[Nota do
responsável pelo site: este é um retrato dos
loucos que lideram as igrejas evangélicas, nesta
reportagem é mostrada a louca vida de um casal que fundou
uma seita evangélica que fez a opção pelos
ricos ]
Publicado no Jornal O Dia de 05 de
novembro de 2000
Atriz de Toda a nudez será
castigada volta a atuar e lança livro "para ajudar
as cornudas e mulheres machucadas"
Os dias de Glória voltaram. Irmã
Helena Brandão acabou. Depois de mergulhar, por dez anos,
"num deserto infinito de dor" por conta do abandono do
marido, Darlene Glória, a atriz que foi símbolo
sexual do Brasil na década de 70 e depois abandonou tudo
para ser evangélica, volta à cena da vida.
Continua cristã, é verdade, mas com a consciência
de que é humana e sujeita aos desencontros da Terra.
"Andei num vale sombrio, mas Jesus
estava comigo. E, se Ele não estivesse, eu teria morrido",
conta a atriz, referindo-se aos primeiros dez anos depois da sua
separação do então pastor Marcos Brandão,
pai de dois de seus quatro filhos. De um ano para cá,
ela, hoje com 58 anos, vem retomando suas atividades de cristã
e de atriz "que trabalha para divulgar a mensagem de Deus".
Para as mulheres que viveram dor semelhante a sua, a do abandono
pelo homem amado, escreveu O manual da mulher cristã
repudiada.
Livro dá conselhos para evitar a
separação dos casais
No livro, que será lançado
em dois meses, Darlene passeia por sua própria história.
Conta desde o corte repentino dos sonhos de menina por conta de
um estupro (ocorrido há 42 anos, durante o concurso Miss
Espírito Santo, em Vitória) até sua conversão,
passando pelo o mergulho nas drogas e no álcool e as
internações em clínicas psiquiátricas
- mazelas que vieram junto com o estrelato.
O maior relato, porém, é
reservado ao casamento vivido com Marcos Brandão, a traição
do marido "com uma moça que tinha metade da sua
idade" e o conseqüente abandono. Mas que ninguém
pense em vingança. Em seu livro, a atriz faz um alerta às
mulheres que, como ela, foram abandonadas e dá dicas e
conselhos para evitar o colapso conjugal, ou sobreviver a ele.
"Eu tive a minha dor e Deus me tirou
dela. Nunca da minha fé. Ele me tira do caos, da
tristeza, do buraco. Tira a dor de corno de mim e me põe
plena. Quero ajudar as cornudas todas. As mulheres machucadas.
Dou dicas para saberem se seus casamentos estão indo para
o brejo", avisa. Além do livro, ela está
envolvida com a produção de uma minissérie
para a TV Record, com tema evangélico, claro. E atua como
missionária no Brasil e nos Estados Unidos.
Os dias de estrela do Olimpo estão
longe. Hoje, Darlene vive em um apartamento simples, num
conjunto habitacional em Jacarepaguá, em companhia da
filha mais nova, Rebeca, 22 anos. Faz um trabalho de educação
religiosa nas favelas vizinhas ao seu apartamento e freqüenta
a Comunidade Evangélica da Barra da Tijuca, do pastor
Kendy Kukuty.