal com que o leitor possa sentir-se bafejado nas páginas seguintes.”
Devemos lembrar que Jorge Pereirinha Pires foi também responsável pela não menos fantástica edição O Festim da Aranha (ler crítica).
É curioso descobrir também que parte desta fantástica aventura, se deve às vivências do escritor enquanto criança durante as viagens que fez com o seu pai, ou durante a sua carreira militar. E igualmente presentes estão as influências de diários de viagens marítimas, mas principalmente em Adress on the subject of a surveying and exploring expedition de Jeremiah N. Reynolds.
Em suma, no fim apenas podemos dizer que estamos diante daquela que com certeza, poderá ser a melhor edição de A Narrativa de Gordon Pym de Nantucket, mesmo sem termos desfolhado as nove edições portuguesas editadas anteriormente. E por certo, será bem difícil superar a presente edição. - Rui Baptista



___If I am not bad, You are not too!___



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Vale a pena ler - "Elogio da Loucura" ; de Erasmo

Vale a pena ver - "ANTICRISTO" ______:; esse filme, eu assiti, cheguando a conclusão de que se existissem terapias na época de Romeu e Juelita, eles seriam uma caso de amor bem sucedido. hehehhehe. (sem hehehhehe pro clitóris extirpado.)





APESAR DE ACHAR QUA A RAZÃO É UMA FERRAMENTA PARA A VIDA, E NÃO A VIDA, ESTA SER A BUSCA DA RAZÃO, VEJAMOS:


O iluminismo foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi a cidade de Paris. Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e concretizaram a idéia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra composta por 35 volumes, na qual estava resumido todo o conhecimento existente até então. O iluminismo foi um movimento de reação ao absolutismo europeu, que tinha como características as estruturas feudais, a influencia cultural da Igreja Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”. O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade. Os principais pensadores iluministas foram: Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia. Voltaire (1694-1778) – Crítico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo: Écrasez l’Infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”. Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição. D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia. Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”. O movimento iluminista utilizou da razão no combate a fé na Igreja e a idéia de liberdade para combater o poder centralizado da monarquia. Com essa essência transformou a concepção de homem e de mundo. A partir do iluminismo surgiu outro movimento, de cunho mais econômico e político: o liberalismo. Os escritores franceses do século XVIII provocaram uma revolução intelectual na história do pensamento moderno. Suas idéias caracterizavam-se pela importância dada à razão: rejeitavam as tradições e procuravam uma explicação racional para tudo. Filósofos e economistas procuravam novos meios para dar felicidade aos homens. Atacavam a injustiça, a intolerância religiosa, os privilégios. Suas opiniões abriram caminho para a Revolução Francesa, pois denunciaram erros e vícios do Antigo Regime. As novas idéias conquistaram numerosos adeptos, a quem pareciam trazer luz e conheci­mento. Por isto, os filósofos que as divulgaram foram chamados iluministas; sua maneira de pensar, Iluminismo; e o movimento, Ilustração. O Iluminismo expressou a ascensão da burguesia e de sua ideologia. Foi a culminância de um processo que começou no Renascimento, quando se usou a razão para descobrir o mundo, e que ganhou aspecto essencialmente crítico no século XVIII, quando os homens passaram a usar a razão para entenderem a si mesmos no contexto da sociedade. Tal espírito generalizou-se nos clubes, cafés e salões literários. A filosofia considerava a razão indispensável ao estudo de fenômenos naturais e sociais. Até a crença devia ser racionalizada: Os iluministas eram deístas, isto é, acreditavam que Deus está presente na natureza, portanto no próprio homem, que pode descobri-lo através da razão. Para encontrar Deus, bastaria levar vida piedosa e virtuosa; a Igreja tornava-se dispensável. Os iluministas criticavam-na por sua intolerância, ambição política e inutilidade das ordens monásticas. Os iluministas diziam que leis naturais regulam as relações entre os homens, tal como regulam os fenômenos da natureza. Consideravam os homens todos bons e iguais; e que as desigualdades seriam provocadas pelos próprios homens, isto é, pela sociedade. Para corrigi-las, achavam necessário mudar a sociedade, dando a todos liberdade de expressão e culto, e proteção contra a escravidão, a injustiça, a opressão e as guerras. O princípio organizador da sociedade deveria ser a busca da felicidade; ao governo caberia garantir direitos naturais: a liberdade individual e a livre posse de bens; tolerância para a expressão de idéias; igualdade perante a lei; justiça com base na punição dos delitos; conforme defendia o jurista milanês Beccaria. A forma política ideal variava: seria a monarquia inglesa, segundo Montesquieu e Voltaire; ou uma república fundada sobre a moralidade e a virtude cívica, segundo Rousseau. Podemos dividir os pensadores iluministas em dois grupos: os filósofos, que se preocupavam com problemas políticos; e os economistas, que procuravam uma maneira de aumentar a riqueza das nações. Os principais filósofos franceses foram Montesquieu, Voltaire, Rousseau e Diderot. Montesquieu publicou em 1721 as Cartas Persas, em que ridicularizava costumes e instituições. Em 1748, publicou O Espírito das Leis, estudo sobre formas de governo em que destacava a monarquia inglesa e recomendava, como única maneira de garantir a liberdade, a independência dos três poderes: Executivo; Legislativo, Judiciário. Voltaire foi o mais importante. Exilado na Inglaterra, publicou Cartas Inglesas, com ataques ao absolutismo e à intolerância e elogios à liberdade existente naquele país. Fixando-se em Ferney, França, exerceu grande influência por mais de vinte anos, até morrer. Discípulos se espalharam pela Europa e divulgaram suas idéias, especial­mente o anticlericalismo. Rousseau teve origem modesta e vida aventureira. Nascido em Genebra, era contrário ao luxo e à vida mundana. Em Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens (1755), defendeu a tese da bondade natural dos homens, pervertidos pela civilização. Consagrou toda a sua obra à tese da reforma necessária da sociedade corrompida. Propunha uma vida familiar simples; no plano político, uma sociedade baseada na justiça, igualdade e soberania do povo, como mostra em seu texto mais famoso, O Contrato Social. Sua teoria da vontade geral, referida ao povo, foi fundamental na Revolução Francesa e inspirou Robespierre e outros líderes. Diderot organizou a Enciclopédia, publicada entre 1751 e 1772, com ajuda do matemático d' Alembert e da maioria dos pensadores e escritores. Proibida pelo governo por divulgar as novas idéias, a obra passou a circular clandestinamente. Os economistas pregaram essencialmente a liberdade econômica e se opunham a toda e qual­quer regulamentação. A natureza deveria dirigir a economia; o Estado só interviria para garantir o livre curso da natureza. Eram os fisiocratas, ou partidários da fisiocracia (governo da natureza). Quesnay afirmava que a atividade verdadeira­mente produtiva era a agricultura. Gournay propunha total liberdade para as atividades comerciais e industriais, consagrando a frase: “Laissez faire, laissez passar”.(Deixe fazer, deixe passar.). O escocês Adam Smith, seu discípulo, escreveu A Riqueza das Nações (1765), em que defendeu: nem a agricultura, como queriam os fisiocratas; nem o comércio, como defendiam os mercantilistas; o trabalho era a fonte da riqueza. O trabalho livre, sem intervenções, guiado espontaneamente pela natureza. Muitos príncipes puseram em prática as novas idéias. Sem abandonar o poder absoluto, procura­ram governar conforme a razão e os interesses do povo. Esta aliança de princípios filosóficos e poder monárquico deu origem ao regime de governo típico do século XVIII, o despotismo esclarecido. Seus representantes mais destacados foram Frederico II da Prússia; Catarina II da Rússia; José II da Áustria; Pombal, ministro português; e Aranda, ministro da Espanha. Frederico II (1740-1786), discípulo de Voltaire e indiferente à religião, deu liberdade de culto ao povo prussiano. Tornou obrigatório o ensino básico e atraiu os jesuítas, por suas qualidades de educadores, embora quase todos os países estives­sem expulsando-os, por suas ligações com o papa­do. A tortura foi abolida e organizado novo código de justiça. O rei exigia obediência mas dava total liberdade de expressão. Estimulou a economia, adotando medidas protecionistas, apesar de contrárias às idéias iluministas. Preservou a ordem: a Prússia permaneceu um Estado feudal, com servos sujeitos à classe dominante, dos proprietários. O Estado que mais fez propaganda e menos praticou as novas idéias foi a Rússia. Catarina II (1762-1796) atraiu filósofos, manteve correspondência com eles, muito prometeu e pouco fez. A czarina deu liberdade religiosa ao povo e educou as altas classes sociais, que se afrancesaram. A situação dos servos se agravou. Os proprietários chegaram a ter direito de condená-los à morte. José II (1780-1790) foi o déspota esclarecido típico. Aboliu a servidão na Áustria, deu igualdade a todos perante a lei e os impostos, uniformizou a administração do Império, deu liberdade de culto e direito de emprego aos não-católicos. O Marquês de Pombal, ministro de Dom José I de Portugal, fez importantes reformas. A indústria cresceu, o comércio passou ao controle de companhias que detinham o monopólio nas colônias, a agricultura foi estimulada; nobreza e clero foram perseguidos para fortalecer o poder real. Aranda também fez reformas na Espanha: liberou o comércio, estimulou a indústria de luxo e de tecidos, dinamizou a administração com a criação dos intendentes, que fortaleceram o poder do Rei Carlos III.





"Eu vejo que aprendi,
O quanto te ensinei
E é nos teus braços que ele vai saber
Não há por que voltar
Não penso em te seguir
Não quero mais a tua insensatez
O que fazes sem pensar aprendeste do olhar
E das palavras que guardei pra ti
Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim
Não basta o compromisso,
Vale mais o coração
Já que não me entendes, não me julgues
Não me tentes
O que sabes fazer agora
Veio tudo de nossas horas
Eu não minto, eu não sou assim
Ninguém sabia e ninguém viu
Que eu estava a teu lado então
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua Deusa, meu amor
Alguma coisa aconteceu
Do ventre nasce um novo coração
Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim
Não basta o compromisso
Vale mais o coração
Ninguém sabia e ninguém viu
Que eu estava ao teu lado então
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor
O que fazes por sonhar
É o mundo que virá, pra ti.. para mim...
Vamos descobrir o mundo juntos,
Quero aprender com o teu pequeno grande coração
Meu amor, meu amor..."

http://www.youtube.com/watch?v=QUCtFh4IzTM Vale mais o Coração









link de cabeceira - Santos Rebeldes
Com Agostinho cicatrizei em mim a idéia de que Deus não é o criador da maldade, mas o homem. Não se culpa Deus por nada de ruim ou casual. Deus não é ruim nem casual. O homem sim. O homem é limitado. O homem deve cuidar de si de seus amores. Em A Cidade de Deus, a sua obra mais ponderada, Santo Agostinho adopta a postura de um filósofo da história universal em busca de um sentido unitário e profundo da história. A sua atitude é sobretudo moral: há dois tipos de homens, os que se amam a si mesmos até ao desprezo de Deus (estes são a cidade terrena) e os que amam a Deus até ao desprezo de si mesmos (estes são a cidade de Deus). Santo Agostinho insiste na impossibilidade de o Estado chegar a uma autêntica justiça se não se reger pelos princípios morais do cristianismo. De modo que na concepção augustiniana se dá uma primazia da Igreja sobre o Estado. Por outro lado, há que ter presente que na sua época (séculos iv-v) o Estado romano está sumamente debilitado perante a Igreja.

Sto. Agostinho


Já li muito sobre a evolução do homem, pelo tempo. Aliás: "Os deuses instilaram ansiedade no primeiro homem que descobriu como distinguir as horas. Produziram também, ansiedade naquele que neste lugar construiu um relógio de sol, para cortar e picar meus dias tão desgraçadamente em pedacinhos!" - Titus Maccius Plautus (254-184 a.c.). E uma das mais fabulosas características do homem atual é a obrigatoriedade de pagamento de pensão alimentícia aos filhos menores. Sim, pois imaginemos que ratos fossem obrigados ao mesmo. No primeiro divórcio, o pobre roedor causaria uma mudança drástica na economia global, visto que sua prole de cinquenta ratinhos com sua primeira esposa, em menos de uma semana estaria entrando em conflito com as outras cem ninhadas dele, com outras esposas. Viram? Tem, peculiaridades que só um ser humano, homem justo de verdade assume. E eu acho certo, muito certo. Pagar pensão é humano. O resto, como já diria minha sábia bisa, são ratos. "És um homem, ou um rato?" (dito pop)
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Joe Seku
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link - Monters Tatoos
Tatoos





EPISTEMOLOGIA


Bibliografia
JAPIASSU, Hilton F. EPISTEMOLOGIA O mito da neutralidade científica. Rio,
Imago, 1975 (Série Logoteca), 188 p.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21 Ed. TRINDADE, André. Os direitos fundamentais em uma perspectiva autopoiética.
Porto Alegre: Livraria dos Advogados. 2007.
MANNHEIM, Karl. Ideologia e Utopia.
DESCARTES, Rene. Discurso do método.
DESCARTES, Rene. Memórias.
KANT, Imanuel. Crítica da Razão Pura.
BOMBASSARO, Luiz Carlos. As fronteiras da Epistemologia. 3a. ed. Petrópolis: Vozes, 1993.




Epistemologia ou teoria do conhecimento (do grego ἐπιστήμη [episteme], ciência, conhecimento; λόγος logos], discurso) é um ramo da Filosofia que trata dos problemas filosóficos relacionados à crença e ao conhecimento. A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento (daí também se designar por filosofia do conhecimento). Ela se relaciona ainda com a metafísica, a lógica e o empirismo, uma vez que avalia a consistência lógica da teoria e sua coesão fatual, sendo assim a principal dentre as vertentes da filosofia (é considerada a "corregedoria" da ciência). Sua problematização compreende a questão da possibilidade do conhecimento: Será que o ser humano conseguirá algum dia atingir realmente o conhecimento total e genuíno, fazendo-nos oscilar entre uma resposta dogmática ou empirista? Outra questão abrange os limites do conhecimento: Haverá realmente a distinção entre o mundo cognoscível e o mundo incognoscível? E finalmente, a questão sobre a origem do conhecimento: Por quais faculdades atingimos o conhecimento? Haverá conhecimento certo e seguro em alguma concepção a priori? Há ainda outras questões relativas ao conhecimento, como a apostasia da ciência de seu verdadeiro sentido e sua aproximação a outras formas de aprendizado com estruturas ilógicas e irracionais: O senso comum, a filosofia e a ciência, no mais das vezes, dão um caráter universal ao contingente, tornando-o dogmático. Assim, a ciência, que sempre julgou-se detentora única do saber, vê-se inserida em seu coexistente princípio de contradição. Pode-se dizer que a epistemologia se origina em Platão. Ele opõe a crença ou opinião ("δόξα", em grego) ao conhecimento. A crença é um determinado ponto de vista subjetivo. O conhecimento é crença verdadeira e justificada. A teoria de Platão abrange o conhecimento teórico, o saber como. Tal tipo de conhecimento é o conjunto de todas aquelas informações que descrevem e explicam o mundo natural e social que nos rodeia. Este conhecimento consiste em descrever, explicar e predizer uma realidade, isto é, analisar o que ocorre, determinar por que ocorre dessa forma e utilizar estes conhecimentos para antecipar uma realidade futura. Há outro tipo de conhecimento, não abrangido pela teoria de Platão. Trata -se do conhecimento prático, o saber que. A epistemologia também estuda a evidência (entendida não como mero sentimento que temos da verdade do pensamento, mas sim no sentido forense de prova), isto é, os critérios de reconhecimento da verdade. Ante a questão da possibilidade do conhecimento, o sujeito pode tomar diferentes atitudes: Dogmatismo: atitude filosófica pela qual podemos adquirir conhecimentos seguros e universais, e ter certeza disso. Cepticismo: atitude filosófica oposta ao dogmatismo, a qual duvida de que seja possível um conhecimento firme e seguro, sempre questionando e pondo à prova as ditas verdades. Esta postura foi defendida por Pirro de Élis. Relativismo: atitude filosófica defendida pelos sofistas que nega a existência de uma verdade absoluta e defende a idéia de que cada indivíduo possui sua própria verdade, que é em função do contexto histórico do indivíduo em questão. Perspectivismo: atitude filosófica que defende a existência de uma verdade absoluta, mas pensa que nenhum de nós pode chegar a ela senão a apenas uma pequena parte. Cada ser humano tem uma visão da verdade. Esta teoria foi defendida por Nietzsche e notam-se nela ecos de platonismo. Segundo Lalende, trata-se de uma filosofia das ciências, mas de modo especial, enquanto "é essencialmente o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências, destinado a determinar sua origem lógica (não psicológica), seu valor e seu alcance objetivo". Para Lalande, ela se distingue, portanto, da teoria do conhecimento, da qual serve, contudo, como introdução e auxiliar indispensável. Portanto, temos que epistemologia é o estudo sobre o conhecimento científico, ou seja, o estudo dos mecanismos que permitem o conhecimento de determinada ciência. Japiassu distingue três tipos de Epistemologia a Epistemologia global ou geral que trata do saber globalmente considerado, com a virtualidade e os problemas do conjunto de sua organização, quer sejam especulativos, quer científicos; a Epistemologia particular que trata de levar em consideração um campo particular do saber, quer seja especulativo, quer científico; a Epistemologia específica que trata de levar em conta uma disciplina intelectualmente constituída em unidade bem definida do saber e de estudá -la de modo próximo, detalhado e técnico, mostrando sua organização, seu funcionamento e as possíveis relações que ela mantém com as demais disciplinas. Segundo Trindade “todo conhecimento torna-se, devido à necessária vinculação do meio ao indivíduo que pertence ao próprio meio, um auto- conhecimento. Essa interação faz-se cogente pela gênese unívoca entre os muitos integrantes do mundo da vida, sem olvidar que o homem é um desses integrantes. [...] Ocorre, deste modo, um acoplamento estrutural entre o sistema nervoso do observador e o meio proporcionando, assim, uma mútua transformação/adaptação. O ser é modificado pelo meio ao qual o próprio ser pertence e modifica”.



link - Não tem briga de Cachorros
Bugs



Se vai tentar
siga em frente.
Senão, nem começe!
Isso pode significar perder namoradas
esposas, família, trabalho...e talvez a cabeça.
Pode significar ficar sem comer por dias,
Pode significar congelar em um parque,
Pode significar cadeia,
Pode significar caçoadas, desolação...
A desolação é o presente
O resto é uma prova de sua paciência,
do quanto realmente quis fazer
E farei, apesar do menosprezo
E será melhor que qualquer coisa que possa imaginar.
Se vai tentar,
Vá em frente.
Não há outro sentimento como este
Ficará sozinho com os Deuses
E as noites serão quentes
Levará a vida com um sorriso perfeito
É a única coisa que vale a pena.
Charles Bukowski
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Jacaré Banguela






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SANTOS DUMONT e o 14 BIS

link - Charles Bukowski - Music by Johnny Cash (Mercy Seat)
Charles Bukowski

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Ozzy Osbourne - Mama I'm Coming Home

link - Albert
Albert Eisntein

link - + & + Luana Piovani
Piovani, the Queen



___Gretestern___

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Antes de mais nada, pergunto: JÁ MANDARAM A LUCIDEZ SE FUDER HOJE? Uma vez tive que encarar a tal de quarentena pós-parto. Aliás, foram duas quarentenas de merda, filhas da puta. Aprendi que era o período propício para fuder com quarenta mulheres diferentes, mas devo ter pego umas quatro só. Um zero me distanciou do nirvana sexual. E minha mulher azul de depressão. Carinhas, tudo que é tipo de forma de comunicação, depois que penetra o cérebro vira sinapse. Proteja as suas como ouro em pó. Por que ouro em pó? Pra facilitar na pesagem conscientizal. Tipo assim: já pararam pra estudar a evolução das calcinhas e das cuecas, e depois traçaram um diagrama comparativo entre ambos os utensílios genitais? Depois o pessoal não sabe o porquê do fato do homem ficar coçando o saco o dia inteiro. Eu não coço o saco, mas também não resisto arrancar um pouco de pêlo pubiano, e depois jogá-los ao vento. Me dá uma sensação de frescor e liberdade. É melhor que comer bergamota com Rivotril. Não dá vontade de ser pragmático com o humanismo e humano com ciência? Pedra se tu te comportar eu te levo no xou da xuxa. Nenê de de cinco dias, se tu chorar mais uma vez eu te entrego pro MST...
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Joe Seku
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link - Jet (my girl is a genius)
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link - Pêndulo
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DADAÍSMO O movimento Dadá (Dada) ou Dadaísmo foi uma vanguarda moderna iniciada em Zurique, em 1916, no chamado Cabaret Voltaire, por um grupo de escritores e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão e que era liderado por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp. Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de brinquedo, sua utilização marca o non-sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na língua de um bebê). Para reforçar esta idéia foi criado o mito de que o nome foi escolhido aleatoriamente, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se um estilete sobre a mesma. Isso foi feito para simbolizar o caráter anti-racional do movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial. Em poucos anos, o movimento alcançou, além de Zurique, as cidades de Barcelona, Berlim, Colônia, Hanôver, Nova York e Paris. O Dadaísmo é caracterizado pela oposição a qualquer tipo de equilíbrio, pela combinação de pessimismo irônico e ingenuidade radical, pelo ceticismo absoluto e improvisação. Enfatizou o ilógico e o absurdo. Entretanto, apesar da aparente falta de sentido, o movimento protestava contra a loucura da guerra. Assim, sua principal estratégia era mesmo denunciar e escandalizar. A princípio, o movimento não envolveu uma estética específica, mas talvez as formas principais da expressão dadá tenham sido o poema aleatório e o ready made. Sua tendência extravagante e baseada no acaso serviu de base para o surgimento de inúmeros outros movimentos artísticos do século XX, entre eles o Surrealismo, a Arte Conceitual, a Pop Art e o Expressionismo Abstrato. É niilista(falta de sentimentos baseada na análise racional),arte experimentalista, espontâneo, trabalham com o acaso, fazem montagens de imagem, junção entre diferentes formas de expressão, incorpora objectos, sons e imagens do cotidiano nas suas obras. Abrange as áreas das artes plásticas, fotografia, música, teatro, etc. Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem para nem contra e não explico por que odeio o bom-senso." Tristan Tzara Como você pode notar pelo trecho acima, o impacto causado pelo Dadaísmo justifica-se plenamente pela atmosfera de confusão e desafio à lógica por ele desencadeado. Tzara opta por expressar de modo inconfundível suas opiniões acerca da arte oficial, e também das próprias vanguardas("sou por princípio contra o manifestos, como sou também contra princípios"). Dadá vem para abolir de vez a lógica, a organização, a postura racional, trazendo para arte um caráter de espontaneísmo e gratuidade total. A falta de sentido, aliás presente no nome escolhido para a vanguarda. Segundo o próprio Tzara: "Dadá não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros Krou denominam a cauda da vaca santa: Dadá. O cubo é a mae em certa região da Itália: Dadá. Um cavalo de madeira, a ama-de-leite, dupla afirmação em russo e e me romeno: Dadá. Sábios jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros jesus chamando criancinhas do dia, o retorno a primitivismo seco e barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge para a perfeição que aborrece, a idéia estagnante de um pântano dourado, relativo ao produto humano.Tristan Tzara" O principal problema de todas as manifestações artísticas estava, segundo os dadaístas, em almejar algo que era impossível: explicar o ser humano. Na esteira de todas as outras afirmações retumbantes, Tzara decreta: "A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta". No seu esforço para expressar a negação de todos os valores estéticos e artísticos correntes, os dadaístas usaram, com freqüência, métodos deliberadamente incompreensíveis. Nas pinturas e esculturas, por exemplo, tinham por hábito aproveitar pedaços de materiais encontrados pelas ruas ou objetos que haviam sido jogados fora. Foi na literatura, porém que a ilogicidade e o espontaneísmo alcançaram sua expressão máxima. No último manifesto que divulgou, Tzara disse que o grande segredo da poesia é que "o pensamento se faz na boca".






"O ILUSTRE PSICÓLOGO SOVIÉTICO PAVEL SEMENOV CERTA VEZ OBSERVOU QUE O HOMEM SATISFAZ SEU DESEJO DE CONHECIMENTO DE DUAS MANEIRAS: 1- ELE OBSEVARVA SEU MEIO E TENTA ORGANIZAR O DESCONHECIDO DE UMA MANEIRA SENSATA E SIGNIFICATIVA (ISSO É CIÊNCIA); E 2- ELE ORGANIZA O MEIO CONHECIDO A FIM DE CRIAR ALGO NOVO (ISSO É ARTE)."




"O INDIVÍDUO PODE ATÉ SAIR DA MERDA, MAS ESTA JAMAIS PARA DE SAIR DE DENTRO DELE"
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Joe Seku
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O Fim dos Tempos



Jesus travestido de Skylab



ALCALÓIDES ( de álcali, básico, com o sufixo -oide, "-semelhante a" ) é uma substância de caráter básico derivada principalmente de plantas (mas não somente, podendo ser também derivadas de fungos, bactérias e até mesmo de animais)que contêm, em sua fórmula, basicamente nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono. Seus nomes comuns e que estamos mais habituados a ver, geralmente terminam com o sufixo ina: cafeína (do café, que é chamada de pseudoalcalóide por ser, na verdade, uma xantina), cocaína (da coca), pilocarpina (do jaborandi), papaverina/morfina/heroína/codeína (da papoula),psilocibina do cogumelo psilocybe cubensis, almíscar que é extraído de uma glândula do cervo-almiscarado, etc. São geralmente sólidos brancos (com exceção da nicotina). Nas plantas podem existir no estado livre, como sais ou como óxidos. Eles também correspondem aos principais terapêuticos naturais com ação: anestésica, analgésica, psico-estimulantes, neuro-depressores, etc. Os alcalóides podem ser classificados quanto à sua atividade biológica; quanto à sua estrutura química; e quanto à sua origem biosintética (maneira de produção na planta). Podem ser divididos em três grupos: Alcalóides verdadeiros, que possuem anel heterocíclico com um átomo de nitrogênio e sua biosíntese se dá através de um aminoácido; Protoalcalóides, átomo de nitrogênio que se originam de um aminoácido (exemplo: cocaína); e Pseudo-alcalóides, são derivados de terpenos ou esteróides e não de aminoácidos.



Não é difícil de Entender

Estupro de Buffer

Base Works

Asshole

As duas perguntas que eu sempre quis responder antes de andar de carro ...
É domingo e a família conversa entre soluções pra tudo e assuntos sem conclusão alguma. Alguns tentam retirar pedaços de salsichção, crivado entre alguns dentes. Mas eis que surge, sei lá de onde, talvez dos jardins do Éden, duas perguntinhas daquelas que salvam a alma de qualquer desesperado de Regimes Teocráticos - ...
-''Pai, por que tú gosta de carro de brinquedo, e de verdade não¿'' - Garoto safado, gosto de carros de brinquedo porque eles não matam, porque eles não usam gasolina, porque a pessoa não precisa gastar nada com eles, porque não poluem, porque ninguém vai querer roubá-los, porque crianças que nem tú gostam muito, porque existem os ônibus. Tem outros porquês, mas esses eu te falo quando tú ficar maior. - ''É¿ E pai, quando eu ficar grande que nem tú, eu não vou mais ser criança¿'' - Tú pode ser criança o tempo que tú quiser, gurizinho. ... ...
É 1, é 2, é 3 ... Podem chorar de emoção todos juntos. Não dá nada. Lembrete - homem não chora, homem sua através de canais lacrimais.



------------ ---------------------- OBJ."HOMEM".REC$$
READ
$PENSA:= SEXO
$FAZ:= PUNHETA
$COME:= PUTA
$BEBE:= AMORES
ESC
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O SOl é o limiTE

O aleatório é divino!

You Art Here!


CASAMENTO É SÓ FELICIDADE. NO COMEÇO E NO FIM.
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Joe Seku
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Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos você tem? (Confucio)




Se algum chato vier com a conversa de que tu és metido a intelectual, só por que tu tens livros, lembre-se de que não há lei que o obrigue a ler até o fim livro algum, mesmo que você tenha 1 ou 2000 livros.
Leiturinhas nada obrigatórias -
O SENTIDO DA VIDA, Bradley Trevor
TRAVESSURAS DA MENINA MÁ, Mario Vargas Llosa
FRAGMENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO, Roland Banhes
O NOME DA ROSA, Humberto Eco



O início e o fim da INTERNET





Homenagem a todos os dependentes químicos de boas famílias:

DOIS AMIGOS SE ENCONTRAM DEPOIS DE ALGUNS ANOS, EM UM NOVO LOCAL PARA BEBER ATÉ DE MADRUGADA. UM DELES ABORDA O OUTRO PRIMEIRO:
- SAMUEL, PENSEI QUE TINHA MORRIDO. HÁ QUANTO TEMPO MEU AMIGO???
- POIS É... DERREPENTE EU TÔ ATÉ MORTO MESMO. MAS É QUE MEU FANTASMA NÃO LARGARIA OS DRINQUES NEM NO INFERNO.
- CARA COMO TÚ TÁ GORDO!!! OLHA ISSO!!!
- SE TU TÁ COM MENOS DE CEM QUILOS, NEM FALA MAIS COMIGO. MAS ESTOU EXPERIMENTANDO UMA DIETA HORRÍVEL.
- A É? E COMO É ESTA SUA DIETA?
- CONSISTE EM DIMINUIR CALORIAS COM A INJESTÃO DE MUITO LÍQUIDO.
- NOSSA, TEM QUE DAR CERTO. ME EXPLICA MAIS ISSO!
- É O SEGUINTE: DE SEGUNGA A QUARTA EU SÓ BEBO CERVEJA. NA QUINTA VODKA COM GELO. NA SEXTA WISCKY 12 ANOS. SÁBADO E DOMINGO É CALORIA LIVRE, E AÍ EU VOU SÓ DE WISCKY 24 ANOS. É PROGRESSIVO. NECESSITA EMPENHO PSICOLÓGICO TOTAL.
- CARA TU É GÊNIO!!!
- QUE NADA. SÓ USO DE BOM SENSO. TU É QUE NÃO PERDE A MANIA DE TER SEMPRE UMA BEM GOZADINHA, BEM NA PONTA DA LÍNGUA NÉ? NÃO MUDA.
- É MESMO. COMO É BOM REVER OS AMIGOS NÉ SAMUEL...
- NEM ME FALE VITOR! NEM ME DIGA!
- SAMUEL, TOPA RACHAR UM JWBLUELABEL?
- TOPO, CLARO!
- VÂMO CAI PRA DENTRO?
- VÂMO. TÔ MEIO FRACO. DEVE SER ESSA DIETA DE MERDA.



GRANDES DISCOS










Visualizações -






















Luar do Sertão
Luna i Io


Filmes em DVD -
Dúvida
Efeito Borboleta 2
Jogando Duro
Rainhas da Perversão



Leiturinhas Obrigatórias -

TOCAIA GRANDE, Jorge Amado
A MULHER DE TRINTA ANOS, Balzac
OS TAMBORES SILENCIOSOS, Josué Guimarães
A DUPLA FACE DA CORRUPÇÃO, J. Carlos de Assis
O EXÉRCITO DE UMA HOMEM SÓ, Moacyr Scliar
PROTÁGORAS - filósofos
SÓCRATES - filósofos
CRITÃO - filósofos
CÁRMIDES - filósofos
LÍSIDE - filósofos
EUTÍFRONE - filósofos
GÓRGIAS - filósofos
PLATÃO - filósofos
LAQUETE - filósofos
FÁBULAS, La Fontaine
QUANDO NIETZCHE CHOROU, Irvin D. Yalom
BILHÕES E BILHÕES, Carl Sagan

"PROCURE SABER O QUE É JOCOSO, O QUE É CONTUMAZ!"
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Joe Seku
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Não vai mais sair na rua
Síndrome de pânico
Não vai mais passear no parque
Síndrome de pânico
Não vais namorar ninguém
Não vais conversar com ninguém
Aonde está o remédio?
Aonde está a solução?
Ao libertar-se do alcoolismo
Síndrome de pânico
Síndrome de pânico
Não vais conversar com ninguém
Não vais namorar ninguém
Aonde está o remédio?
Aonde está a solução?


Não vais conversar com ninguém
Não vais namorar ninguém
Aonde está o remédio?
Aonde está a solução?
Síndrome de pânico
Síndrome de pânico
Síndrome de pânico
Síndrome de pânico
Síndrome de pânico


O velho e o Punk O velho senta-se no ônibus de frente para um punk. O punk tinha um cabelo comprido com mechas verde, azul, amarela e vermelha. O velho fica olhando para ele, e ele fica olhando para o velho. O punk, já ficando meio invocado, pergunta ao velho: - O que foi, vovô, nunca fez nada diferente quando jovem? O velho responde: -Sim, eu fiz. Quando fui jovem fiz sexo com uma arara. E estou pensando: será que você é meu filho?



[Revisited] The Omen 666 - Eu sou a cura para pedófilos!



TNT - acesse o link abaixo)
DESSE JEITO



Um lugar do Caralho -

Mongólia - 13 de junho (dia da independência)






Only you, you better all, I shake it up, cause awh!


Massa salarial -
Se eu, um medíocre em quase todos os aspectos de minha vida, menos pelo fato de ler CHARLES BUKOWSKI, entendo a economia, como que esta não me entende? Desculpem os especialistas, mas ela só pode ser burra!
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Joe Seku
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"I'm ready,
What's that you say girl?
You did it all for me?
But you didn't want to
Lose your nobility
It sounds so wrong when you say it
It sounds so wrong when you say
I'm not playing your fool
But that's the story of love
Yeah, that's the glory of love"



"I wanna be your lover, baby
I wanna be your man
Won't you let me be your lover baby
I'll do the best I can
Wanna be your lover, baby
I wanna be your man
Won't you let me be your lover baby
I'll do the best I can
Won't you help me be your lover, darlin'?
I'll help you understand
Won't you let me be your lover, baby?
Come on, get it while you can
Come on!
Wanna be your lover, baby
I wanna be your man
Won't you let me be your lover baby
I'll do the best I can
I wanna be your lover, baby
I wanna be your man
Won't you let me be your lover baby
I'll do the best I can
Won't you help me be your lover, darlin'?
I'll help you understand
Won't you let me be your lover, baby?
Come on, get it while you can
Come on!
Wanna be your lover, baby
I wanna be your man
Won't you let me be your lover baby
I'll do the best I can
I wanna be your lover, baby
I wanna be your man
Won't you let me be your lover baby
I'll do the best I can
Won't you help me be your lover, darlin'?
I'll help you understand
Won't you let me be your lover, baby?
Come on, get it while you can
Come on!
One
Two
Three
Four
Five
Six
Seven
Listen!
Number eight
Yeah!"



Citações de Lima Barreto
"Não se sabia onde nascera, mas não fora decerto em São Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará. Errava quem quisesse encontrar nele algum regionalismo; Quaresma era antes de tudo brasileiro." Triste Fim de Policarpo Quaresma "Iria morrer, quem sabe se naquela noite mesmo? E que tinha feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a Pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de contribuir para sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e agora que estava na velhice, como ela o recompensava? Matava-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara - todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara." Triste Fim de Policarpo Quaresma "A mais estúpida mania dos brasileiros, a mais estulta e lorpa, é a da aristocracia. (…) Eles se casaram em toda parte, eles nunca se importaram com os seus forais, agora eu vou totalmente gritar por aí, pela rua do Ouvidor: eu sou Sá, nobre, fidalgo, escudeiro, etc., pois descendo de Salvador de Sá, etc. Isto digo eu que sou Sá!…" Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá " A felicidade final dos homens e seu mútuo entendimento tem exigido até aqui maiores sacrifícios…" Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá "Naquela hora, presenciando tudo aquilo, eu senti que tinha travado conhecimento com um engenhoso aparelho de aparições e eclipses, espécie complicada de tablado de mágica e espelho de prestidigitador, provocando ilusões, fantasmagorias, ressurgimentos, glorificações e apoteoses com pedacinhos de chumbo, uma máquina Marioni e a estupidez das multidões. Era a Imprensa, a Onipotente Imprensa, o quarto poder fora da Constituição!" Recordações do Escrivão Isaías Caminha "Vinha triste e com a inteligência funcionando para todos os lados. Sentia-me sempre desgostoso por não Ter tirado de mim nada de grande, de forte e Ter consentido em ser um vulgar assecla e apaniguado de um outro qualquer. Tinha outros desgostos, mas este era o principal. Por que o tinha sido? Um pouco devido aos outros e um pouco devido a mim." Recordações do Escrivão Isaías Caminha "Na República da Bruzundanga, nunca houve grande gosto pelas coisas de espírito. A atividade espiritual daquelas terras se limita a alguns doutorados de sabedoria equívoca; entretanto alguns espíritos daquele Fonkim se esforçavam por dar um verniz espiritual à sociedade da terra. Escreviam livros e folhetos, revistas e revistecas de modo que, artificialmente, o país tinha uma certa atividade espiritual." Os Bruzundangas "Na sua vida, tão agitada e tão variada, ele sempre observou a atmosfera de corrupção que cerca as raparigas do nascimento e da cor de sua afilhada; e também o mau conceito que se têm as suas virtudes de mulher. A priori, estão condenadas; e tudo e todos pareciam condenar os seus esforços e os dos seus para elevar sua condição moral e social." Clara dos Anjos "Não somos nada nesta vida." Clara dos Anjos "Imagine o senhor que se trata de fazer ouro..." A Nova Califórnia


DETERMINISMO
Recebe esta denominação a doutrina segundo a qual a totalidade dos fenômenos constitutivos da realidade se encontra submetida a determinadas leis, estas sendo compreendidas como possuindo caráter natural. Tais leis, ainda, são consideradas como sendo regidas por uma relação de causalidade. Deste modo, a realidade se estrutura a partir de leis que regem e estão presentes em todos os acontecimentos. O determinismo foi utilizado, como sistema explicativo do universo, a partir da Idade Moderna, em especial para a determinação das leis que governam os fenômenos naturais. Esta doutrina se baseia na concepção mecanicista do mundo físico, que aborda todo movimento como submetido a leis de tipo mecânico, isto é, que se repetem com absoluta regularidade, dada a igualdade das situações observadas. O mecanicismo procura formular os princípios ou leis gerais que regulam as propriedades existentes nos corpos naturais. Algumas características do determinismo: universalismo, uma vez que sua adoção deve, necessariamente, referir-se a todos os fenômenos do universo; sua impossibilidade de prova, característica que decorre, como conseqüência, de seu universalismo; negação do tempo, enquanto força promovedora de uma sucessão irreversível de acontecimentos. O determinismo foi encarado de maneira diferente por vários pensadores da Era Moderna. Para alguns, ele constitui um sistema estritamente científico; para outros, ele consiste em um modo metafísico de explicação da realidade. É possível operar uma distinção, entre uma posição determinista parcial ou radical. O primeiro afirma o determinismo como aplicável somente a uma parcela da realidade. O segundo afirmam que a realidade como um todo está sujeita a leis determinadas, não somente o mundo natural mas, ainda, as ações, pensamentos e desejos humanos. Esta radicalização foi criticada por diversos autores, especialmente, em nosso século, pelos filósofos existencialistas. Estes pensadores afirmam que, levado às suas últimas conseqüências, o determinismo, ao ser aplicado a todas as esferas da vida humana, leva à negação da possibilidade da liberdade. O determinismo constitui um princípio da ciência experimental que se fundamenta pela possibilidade da busca das relações constantes entre os fenômenos. Essa teoria afirma que o comportamento humano é condicionado por três fatores: genética, meio e momento. Os deterministas pensam que todos os acontecimentos do universo estão de acordo com as leis naturais, ou seja, que todo fenômeno é condicionado pelo que precede e acompanha. , propondo sempre uma investigação na causa dos fenômenos, sem aceitar que aconteceu porque tinha de acontecer. Uma bola de bilhar arremessada com determinada força e direção só poderá percorrer um único caminho que poderá ser traçado com perfeição se todas as variáveis puderem ser levadas em conta, portanto, seu comportamento é determinado pela acção que a causou. Assim, segundo o determinismo, você não pode optar por um sorvete de chocolate ou baunilha, o que ocorre é a ilusão de escolha. Seja qual for a opção que tomar, ela já estaria pré-determinada por toda a sua trajetória de vida e de toda a humanidade antes dela. Em epistemologia designa a teoria segundo a qual tudo está determinado, isto é, submetido a condições necessárias e suficientes, elas próprias também determinadas. Uma relação é determinada quando existe uma ligação necessária entre uma causa e o seu efeito; neste sentido, o determinismo é uma generalização do princípio da causalidade, que liga cada acontecimento a um outro (é esta causalidade que o cientista pretende conhecer estabelecendo leis). Aplica-se antes de mais aos acontecimentos da natureza e, enquanto necessidade cognoscível, opõe-se ao destino: este é uma lei cega que escapa ao homem, enquanto que "um fenómeno pode ser integralmente determinado permanecendo mesmo assim perfeitamente imprevisível (...). O tempo que teremos dentro de seis meses não está escrito em lado nenhum: não está ainda determinado; mas sê-lo-á dentro de seis meses. Assim, o determinismo não é um fatalismo: não exclui nem o acaso nem a eficácia da acção. Ao contrário, permite pensá-los: daí a meteorologia e o guarda-chuva" (André Comte-Sponville - Dictionnaire philosophique (elementos bibliográficos aqui)] Teoria segundo a qual todos e cada um dos acontecimentos do universo estão submetidos a um sistema de causas e efeitos necessários -- mesmo aqueles factos que parecem, de algum modo ilusório, serem resultado da liberdade e da vontade. Entre os defensores do determinismo, há quem aplique a teoria apenas a uma parte da realidade -- e há quem a estenda a todos os acontecimentos, incluindo as acções humanas. Algumas pessoas pensam que nunca é possível fazermos qualquer coisa diferente daquilo que de facto fazemos neste sentido absoluto. Reconhecem que aquilo que fazemos depende das nossas escolhas, decisões e desejos e que fazemos escolhas diferentes em circunstâncias diferentes: não somos como a Terra, que roda no seu eixo com monótona regularidade. Mas afirmam que, em cada caso, as circunstâncias que existem antes de agirmos determinam as nossas acções e tornam-nas inevitáveis. O total das experiências, desejos e conhecimentos de uma pessoa, a sua constituição hereditária, as circunstâncias sociais e a natureza da escolha com que a pessoa se defronta, em conjunto com outros factores dos quais pode não ter conhecimento, combinam-se todos para fazerem com que uma acção particular seja inevitável nessas circunstâncias. Esta perspectiva chama-se determinismo. A ideia não consiste em que podemos conhecer todas as leis do universo e usá-las para prevermos o que irá acontecer. Em primeiro lugar, não podemos conhecer todas as circunstâncias complexas que afectam uma escolha humana. Em segundo lugar, mesmo quando chegamos a saber alguma coisa acerca dessas circunstâncias e tentamos fazer uma previsão, isso já é uma alteração nas circunstâncias, o que pode alterar o resultado previsto. Mas a previsibilidade não é o que está em questão. A hipótese é que existem leis da Natureza, tal como aquelas que governam o movimento dos planetas, que governam tudo o que acontece no mundo — e que, de acordo com essas leis, as circunstâncias anteriores a uma acção determinam que ela irá acontecer e eliminam qualquer outra possibilidade. Se isso é verdade, então mesmo enquanto estavas a decidir que sobremesa irias comer já estava determinado pelos muitos factores que operavam sobre ti e em ti que irias escolher o bolo. Não poderias ter escolhido o pêssego, apesar de pensares que podias fazê-lo: o processo de decisão é apenas a realização do resultado determinado no interior da tua mente. Se o determinismo é verdadeiro para tudo o que acontece, já estava determinado antes de nasceres que havias de escolher o bolo. A tua escolha foi determinada pela situação imediatamente anterior, e essa situação foi determinada pela situação anterior a ela, e assim sucessivamente, até ao momento em que quiseres recuar. (Thomas Nagel - Que quer dizer tudo isto?, p. 49-50 [elementos bibliográficos aqui]. Nagel dedica um capítulo [o 6º] à análise do livre arbítrio, confrontando-o com o determinismo.) O determinismo radical diz-nos que não há escapatória para tal.


So trippy and beautiful

An angel called Eva Green!



GOVERNO CALIENTE


Bom dia Luana. São quase 12:00am. Tenho tido um certo caso platônico contigo. Sofro de insônias, e quase sempre conto Luanas para me ninar. Jamais carneirinhos. Obrigado por existir. Obrigado mesmo; não tenha a idéia de quanto. Um grande abraço.



Um amor, como este
Queima satélites.
Perfeito, como esse,
Invade jardins vazios.
Lindo como é,
Consola velhas perdas.
Fazendo disso um dicionário
Com tão somente um significado,
Uma palavra: "amor"
É a felicidade que se acha,
Mas que não escraviza.



"Bem que se quis
Depois de tudo
Ainda ser feliz
Mas já não há
Caminhos prá voltar
E o quê, que a vida fez
Da nossa vida?
O quê, que a gente
Não faz por amor?...
Mas tanto faz!
De te esquecer
Porque!
O teu desejo
É meu melhor prazer
E o meu destino
É querer sempre mais
A minha estrada corre
Pro seu mar...
Agora vem, prá perto vem
Vem depressa, vem sem fim
Dentro de mim
Que eu quero sentir
O teu corpo pesando
Sobre o meu
Vem meu amor, vem prá mim
Me abraça devagar
Me beija e me faz esquecer..."








"QUERO QUE SEJAIS SÁBIOS PARA O BEM E SÍMPLICES PARA O MAL."
(ROMANOS 16:19)




Estude Francês
Dolly Golden


"Aquele estranho livro russo sobre o Homem Subterrâneo continua a assombrar. Dostoievski escreve que algumas coisas não devem ser contadas, exceto aos amigos; outras coisas não devem ser contadas nem mesmo aos amigos; finalmente, existem coisas que não devem ser contadas a si. Certamente, são as coisas que Josef jamais contou sequer a si mesmo que agora irrompem dentro de si."


Hermes e Renato explicam a:
Religiosidade


NINGUÉM FAZ LEIS CONTRA SI. FAÇA ISSO VOCÊ TAMBÉM.











G D/G C/G Hum! Mas se um dia eu chegar muito estranho Am7 D7 G C/G Deixa essa água no corpo lembrar nosso banho G G/F C Hum! Mas se um dia eu chegar muito louco Am7 D7 G G/F Deixa essa noite saber que um dia foi pouco C Cuida bem de mim Am7 D7 A 7 Então misture tudo dentro de nós C D/C G C/G Porque ninguém vai dormir nosso sonho G D/G C/G Hum! Minha cara prá que tantos planos Am7 D7 G C/G Se quero te amar e te amar e te amar muitos anos G G/F C Hum! Tantas vezes eu quis ficar solto Am7 D7 G G/F Como se fosse uma lua a brincar no teu rosto C Cuida bem de mim Am7 D7 A 7 Então misture tudo dentro de nós C D G Em C A7 Am7 C Porque ninguém vai dormir nosso sonho G G/F C Hum! Tantas vezes eu quis ficar solto Am7 D7 G G/F Como se fosse uma lua a brincar no teu rosto C Cuida bem de mim Am7 D7 A 7 Então misture tudo dentro de nós C D/C G G/F Em Em/Eb Em/D G/F Porque ninguém vai dormir nosso sonho Em Em/Eb Em/D G/F Em Em/Eb Em/D G/F Em Em/Eb (Sentimental Blues)G9 e-5-3-2------------------- (frase p/ o A7) B-------5-3-2------------- G--------------4-2--------



Lindas Bonecas para uso Sexual -



._._._._Meus parentes: "Os Espermatojoedes"


"Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei:
"Só não desonre o meu nome"
Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome
Será que eu já posso enlouquecer
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que tenho que que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
..."



A Mulher Invisível
Comédia com Atores plimplísticos, boa!



The Jorges (seriado animado underground da MTV)
The Jorges



Millenium (TV série em 3 temporadas)
Grupo Millenium



Quiz nada Materialista
World Forum Communist Quiz



Cena de American Beauty
Dança das Coisas


"OS SERES HUMANOS AGEM COMO SE NÃO TIVESSEM NADA EM COMUM ENTRE SI. É COMO SE FÔSSEMOS POSTOS AQUI PARA FUNCIONAR POR NÓS MESMOS DE MANEIRA QUE ISSO NÃO INCLUA OS OUTROS. MUITOS FILÓSOFOS, SOCIÓLOGOS E TEÓLOGOS TENTARAM MOSTRAR O RIDÍCULO DO ESTILO DE VIDA ATOMÍSTICO E ALIENADO QUE ESCOLHEMOS. ENQUANTO A COMUNIDADE INTELECTUAL SEMPRE SE MOSTROU HÁBIL PARA ENXERGAR O "GRANDE QUADRO" DE COMO AS COISAS REALMENTE SÃO, ESSA COMPREENSÃO CLARA FICOU RESTRITA A ELES, EM PUBLICAÇÕES ACADÊMICAS, E CONFINADA A INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR. O ELITISMO E O CUSTO MONETÁRIO DAS TORRES DE MARFIM ASSEGURAM QUE O NÚMERO DE PESSOAS QUE NELAS ENTRAM E SOFREM SOB A OPRESSÃO QUE OS PROFESSORES TÃO AVIDAMENTE ESTUDAM, CONTINUARÁ SENDO PEQUENO."


A mulher atinge seu auge aos dezesseis anos. O homem atinge seu auge quando tem no mínimo quatro cartões de crédito na carteira. ---------
Joe Seku
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°`_`°



Perdendo duas horas da vida, por um bom motivo (filmes) -
Império do Sol
Brüno
Milagre em Sta. Ana
Beleza Americana
KOYAANISQATSI



Vale a pena folear (livros) -
José Saramago / O Evangelho Segundo Jesus Cristo
Craig O´Hara / A Filosofia do Punk
Siegfried Obermeier / Messalina




O Lado bom da Política - 1 (MANUELA)


O Lado bom da Evolução - Vivi Seixas


O Lado bom da Política - 2 (MAYA GABEIRA)


Terapia Musical





Vez que outra, eu gosto de me aventurar em casas de vida fácil. Pra conhecer uma desconhecida. Mas facilmente. Mas não sem ter uma estória triste para contar para elas, pois a vida é triste e elas gostam disso. A última que eu inventei foi a seguinte: Moça eu estou passando por uma fase complicada. É que eu superei um câncer de próstata, e você é minha primeira mulher dessa minha nova fase. Normalmente elas se comovem muito e dizem: "Bundinha, chupadinha bem gostoto por trinta." É a vida tem muita solidariedade e harmonia.

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Joe Seku
`++´
°`_`°




"O cúmulo do azar é namorar com uma garota de silicone, e ela engravidar de gêmeos, do Bob Esponja."

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Joe Seku
`++´
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"Tem muita gente boa que acredita que o maior analfabeto, é o analfabeto político. Bem, eu moro no Brasil fazem exatos trinta e nove anos e tenho visto que a "pessoa político" e os "feitos políticos" são distintos. Logo essa merda que é dita ao longo do tempo, acaba por transforma-se em adubo para minha própria vida. Não concordo que alguns políticos não apanharam o bastante na infância. Tenho certeza é de que eles usaram muito pouco supositório, o que fez que eles tivessem muito orgulho de suas vidas de merda."

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Joe Seku
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.../\...
"Eu acredito em Deus, sim.
Prefiro desconfiar do Diabo."

Sofisma (do grego antigo σόϕισμα -ατος, derivado de σοϕίξεσϑαι "fazer raciocínios capciosos") em Filosofia, é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica. É um conceito que remete à ideia de falácia, sem ser necessariamente um sinônimo. Historicamente o termo sofista, no primeiro e mais comum significado, é equivalente ao paralogismo matemático, que é uma demonstração aparentemente rigorosa que, todavia, conduz a um resultado nitidamente absurdo. Atualmente, no uso freqüente e do senso comum, sofisma é qualquer raciocínio caviloso ou falso, mas que se apresenta com coerência e que tem por objetivo induzir outros indivíduos ao erro mediante ações de má-fé.





"A arte é uma mentira que diz a verdade."
- Pablo Picasso

Language: "Brazilian" Portuguese (with no orthografic corrections)



Estamos em Porto Alegre, cidade do Sport Club Internacional (clube de futebol), capital do Rio Grande do Sul (único estado brasileiro que tem três fonteiras e costa marítima, simultaneamente), e que tem uma enorme história a ser pesquisada e redescoberta.
Aqui falasse muito de cidadania.
O rock´n roll deixou marcas, na geração oitentista (década iniciada em 1979).
O centro comercial da cidade é vibrante e suas pessoas são muito interessadas.
Leves elevações de terreno, caracterizam as partes mais conservadas de Porto Alegre.
Por aqui não falta História...












"Quem vê cara não vê coração." - sabedoria popular





"Taí o que vocês queriam!!!!" - comemoração dançante Colombiano Renteria


A ignorância é sempre surpreendente!

O que será que Che Guevara queria?
O que será que maria da penha queria?
O que será que um eletricista quer com um cubo de resistores?
Será que o pinguim quer alguma coisa com o Linux, realmente?
Por que duas mulheres brigam por um homem?
Por que a Sabrina Sato não tira a berruga da testa?
Por que o microcomputador fica sem som?
Por que o usuário reclama, sem razão?
Por que o técnico vai lá e conserta?
Por que o trabalho está sendo desvalorizado?
O que será que Che Guevara queria?


Pastés e Risólis
I have two women
I tenho duas mulheres
they figth each other
Elas lutam por meu sêmen
I'm a hunter
Eu sou um filósofo vagabundo
The elipse down
A elipse derruba
My fantasy Spacescape.
minha fantasia espacial
I will fly on Doughnut
Voarei então numa rosca
Like a Jesus in your antrax altar.
assim como Jesus em seu altar de antrax.
´cause pretty things bleed us.
pois coisas lindas nos sangraram.
I have a sweet dream my alien
eu tenho sonhos doces meu louco.
of strength and beauty by warflight.
do tamanho da beleza da guerra aérea.
Zaizara is on my head.
Zaiara está na minha cabeça.



Zaizara is on my led.
Zaizara está no meu diodo emissor de luz.
echos from the nebula.
Ela ecoa da nebuloza.
It's a Doughnut.
Ela é uma rosquinha de avelã.
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Joe Seku
`++´
°`_`°





Notaram que o mundo começa a ficar caretão ao seu redor? Não se pode fumar em lugares fechados. Não se pode beber e dirigir. Pra comer uma gostosa tem que pagar no mínimo cento e cinquenta. Crack não pode mais. Tomar café na mesa de trabalho não pode mais. Ver uma putaria na internet, só se for em uma sex-shop. As pessoas estão treinadas para que, diante de um problema, a violência resolva. Violência não resolve, só machuca. E não vai ser o Estado, que tem o controle da violência na sociedade, que vai, depois, na sua casa te passar pomada pras suas marcas roxas e feridas. Não vai mesmo. O Estadi Violência é um mercado bem estabelecido. obs.: Os lúcidos advertem: Collor de Mello, Lula, Mantega, Palocci, Zé Dirceu, Renan Calheiros, Dilma Botox, Maluf, fazem mal a saúde. Notaram que a violência é o que mais fartamente se vê por aí? Fumar em lugar fechado não pode, mas ter que aguentar centenas de fanfarrões arrotando e gritando ao mesmo tempo, pode. Beber e dirigir não pode, mas atropelar alguém e sair em disparada, ainda é o melhor a fazer. Ter duas mulheres não pode, mas pagar duas pensões de duas oportunistas que roubam todo mundo pode. Crack não pode, mas skank, cocaína, tarja-preta, maconha e raxixe devem ser tolerados pelos pais. Tomar café na mesa de trabalho não pode, mas ficar o dia inteiro usando o telefone da empresa pra se comunicar com prostitutas, amantes e colegas galinhas pode. Acessar um site pornô não pode, mas acessar site de armamento militar, site terrorista, blogs de lunáticos que se dizem de esquerda, ou site de bolsa de valores, pode. Isso se chama a coerção do estado no cidadão legal. Alguém aí, já viu o filme "Miliagre em Sta. Anna"? Alguém aí, tem um simulador de chegar no fim do poço? Houvi dizer que funcionários públicos primam pela vagabundagem institucionalizada, nas suas diversas funções. Eu mesmo, já tive sintomas claros. Meu chefe, que amava todos seus funcionários de forma igual e incondicional, com carterinha do "Clube do Amor Exigente", certa vez necessitava de alguém para comprar luvas de procedimentos, algo utilizado só nas melhores repartições. Como naquele dia eu estava com a febre do ócio improdutivo suíno, me apresentei. - Certo, te dou cinquenta reais, mas me trraga o troco com a nota de compra. - Certamente, falei. A farmácia ficava a meia quadra. Fui pelo lado contrário, dei três voltas na quadra antes de entrar na farmácia. Lá dentro, pesei-me e depois fiquei olhando por só vinte minutos para os preservativos. Escolhi. Fiquei no último lugar na fila, não sem antes tomar um chazinho de camomila. Aliás, foram cinco copinhos pequenos de camomila. Só uns trinta minutinhos. Passei a nota de cinquenta para a moça do caixa, e dei as luvas; após dei os preservativos. Ela me olhou e ainda perguntou se eu queria mais alguma coisa, mas com uma carinha de vergonha, que eu não entendi nada. Eu disse: - Quero sim, quero que embrulhe para preseente, por favor. A guria devia ser bipolar, pois começou a rir muito. Esperei só mais uns quinze minutos para o pacote ficar pronto. Ela se aproximou do balcão novamente, onde eu estava paradinho, e me entregou a compra. Fiquei encarando-a, com ar de indignação, e ela me pergunta: - O que houve senhor!?



- Senhor é o caralho, eu tenho apenas 38 anos e hoje é meu aniversário. Estou esperando que você cante parabéns para mim! Saí da farmácia com vergonha da espécie humana. Ninguém tem mais a delicadeza de tempos anteriores. Me senti no fim do poço, desviei o caminho para a parada de ônibus. Não estava apto ao trabalho. Amanhã daria explicações. Talvez não! Mas não acaba por aí... Chegando em casa, liguei a televisão, costumeiramente. "Chorando, se foi um dia,alguém que só me fez chorar" gritava mais um desses "comediantesdimpé". Não me irei pois tinha a opção de trocar de canal, e assim o fiz. "Sarney fica no senado, e culpa atos secretos da oposição" (clik) "A Igreja Universal do Reino Marerial de Deus" (click) "Professor Sidnei Magal, não me dê zero" (click) "Mais algumas mortes contabilizadas, pela gripe" (click) "Rubinho vence uma..." (click) "Obama diz que Lula á o cara que vai tomar no..." (click) "Yeda diz que não é réu nem testemunha" (click). Pessoas anabolizadas de insatisfação, monopolizando os canais abertos de televisão, praticando seu esporte único: "O NADA SINCRONIZADO". Para não gastar mais a pilha de meu controle remoto, coloquei um filme antigo chamado "O que os Homens Desejam! Técnicas para enlouquecer um homem na cama", e com isso pude me neuro programar para que no dia seguinte, caso eu visse um atropelamento, um mendigo morto de frio na rua, ou algum assalto a idosos, eu continuasse a ser feliz. Com ou sem Fluoxetina, com ou sem Rivotril. Meu poço teria água cristalina, e sereias a me cuidarem. Se não tivesse nada, uma chuva iria o encher de montão. Quase sempre funciona (click). Se não funcionar, procure um Pai de Santo. A Golden Cross é que vai pagar...



Tuberculoses e Tromboses e Tuberculoses e Tromboses,

Eu sei que ninguém me ama, ninguém me quer, não sou de ninguém, nem quero ninguém...

Só que, morrer aos poucos, é melhor que viver aos poucos.

Para reflexões!





"But trust me if we ever show in your section"
Trabalhadores Especializados e Trabalhadores Forever,
Sexo é a única atividade que é boa mesmo tendo sido ruim.
Filosofo é a única profissão que é mais produtiva quando se está desempregado.
Mesmo sendo velha, a mulher é capaz de ser novidade para alguns.
País sério não é o que abre cotas em universidades para negros, mas para loiras.
O muro foi feito só para proteger, mas as pessoas insistem em pintá-los. Por que não pintam a polícia?


- Paradoxos da Irracionalidade -

Donald Davidson
A idéia de uma ação, crença, intenção, inferência ou emoção irracional é paradoxal. Isso porque o irracional não é apenas o não-racional, que se encontra fora do âmbito do racional; a irracionalidade é uma falha dentro da casa da razão. Quando Hobbes diz que somente o homem tem o "privilégio do absurdo", ele está querendo dizer que somente a criatura racional pode ser irracional. Irracionalidade é um processo ou estado mental - um processo ou estado racional - que falhou. Como isso é possível?
O paradoxo da irracionalidade não é tão simples quanto o aparente paradoxo contido no conceito de uma piada mal sucedida, ou de uma obra de arte ruim. O paradoxo da irracionalidade surge a partir daquilo que está envolvido em nossas maneiras mais básicas de descrever, entender e explicar estados e eventos psicológicos. Sofia está satisfeita porque consegue fazer um nó. Seu prazer se deve à sua crença de que ela é capaz de fazer isso e ao seu julgamento positivo dessa realização. Além disso, e sem dúvida mais significativo, certas explicações podem estar disponíveis, mas elas não podem substituir essa que acabei de dar, uma vez que ela flui daquilo que deve ser satisfeito para que algo seja o caso. Ou tomemos Roger, que pretende passar em um exame decorando o Alcorão. Essa intenção deve ser explicada pelo seu desejo de passar no exame e pela sua crença de que, ao memorizar o Alcorão, ele aumentará as suas chances de realizar tal desejo. A existência desse tipo de explicação racional é um aspecto intrínseco das intenções, ações intencionais, e de muitas outras atitudes e emoções. Tais explicações se dão mediante racionalização: elas nos permitem a considerar eventos ou atitudes como razoáveis do ponto de vista do agente. Uma aura de racionalidade, de se encaixar em um padrão racional, é assim inseparável desses fenômenos, pelo menos na medida em que eles são descritas em termos psicológicos. Como então podemos explicar, ou mesmo tolerar como possível, pensamentos, ações e emoções irracionais?
A teoria psicanalítica, tal como concebida por Freud, procura fornecer uma estrutura conceitual para descrever e compreender a irracionalidade. Muitos filósofos, contudo, acreditam que há erros ou confusões fundamentais no pensamento de Freud. Pretendo analisar aqui alguns elementos desse pensamento que têm sofrido ataques freqüentes, elementos que consistem de algumas doutrinas bastante gerais que jazem no bojo de todas as fases da obra madura de Freud. Após analisar o problema subjacente à explicação da irracionalidade, concluirei que qualquer concepção satisfatória deve conter algumas das teses mais importantes de Freud, e quando essas teses são confirmadas de um modo suficientemente amplo, elas estão livres de confusão conceitual. Talvez seja necessário enfatizar que a minha 'defesa' de Freud é dirigida a apenas algumas de suas idéias e que essas idéias encontram-se no limite conceitual, em contraste com o limite empírico, desse vago espectro.
Muito do que é considerado como irracional não está sujeito a paradoxo. Muitos podem sustentar que é irracional escalar o Monte Evereste sem oxigênio (ou mesmo com ele), devido aos perigos, ao desconforto e às poucas recompensas obtidas diante do sucesso. Mas não há dificuldade em explicar essa tentativa se ela for feita por alguém que juntou todos os fatos que pode, considerou todos os seus desejos, ambições e atitudes e agiu de acordo com o seu conhecimento e seus valores. Talvez seja de algum modo irracional acreditar em astrologia, discos voadores, bruxas, mas tais crenças podem ter explicações plausíveis se forem baseadas naquilo que seus defensores assumem como evidência. É razoável buscar a quadratura do círculo se você ignorar que isso é infactível. O tipo de irracionalidade que causa problema conceitual não é a falha de outra pessoa em acreditar ou sentir ou fazer o que ela considera razoável, mas sim a falha, dentro de uma mesma pessoa, de coerência e consistência no padrão das crenças, atitudes, emoções, intenções e ações. Exemplos são a crença naquilo que desejamos ser verdadeiro, o agir contrariamente ao nosso melhor juízo, a autodissimulação, o acreditar em algo reconhecidamente contrário ao peso da evidência
Ao tentar explicar tais fenômenos (juntamente com muitas outras coisas, é claro), os seguidores de Freud sustentaram o seguinte:
Primeiro, a mente contém um certo número de estruturas semi-independentes, que são caracterizadas por atributos mentais como pensamentos, desejos, memórias.
Segundo, partes da mente são, em importantes aspectos, como seres humanos, não apenas porque elas possuem (ou consistem de) crenças, desejos, ansiedades, e outros traços psicológicos, mas sim porque tais fatores podem combinar, como na ação intencional, de modo a produzir eventos subseqüentes na mente ou fora dela.
Terceiro, algumas das disposições, atitudes e eventos que caracterizaram as várias subestruturas da mente devem ser considerados segundo o modelo das disposições e forças físicas quando estas afetam ou são afetadas por outras subestruturas da mente.
Uma outra doutrina - sobre a qual direi muito pouco - é que alguns fenômenos mentais que normalmente assumimos como sendo conscientes, ou pelo menos disponíveis à consciência, não são conscientes, podendo se tornar acessíveis apenas com dificuldade, ou não podendo de modo algum. Em muitos aspectos funcionais, tais estados e eventos inconscientes são como crenças, memórias, desejos, expectativas e medos conscientes.
Espero que seja admitido que essas doutrinas podem ser encontradas em Freud, e que elas são centrais às suas teorias. Elas são, como já disse, bem mais fracas e menos detalhadas do que as de Freud. Entretanto, mesmo nessa forma reduzida, elas requerem mais defesa do que é possível, de acordo com muitos filósofos. As críticas com as quais procurarei lidar estão relacionadas de vários modos, mas elas são essencialmente de dois tipos.
Primeiro, a própria idéia de que a mente pode ser dividida tem sido freqüentemente considerada ininteligível, uma vez que requer que pensamentos, desejos e mesmo ações sejam atribuídos a algo menor que, e portanto distinto, da pessoa como um todo. Mas será que é possível dotar de sentido as ações e atitudes que não são aquelas de um agente? Nesse sentido, afirma Sartre, a noção de responsabilidade perderia o seu ponto essencial se atos e intenções fossem relacionados não mais às pessoas, mas sim a partes semi-autônomas da mente. As partes, então, assumiriam o papel de uma outra pessoa: cada parte tornar-se-ia uma mulher, um homem ou uma criança. O que antes era uma única mente transformar-se-ia em um campo de batalha onde forças em conflito se degladiariam, se enganariam umas às outras, esconderiam informações, planejariam estratégias. Como Irving Thalberg e outros salientam, às vezes ocorre que um segmento se protege de suas próprias forças (pensamentos). O principal agente pode parecer um tipo de coordenador, árbitro ou ditador. Não é surpresa que tenham surgido muitas dúvidas se tais metáforas podem constituir uma teoria consistente. Um segundo tipo de preocupações, relacionado ao primeiro, diz respeito à metodologia explanatória subjacente. De um lado, a teoria psicanalítica estende o alcance da explicação teleológica ou de razão descobrindo motivos, desejos e intenções que não foram anteriormente reconhecidos como tais. Nesse sentido, como se tem observado freqüentemente, Freud ampliou enormemente o número e a variedade dos fenômenos considerados racionais; ocorre que temos razões para nossos esquecimentos, atos falhos e medos exagerados. Por outro lado, Freud pretende que suas explicações produzam o que a explicação na ciência natural freqüentemente promete: abordagens causais que permitem controle. Dessa forma, ele aplica a eventos e estados mentais termos derivados da hidráulica, eletromagnetismo, neurologia e mecânica. Toulmim, Flew, McIntyre e Peters, entre os filósofos, em diferentes momentos afirmaram que as teorias psicanalíticas tentam o impossível ao submeterem os fenômenos psicológicos (que requerem explicações em termos de razões) a leis casuais; eles acreditam que isso explica, mas não justifica, o uso constante por parte de Freud, ao falar da mente, de metáforas retiradas de outras ciências.
Parece então que há duas tendências irreconciliáveis na metodologia de Freud. De um lado, ele pretende estender o alcance dos fenômenos sujeitos à explicação racional; por outro lado, ele procura tratar esses fenômenos do mesmo modo como forças e estados são tratados nas ciências naturais. No entanto, nestas últimas não há lugar para razões e atitudes proposicionais; só há lugar para causalidade.
Para avaliar essas críticas à teoria psicanalítica, gostaria primeiramente de apresentar parte do que acredito ser uma análise correta da ação intencional normal. Depois disso procurarei lidar com a questão da irracionalidade.
Um homem andando no parque tropeça num galho no caminho. Pensando que o galho possa colocar outras pessoas em risco, ele o pega e o joga numa cerca à beira do caminho. Voltando para casa, ele se dá conta de que o galho pode estar se projetando da cerca e ainda ser uma ameaça a pessoas desatentas. Ele interrompe o seu trajeto, retorna ao parque e coloca o galho em sua posição original. Aqui, tudo o que o agente faz (exceto tropeçar no galho) se dá por uma razão, à luz da qual a ação correspondente foi razoável. Dado que o homem acreditou que o galho era perigoso se deixado no caminho, e dado o desejo de eliminar o perigo, era razoável remover o galho. Dado que, ao refletir novamente, ele acreditou que o galho era um perigo na cerca, era razoável retirar o galho dali e recolocá-lo no caminho. Dado que o homem queria tirar o galho da cerca, era razoável interromper o trajeto e retornar ao parque. Em cada caso, as razões para a ação nos dizem o que o agente viu em sua ação; elas mostram a intenção com a qual ele agiu, e por isso oferecem uma explicação racional. Tal explicação, como já disse, deve existir se o que uma pessoa faz deve de algum modo ser considerado como uma ação.
O padrão das explicações racionais tem sido indicado por muitos filósofos. Hume o afirma incisivamente: Pergunte a um homem porque ele costuma se exercitar; ele responderá que é porque ele deseja se manter saudável. Se você então perguntar por que ele deseja a saúde, ele responderá prontamente que é porque a doença é dolorosa. O padrão é tão familiar que sua sutileza pode nos passar despercebida. O que deve ser explicado é a ação, a saber, o exercício físico. No mínimo, a explicação suscita dois fatores: um valor, uma meta, um desejo ou uma atitude do agente, e uma crença de que, ao agir da maneira a ser explicada, ele pode favorecer o valor ou a meta relevante, ou ele estará agindo de acordo com essa atitude. Tanto a ação quanto o par crença-desejo, que fornece a razão, devem ser relacionados de maneiras bem distintas a fim de produzir uma explicação. Primeiro, deve haver uma relação lógica. Crenças e desejos têm um conteúdo, e esses conteúdos devem ser tais que impliquem que haja algo valoroso e desejável sobre a ação. Assim, um homem que descubra algo desejável na saúde, e acredita que o exercício físico torná-lo-á sadio pode concluir que há algo desejável nisso que pode explicar porque ele se exercita. Segundo, as razões que um agente possui para agir, se o que se quer é explicar a ação por meio delas, devem ser razões com bases nas quais ele agiu; as razões devem ter desempenhado um papel causal na ocorrência da ação. Essas duas condições das explicações racionais são ambas necessárias, mas não suficientes, uma vez que algumas relações causais entre pares de crença-desejo e ações não oferecem explicações racionais (essa complicação não será tratada por nós aqui, embora não haja dúvida de que sejam ações irracionais que dão origem à complicação.)
Até este ponto, a análise da ação torna claro por que as ações intencionais, sejam elas em algum sentido ulterior irracionais ou não, têm um elemento racional intrínseco; é isso que ocasiona um dos paradoxos da irracionalidade. Mas também vemos que Freud pode ser defendido em um ponto importante: não há nenhum conflito inerente entre explicações racionais e explicações causais. Uma vez que crenças e desejos são causas das ações para as quais elas são razões, explicações racionais incluem um elemento casual essencial.
O que pode ser dito de uma ação intencional pode ser estendido a muitos outros fenômenos psicológicos. Se uma pessoa tenciona roubar couves-de-bruxelas, então independente de ela realizar essa ação ou não, tal intenção ela mesma deve ser causada por um desejo de possuir couves-de-bruxelas e por uma crença de que, ao roubá-las, ela os possuirá (uma vez mais, o aspecto lógico racional da intenção é óbvio). Do mesmo modo, muitas das nossas expectativas, esperanças, desejos, emoções, crenças e medos dependem de uma simples inferência (comumente, é claro, desapercebida) a partir de outras crenças e atitudes. Tememos a pobreza porque acreditamos que ela nos traz o que consideramos pernicioso; esperamos que chova porque acreditamos que a chuva melhorará as safras agrícolas, e queremos que isso ocorra; acreditamos nisso com base em uma indução a partir do que ouvimos e lemos; e assim por diante. Em cada um desses casos há uma conexão lógica entre os conteúdos das várias atitudes e crenças e o que elas causam.
A conclusão, até aqui, é que simplesmente rotular um estado ou evento psicológico como sendo ou implicando o que é imprecisamente chamado de atitude proposicional é garantir a relevância de uma explicação racional, e com isso um elemento de racionalidade. Mas é claro que, se tais estados e eventos podem ser irracionais, o elemento de racionalidade não pode eliminar o fato de os mesmos serem concomitantemente menos que racionais. Considere o caso de uma ação em que o agente, considerando tudo que deve ser considerado, age contra o que ele acredita ser o melhor. (Aristóteles chamou esse tipo de comportamento de acrasia; outros termos são 'incontinência' e 'fraqueza da vontade'). É fácil imaginar que o homem que retornou ao parque para recolocar o galho em sua posição original no caminho percebe que sua ação não é razoável. Ele tem um motivo para mover o galho, a saber, que o mesmo pode machucar um transeunte. Mas ele pode ter um motivo para não retornar, qual seja, o tempo e o transtorno que isso custa. Em seu próprio juízo, a última consideração suplanta a primeira; contudo, ele age de acordo com a primeira. Em suma, ele vai contra o seu melhor juízo.
O problema de explicar tal comportamento preocupa filósofos e moralistas pelo menos desde Platão. De acordo com Platão, Sócrates argumentou que, uma vez que ninguém age voluntariamente contra aquilo que sabe ser o melhor, apenas a ignorância pode explicar ações frívolas e nocivas.
Isso é freqüentemente chamado de paradoxo, mas a visão de Sócrates é paradoxal somente porque ele nega aquilo que todos nós acreditamos, a saber, que há atos acráticos. Se Sócrates está certo - se tais ações são descartadas pela lógica dos conceitos - então não há nada problemático sobre os fatos a serem explicados. Contudo, Sócrates (ou Platão) deu destaque ao nosso problema: há um conflito entre a maneira usual de explicar a ação intencional e a idéia de que uma ação pode ser irracional. Uma vez que a visão segundo a qual nenhum ato intencional pode ser internamente irracional encontra-se em um extremo no contínuo de visões possíveis, permita-me dar-lhe um nome: O Princípio de Platão. É a doutrina da racionalidade pura.
No extremo oposto encontra-se o Princípio de Medéia. De acordo com esta doutrina, uma pessoa pode agir contra o seu melhor juízo, mas somente quando uma força estranha toma conta dela ou de sua vontade. Isso é o que acontece quando Medéia implora à sua própria mão que esta não assassine os seus filhos. Sua mão, ou a paixão da vingança por trás dela, assume o controle de sua vontade. Alguns desses estudos sobre a fraqueza da vontade são populares. E dada a tese, o nome é adequado, pois a vontade do agente é mais fraca do que a força estranha. Em particular, os moralistas têm sido atraídos a essa concepção, uma vez que ela sugere que nada mais é necessário para suplantar a tentação do que a determinação maior de fazer a coisa certa. Do mesmo modo, é uma doutrina estranha, uma vez que ela sugere que atos acráticos não são intencionais, e assim em si mesmos atos pelos quais o agente não pode ser responsabilizado. Se o agente for culpado, isso não se deve ao que ele fez, mas sim ao fato de que ele não resistiu com suficiente vigor. O que o agente se percebeu fazendo tinha uma razão - a paixão ou o impulso que suplantou seu melhor juízo - mas a razão não era dele. Do ponto de vista do agente, o que ele fez foi o efeito de uma causa que veio de fora, como se uma outra pessoa o tivesse forçado.
Aristóteles sugeriu que a fraqueza da vontade se deve a um tipo de esquecimento. O acrático tem dois desejos; em nosso exemplo, ele quer poupar seu tempo e esforço, e quer também mover o galho. Ele não pode agir de acordo com ambos os desejos, mas Aristóteles não o deixará chegar ao ponto de apreciar o seu problema, pois, de acordo a sua concepção, o agente perde o toque ativo com o seu conhecimento de que, ao não retornar ao parque, ele pode poupar tempo e esforço. Não se trata exatamente de um desejo consciente e de outro desejo inconsciente que estão em conflito; antes, há uma parte consciente e uma parte inconsciente de conhecimento, onde a ação depende de qual parte esteja consciente.
Há situações em que a análise de Aristóteles é apropriada, e há outras que são governadas pelo Princípio de Medéia. Mas tais situações não são as únicas, e não são casos definidores de acrasia, em que o agente age intencionalmente enquanto está a par do fato de que, considerando tudo o que deve ser considerado, um melhor curso de ação está disponível a ele. Pois quando o Princípio de Medéia entra em funcionamento, a intenção não está presente; e, na análise de Aristóteles, o agente não está a par de uma alternativa.
A partir do que até agora foi dito fica claro que nem o Princípio de Medéia nem a análise de Aristóteles suscita casos imediatos de conflito, ou casos em que um agente tem boas razões para fazer cada uma das duas coisas mutuamente excludentes. Tais situações são tão familiares que requerem uma explicação especial; não estamos normalmente paralisados quando afirmações em conflito nos são colocadas, nem suprimimos comumente parte da informação relevante, ou escondemos um de nossos desejos. Normalmente, podemos encarar situações em que uma decisão pode ser tomada e decidimos melhor quando conseguimos analisar todas as considerações, os prós e os contras.
O que precisa ser explicado é a ação de um agente que, tendo avaliado as razões em ambos os lados, e tendo julgado que a preponderância das razões se encontra em um desses lados, age contra esse juízo. Não devemos dizer que ele não possui razão para o seu ato, uma vez que ele tem razões tanto a favor quanto contra. É porque ele tem uma razão para o que faz que ele fornece a intenção com a qual ele age. E como todas as ações intencionais, sua ação pode ser explicada com referência às crenças e desejos que a causaram e lhe ofereceram motivo.
Mas embora o agente tenha uma razão para fazer o que fez, ele tinha melhores razões, por sua própria consideração, para agir de outro modo. O que precisa ser explicado não é porque o agente agiu como agiu, mas porque ele não agiu de outro modo, dado o seu juízo segundo o qual, considerando tudo o que deve ser considerado, isso seria melhor.
Uma pessoa que aprecia o fato de ter boas razões tanto contra quanto a favor uma ação não deve ser vista como sustentando uma contradição. Segue-se que princípios morais, ou juízos que correspondem a desejos, não podem ser expressos por sentenças como 'é errado mentir', ou 'é bom dar prazer'. Quer dizer, não se essas sentenças são tomadas da maneira natural para expressar afirmações universais como 'toda mentira é errada', ou' todo ato que dá prazer é bom'. Pois um único e mesmo ato pode ser uma mentira e um ato que dá prazer, e assim ser tão errado quanto bom. Em muitas teorias morais, isso é uma contradição. Ou, tomando um caso ainda mais simples, se é correto cumprir promessas e errado não fazê-lo, então alguém que, sem se aperceber do seu erro, fez promessas incompatíveis, fará algo errado se fizer algo certo.
A solução para tal enigma sobre a lógica do raciocínio prático é reconhecer que os princípios valorativos não são corretamente afirmados na forma 'é errado mentir'. Pois nem todas as mentiras são erradas; há casos em que alguém tem que mentir em nome de alguma consideração mais importante. O fato de que uma ação é uma mentira, ou a quebra de uma promessa, ou um dispêndio de tempo, é um ponto contra a razão, a ser avaliado juntamente com outras razões para a ação. Toda ação que executamos, ou acreditamos executar, possui algo contra e algo a favor a ser dito sobre ela; mas falamos de conflito apenas quando os prós e os contras são avaliados e levados próximos ao equilíbrio. Uma simples dedução pode me dizer que, se desejo cumprir uma promessa A, eu devo estar em Addis Ababa em um certo dia, e se desejo cumprir uma promessa B, eu devo estar em Bora Bora ao mesmo tempo; mas a lógica não pode me dizer qual delas cumprir.
Sendo assim, não é claro em que medida qualquer uma dessas ações seria irracional. Também a irracionalidade não fica clara se julgo que, considerando tudo o que deve ser considerado, eu devo cumprir a promessa A e, no entanto, eu cumpro a promessa B. Pois o primeiro juízo é meramente condicional: à luz de todas as minhas evidências, eu devo fazer A; e isso não pode contradizer o juízo incondicional de que eu devo fazer B. A inconsistência interna pura é introduzida apenas se eu também sustentar - como de fato sustento - que eu devo agir de acordo com meu melhor juízo o que eu presumir como melhor ou obrigatório, considerando tudo o que deve ser considerado.
Uma concepção puramente formal do que é irracional em um ato acrático é, então, que o agente vai contra seu próprio princípio de segunda ordem segundo o qual ele deve agir com base naquilo que ele sustenta ser o melhor, considerando tudo o que deve ser considerado. É apenas quando podemos descrever sua ação exatamente dessa forma que há um problema para explicá-lo. Se o agente não possui o princípio segundo o qual ele deve agir de acordo com o que acredita ser o melhor, considerando tudo o que deve ser considerado, então, embora sua ação possa ser irracional do nosso ponto de vista, ela não precisa sê-lo de seu próprio ponto de vista - pelo menos não de modo a acarretar um problema para a explicação. Isso porque, para explicar o seu comportamento, precisamos apenas dizer que o seu desejo de fazer o que ele considerou como o melhor, considerando tudo o que deve ser considerado, não foi tão forte quanto o seu desejo de fazer algo mais.
Mas como podemos explicar a ação de alguém que consciente e intencionalmente age contra o seu próprio princípio? A explicação, é claro, deve conter algum aspecto que vai além do Princípio de Platão; do contrário, a ação é perfeitamente racional. Por outro lado, a explicação deve reter o ponto central do Princípio de Platão; do contrário, a ação não é intencional. Uma abordagem como essa parece satisfazer ambas as exigências: já concordamos que há uma explicação normal de razão para um ato acrático. Assim, o homem que retorna ao parque para recolocar o galho tem uma razão: eliminar o perigo. Mas, em assim o fazendo, ele ignora o seu princípio de agir de acordo com o que ele pensa ser o melhor, considerando tudo o que deve ser considerado. E não se pode negar que ele tem um motivo para ignorar seu princípio, a saber, que ele quer, talvez muito fortemente, colocar o galho em sua posição original. Digamos que o seu motivo realmente explique o fato de que ele deixa de agir de acordo com seu princípio. Esse é o ponto em que a irracionalidade é introduzida. Pois o desejo de recolocar o galho desempenhou um papel na decisão de fazer isso duas vezes. Primeiro, foi uma consideração em favor de recolocar o galho, uma consideração que, na opinião do agente, foi menos importante do que as razões para não retornar ao parque. O agente então concluiu que, considerando tudo o que deve ser considerado, ele não deveria retornar ao parque. Dado que o seu princípio segundo o qual ele devia agir com base em tal conclusão, a coisa racional a fazer era, obviamente, não retornar ao parque. A irracionalidade surgiu quando o seu desejo de retornar o fez ignorar e anular o seu princípio. Pois embora o seu motivo de ignorar o seu princípio fora uma razão para ignorar o princípio, não foi uma razão contra o próprio princípio e, assim, quando ela surgiu desse segundo modo, ela era irrelevante enquanto uma razão, ao princípio e à ação. A irracionalidade depende da distinção entre uma razão para se possuir, ou agir de acordo com, um princípio, e uma razão para o princípio.
Um outro exemplo mais simples esclarecerá esse ponto. Suponha que um rapaz deseje fortemente possuir um novilho bem torneado e isso o leve a acreditar que ele o possui. Ele tem uma razão normal para querer ter essa crença - isso lhe dá prazer. Mas se toda a explicação para ele sustentar a crença é a de que ele quis acreditar nisso, então sustentar a crença é irracional. Pois o desejo de ter uma crença não é evidência para a verdade da crença, nem tampouco fornece um suporte racional de nenhum outro modo. O que faz racional essa crença é que essa proposição deve ser verdadeira: ele acredita possuir um novilho bem torneado. Isso não racionaliza a sua crença: eu tenho um novilho bem torneado. Esse é um caso de crença naquilo que desejamos que fosse verdadeiro; ela é um modelo para o tipo mais simples de irracionalidade. Embora simples, porém, o modelo tem uma complexidade que é obscurecida pela ambigüidade da frase 'razão para acreditar'.
Em alguns casos de irracionalidade, é improvável, e talvez impossível, ao agente estar plenamente consciente de tudo o que está acontecendo em sua mente. Se alguém 'esquece' que hoje é quinta-feira porque não quer manter um compromisso social discordante, talvez não seja importante ele estar consciente disso. Em muitos casos, porém, não há dificuldade lógica em supor que o agente sabe o que está acontecendo. O rapaz pode saber que ele acredita possuir um novilho bem torneado somente porque ele quer acreditar nisso, tal como o homem que retorna ao parque para recolocar o galho pode perceber tanto o absurdo de sua ação quanto a explicação da mesma.
Em explicações racionais usuais, como vimos, não apenas os conteúdos proposicionais das várias crenças e desejos mantêm relações lógicas adequadas entre si e com outros conteúdos de crença, atitude ou intenção que eles ajudam a explicar; os estados reais de crença e desejo causam o estado ou evento explicado. No caso da irracionalidade, a relação causal permanece, ao passo que a relação lógica ou não ocorre ou se encontra distorcida. Nos casos de irracionalidade que estivemos discutindo, há uma causa mental que não é uma razão para o que ela causa. Assim, no que diz respeito à crença naquilo que desejamos ser verdadeiro, um desejo causa uma crença. Mas o juízo de que um estado de coisas é ou seria desejável não é razão para se acreditar que ele existe.
Está claro que a causa, nesse caso, dever ser mental; trata-se de um estado ou evento com conteúdo proposicional. Se um pássaro voando causa uma crença de que o pássaro está voando (ou de que um avião está voando), a questão da racionalidade não se coloca; há causas que não são razões para o que elas causam, mas a causa não tem propriedades lógicas e não pode assim, por si mesma, explicar ou ocasionar a irracionalidade (do tipo que descrevi). Será que há outras formas de irracionalidade? A questão não é clara, e não faço afirmações nesse sentido. Até agora, minha tese é apenas a de que muitos exemplos normais de irracionalidade podem ser caracterizados pelo fato de que há uma causa mental que não é uma razão. Tal caracterização aponta um caminho para um tipo de explicação da irracionalidade.
Uma irracionalidade desse tipo pode ocorrer onde quer que a racionalidade opere. Tal como as ações incontinentes são irracionais, pode haver intenções irracionais para agir, quer elas sejam realizadas ou não. Crenças podem ser irracionais, do mesmo modo que o podem as linhas de raciocínio. Muitos desejos e emoções são caracterizados como irracionais se são explicados por causas mentais que não são razões para eles. Esse conceito geral também se aplica a casos em que não há variações. Um indivíduo é irracional se ele não está aberto à razão ou se, em aceitando uma crença ou atitude com base nas quais ele deve fazer mudanças para acomodar suas outras crenças, desejos ou intenções, ele se abstém de fazê-las. Ele tem uma razão que não causa aquilo para o qual ela não é uma razão suficiente.
Vemos agora como é possível reconciliar uma explicação que mostra que uma ação, crença ou emoção é irracional com o elemento de racionalidade inerente à descrição e explicação de todos estes fenômenos. Assim, de um modo preliminar, lidamos com um paradoxo da irracionalidade. Mas agora emerge uma fonte de paradoxo que não pode ser dissipada.
Se eventos são relacionados como causa e efeito, eles assim permanecem, não importando em qual vocabulário escolhemos descrevê-los. Eventos mentais ou psicológicos são mentais apenas a partir de um modo de descrição, pois esses mesmos eventos são certamente ao mesmo tempo neurológicos e, em última instância, físicos, embora os reconheçamos e os identifiquemos dentro de tais domínios apenas segundo descrições neurofisiológicas ou físicas. Como já vimos, não há em geral nenhuma dificuldade em explicar os eventos mentais recorrendo-se a causas neurofisiológicas ou físicas: isso é crucial para a análise da percepção ou da memória, por exemplo. Mas quando a causa é descrita em termos não-mentais, nós necessariamente perdemos contato com aquilo que é exigido para explicar o elemento de irracionalidade. Pois a irracionalidade aparece somente quando a racionalidade é evidentemente apropriada: onde tanto a causa quanto o efeito possuem conteúdos que têm o tipo de relações lógicas, quer sejam padrões racionais ou não. Eventos concebidos apenas em termos de suas propriedades físicas ou neurofisiológicas não podem ser considerados como razões, ou como em conflito, ou como dizendo respeito a uma questão. Assim, estamos diante do seguinte dilema: se pensamos na causa de um modo neutro, sem levar em conta o seu status mental como uma crença ou uma outra atitude - se pensamos nessa causa meramente como uma força que trabalha na mente sem ser identificada como parte dela - então falhamos em explicar, ou mesmo descrever, a irracionalidade. Forças cegas estão na categoria do não-racional, não do irracional. Isto posto, introduzimos uma descrição mental da causa que, assim, a torna uma candidata a ser uma razão. Mas ainda permanecemos fora do único padrão claro de explicação que se aplica ao mental, pois esse padrão exige que a causa seja mais do que uma candidata a ser uma razão; ela deve ser uma razão, e no caso presente ela não pode ser. Para a explicação de um efeito mental precisamos de uma causa mental que é também uma razão para este efeito; contudo, se a temos, o efeito não pode ser um caso de irracionalidade. Ou pelo menos tudo indica que não.
Há, porém, uma maneira pela qual um evento mental pode causar um outro sem ser uma razão para isso, e em que não há dilema algum e que não envolve necessariamente nenhuma irracionalidade. Isso pode acontecer quando causa e efeito ocorrem em mentes diferentes. Por exemplo, para atrair você ao meu jardim, eu cultivo uma bela flor. Você lança um olhar à minha flor e entra no jardim. Meu desejo causou o seu desejo e a sua ação, mas o meu desejo não foi uma razão para o seu desejo, nem uma razão com base na qual você agiu (você talvez nem saiba do meu desejo). Fenômenos mentais podem causar outros fenômenos mentais sem ser razão para eles, e ainda assim manter o seu caráter mental, contanto que causa e efeito sejam adequadamente separados. Os casos claros e óbvios são aqueles de interação social. Mas sugiro que essa idéia pode ser aplicada a uma mente e pessoa individual. De fato, se pretendemos explicar a irracionalidade de algum modo, parece que precisamos assumir que a mente pode ser dividida em estruturas quase independentes que interagem de maneiras que o Princípio de Platão não pode aceitar ou explicar.
A fim de constituir uma estrutura desse tipo, uma parte da mente deve mostrar um grau maior de consistência ou racionalidade do que é atribuído ao todo. Somente assim evitar-se-á que a parte da analogia com a interação social seja destruída. A idéia é que, se partes da mente são em um certo grau independentes, poderemos então entender como elas são capazes de abrigar inconsistência, e de interagir a um nível causal. Voltemos à análise da acrasia. Lá eu não mencionei nenhuma divisão da mente porque a análise foi até aquele ponto mais descritiva do que explanatória. Mas podemos fornecer as condições para uma explicação se supusermos dois departamentos semi-autônomos da mente, um que estabeleça um certo curso de ação como o melhor, considerando tudo o que deve ser considerado, e um outro que indique um curso de ação alternativo. Em cada um dos lados - o lado do juízo sóbrio e o lado do intento e da ação incontinente -, há uma estrutura dando suporte a razões, a crenças interligadas a expectativas, suposições, atitudes e desejos. Essa concepção ainda deixa muita coisa a ser explicada, pois queremos saber porque essa dupla estrutura se desenvolveu, como ela esclarece a ação adotada, e também, sem dúvida, suas conseqüências psíquicas e sua cura. O que enfatizo aqui é que a mente dividida deixa o campo aberto para tais explicações posteriores, ajudando a resolver a tensão conceitual entre o Princípio de Platão e o problema de explicar a irracionalidade.
A divisão que proponho não corresponde em natureza ou função à antiga metáfora de uma batalha entre a Virtude a Tentação, ou entre a Razão e a Paixão. Pois os desejos ou valores em conflito que a acrasia exige, a meu ver, não sugerem em si mesmos a irracionalidade. De fato, um juízo segundo o qual, considerando tudo o que deve ser considerado, devemos agir de uma certa maneira, pressupõe que fatores em conflito tenham sido trazidos ao interior da mesma divisão da mente. Essa divisão também não está relacionada ao problema da simples intervenção de uma emoção excêntrica e estrangeira, como no Princípio de Medéia. O que se requer são elementos organizados, dentro dos quais haja um grau justo de consistência, e onde um elemento possa operar em outro aos moldes de uma causalidade não-racional.
Permitir um grau de autonomia a províncias da mente dissipa, até um certo ponto, os problemas que estou discutindo, mas gera outros. Pois na medida em que o Princípio de Platão falha em explicar as operações da mente, meras relações causais o substituem, e elas substituem melhor, pois fazem mais progresso em direção à ciência, na medida em que elas podem ser subsumidas sob leis. Mas há uma questão acerca de até que ponto as operações da mente podem ser reduzidas a leis determinísticas estritas enquanto os fenômenos forem identificados em termos mentais. De um lado, o domínio do mental não pode formar um sistema fechado; muito do que nele ocorre é forçosamente causado por eventos com uma descrição mental. Por outro lado, uma vez que contemplamos relações causais entre eventos mentais desprezando-se parcialmente as relações lógicas entre as descrições desses eventos, introduzimo-nos em um domínio sem um conjunto unificado e coerente de princípios constitutivos: os conceitos empregados devem ser tratados como misturados, devendo obediência parcialmente às suas conexões lógicas com o mundo de forças não-mentais, e parcialmente ao seu caráter como mental e dirigidos ao conteúdo proposicional. Essas questões nos conduzem à importante pergunta sobre quais leis ou generalizações irão dar sustentação nessa área, e portanto à questão sobre quão científica pode ser uma ciência do mental; isto, entretanto, é um assunto que deixarei de lado.
Há um outro problema que surge dos departamentos reconhecidamente semi-independentes dentro da mesma mente. Atribuímos crenças, propósitos, motivos e desejos a pessoas na tentativa de organizar, explicar e produzir o comportamento delas, seja verbal ou não. Descrevemos suas intenções, ações e sentimentos à luz do esquema mais unificado e inteligível que possamos conceber. A fala não produz mais acesso direto dentro desse esquema do que qualquer outro comportamento, uma vez que a própria fala pode ser interpretada; de fato, a fala requer pelo menos dois níveis de interpretação, havendo tanto a questão sobre o que as palavras do falante significam quanto a questão sobre o que o falante quer dizer com elas. Não quero dizer com isso que um agente saiba diretamente em que ele acredita, ou o que ele quer e pretende, de um modo tal que reduza observadores a meros detetives. Pois embora ele possa freqüentemente saber o que está em sua mente, as palavras de um agente têm significado no domínio público; o que as suas palavras querem dizer vai depender do intérprete tanto quanto dele. Como ele deverá ser compreendido é um problema para ele assim como para os outros.
O que dificulta a interpretação é a multiplicidade de fatores mentais que produzem comportamento e fala. Considere o seguinte exemplo: se sabemos que, ao falar certas palavras, um homem quis afirmar que o preço do plutônio está subindo, então geralmente precisamos saber muito mais sobre as suas intenções, suas crenças e o significado de suas palavras. Se imaginamos estar começando do zero para construir uma teoria dos pensamentos, emoções e linguagem de um homem, não conseguiremos ser bem sucedidos. Há incógnitas demais para a quantidade de equações. Nós necessariamente lidamos com esse problema por meio de uma estratégia que é simples de afirmar, embora bastante complexa em sua aplicação: a estratégia é assumir que a pessoa a ser compreendida é bem parecida conosco. Essa é forçosamente a estratégia inicial da qual nos desviamos enquanto a evidência se acumula. Assumimos inicialmente que os outros possuem, nos assuntos básicos e mais amplos, crenças e valores similares a nós. Somos obrigados a supor que alguém que queremos compreender habita o nosso mundo de objetos físicos macroscópicos e mais ou menos permanentes, com disposições causais familiares: que o seu mundo, como o nosso, contém pessoas com mentes e motivos; e que ele compartilha conosco o desejo de encontrar calor, amor, segurança e sucesso, e o desejo de evitar dor e angústia. Na medida em que chegamos às questões de detalhe, ou a questões de um modo ou de outros menos centrais ao nosso pensamento, podemos cada vez mais facilmente tolerar diferenças entre nós mesmos e outros. Mas a menos que possamos interpretar outros como compartilhando uma grande quantidade daquilo que constitui o nosso senso comum, não seremos capazes de identificar quaisquer dessas crenças, desejos e intenções, quaisquer dessas atitudes proposicionais.
O motivo é o caráter holístico do mental. O significado de uma sentença, i.e., o conteúdo de uma crença ou desejo, não é um item que possa ser acrescido a elas independentemente de suas parceiras. Não podemos inteligivelmente atribuir o pensamento de que um pedaço de gelo está derretendo a alguém que não possui uma grande quantidade de crenças verdadeiras sobre a natureza do gelo, suas propriedades físicas em conexão com a água, o frio, a solidez, e assim por diante. Essa atribuição repousa na suposição de muitas outras - infinitas outras. E entre as crenças que supomos que um homem possua, muitas precisam ser verdadeiras (em nossa visão) para que possamos entender qualquer uma delas. A clareza e a consistência de nossas atribuições de atitude, motivo e crença são proporcionais, então, à extensão na qual consideramos outras crenças e motivos consistentes e corretas. Consideramos, com freqüência, justificadamente que outras pessoas são irracionais e estão erradas; mas tais juízos estão firmemente baseados quando há um acordo maior. Compreendemos alguém melhor quando o consideramos racional e prudente, e essa compreensão é aquilo que torna possível as nossas disputas com ele.
Não há nenhuma dúvida de que o preceito da inevitável caridade interpretativa se opõe à divisão da mente. Pois o motivo da divisão era permitir que crenças, desejos e sentimentos conflitantes existam na mesma mente, enquanto a metodologia básica de toda a interpretação nos diz que a inconsistência provoca a ininteligibilidade.
Isto é uma questão de grau. Não temos dificuldades em compreender pequenas perturbações contra um pano de fundo determinado ao qual somos bastante simpáticos, mas grandes desvios da realidade ou da consistência começam a minar as bases de nossa habilidade em descrever e explicar o que ocorre em termos mentais. O que determina um limite à quantidade de irracionalidade que podemos dotar de sentido psicológico é uma questão puramente conceitual ou teórica - o fato de que os estados e eventos mentais são constituídos de estados e eventos que estão, por sua localização, num espaço lógico. Por outro lado, o que constrange a quantidade e o tipo de consistência e correspondência com a realidade que descobrimos em nossos companheiros é a fragilidade da natureza humana: a falha da imaginação ou simpatia da parte do intérprete, e a teimosa imperfeição do interpretado. O paradoxo subjacente da irracionalidade, do qual nenhuma teoria pode escapar inteiramente, é este: se o explicamos bem demais, nós o transformamos numa forma dissimulada de racional; ao mesmo tempo; se lhe atribuímos incoerência imediatamente, nós simplesmente comprometemos a nossa habilidade em diagnosticar a irracionalidade, retirando o pano de fundo da racionalidade necessário para justificar qualquer diagnóstico no final das contas.
O que tentei mostrar, assim, é que os aspectos mais gerais da teoria psicanalítica que listei como tendo preocupado filósofos e outros são, se eu estou certo, aspectos que serão encontrados em qualquer teoria que se proponha a explicar a irracionalidade.
O primeiro aspecto era que a mente deve ser considerada como possuindo duas ou mais estruturas semi-autônomas. É esse aspecto que pensamos ser necessário para explicar causas mentais que não são razões para os estados mentais que elas causam. Somente dividindo-se a mente é que parece ser possível explicar como um pensamento ou impulso pode causar um outro, ao qual ele não apresenta nenhuma relação racional.
O segundo aspecto atribuiu um tipo particular de estrutura a uma ou mais subdivisões da mente: uma estrutura similar àquela necessária para explicar ações comuns. Isso requer uma constelação de crenças, propósitos e afetos do tipo que, através da explicação do Princípio de Platão, permite-nos caracterizar certos eventos como tendo um objetivo ou intenção. A analogia não precisa ser levada a ponto de exigir que falemos de partes da mente enquanto agentes independentes. O que é essencial é que certos pensamentos e sentimentos das pessoas sejam concebidos como interagindo de modo a produzir conseqüências nos princípios de ações intencionais, essas conseqüências então servindo como causas, e não razões, para outros eventos mentais. O colapso dessas relações racionais delineia a fronteira de uma subdivisão. Embora eu fale aqui, com Freud, de partes e agências, não parece haver nada que exija essa metáfora. As partes são definidas em termos da função: em última instância, em termos das concepções da razão e da causa. A idéia de uma divisão quase autônoma não é aquela que exige um pequeno agente na divisão; mais uma vez, os conceitos operativos são aqueles de causa e razão.
O terceiro aspecto que apontamos foi que certos eventos mentais assumem o caráter de meras causas em relação a alguns outros eventos mentais em uma mesma mente. Também consideramos esse aspecto como indispensável em qualquer abordagem da irracionalidade. Eu argumentei que ele pode ser superado, mas para tanto precisamos conferir um certo grau de autonomia a partes da mente.
Os três elementos da teoria psicanalítica que enfatizei - a saber, a divisão da mente, a existência de uma estrutura considerável em cada parte semi-autônoma, e as relações causais não-lógicas entre as partes -, são combinados de modo a fundamentar uma maneira coerente de descrever e explicar tipos importantes de irracionalidade. Eles também explicam, e justificam, a mistura freudiana das explicações racionais usuais com as interações causais mais semelhantes àquelas das ciências naturais, interações nas quais a razão não desempenha o seu papel racionalizante e normativo que lhe é peculiar.
Finalmente, preciso mencionar a afirmação de que muitos fenômenos mentais que normalmente são acessíveis à consciência às vezes não são conscientes nem acessíveis à consciência. A razão pela qual eu não fiz nenhum comentário sobre isso é que, a meu ver, as objeções relevantes aos estados e eventos mentais inconscientes são respondidas mostrando-se que a teoria é aceitável sem eles. É surpreendente, por exemplo, que nada na descrição da acrasia requer que qualquer pensamento ou motivo seja inconsciente - de fato, eu critiquei Aristóteles por introduzir algo como um conhecimento inconsciente quando isto não era necessário. O caso padrão de acrasia é aquele no qual o agente sabe o que e porque está fazendo, e sabe que esse não é o melhor curso de ação, e sabe porque isso é assim. Ele se dá conta de sua própria irracionalidade. Sendo assim, então a descrição não pode ser tornada impraticável supondo-se que às vezes alguns dos pensamentos ou desejos envolvidos são inconscientes.
Se a uma teoria já consistente acrescentamos a suposição de elementos inconscientes, ela só pode ser mais aceitável, i.e., capaz de explicar mais. Pois suponha que sejamos levados a perceber, por um gênio como Freud, que, se postulamos certos estados e eventos mentais, podemos explicar que uma grande quantidade de comportamento que do contrário ficaria sem explicação; mas também descobrimos que o comportamento verbal associado não se encaixa no padrão normal. O agente nega ter atitudes e sentimentos que lhe atribuiríamos. Podemos reconciliar observação e teoria estipulando a existência de eventos e estados inconscientes que, com exceção da consciência, são como crenças, desejos e emoções conscientes. Sem dúvida que há outras complicações emergindo aqui, mas elas parecem ser complicações resultantes de outros problemas. Eventos mentais inconscientes nada acrescentam a outros problemas mas são companheiros naturais deles.
Eu argumentei que um certo esquema de análise se aplica a importantes casos de irracionalidade. Possivelmente, alguma versão desse esquema será encontrado em todo caso de inconsistência ou irracionalidade interna. Mas será que o esquema fornece uma condição suficiente para a irracionalidade? Parece que não. Isso porque casos simples de associação não contam como irracionalidade. Se consigo lembrar um nome assobiando um certo tom, há uma causa mental de algo para o qual ela não é uma razão; e, similarmente, para um grande número de outros casos. Mas muito mais interessante e importante é uma forma de autocrítica e reforma que tendemos a considerar em alta conta, e isso tem sido mesmo considerado como a própria essência da racionalidade e a fonte da liberdade. Contudo, é claramente um caso de causalidade mental que transcende a razão (no sentido algo técnico no qual estive usando o conceito).
O que tenho em mente é um tipo especial de desejo ou valor de segunda ordem, e as ações que ele pode provocar. Isso acontece quando uma pessoa forma um juízo positivo ou negativo de alguns de seus próprios desejos. Ele age para mudar esses desejos. Do ponto de vista do desejo mudado, não há razão para a mudança - a razão provém de uma fonte independente, e está baseada em considerações posteriores e parcialmente contrárias. O agente tem razões para mudar os seus próprios hábitos e caráter, mas essas razões provêm de um domínio de valores necessariamente extrínsecos aos conteúdos das visões e valores que sofrem mudança. A causa da mudança, se ela ocorre, pode portanto não ser uma razão para aquilo que ela causa. Uma teoria que não pudesse explicar a irracionalidade seria aquela que também não poderia explicar nossos esforços salutares, e sucessos ocasionais, ao realizarmos a autocrítica e aprimoramento de nós mesmos.
tradução de Marco Antonio Franciotti
in Wollheim, R., Hopkins, J. (1982): Philosophical Essays on Freud, Cambridge: Cambridge University Press, pgs. 289-305 (tradução de Marco Antonio Frangiotti)





Hino Nacional do Brasil
Hino Surreal


"Não tinha medo o tal João de Santo Cristo
Era o que todos diziam quando ele se perdeu
Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda
Só pra sentir no seu sangue o ódio que Jesus lhe deu
Quando criança só pensava em ser bandido
Ainda mais quando com um tiro de soldado o pai morreu
Era o terror da sertania onde morava
E na escola até o professor com ele aprendeu
Ia pra igreja só prá roubar o dinheiro
Que as velhinhas colocavam na caixinha do altar
Sentia mesmo que era mesmo diferente
Sentia que aquilo ali não era o seu lugar
Ele queria sair para ver o mar
E as coisas que ele via na televisão
Juntou dinheiro para poder viajar
De escolha própria, escolheu a solidão
Comia todas as menininhas da cidade
De tanto brincar de médico, aos doze era professor.
Aos quinze, foi mandado pro o reformatório
Onde aumentou seu ódio diante de tanto terror.
Não entendia como a vida funcionava
Discriminação por causa da sua classe e sua cor
Ficou cansado de tentar achar resposta
E comprou uma passagem, foi direto a Salvador.
E lá chegando foi tomar um cafezinho
E encontrou um boiadeiro com quem foi falar
E o boiadeiro tinha uma passagem e ia perder a viagem
Mas João foi lhe salvar
Dizia ele: "Estou indo pra Brasília
Neste país lugar melhor não há
Tô precisando visitar a minha filha
Eu fico aqui e você vai no meu lugar"
E João aceitou sua proposta
E num ônibus entrou no Planalto Central
Ele ficou bestificado com a cidade
Saindo da rodoviária, viu as luzes de Natal
"Meu Deus, mas que cidade linda,
No Ano-Novo eu começo a trabalhar"
Cortar madeira, aprendiz de carpinteiro
Ganhava cem mil por mês em Taguatinga
Na sexta-feira ia pra zona da cidade
Gastar todo o seu dinheiro de rapaz trabalhador
E conhecia muita gente interessante
Até um neto bastardo do seu bisavô
Um peruano que vivia na Bolívia
E muitas coisas trazia de lá
Seu nome era Pablo e ele dizia
Que um negócio ele ia começar
E o Santo Cristo até a morte trabalhava
Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar
E ouvia às sete horas o noticiário
Que sempre dizia que o seu ministro ia ajudar
Mas ele não queria mais conversa
E decidiu que, como Pablo, ele ia se virar
Elaborou mais uma vez seu plano santo
E sem ser crucificado, a plantação foi começar.
Logo logo os maluco da cidade souberam da novidade:
"Tem bagulho bom ai!"
E João de Santo Cristo ficou rico
E acabou com todos os traficantes dali.
Fez amigos, freqüentava a Asa Norte
E ia pra festa de rock, pra se libertar
Mas de repente
Sob uma má influência dos boyzinho da cidade
Começou a roubar.
Já no primeiro roubo ele dançou
E pro inferno ele foi pela primeira vez
Violência e estupro do seu corpo
"Vocês vão ver, eu vou pegar vocês"
Agora o Santo Cristo era bandido
Destemido e temido no Distrito Federal
Não tinha nenhum medo de polícia
Capitão ou traficante, playboy ou general
Foi quando conheceu uma menina
E de todos os seus pecados ele se arrependeu
Maria Lúcia era uma menina linda
E o coração dele pra ela o Santo Cristo prometeu
Ele dizia que queria se casar
E carpinteiro ele voltou a ser
"Maria Lúcia pra sempre vou te amar
E um filho com você eu quero ter"
O tempo passa e um dia vem na porta
Um senhor de alta classe com dinheiro na mão
E ele faz uma proposta indecorosa
E diz que espera uma resposta, uma resposta do João
"Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança isso eu não faço não
E não protejo general de dez estrelas
Que fica atrás da mesa com o cú na mão
E é melhor senhor sair da minha casa
Nunca brinque com um Peixes de ascendente Escorpião"
Mas antes de sair, com ódio no olhar, o velho disse:
"Você perdeu sua vida, meu irmão"
"Você perdeu a sua vida meu irmão
Você perdeu a sua vida meu irmão
Essas palavras vão entrar no coração
Eu vou sofrer as conseqüências como um cão"
Não é que o Santo Cristo estava certo
Seu futuro era incerto e ele não foi trabalhar
Se embebedou e no meio da bebedeira
Descobriu que tinha outro trabalhando em seu lugar
Falou com Pablo que queria um parceiro
E também tinha dinheiro e queria se armar
Pablo trazia o contrabando da Bolívia
E Santo Cristo revendia em Planaltina
Mas acontece que um tal de Jeremias,
Traficante de renome, apareceu por lá
Ficou sabendo dos planos de Santo Cristo
E decidiu que, com João ele ia acabar
Mas Pablo trouxe uma Winchester-22
E Santo Cristo já sabia atirar
E decidiu usar a arma só depois
Que Jeremias começasse a brigar
Jeremias, maconheiro sem-vergonha
Organizou a Rockonha e fez todo mundo dançar
Desvirginava mocinhas inocentes
Se dizia que era crente mas não sabia rezar
E Santo Cristo há muito não ia pra casa
E a saudade começou a apertar
"Eu vou me embora, eu vou ver Maria Lúcia
Já tá em tempo de a gente se casar"
Chegando em casa então ele chorou
E pro inferno ele foi pela segunda vez
Com Maria Lúcia Jeremias se casou
E um filho nela ele fez
Santo Cristo era só ódio por dentro
E então o Jeremias pra um duelo ele chamou
Amanhã às duas horas na Ceilândia
Em frente ao lote 14, é pra lá que eu vou
E você pode escolher as suas armas
Que eu acabo mesmo com você, seu porco traidor
E mato também Maria Lúcia
Aquela menina falsa pra quem jurei o meu amor
E o Santo Cristo não sabia o que fazer
Quando viu o repórter da televisão
Que deu notícia do duelo na TV
Dizendo a hora e o local e a razão
No sábado então, às duas horas,
Todo o povo sem demora foi lá só para assistir
Um homem que atirava pelas costas
E acertou o Santo Cristo, começou a sorrir
Sentindo o sangue na garganta,
João olhou pras bandeirinhas e pro povo a aplaudir
E olhou pro sorveteiro e pras câmeras e
A gente da TV que filmava tudo ali
E se lembrou de quando era uma criança
E de tudo o que vivera até ali
E decidiu entrar de vez naquela dança
"Se a via-crucis virou circo, estou aqui"
E nisso o sol cegou seus olhos
E então Maria Lúcia ele reconheceu
Ela trazia a Winchester-22
A arma que seu primo Pablo lhe deu
"Jeremias, eu sou homem. coisa que você não é
E não atiro pelas costas não
Olha pra cá filha-da-puta, sem-vergonha
Dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão"
E Santo Cristo com a Winchester-22
Deu cinco tiros no bandido traidor
Maria Lúcia se arrependeu depois
E morreu junto com João, seu protetor
E o povo declarava que João de Santo Cristo
Era santo porque sabia morrer
E a alta burguesia da cidade
Não acreditou na história que eles viram na TV
E João não conseguiu o que queria
Quando veio pra Brasília, com o diabo ter
Ele queria era falar pro presidente
Pra ajudar toda essa gente que só faz...
Sofrer..."

Blog de um amigo(locupletem-se) -
*** blog contra a forma neo-liberal de enfraquecimento do povo e contra o modo covarde de combate que o Estado usa contra seus cidadãos ***



Manifesto

Bota Hermes e jeans Calvin Klein
A bela menina sobe ao ônibus
Olhos negros esquadrinham o ambiente
Senta-se ao lado do rapaz de barba
Tira da bolsa Prada um texto xerocado
Lê um pouco e destaca com uma caneta hidrográfica amarela:
“Para o burguês, sua mulher nada mais é que um instrumento de produção.”
O rapaz de barba se surpreende
Quase diz a ela que sabe de cor o início do texto:
“Há um espectro rondando a Europa. O espectro do comunismo”
Ou, em outra tradução:
“Um fantasma ronda a Europa - o fantasma do comunismo.”
Ela era muito bonita e ele muito tímido
Quando ela desce, ele olha a bela bunda e pensa
O que seria mais fácil
Ela compreender Marx e Engels
Ou Marx e Engels a compreenderem



"Deixa eu mostrar aquela nuvem lá no céu
Um pedacinho de hortelã
Vai refrescar todas as horas da manhã
E quando eu sentir tua boca a me beijar
Teu beijo vai me acalentar
Vou suplicar pra que me beije de mansinho
Com o rosto coladinho
Respirando baixinho
Será que é pedir demais pra mim
Uma garota assim?
Vou lhe esperar comportadinho no quintal
Roendo as unhas devagar, agoniado
Atrás das roupas no varal
Você então com os olhos a me procurar
Deixe esse céu azul queimar
Qualquer restinho de espera e solidão
Segure minha mão
É assim que vai ser
Sempre estar com você
Foi feitinha pra mim
Uma garota assim"



Marduk
Fistfucking God's Planet

"Dethrone the son
The crucified one
Dead and begotten
Unfortunately forgotten
Death on the cross
Life was your loss
You fell from Roman hands
In thy holy land
Still your words are being preached
But now your realm is being breached
Your vision we will turn to sand
When we reap thy holy land
King who was scorned with a crown of thorns
A sadist who tormented mandkind since he was born
Your throne we will burn
You shall never return
The light won't shine over your holy empire
As it ends in a roaring storm of fire
The christian serpents can escape or stay
And face the oceans of fire, blood and iron which will sweep them away
An ocean which everything you accomplished will erase
And pull out your venomous fangs from mandkind without a trace
Now were crashing onto your shore
Stare into the face of war
Death to you forevermore
By pain you never felt before
Death on the cross
Life was your loss
You fell from Roman hands
In thy holy land
Still your words are being preached
But now your realm is being breached
Your vision we will turn to sand
When we reap thy holy land
Dethrone the son
The crucified one
Dead and begotten
Unfortunately forgotten
You will pay
For getting in our way
You will see
How we will be
Fistfucking god's planet"



Melhores momentos de Marília Gabiherpes