461 mulheres mortas neste ano no Paquistão, "em defesa da honra"

Publicado no Jornal O Estado de S. Paulo em 24/12/2002

Islamabad - Pelo menos 461 mulheres paquistanesas foram assassinadas, neste ano, por membros de suas famílias nos chamados casos de "assassinatos em defesa da honra", destinados a castigar uma conduta considerada imoral, disse nesta quarta-feira um grupo de defesa dos direitos humanos.

A Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, que não é ligada ao governo, disse que os números deste ano - que cresceram em relação aos de 2001, quando foram divulgados 372 assassinatos por questões de honra - mostram que as mulheres paquistanesas necessitam de maior proteção.

"Os crimes contra as mulheres continuaram aumentando neste ano", disse à Associated Press Kamla Hayat, alto funcionário da comissão de direitos humanos.

As cifras de 2002 e o total de 2001 provêm de duas províncias, Punjab e Sindh, disse Hayat.

A maioria dos assassinatos é perpetrada por maridos, pais, irmãos e filhos para proteger "a honra da família".

Segundo os dados da comissão, dos 161 casos de mulheres assassinadas por essa razão no estado de Punjab, 67 foram mortas por seus irmãos, 49 por seus maridos e as demais, por outros membros da família. Em sete casos, as mulheres foram assassinadas por seus próprios filhos.

A revolta dos iranianos descontentes

Publicado no New York Times em 16/09/2002

Um jovem empresário havia montado um semi-secreto estúdio de gravação. Não seria algo tão marcante em qualquer outro lugar, mas esta é República Islâmica do Irã, um país oficialmente dedicado a uma visão fundamentalista do Islã definida pelo Aiatolá Khomeini e outros que vieram depois da revolução de 1979.

A revolução islâmica rejeita a "poluição" da cultura e dos valores do Ocidente. Neste sentido, pelo menos, a revolução está com os dias contados.

Na parte de inferior do porão, um homem que lembrava John Lennon no período de St. Pepper está ensaiando. Com ele, no abafado e pequeno estúdio, está um baixista vestido de preto, um baterista e um menino afegão de uns 10 anos de idade tocando uma pequena bateria.

Logo que entrei no estúdio, a minha primeira impressão era de que eu havia me transportado par um outro mundo. Um país distante daquelas ruas que estavam sobre nós, com suas mulheres vestidas de xadores pretos, vastos murais com mártires revolucionários e multidões de manifestantes gritando "Morte a América" e "Morte a Israel".

Mas é claro, eu não estava em outro mundo. O Irã é um país de duas faces. Existe a face pública do conformismo regida pelas leis islâmicas e a face privada que freqüentemente ignora ou até despreza estas escrituras.

Desde 1997, os políticos iranianos tiveram que se desdobrar entre os reformistas, liderados por Mohammad Khatami, que foi eleito presidente com uma maioria absoluta de 69% dos votos, e os conservadores, liderados por Ali Khamenei, que é o sucessor oficial do Aiatolá Khomeini

Numa tentativa de modernizar o estado islâmico, ao mesmo tempo evitando que ele se desmorone, o Parlamento aprovou uma série de reformas significativas; como resultado, o Irã é hoje um país muito mais livre. Cada reforma, no entanto, tem sido uma dura batalha para os conservadores, eleitos indiretamente ou por meio de instituições não eleitas.

Nos últimos anos, os linhas-dura recuperaram alguns poderes. Mas eles têm feito um jogo perigoso. O Irã está passando por uma nova revolução; uma revolução social e cultural tão poderosa quanto aquela que derrubou o xá. Enquanto os políticos estão brigando, o chão de move debaixo de seus pés.

Após as consequências da revolução Islâmica, os mulás proibiram o uso de contraceptivos, e as mulheres eram encorajadas a serem férteis e a se multiplicar. Seguiu-se um grande "baby boom". Atualmente, dois terços dos 66 milhões de iranianos estão abaixo dos 30 anos de idade. Mas muitos membros dessa geração que foram concebidos como guerreiros do aiatolá estão agora se rebelando contra as leis restritivas, e mais interessados em checar seus emails que morrer pelo Islã.

O ressentimento destes jovens não foi necessariamente traduzido diretamente em uma ação política, pelo menos ainda não. O desejo de muitos deles é apenas poder continuar uma vida normal, silenciosamente tirando as amarras necessárias para o que é aceitável, mas recusando a seguir as práticas religiosas ditadas pelo Estado.

Mas uma grande mudança está a caminho, visível por toda parte, especialmente nas ruas metropolitanas de Teerã. Lá é comum nos depararmos com meninas adolescentes com suas cabeças cobertas sentadas em frente a computadores, usando fones de ouvido, e fazendo download de músicas dos mais diversos cantos do mundo.

Elas estão ouvindo Shakira, assistindo vídeos do Eminem ou trocando mensagens instantâneas com seus "cyber amigos" de Los Angeles. Como em qualquer outro lugar, no entanto, a modernização trouxe também os fantasmas familiares: prostituição, drogas, e um vasto senso de alienação.

Alguns dos mulás têm falado abertamente sobre a impotência do estado islâmico em angariar jovens. Mas muitos outros se recusaram a tomar conhecimento da situação, fingindo que nada está acontecendo Eles freqüentemente comparam Khatami com Mickhail Gorbachev, cujo exemplo, dizem eles, prova que uma vez que faz concessões a liberdade, é impossível manter o controle - e antes que você se dê conta, a República Islâmica desaparecerá da mesma forma que a União Soviética.

Eles estão certos. Mas agora pode ser tarde demais. O processo que eles estavam tentando evitar já está em andamento.

Enquanto que há dois anos atrás apenas 500 mil iranianos tinham acesso à internet, agora esse número é estimado em 1,75 milhão, com expectativa de um crescimento que atinja a casa dos 5 milhões nos próximos 5 anos.

Este amplo acesso tem permitido que muitos iranianos jovens acompanhem os avanços políticos e culturais de qualquer parte do planeta. Mas mais significativo que isso, no entanto, foi a facilidade de comunicação entre pessoas. Os computadores têm sido particularmente importantes nas vidas das meninas das cidades, tradicionalmente confinadas em suas casas pelos pais conservadores que, pelas suas limitações, não têm idéia do que elas fazem quando estão conectadas. Muito do que elas fazem, de maneira geral, é "bloggear". Para os não iniciados, o blog é uma ferramenta de internet, uma espécie de diário ou jornal on-line. Muitos blogs, no Irã ou em outro país, são enfadonhas anotações das vidas pessoas, ou balbuciações reflexivas da consciência. Mas no Irã, sustentadas pela possibilidade do anonimato que uma tela de computador concede, as meninas "bloggers" estão atraindo as atenções pela sua ousadia e articulada mistura de comentários políticos, piadas, e frases apimentadas.

Aqui uma menina blogger pode ser pega escrevendo: "Eu odeio as pessoas que rezam e com suas rezas fazem de nossas vidas um desastre. Eu odeio todos aqueles estúpidos que vão àquelas manifestações e gritam 'Abaixo a América'. Eu odeio todas as pessoas às quais supostamente eu tenho que me submeter sem razão alguma". Em um país onde a Corte pode sentenciar uma mulher a ser apedrejada até a morte, e não é nada fora do comum uma noiva casar aos 13 anos de idade, estas palavras são a mais forte prova de abominação e heresia.

E esse tipo de sentimento vêm se impregnando com facilidade. Mas fora da tela, em conversas reais, as pessoas ainda têm que baixar suas vozes e olhar por sobre seus ombros. Mas a qualquer volume, o desprezo pelos conservadores é o tema favorito da juventude iraniana.

Cada vez mais os jovens iranianos estão buscando sentidos metafóricos para escaparem. Nos mais prósperos subúrbios de Teerã, os jovens ingerem pílulas de ecstasy e fumam maconha em festas secretas. No sul do país, o predomínio é de heroína e ópio.

Com o crescimento das drogas, surge o crime. Os consumidores também aumentaram; acredita-se que o número de usuários seja por volta de 1,2 a 3 milhões. E como em qualquer outro lugar, o consumo de drogas caminha junto com outro fenômeno em ascensão, a prostituição.

Muitas dessas meninas são fugitivas. Elas fugiram dos abusos ou dos vícios dos pais, ou elas são garotas do campo que viram as grandes cidades pela televisão ou fugiram dos casamentos arranjados.

Bloggers ou fugitivas, roqueiras, prostitutas e garotas apenas em busca de diversão são partes dessa juventude, de um Irã em transformação. Mas, é claro, elas são uma parte do país. No mínimo um terço do eleitorado firmemente resiste às reformas. De um modo geral, essas pessoas tendem a ser mais velhas, com menos acesso à educação e mais pobres. Mas não é regra geral.

Ao passar uma noite em um vasto hangar como o santuário do Aiatolá Khomeini no sul de Teerã, você irá notar um forte contingente de jovens. Assim que eles seguram nas grades dos arredores da tumba, suas faces registram um estase calmo e alguns deles saem com um excesso de fervor religioso, que se expressa nas lágrimas.

Dentro de uma típica mesquita no modesto distrito de Afsarieh, no sul de Teerã, os jovens Basijees - membros voluntários da milícia islâmica de Ali Khamenei - são recrutados para o período da noite. Alguns estudam o Alcorão enquanto 25 garotos, em idades entre 10 e 12 anos, estudam os Kalashnikov.

Amir Parish, o instrutor de 21 anos de idade, está dizendo: "os pentes têm capacidade de comportar de 30 a 40 balas". Em fila os garotos gritam: "Allah akbar" ("Deus é grande!") - e se despedem alegremente à noite, cada um pegando um folheto sobre a causa palestina. Na televisão aqui os homens-bomba são chamados de "mártires a procura de uma operação".

A geração que iniciou a revolução, e que agora está lutando para defendê-la ou modificá-la (com a constante ameaça de prisão ou algo pior), tende a crer que há apenas duas arenas nas quais mudanças reais são possíveis, para melhor ou pior: o Parlamento e as mesquitas.

Para estas pessoas, as reivindicações dos jovens que querem se divertir deixa para segundo plano os ideais muçulmanos, o que é um fato inaceitável, é uma distração custosa para um esforço de justiça social.

Quando os pequenos Basij me contaram que eles estavam dispostos a morrer para defender a revolução, eu pensei: se os seus líderes persistirem em segurar as mudanças, um dia talvez eles terão que fazer exatamente como os pequenos Basij: morrer pela revolução.

(Tim Judah é autor de ``Kosovo: War and Revenge.'')

Irã: o chicote faz a festa

Publicado no Jornal da Tarde em 26/09/2002

Um grupo de 60 iranianos, homens e mulheres, corre o risco de condenação a chicotadas. Eles foram presos em uma festa particular, em Shiraz, no sul do país, cometendo um dos "pecados capitais" do rígido código moral imposto no Irã pelos religiosos conservadores: mulheres e homens não podem dançar juntos.

As prisões foram noticiadas pelo jornal oficialista Kayhan, que classificou o evento como "uma festa corrupta, em que todos dançavam juntos, e as mulheres não tinham o corpo devidamente coberto". Pela moral oficial do país, as mulheres não podem deixar à vista nada além das mãos e do rosto - a rigor, uma mecha de cabelo exposta já justifica castigo.

Para piorar, segundo o Kayhan, a maioria dos participantes da festa consumia bebidas alcoólicas.

O assalto à festa de Shiraz foi mais uma ação da "polícia moral", que vem reforçando a imposição da moral oficial mesmo na vida privada - à base de espionagem e invasões de domicílio.

Original em: http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2002/09/26/int006.html

Jogador iraniano leva 276 chibatadas por cometer adultério

Publicado em 9 de Julho de 2002

Futebol Lancepress! O jogador iraniano Mojahed Khaziravi foi condenado a receber 276 chibatadas por um tribunal de Teerã. Ele foi considerado culpado de ter tudo uma relação sexual fora do casamento além de ter participação em uma casa de prostituição. Segundo o jornal iraniano Etemad, Khaziravi não poderá defender a seleção iraniana por três anos e nem poderá disputar o campeonato iraniano. O jogador está vinculado ao Esteqlal de Teerã.

Três mulheres são mortas na Caxemira após ordem de uso do véu

Publicado em 20/12/2002 na Reuters, em Jammu

Supostos militantes muçulmanos mataram três jovens em suas casas, poucos dias depois do surgimento de cartazes ordenando que as mulheres da Caxemira usassem véu, disse a polícia hoje.

Duas das jovens, ambas de 21 anos, foram baleadas na cabeça, na região de Rajouri, no sul do Estado. A terceira mulher, de 22 anos, foi levada embora e decapitada, segundo um policial, que apontou "uma possibilidade de que os assassinatos estejam ligados à ordem sobre o código de vestimentas".

Os cartazes eram assinados por um grupo pouco conhecido, o Lashkar Jabbar, e diziam às mulheres da cidade de Rajouri e arredores que não saíssem de casa sem o véu, uma marca das muçulmanas.

Mais de dez guerrilhas combatem a presença indiana na Caxemira, uma região de maioria islâmica. O conflito separatista é um frequente ponto de atrito entre Índia e Paquistão.

No passado, alguns desses grupos separatistas já haviam ordenadoam às mulheres do vale da Caxemira que usassem o véu, mas as ordens tiveram pouca repercussão.

Em 2001, o Lashkar Jabbar atacou com ácido duas mulheres que desrespeitaram o código de vestimentas, na principal cidade da Caxemira, Srinagar. O grupo também ameaçou balear outras mulheres que não pusessem o véu.

Às mulheres hindus, o Lashkar ordenou que usassem o tradicional "bindi" -um ponto colorido na testa- e às sikhs que cobrissem a cabeça com um lenço amarelo.

A situação é tensa na Caxemira também por causa da greve geral, que chegou ao segundo dia hoje, em protesto contra a sentença de morte imposta a três suspeitos de participarem de um ataque ao Parlamento indiano, no mês passado.

Os três homens -Mohammad Afzal, Shaukat Hussain e Abdul Rehman Geelani- se dizem inocentes. Seus advogados prometeram recorrer da sentença. Segundo a polícia, Afzal e Hussain são membros do proscrito grupo Jaish-e-Mohammad, com sede no Paquistão.

A Índia acusa o país vizinho de fornecer armas e treinamento para os militantes islâmicos da Caxemira. O governo paquistanês admite apenas apoio político à causa deles. O conflito já matou mais de 35 mil pessoas.

Mulheres são assassinadas por não usarem véu muçulmano na Caxemira Publicado no Jornal da Terra em 23 de dezembro de 2002

Três mulheres foram mortas na parte indiana da Caxemira na semana passada por não usarem o véu muçulmano. O episódio chocou a população local, que foi às ruas acompanhar o enterro. Duas das jovens, que tinham 21 anos, foram assassinadas dentro de casa. A terceira, de 22 anos, foi morta em local desconhecido, segundo autoridades locais. Um pequeno grupo islâmico, recém-chegado à região, havia ameaçado matar as mulheres que saíssem de casa sem a cabeça coberta.

Fonte: http://tv.terra.com.br/jornaldoterra/interna/0,6483,OI26068-EI1039,00.html

O IMPÉRIO DE ARAFAT

Presidente da Autoridade Palestina controla rede de investimentos que inclui de empresa de biotecnologia a engarrafadora de Coca-Cola

Publicado na Revista ISTOE em Quarta-feira, 06 de Novembro de 2002

O cenário é de desolação e pobreza nas cidades palestinas sob o controle da frágil Autoridade Palestina. Mesmo o bunker de seu comandante, Yasser Arafat, apresenta sinais de decadência. Falar em riqueza ali parece um absurdo. Mas Arafat não está com uma mão na frente e outra atrás. O presidente da Autoridade Palestina controla um emaranhado de investimentos do governo autônomo palestino e da organização política que comanda paralelamente, a OLP (Organização pela Libertação da Palestina). Não se sabe direito onde acaba o dinheiro de um e começa o de outro, mas ele existe e não é pouco. Uma boa parte está sob o guarda-chuva de uma instituição conhecida como Companhia de Serviços Comerciais Palestinos (PCSC, em sua sigla em inglês). Trata-se na verdade de uma holding para investimentos, quase um fundo de investimento exclusivo do governo palestino. Segundo os últimos números disponíveis, a PCSC controlava US$ 345 milhões em investimentos no início de 2000.

Seu investimento mais emblemático é uma participação de 15% na empresa que engarrafa Coca-Cola na região, a Companhia Nacional de Bebidas. A participação é tão grande quanto a da própria companhia de Atlanta, símbolo mundial de capitalismo americano. Na Palestina, o investimento de Arafat deu às garrafas de Coca um significado novo. É comum ver carregamentos do refrigerante retidos em barreiras do governo israelense. O refrigerante, nos territórios, virou símbolo das desavenças entre israelenses e palestinos.

O maior investimento individual está indo de mal a pior devido ao permanente conflito na região. O fundo pôs US$ 60 milhões em um complexo de resort e cassino em Jericó, voltado para turistas que habitam o outro lado das trincheiras, em Israel. O governo israelense não gostou da idéia. O complexo está fechado

Empréstimo. Arafat usou sua companhia de investimentos para tentar surfar também a onda das empresas de tecnologia. Um conselheiro de Arafat, Mohamed Rachid, ouviu em 1999 uma apresentação de uma companhia canadense de biotecnologia chamada Bioniche. Convenceu o presidente da Autoridade Palestina a colocar US$ 9 milhões na companhia. A PCSC diz que comprou uma parcela de 10% da empresa, o que talvez seja um mau negócio - até agora, a Bioniche mostrou só prejuízos.

Mas diretores da companhia dizem que o que houve foi um empréstimo, e que a empresa paga aos palestinos juros de US$ 540 mil ao ano. "Eles queriam investir em companhias que estão crescendo, para ajudá-los a construir um país", diz Alberto Beraldo, vice-presidente da Bioniche.

A maior fonte de riqueza para Arafat e suas duas organizações, porém, está no controle que a Autoridade Palestina exerce sobre a economia local. Gasolina e cimento, por exemplo, são monopólios nos territórios autônomos, e o Estado tem participação no capital das empresas desses setores. No cimento, a PCSC tem 100%. Nas telecomunicações, detém 8% da Paltel e divide o comando com acionistas como a Padico - uma companhia de desenvolvimento também do governo.

A confusão entre o dinheiro da Autoridade Palestina e o da OLP é tão inextrincável que Arafat foi buscar um ministro das finanças no mercado. Trouxe um palestino, Salam Fayyad, que foi do FMI por 15 anos e tem PhD em economia da Universidade do Texas em Austin. Fayyad admite que não vai ser fácil. Ele não sabe quanto dinheiro administrará, nem onde ele está. O chefe da inteligência militar de Israel, general Aharon Zeevi, diz que o líder palestino tem pessoalmente US$ 1,3 bilhão, sem separar dinheiro público de pessoal. De fato, Arafat chegou a receber repasse de imposto arrecadado por Israel em sua conta pessoal. Fayyad mandou reunir todo o dinheiro em uma só conta do Tesouro palestino Com Bloomberg News

Original em: http://www.terra.com.br/istoedinheiro/271/financas/271_imperio_arafat.htm#

21 de novembro, 2002
Às 2:01 PM hora de Brasília (1601 GMT)

JERUSALÉM (CNN) -- A cidade de Jerusalém amanheceu sob a sombra do terror. Um atentado suicida, perpetrado dentro de um ônibus lotado, causou a morte de pelo menos 11 pessoas e deixou 50 feridos, oito dos quais em estado grave.

O grupo radical islâmico Hamas assumiu a autoria do ataque.

A linha do ônibus atingido costuma transportar crianças e universitários para as aulas, segundo o prefeito de Jerusalém, Ehud Olmert.

"Cada vez que chego em uma cena como essa, não posso evitar de pensar que uma pessoa entrou no ônibus, viu crianças de seis, sete anos sentadas e se explodiu", reagiu Olmert, a cerca de dois metros da carcaça destroçada do ônibus.

"É algo que você tem que ver para entender o quão terrível é", continuou. "O clima é de imensa tristeza".

Testemunhas contaram que a explosão, por volta das sete da manhã, hora local, aconteceu logo após um homem ter embarcado.

A Polícia israelense identificou o autor do ataque como um palestino de 26 anos, procedente da vizinha Belém, a cerca de cinco quilômetros do local da explosão.

O ônibus seguia de Kiryat Menachem, um bairro de população de baixa renda na periferia de Jerusalém, para o centro da cidade sagrada.

Olmert revelou que as autoridades de Jerusalém conseguem frustrar cerca de 10 atentados - ataques a tiros, com bombas e homens-bomba - toda noite.

Protesto contra Miss Mundo na Nigéria já teria feito 50 mortos

21 de novembro, 2002 - Publicado às 21h39 GMT

Pelo menos 50 pessoas teriam morrido em violentos protestos na cidade de Kaduna, no centro-norte da Nigéria, contra o concurso Miss Mundo, que deve ser realizado em dezembro na capital do país, Abuja.

O governo da Nigéria decretou toque de recolher em Kaduna, que fica ao norte da capital. Ao longo do dia, jovens muçulmanos radicais ergueram barricadas com pneus em chamas, incendiaram casas e atacaram várias igrejas cristãs no bairro de Tadun Wada.

O correspondente da BBC em Kaduna, Yusuf Sarki Muhammad, disse que pelo menos 5 mil jovens participaram dos protestos.

O ativista de direitos humanos Shehu Sani disse que a violência nas ruas fez com que escolas e o comércio na cidade permanecessem fechados nesta quinta-feira. "Ninguém quer sair de casa", disse.

Divisão

Tadun Wada é dividido em áreas cristãs e muçulmanas. O bairro foi palco de confrontos dois anos atrás, em que mais de 2 mil pessoas morreram.

Os protestos contra o concurso de Miss Mundo começaram na quarta-feira, quando muçulmanos radicais incendiaram a sede de um jornal na cidade de Kaduna, no norte da Nigéria.

O jornal havia publicado um artigo dizendo que o profeta Maomé teria se casado com a Miss Mundo se ainda estivesse vivo.

Centenas de pessoas, gritando "Allahu Akbar" (Deus é grande), atacaram a sucursal do jornal This Day em Kaduna.

Jornalistas afirmam que a região de Kaduna é considerada uma das mais instáveis da Nigéria, por causa das grandes populações cristãs e muçulmanas.

Há dois anos, mais de 2 mil pessoas morreram em confrontos entre as duas comunidades na cidade, e o conflito só foi interrompido depois da intervenção do Exército.

fonte: BBC , na URL http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/021121_missamt.shtml

Kaduna - Empunhando qualquer coisa que pudesse servir como arma - de pedras a rifles - hordas de muçulmanos e cristãos travaram verdadeiras batalhas campais nesta sexta-feira na Nigéria, no terceiro dia de um conflito religioso que causou a destruição de templos religiosos e resultou em corpos queimados pelas ruas de Kaduna, no norte do país. Pelo menos 100 pessoas morreram em meio ao caos iniciado após a publicação de um artigo no jornal ThisDay sobre o concurso Miss Universo.

O conflito chegou hoje à normalmente calma capital, Abuja, onde o concurso será realizado em 7 de dezembro. Manifestantes muçulmanos armados de paus, machetes e objetos cortantes queimaram carros e atacaram pedestres em frente aos hotéis luxuosos da cidade após se reunirem em frente à mesquista central ao término da orações vespertinas.

Também nesta sexta-feira, colunas de fumaça subiam para os céus de Kaduna, uma cidade de milhões de habitantes onde seguidores de diversas religiões vivem em tensão. As autoridades impuseram um extenso toque de recolher, apesar de muitas pessoas terem desrespeitado a ordem.

A Cruz Vermelha nigeriana informou a existência de aproximadamente 100 mortos nos choques religiosos até a manhã de hoje, disse George Benet, presidente da delegação da Federação Internacional da Cruz Vermelha no país. Segundo ele, porém, ainda é impossível confirmar um número exato de vítimas. Outros funcionários da Cruz Vermelha calculam os feridos em mais de 500.

Apesar da violência, a promotora do concurso Miss Universo, Stella Din, disse que o evento transcorrerá conforme previsto. "Definitivamente, o show vai continuar", disse ela a jornalistas em Abuja. Din afirmou estar "entristecida" com as mortes, mas insiste que elas não foram causadas por causa do concurso de Miss Universo. Todas as beldades concorrentes estavam a salvo em seu hotel em Abuja, garantiu.

Grupos islâmicos vêm avisando há meses que protestarão contra o evento, que segundo eles promove a promiscuidade e a indecência. As reclamações fizeram os organizadores adiarem a final para depois do Ramadã, mês sagrado de jejum e orações para os muçulmanos.

A violência começou na quarta-feira em Kaduna, 360 quilômetros a nordeste de Abuja, quando a sucursal do ThisDay foi incendiada depois de o jornal ter publicado um artigo sugerindo que o profeta Maomé teria vontade de escolher uma esposa entre as concorrentes a Miss Universo.

O jornal publicou um breve pedido de desculpas na primeira página de sua edição de segunda-feira e uma retratação mais extensa na quinta.

 

Violência continua na Nigéria e candidatas a miss deixam o país

23 de novembro, 2002 - Publicado às 18h07 GMT

 

Mais protestos foram registrados na cidade de Kaduna, na Nigéria, apesar da decisão dos organizadores do concurso de Miss Mundo de transferir a disputa para Londres, na Inglaterra.

Há relatos de que houve mais mortes, embora o número não tenha sido especificado, e testemunhas afirmam que forças de segurança atiraram para tentar controlar a multidão que protestava.

As candidatas a Miss Mundo - que estão na Nigéria há duas semanas, comparecendo a eventos preliminares, especialmente em áreas de maioria cristã _ devem sair do país neste sábado.

Uma porta-voz dos organizadores afirmou que a decisão de transferir o concurso foi tomada "para interromper o banho de sangue".

Desculpa

Uma das candidatas, Paula Murphy - Miss Escócia - afirmou que não valia a pena morrer por causa do concurso de Miss Mundo.

"Estamos sendo usadas como desculpa. Pessoas estão se matando e dizendo que é por causa do Miss Mundo, e não posso aceitar isso. Estou voltando para casa", afirmou ela a um jornal britânico.

Os choques em Kaduna deixaram até agora mais de cem mortos e cerca de 500 feridos, de acordo com a Cruz Vermelha.

Há dois anos, choques entre cristãos e muçulmanos deixaram mais de dois mil mortos na cidade. Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/021123_nigeriadtl.shtml

 

Páginas em Flash mostrando o que é o islamismo radical (terrorismo) de hoje:
Made in Jenin
Crianças e Terror
O massagre de Jenin
A zona de combate de Jenin

21 de novembro, 2002

Às 2:01 PM hora de Brasília (1601 GMT)

JERUSALÉM (CNN) -- A cidade de Jerusalém amanheceu sob a sombra do terror. Um atentado suicida, perpetrado dentro de um ônibus lotado, causou a morte de pelo menos 11 pessoas e deixou 50 feridos, oito dos quais em estado grave.

O grupo radical islâmico Hamas assumiu a autoria do ataque.

A linha do ônibus atingido costuma transportar crianças e universitários para as aulas, segundo o prefeito de Jerusalém, Ehud Olmert.

"Cada vez que chego em uma cena como essa, não posso evitar de pensar que uma pessoa entrou no ônibus, viu crianças de seis, sete anos sentadas e se explodiu", reagiu Olmert, a cerca de dois metros da carcaça destroçada do ônibus.

"É algo que você tem que ver para entender o quão terrível é", continuou. "O clima é de imensa tristeza".

Testemunhas contaram que a explosão, por volta das sete da manhã, hora local, aconteceu logo após um homem ter embarcado.

A Polícia israelense identificou o autor do ataque como um palestino de 26 anos, procedente da vizinha Belém, a cerca de cinco quilômetros do local da explosão.

O ônibus seguia de Kiryat Menachem, um bairro de população de baixa renda na periferia de Jerusalém, para o centro da cidade sagrada.

Olmert revelou que as autoridades de Jerusalém conseguem frustrar cerca de 10 atentados - ataques a tiros, com bombas e homens-bomba - toda noite.

PERFIL-Saiba mais sobre a luta dos chechenos pela independência

Quinta-Feira, 24 de Outubro, 09:27 AM

MOSCOU (Reuters) - Cerca de 40 guerrilheiros chechenos mantêm centenas de pessoas reféns em um teatro de Moscou (capital da Rússia) e exigem, para libertá-los, a retirada de soldados russos da República da Chechênia.

Leia abaixo dados sobre a região da Chechênia e sua luta contra o governo russo:

TERRITÓRIO -- Cerca de 15 mil quilômetros quadrados, localizados no sul da Rússia.

POPULAÇÃO -- Antes do início do conflito, em dezembro de 1994, cerca de 1,1 milhão de pessoas, dois terços das quais de origem chechena e o resto, russa. Agora, a maior parte dos russos fugiu da região e muitos chechenos vivem em campos de refugiados fora dali. Dezenas de milhares de civis morreram nos conflitos.

RELIGIÃO -- Os chechenos converteram-se ao islamismo no século 16. A Rússia chama atenção hoje para a presença de estrangeiros árabes na região e acusa os rebeldes de ligações com a rede Al Qaeda e o Taliban.

ECONOMIA -- A produção de petróleo era intensa no século 19. Hoje, porém, a maior parte das instalações de extração está arruinada.

HISTÓRIA -- Quando a Geórgia, região cristã ao sul da Chechênia, concordou em unir-se ao governo de Moscou, em 1783, o Cáucaso (ao norte) viu-se cercado e o xeique Mansour liderou uma guerra santa nos anos 1780. A Guerra do Cáucaso, deflagrada mais tarde, durou 47 anos, até 1864.

Em 1944, o ditador soviético Josef Stálin acusou os chechenos de darem ajuda aos invasores alemães e deportou toda a nação para as estepes da Ásia Central, onde milhares morreram. Em 1957, Nikita Khruchov permitiu a volta deles para sua terra natal.

Depois do fim da União Soviética, em outubro de 1991, o general da Força Aérea Dzhokhar Dudayev venceu as eleições presidenciais na Chechênia. Dudayev declarou a independência da região.

Em 11 de dezembro de 1994, o então presidente russo, Boris Yeltsin, ordenou o ingresso de suas forças na Chechênia. Dois grandes sequestros caracterizaram a resposta dos rebeldes, até que uma grande ofensiva no verão de 1996 obrigou Moscou a negociar um acordo de paz e uma retirada. A discussão sobre o status da República foi adiada.

Em 1999, o então primeiro-ministro de Yeltsin, Vladimir Putin, atual presidente da Rússia, ordenou o retorno dos soldados à região, tomando a maior parte do território checheno, com exceção das áreas montanhosas.

Apesar de Putin ter dito, em abril de 2000, que a fase militar da operação "antiterrorismo" na Chechênia havia acabado, a guerra continua, com baixas quase diárias dos dois lados.

Fonte: http://br.news.yahoo.com/021024/16/8vuq.html

Mais noticias sobre o assunto na URL:
http://br.news.yahoo.com/021024/16/8vtb.html
e
http://cnnemportugues.com/2002/mundo/europa/10/24/russiarefens/index.html

SALAH SHEHADE - COMANDANTE DO BRAÇO MILITAR DO HAMAS

No ataque de aviões da Força Aérea desta noite em Gaza, foi morto Salah Shehade, comandante dos batalhões Az-A-Din-Al Kassem, o braço militar do Hamas, que também era o vice do xeique Iassin. De acordo com a mídia, no ataque foram mortos igualmente civis, dentre os quais oito crianças. A seguir, fatos sobre o assunto:

1) Salah Shehade era um dos maiores terroristas da história do Oriente Médio.

2) A sua eliminação é um passo importante para a derrota do terror fundamentalista que representa o maior obstáculo para a volta à mesa de negociações e para qualquer processo de paz.

3) Trata-se do dirigente mais importante dos batalhões Az-A-Din-Al Kassem, o braço militar do Hamas. Shehade era o procurado número um dentre os membros da organização que representa o braço mais extremista e exterminador do terror palestino. Foi um ataque a um terrorista do primeiro escalão, responsável pelo derramamento de muito sangue.

4) Shehade e a organização sob sua direção são responsáveis por dezenas de atos criminosos e pela morte a sangue frio de centenas (!) de civis inocentes, israelenses, americanos e de outras nacionalidades. É dever de todo país democrático defender os seus cidadãos!

5) Se realmente ocorreram perdas entre civis palestinos no decorrer do ataque, Israel lamenta o fato, particularmente em se tratando de crianças. Diversamente dos terroristas, Israel evita ao máximo, como uma questão de sua política, atingir pessoas inocentes. Lamentavelmente, a luta contra o terror não é "esterilizada" e Israel continuará a fazer o máximo para não atingir pessoas inocentes.

6) A campanha assassina palestina, na qual Shehade cumpriu um papel central, obriga Israel a uma guerra sem tréguas contra o terrorismo com o objetivo de interromper a matança indiscriminada de seus cidadãos. Os terroristas agem premeditadamente para matar mulheres e crianças inocentes, e Israel continuará a agir para evitar estes atentados assassinos no futuro.

7) Se a Autoridade Palestina o tivesse detido, não haveria necessidade desta ação de auto-defesa.

8) A morte de Shehade foi destinada a evitar a morte de muitos israelenses. Shehade encontrava-se no auge do processo de preparação de um grande atentado em Israel e representava uma bomba-relógio de alta prioridade.

9) É preciso acentuar que também nos últimos tempos não houve tranqüilidade aqui, com dois grandes atentados somente na semana passada e um grande número de atentados frustrados diariamente. Israel não pode ficar estático enquanto seus cidadãos são assassinados diariamente.

10) A exclusão de Shehade é mais um passo para a eliminação do terror, devido à necessidade clara de chegar à tranqüilidade e de retorno à mesa de negociações com os palestinos. É preciso lembrar que o terror e as negociações não podem conviver e, por isto, se os palestinos estão realmente interessados em negociações e na execução de reformas, devem condenar e eliminar o terror que parte de suas regiões.

A seguir, de fontes da segurança:

Salah Shehade, chefe do braço militar do Hamas, promotor, incentivador e organizador da maior parte dos atentados do Hamas na Faixa de Gaza e na Margem Ocidental. Esteve por trás do financiamento dos laboratórios para fabricação dos mísseis Kassem e de cargas de sabotagem do Hamas e também da escolha e condução do mecanismo de localização e recrutamento de suicidas do Hamas. Dirigiu e direcionou a execução do atentado de Atsmona, na Faixa de Gaza, em que foram mortos cinco alunos de academia rabínica e também do atentado suicida no restaurante Matsa, em Haifa, em que 16 israelenses foram mortos e dezenas ficaram feridas. Além disto, esteve envolvido na seleção e condução de dezenas de atentados com armadilhas e por meio de suicidas em Judá, Shomron, Faixa de Gaza e em Israel nos dois últimos anos, em que foram mortas e feridas centenas de pessoas. Salah Shehade, um dos criadores do Hamas e que esteve à frente do braço militar da organização já na década de 80, organizou e conduziu o seqüestro dos soldados Saportas e Saadon. Nos anos 1998-2000 esteve preso em Israel. Durante este período serviu como chefe incontestável dos membros do Hamas que estavam presos e chefe da comissão de segurança do Hamas na prisão, que ocupou-se da investigação dos presos suspeitos de cooperar com Israel, exercendo torturas e muita violência contra eles. Com o seu retorno à Faixa de Gaza, dedicou-se imediatamente à organização das fileiras do Hamas militar, organizou os seus ativistas e construiu a base militar espalhada atualmente por toda a Faixa. Desde o seu retorno à região, transformou-se no endereço central dos membros do alto escalão do Hamas na Síria, em tudo o que está ligado à iniciativa de atividade militar, planejamento e execução de atentados e distribuição de dinheiro destinado a isto. Com a sua volta à Faixa de Gaza, começou a agir em coordenação com Rashid Abu Shabakh, vice-chefe do Serviço de Informação de Impedimento de Atos, que lhe proporcionou imunidade perante a Autoridade Palestina. O nome de Shehade foi passado no início da lista de ativistas apresentada por Israel à Autoridade Palestina para ser detido no contexto da luta contra o terror, porém, como foi dito, ele gozava de total imunidade. Desde a eliminação do diretório do Hamas em Judá e Shomron, Shehade ocupou o comando também nestas regiões. Neste contexto, atuou intensamente para a transmissão de conhecimento, capacitação e financiamento necessários para o desenvolvimento de uma base de morteiros e mísseis Kassem, também para a região do Shomron, e impulsionou incansavelmente o recrutamento de suicidas e lançamento de atentados em Israel.

Maioria de palestinos liga Intifada ao fim de Israel

Fonte: Consulado Geral de Israel em São Paulo

Terça-Feira, 11 de Junho, 11:48 AM

JERUSALÉM (Reuters) - A maioria de palestinos acredita que o objetivo dos 20 meses de levante deveria ser a eliminação de Israel e não apenas o fim da ocupação israelense da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, mostrou uma pesquisa de opinião na terça-feira.

A pesquisa também revelou que a quase metade dos que responderam às perguntas acreditavam que o líder palestino Yasser Arafat venceria as eleições propostas por ele para serem realizadas no próximo ano e mais da metade defendeu reformas na Autoridade Palestina.

A pesquisa, realizada pelo Centro de Mídia e de Comunicação de Jerusalém (JMCC), um órgão palestino, traz à tona a radicalização das opiniões depois de 20 meses de levante.

O JMCC entrevistou 1.179 pessoas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza no final de maio e começo de junho. A pesquisa possui margem de erro de três pontos percentuais.

Dos entrevistados, 51 por cento disseram que o objetivo final do levante deveria ser "a libertação de toda a Palestina histórica", uma referência à Palestina controlada pela Grã-Bretanha, em parte da qual Israel foi fundado em 1948.

Por outro lado, 43 por cento dos entrevistados afirmaram que o alvo do levante era acabar com a ocupação israelense e criar um Estado palestino a abarcar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Em dezembro, 48 por cento declararam ser a criação do Estado palestino o objetivo final do levante, contra 44 por cento que defenderam ser o objetivo final a eliminação de Israel, disse o JMCC.

O levante continuava a contar com grande apoio -- 79 por cento das pessoas entrevistadas declararam ser favoráveis à revolta e 68 por cento disseram aprovar os atentados suicidas contra civis israelenses.

Notícia publicada na URL http://br.news.yahoo.com/020611/16/6jta.html

Confrontos entre rebeldes e Exército deixam 18 mortos na Índia

Terça-Feira, 19 de Novembro, 08:38 AM

JAMMU - Pelo menos 17 rebeldes e um soldado indiano morreram durante confrontos na região da Caxemira. Entre os mortos estão 10 militantes que eram de Bangladesh. Os rebeldes foram mortos quando tentavam invadir a fronteira entre a Índia e o Paquistão.

Quinta-Feira, 21 de Novembro, 07:16 PM

Jihad Islâmica também reivindica atentado de Jerusalém

BELÉM - O grupo radical palestino Jihad Islâmica também reivindicou o atentado suicida ocorrido hoje em Jerusalém, que deixou 11 mortos, além do kamikaze, pouco depois de o Hamas se responsabilizar pelo ataque. A informação é da agência France Presse. 'Esta operação é em resposta aos crimes do inimigo sionista', diz um comunicado do braço armado do Jihad, as Brigadas Al Qods. O texto continua: 'A Jihad Islâmica reivindica esta operação que foi praticada por Nael Abu Hilayel, de 23 anos, para mostrar a capacidade de nossos combatentes de romper todas as barreiras de segurança do inimigo sionista'. Pouco antes, o movimento islâmico de resistência Hamas tinha reivindicado o atentado suicida em um comunicado recebido pela agência France Presse, em Gaza.

fonte: http://br.news.yahoo.com/021121/6/9diq.html

Quarta-Feira, 13 de Novembro, 03:57 PM - http://br.news.yahoo.com/021113/16/98tv.html

Filmes porno faz sucesso em Israel, fãs sãoJudeus e Árabes, Atriz quase linchada

Publicado em 16/01/2003 no Site Terra em: http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,6675,OI81050-EI1141,00.html

Apesar da forte tradição religiosa, os filmes pornográficos fazem sucesso em Israel. Donos de locadores de vídeo dizem que os fãs deste tipo de cinema se dividem igualmente entre judeus e árabes, o que não impediu que uma atriz do gênero quase fosse linchada na cidade de Tira, no centro do país.

Amal Kashua, 38 anos, foi espancada, mas sobreviveu com arranhões no rosto e um braço quebrado. E os responsáveis foram seus vizinhos árabes que a reconheceram por sua atuação no filme Fatima e Yussuf. Quer dizer: ver pode, fazer não. Mais um detalhe interessante: Fatima e Yussuf faz parte de um curioso projeto de união entre os povos baseado na produção pornográfica árabe-israelense

Polícia faz busca em 27 apartamentos de palestinos na Alemanha

BERLIM (Reuters) - A polícia alemã fez buscas em um grande número de apartamentos em todo o país durante a investigação de 25 palestinos suspeitos de pertencerem a um grupo islâmico radical, disseram promotores na quarta-feira.

A Alemanha conduziu uma série de buscas de militantes islâmicos suspeitos, depois de o país ter ficado chocado ao saber que os ataques em 11 de setembro contra os Estados Unidos foram planejados na cidade alemã de Hamburgo.

Job Tilmann, porta-voz da promotoria de Frankfurt que supervisiona o caso, disse que as polícias de Frankfurt, Berlim, Hamburgo e outras cidades vasculharam 27 apartamentos na terça-feira.

"A investigação está sendo conduzida pela suspeita de criação de uma organização criminosa", disse ele.

"Os palestinos têm cidadania israelense ou jordaniana e são suspeitos de pertencerem ao grupo Hib-ut-Tahrir (Partido da Libertação Islâmica), um grupo radical islâmico que existe há cerca de 50 anos".

No site da Internet, o grupo apóia a criação de uma sociedade islâmica. "O trabalho do Hizb ut-Tahrir irá mudar a situação da sociedade corrupta, que será transformada em uma sociedade islâmica", diz o site.

Tilmann disse que a investigação não descobriu evidências de qualquer ato de violência planejado pelo grupo, mas disse que eles são suspeitos de manterem contatos com um grupo terrorista, que não quis identificar.

A polícia ainda está examinando vários produtos químicos encontrados em um apartamento, embora a etiquetagem dos produtos dissesse que eram inofensivos, disse o porta-voz.

Palestinos matam vários colonos judeus em Hebron, diz TV

Sexta-Feira, 15 de Novembro, 04:38 PM

JERUSALÉM (Reuters) - Atiradores palestinos abriram fogo contra colonos judeus na cidade de Hebron, na Cisjordânia, na sexta-feira, matando várias pessoas e ferindo ao menos outras sete, disse a televisão israelense.

O exército de Israel confirmou o ataque, mas não forneceu o número de mortos.

A televisão disse que várias pessoas foram mortas no incidente, que detonou um tiroteio pesado entre soldados e franco-atiradores palestinos.

A reportagem disse ainda que ao menos sete pessoas estavam feridas e o tiroteio tornava difícil o acesso de ambulâncias ao local.

Homem tenta invadir cabine e sequestrar avião israelense

Domingo, 17 de Novembro, 08:02 PM

ISTAMBUL (Reuters) - Guardas de segurança de Israel frustraram no domingo uma suposta tentativa de sequestro do vôo da El Al Airlines de Tel Aviv com destino a Istambul, disseram uma autoridade do aeroporto Turco e a rádio Israel.

O vôo 581 aterrizou com segurança em Istambul, disse a autoridade do aeroporto, acrescentando que um "terrorista" tinha sido preso.

A mídia israelense disse que o homem, aparentemente um árabe israelense, teria tentado invadir a cabine de piloto do avião antes de ser rendido por seguranças.

O vice-diretor da Autoridade Aeroportuária de Israel, Pini Schiff, disse que o passageiro estava aparentemente armado com um estilete. "Ouvimos algumas pessoas relatarem que houve uma briga e meio minuto depois ficou claro que na fileira seis ou sete um homem tinha disparado em direção à cabine de pilotos, atacado uma aeromoça e tentado invadir o cockpit", disse um passageiro do avião à rádio do Exército israelense.

A companhia aérea é conhecida por ser uma das mais seguras empresas do mundo, principalmente depois de ter sido alvo de inúmeros sequestros e atentados nos anos 70.

"Por volta das 21h30 (17h30, horário de Brasília), apareceu um sinal de alerta de que um evento terrorista estava em andamento no avião. A aeronave pousou por volta das 17h50 e o indivíduo foi entregue a nós. Ele foi rendido sem ferimentos", disse a autoridade aérea da Turquia.

A imprensa disse que cerca de 170 pessoas estavam à bordo do avião.

Fonte: http://br.news.yahoo.com//021117/16/9amq.html

Teatro de guerra

Publicado na Revista Época Edição 232 em 28/10/2002 -

Carnificina põe fim à invasão de casa de espetáculos em Moscou por rebeldes tchetchenos

A brutal resposta do presidente russo, Vladimir Putin, aos separatistas tchetchenos que tomaram um teatro lotado em Moscou na noite da quarta-feira 23 não poderia ter sido mais clara. Armados de metralhadoras e explosivos, os terroristas exigiam o fim da intervenção militar russa em seu território. Ameaçavam começar a matar os cerca de 800 reféns ao amanhecer do sábado. Antes disso, os militares russos invadiram o teatro. Pelo menos 50 rebeldes e 117 dos reféns morreram. Putin, ex-agente da KGB, a polícia secreta soviética, pediu perdão à população pelos mortos inocentes, mas comemorou como uma vitória a ação: 'A Rússia mostrou que não será posta de joelhos'.

A maioria das vítimas morreu envenenada por gás. Os terroristas tinham bombas amarradas ao corpo, além de grande quantidade de explosivos espalhada pelo prédio. Tudo poderia ir pelos ares rapidamente se uma invasão convencional fosse tentada. Para evitar isso, os russos bombearam um gás que pôs quase todos dormindo dentro do prédio. Só dois reféns morreram por tiros. Como morreram os 32 homens e as 18 mulheres caídos na ação também ainda não foi explicado. Entre os mortos está Movsar Barayev, o líder dos terroristas. Quatro rebeldes sobreviventes foram presos.

As autoridades russas se recusam a dizer que gás foi usado. Admitem apenas que se trata de substância de uso militar. Pela descrição dos sintomas feita por sobreviventes, especialistas crêem tratar-se de BZ, usado pela primeira vez pelos Estados Unidos no Vietnã na década de 1960. 'Os russos não vão querer falar disso porque não era para eles terem BZ', comentou Michael Yardley, especialista britânico. O gás não é proibido, mas a posse teria que ser declarada. Os russos nunca disseram tê-lo.

O número de reféns mortos pode se mostrar um problema sério para Putin, mas a mão pesada com que trata os rebeldes tchetchenos está na base de sua popularidade. Em 1999, o então primeiro-ministro ordenou a invasão da Tchetchênia e prometeu 'acabar com os terroristas' em algumas semanas. Tinha início a segunda guerra contra os separatistas. No ano seguinte, Putin foi eleito presidente. Em 1994, os russos já haviam tentado sufocar os rebeldes, que lutam pela independência desde 1991. Numa guerra brutal, destruíram a capital, Grozny, mas foram obrigados a negociar a retirada depois de uma ação terrorista parecida com a de quarta-feira. Em 1995, terroristas tomaram um hospital na cidade russa de Budyonnovsk, fazendo cerca de 1.000 reféns. As tropas russas invadiram, deixando 100 reféns sem conseguir libertar o hospital. Os terroristas tiveram então autorização de se retirar e Moscou declarou o fim da guerra, sem, no entanto, reconhecer a independência tchetchena.

A retomada das hostilidades em 1999 seguiu-se a uma série de atentados em toda a Rússia. De lá pra cá, as tropas russas têm destruído vilas e cidades em meio a acusações de saques e abusos. Em 2000, a Tchetchênia foi posta sob controle direto da Rússia, sem a autonomia de que dispunha desde 1996. Aslan Maskhadov, ex-chefe rebelde eleito presidente em 1996, não é mais reconhecido pelo governo russo.

Maskhadov, que vive foragido, condenou tanto a tomada do teatro como a maneira violenta com que ela foi encerrada. Prevendo novos ataques, Maskhadov disse que agora cabe ao presidente Putin decidir se quer negociar com rebeldes armados ou com ele, um presidente eleito.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT426470-1663,00.html

Alemanha proíbe grupo islâmico por anti-semitismo

BERLIM (Reuters) - A Alemanha proibiu na quarta-feira a organização islâmica Hizb ut-Tahrir, acusada de promover o anti-semitismo em universidades, e a polícia invadiu mais de 25 prédios ligados ao grupo.

A organização de 50 anos, cujo objetivo era transformar uma "sociedade corrupta" em uma "sociedade islâmica", é a terceira a ser banida na Alemanha sob a lei antiterror adotada após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.

"Esta organização nega o direito de Israel de existir e espalha propaganda de ódio contra os judeus e contra Israel", disse o ministro do Interior, Otto Schily, em entrevista coletiva.

"Esta organização promove o uso da violência para atingir objetivos políticos e também quer provocar violência", ele disse. "Persegue o objetivo político de destruir Israel e pede a expulsão e a matança de judeus".

O ministro do Interior disse que a proibição entrou em vigor na quarta-feira, com a polícia invadindo mais de 25 prédios em Berlim, Hamburgo e nos estados da Bavária, Hesse e Renânia do Norte-Vestefália.

Schily disse que a organização era particularmente ativa em campi universitários e destacou que três dos sequestradores do 11 de setembro faziam parte de um grupo islâmico ativo na Universidade de Hamburgo, onde eles estudavam.

Fundamentalista mata quatro médicos americanos no Iémen

Quatro médicos norte-americanos foram mortos a tiro no centro do Iémen, na cidade de Jibla, por um fundamentalista islâmico. Segundo fontes hospitalares iemenitas, o atacante, armado com uma Kalachnikov, abriu fogo contra funcionários do hospital baptista de Jibla, que se encontravam na reunião matinal. Foi detido no próprio local. É um estudante da Universidade Al-Iman, originário da província de Damar, 90 quilómetros a sul da capital

http://www.euronews.net/create_html.php?page=detail_info&lng=6&option=2,info

Mais um egípcio preso por criar um site gay

Fonte: http://glsplanet.terra.com.br/cgi-bin/viewnews.cgi?category=1&id=1042202050

Mais um homossexual é perseguido e preso pelas leis do islamismo. Desta vez, a polícia prendeu um gay esgípcio somente porque ele criou um site de encontros gays na Internet.

Com 30 anos, o homem que trabalhava num hotel de luxo do Cairo, fez o site Single Dreamer com fotos suas anunciando aos internautas interessados que fizesse contato.

Ele foi preso durante uma operação polical armada com um dos supostos "interessados", na verdade, um agente à paisana.

No ano passado diversos gays que utilizavam a Internet para encontros foram presos pela polícia, um deles é um jovem dentista.

A prisão de 52 egípcios num barco gay no Nilo no ano passado foi o marco da perseguição à homossexualidade no Egito, e até hoje os presos aguardam novo julgamento, que vem sendo sistematicamente adiado, mesmo com toda a pressão de órgãos internacionais e de direitos humanos.

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