DIP-METER
SINAIS TELEGRÁFICOS E CODIGO MORSE
FONTE FIXA DE 12/129, 6/13, 2 V x 10 A PARA TRANSMISSORES
FAREJADOR DE RF
ANTENA PLANO-TERRA COM GUARDA-CHUVA
COMPROVADOR DE TRANSMISSORES



 

O DIP-METER


Apresentamos um instrumento de grande utilidade para os que gostam de montar ou trabalham com transmissores e também receptores. Trata-se de um aparelho que permite determinar a freqüência de ressonância de circuitos RC com precisão. DIP-meters simples podem ser montados com facilidade, ajudando no ajuste e verificação do funcionamento de transmissores.

Os instrumentos antigos deste tipo eram chamados de griddip meters ou traduzindo, medidores de «mergulho de grade» pois, quando ocorria a ressonância de seu circuito, a corrente da grade da válvula utilizada sofria uma forte queda ou mergulho que era indicada por um instrumento.

Este circuito era um oscilador que continha um medidor ligado a grade (grid) de uma válvula triodo de modo a indicar sua corrente. Quando o oscilador era colocado nas proximidades de um circuito que ressonava na sua freqüência ou de um oscilador que operava na mesma freqüência, ocorria uma absorção de energia que afetava a corrente de grade da válvula, imediatamente indicada. pelo instrumento. Na figura 1, temos um circuito simples de griddip-meter.

Desta forma, bastava aproximar a bobina deste aparelho de qualquer circuito analisado é verificar o que ocorria com a corrente de grade.

Atualmente, os mesmos circuitos podem ser feitos com componentes modernos, como por exemplo, os transistores comuns e os transistores de efeito de campo (FET), caso em que devemos tirar o «grid» do nome, ficando apenas o mergulho «dip» que corresponde à variação.

Teremos então os dip-meters, porque podemos continuar a detectar a corrente que diminui quando ocorre a ressonância, se bem que no caso de transistores, seja em outro elemento que não a grade.

Para um transistor NPN podemos ter um transistor como o BF494 ou BF495 ou mesmo 2N2222 os quais permitem a detecção de ressonâncias em freqüências na faixa de 10 a 200 MHz. Essa freqüência de operação é determinada pelo capacitor variável e pela bobina, no circuito da figura 2.

Para trabalhar na faixa de 100 Mhz, verificando assim o funcionamento de pequenos transmissores de FM, L1 pode ter umas 4 espiras de fio comum em fôrma de 1 cm de diâmetro sem núcleo.

Na figura 3, temos o aspecto de um dip-meter, observando que a bobina é encaixada num soquete do lado de fora. Para os dip-meters comerciais existem conjuntos de bobinas que visam cobrir toda a faixa de trabalho do aparelho.

Por outro lado, a escala do capacitor variável é calibrada diretamente em termos das freqüências que devem ser detectadas.

Para a construção caseira do circuito que demos, para a faixa de FM, a calibração da escala pode ser feita com base nas freqüências das estações locais de FM, utilizando para isso um receptor comum.

Para utilizar um dip-meter, o procedimento é simples: colocamos no circuito a bobina correspondente a faixa de freqüências que vamos trabalhar e ligamos o aparelho observando a agulha do instrumento.

Aproximamos então essa bobina do circuito ressonante analisado ou da bobina de um transmissor ou oscilador, sempre observando a agulha do instrumento. Girando vagarosamente o variável CV, ocorre um instante em que a agulha indica uma forte variação de corrente; quando isso ocorrer, basta ler na escala do variável a freqüência.

Esta freqüência é a de ressonância do circuito ou aquela em que ele está oscilando. Na figura 4, temos uma versão de dip-meter bastante sensível utilizando,um transistor de efeito de campo (J-FET).

O choque de 1 mH pode ser enrolado com 150 a 200 voltas de fio esmaltado bem fino (30 a 34) num resistor de 100 kW x 1/2 W ou ainda num palito de dentes. O transistor é o MPF102, BF245 ou qualquer FET de junção comum. A alimentação é feita por uma bateria de 9 V.

Nesse caso, também teremos a possibilidade de intercambiar as bobinas, que devem formar um jogo cobrindo a faixa de 100 kHz a 100 MHz.

Para 100 kHz, enrole 200 espiras de fio esmaltado 28 num tubo de 1,5 cm de diâmetro, sem núcleo. A tomada será feita em todos os casos a 1/4 do enrolamento, ou seja, na de 200 espiras será na espira número 50 do lado do negativo do circuito.

Para a faixa de 500 kHz, enrole 100 espiras no mesmo tubo, e para 2 MHz, 60 espiras. Para a faixa de 5 Mhz enrole 30 espiras, para 15 MHz enrole 20 espiras, para 40 MHz enrole 10 espiras.

Sabendo usar, o díp-meter pode substituir o frequencímetro em muitas aplicações.

LISTA DE MATERIAL

a) Circuito da fig 2
Semicondutores:

Q1
-- BF495 ou BF494 - transistor de RF 131
D1 -- 1N34 - diodo de germânio

Resistores: (1/8 W, 5%)
R1, R2
- 4,7 kW
R3 - 3,9 kW - trimpot
P1 - 47 kW

Capacitores:
C1 -- 100 nF - cerâmico
C2 -- 1
nF - cerâmico
C
3 -- 10 pF - cerâmico
C4
-- 47 pF - cerâmico

Diversos:
LX -- ver texto - bobinas iguais a do projeto com FET, mas sem tomadas
M1 -- 0-50
mA- microamperímetro
S1 -- Interruptor simples
B1 -- 9 V - bateria
Placa de circuito impresso, fôrmas e soquete para as bobinas, conector de bateria, caixa para montagem, fios, solda, etc.

b) Circuito da figura 4 Semicondutores:
Q1
-- BF245 - FET de junção

Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 - 39 k
W

Capacitores:
C1
-- 47 pF - cerâmico
C2
-- 33 nF - cerâmico
C
3 -- 100 nF- cerâmico
CV -- 100 ou 120 pF - variável

Diversos:
M1
-- 0-50 mA - microamperímetro
X1
-- 1 mH - choque de RF
S1 --
Interruptor simples
LX -- Bobinas
B1 -- 9V - bateria
Placa de circuito impresso, caixa para montagem, formas e soquetes para as bobinas, fios, solda, etc.



SINAIS TELEGRÁFICOS
E
CODIGO MORSE

 

Os primeiros sistemas de comunicações com base na Eletrônica não transmitiam a palavra, mas sim, sinais codificados. O telégrafo com fio e depois, sem fio foi um destes meios e até hoje, seus serviços podem ser necessários em determinadas condições. Por este motivo, os radioamadores ao prestarem seus exames para obtenção das licenças devem se submeter ao conhecimento do código telegráfico ou Código Morse. Veja o que isto significa e como este código é usado.

Os diversos tipos de modulação usados em comunicações envolvendo a palavra falada podem ter alguns problemas que limitam suas aplicações, principalmente em condições desfavoráveis.

Assim, por exemplo, a modulação em amplitude (AM) que usamos para transmitir sons via rádio é sensível às interferências elétricas causadas por aparelhos elétricos, eletrônicos, tempestades, etc. Estas interferências facilmente se sobrepõem aos sinais transmitidos e se estes forem fracos, causam ruídos desagradáveis e até mesmo chegam a impedir o entendimento da transmissão.

O próprio sinal de AM não ocupa uma freqüência única no espectro de rádio, mas «se espalha», conforme a faixa de freqüências de áudio que devem ser transmitidas.

Assim, se modularmos um sinal de alta freqüência (RF) de 10 MHz com um sinal de áudio de 10 kHz, o sinal de RF se desloca rapidamente na faixa, passando a ocupar um «espaço» maior, que vai de 10 MHz + 10 kHz até 10 MHz - 10 kHz, conforme a figura 1.

Dizemos então que o sinal de alta freqüência ocupa uma Iaixa» de 20 kHz de largura, onde não pode haver outra estação operando, para não ocorrer interferências

Esta ocupação de uma faixa larga e não de uma freqüência única faz com que caibam no espectro eletromagnético disponível para comunicações um número limitado de estações. Cada estação de AM, por exemplo, só pode modular , seus sinais com 5 kHz: no máximo, o que significa que sua largura de faixa é de 10 kHz. Assim, a separação mínima recomendada para as estações de AM é de 10 kHz, de modo a uma não interferir na outra, observe a figura 2.

O problema maior com esta modalidade de transmissão é que toda a potência do transmissor se espalha pelos 10 kHz da faixa, passando a influir no alcance do sistema que sofre uma redução. Podemos dizer que o transmissor não emite seu sinal numa única freqüência, mas sim distribui toda a energia irradiada por uma infinidade de freqüências, dentro da faixa que ocupa.

Para a freqüência modulada (FM) também ocorre o mesmo fato.

O sinal não varia sua intensidade e freqüência neste caso, mas somente sua freqüência entre dois valores, veja a figura 3.

A faixa de FM vai de 88 a 108 MHz, ocupando 20 MHz de largura e considerando que cada estação ocupa uma largura maior, de 100 kHz, cabem portanto 200 estações.

Já na faixa de AM, com uma largura variando de 550 a 1.600 kHz, representando apenas 1,1 MHz, a largura de cada uma é de 10 kHz, cabendo teoricamente 110 estações.

Na prática, este número não pode ser considerado, pois se duas estações ficarem muito próximas, para uma ocupação total ocorreriam perdas de sintonia e interferências.

Já a largura maior das estações de FM permite que haja a transmissão mais fiel dos sons, e até de dois canais simultâneos, ou seja, o sonido canal direito e esquerdo de um som estereofônico. Este sinal ao ser decodificado por um circuito especial, pode ser recuperado para reprodução em caixas separadas, conforme exemplificação na figura 4.

Neste caso também, os sinais se espalham numa boa faixa, exigindo uma potência elevada do transmissor para cobertura da área desejada.

E os sinais telegráficos?

Se em lugar de transmitirmos um sinal de alta freqüência moduladó por um sinal de baixa freqüência que o «espalhe» pelo espectro, fizermos sua transmissão sem modulação verifique figura 5, toda a potência do transmissor estará concentrada praticamente numa única freqüência.

Isso sigaffica que teremos uma potência real transmitida muilo maior e consequentemente um alcance também maior, porém este tipo de transmissão não leva mensagem alguma, pois não é modulado. Para tornar possível o uso prático deste tipo de sinal, a modulação consiste simplesmente em interrompermos e estabelecermos o sinal de modo codificado.

O resultado final, é uma onda contínua ou CW (Confinuous Wave) que, interrompida de modo codificado, pode transportar mensagens a distâncias muito grandes.

É esta possibilidade das comunicações telegráficas atingirem distâncias muito grandes quando outros sistemas falham, que torna o conhecimento da telegrafia importante nas radiocomunicações.

Una a isso o fato de que um transmissor telegráfico é muito simples e mesmo um transmissor comum, se falhar, pode ser convertido em um transmissor telegráfico, continuando a operar.

Quando os transmissores operam na faixa de ondas curtas entre 3 e 30 MHz, seus sinais podem refletir sucessivamente na Terra e na ionosfera e com isto alcançar distâncias enormes, conforme mostra a figura 6.

Assim, um transmissor telegráfico de ondas curtas pode chegar com facilidade onde outros transmissores não chegam, ser tão pequeno que pode ser levado no bolso ou simplesmente ser montado numa emergência com peças de um rádio ou televisor abandonado.

Mas, como funciona a telegrafia?

A idéia básica é emitir os sinais de um transmissor de forma codificada por meio de uma chave denominada manipulador. O manipulador difere de um interruptor comum, porque é mais rápido na sua ação e tem um formato que favorece o estabelecimento e interrupção da corrente pela mão de um operador de forma muito rápida. No entanto, eletricamente, ele nada mais é do que um interruptor de pressão comum.

Quando apertamos o manipulador, a corrente se estabelece e o transmissor emite o sinal. Quando o soltamos a corrente é interrompida e o transmissor «sai do ar». Se mantivermos o manipulador apertado por um tempo menor, ou seja, dermos um toque curto, o sinal emitido será de curta duração e corresponderá a um ponto (.). Se o toque no manipulador for mais longo (aproximadamente três vezes mais que o do ponto), teremos um sinal de maior duração que corresponderá a um traço (-).

Numa transmissão combinando os pontos e traços teremos símbolos que formarão mensagens facilmente entendidas por alguém que tenha sido treinado.

A maneira como os pontos e traços são combinados é universal, formando o Código Morse. Porém, para usar o Código Morse não basta memorizá-lo, é preciso antes de tudo um bom treinamento.

Inicialmente você deve memorizar os sinais correspondentes a cada letra, número e sinal gráfico. Você pode fazer isso procurando transmitir, imaginariamente com um simples oscilador de áudio, cada letra e cada símbolo. Na figura 7 damos um circuito simples de oscilador para prática de código.

Lembre-se que você deve transmitir cada sinal vagarosamente até que consiga distinguir muito bem cada um. Peça para algum amigo interessado em aprender o código que treine com você: primeiro você transmite e ele anota e depois ele transmite e você anota, começando por letras e números isolados até que os dois tenham memorizado o código.

Somente depois, passe ao treinamento com frases curtas e palavras. À medida que os dois forem adquirindo prática, a transmissão poderá ter sua velocidade aumentada.

Estenda então o fio do alto-falante do oscilador até uma outra sala para poder simular uma transmissão à distancia. Se quiser, monte um de nossos transmissores telegráficos para poder praticar à distância maior sem fio.

Uma maneira interessante de treinar o ouvido quando você adquirir mais prática é sintonizar um receptor na faixa de ondas curtas e procurar um dos muitos sinais telegráficos e tentar entendê-los.

Na faixa de 3 a 30 MHz existem diversas estações operando com telegrafia. Em especial entre 3 e 3,5 MHz e entre 7 e 7,5 MHz existem radioamadores que muitas vezes ainda não têm muita prática em telegrafia e por esse motivo não transmitem muito rápido, possibilitando assim que o leitor entenda seus sinais. Mesmo que você não use tal tipo de emissão, o importante é saber de sua existência e que pode auxiliar na comunicação de uma transmissão de emergência, quando os sistemas mais modernos não estiverem disponíveis. O conhecimento dos princípios da transmissão telegráfica e do Código Morse são fundamentais para todo praticante de Eletrônica.


CÓDIGO MORSE

A .-
B -...
C -.-.
D -..

E .
F ..-.
G --.
H ....
I ..
J .---
K -.-
L .-..
M --
N -.
O ---
P .--.
Q --.-
R .-.
S ...
T -
U ..-
V ...-
W .--
X -..-
Y -.--
Z --..
1 .----
2 ..---
3 ...--
4 ....-
5 .....
6 -....
7 --...
8 ---..
9 ----.
0 -----
Vírgula --..--
Interrogação ..--..
Erro ........
Espere .-...



FONTE FIXA DE 12/129, 6/13, 2 V x 10 A PARA TRANSMISSORES

Ideal para alimentar transmissores de PX e outras faixas de uso móvel com potências de até 50 W e mesmo para circuitos experimentais de alta potência na faixa de ondas curtas e FM como os que descrevemos neste livro.

Transmissores de VHF, FM, 11 metros, rádioamadores das faixas de ondas curtas e mesmo amplificadores e toca-fitas de uso no carro exigem correntes elevadas quando alimentados por uma fonte. Em alguns casos, a máxima potência da corrente de operação pode chegar aos 10 ampères o que inviabiliza o uso de fontes comuns ou simples eliminadores de pilhas.

Neste projeto, propomos uma excelente fonte de alimentação de 12 a 13,2 V que pode fornecer correntes de até 10 A, servindo pois, para a alimentação de todos os equipamentos descritos na introdução.

O uso de um circuito integrado de precisão como referência de tensão toma esta fonte muito estável e segura para a alimentação de qualquer equipamento indicado para o carro.

COMO FUNCIONA

O circuito de entrada consta de um transformador que abaixa a tensão da rede de energia de 110 V ou 220 V para uma tensão menor entre 15 V e 20 V sob corrente máxima de 10 A.

Encontramos transformadores prontos para esta finalidade, porém se isto não for possível, o leitor terá duas alternativas: uma será mandar enrolá-lo e outra será usar um de tensão na faixa indicada, mas com corrente menor, caso em que a capacidade da fonte ficará reduzida. Neste caso, se ela puder ser usada com o equipamento que o leitor dispuser, não haverá problema.

A tensão reduzida pelo transformador é retificada por uma ponte de diodos. Podem ser usados diodos separados ou pontes completas, veja indicação na lista de material. Cada diodo só conduz durante metade do ciclo de alimentação, assim, sua específicação de corrente deve ser apenas um pouco maior que o valor máximo de saída; podendo ser usados diodos para 8 A ou mais. Sua tensão inversa de pico (PIV) deve ser de pelo menos 100 V para maior segurança.

Logo após a retificação, temos a filtragem que deve ser excelente evitando zumbidos na transmissão.

É prática segura usar 1.000 mF para cada ampère de corrente de saída com uma fonte de até 12 V. Recomendamos então, um capacitor de 10.000 mF ou dois capacitores de 4 700 uF x 35 V ligados em paralelo.

Finalmente temos a etapa de regulagem: a referência de tensão é dada pelo circuito integrado 7812, que deve ser montado num bom radiador de calor.

Ligando diodos ao terminal de referência deste integrado podemos alterar levemente a tensão de saída, a chave S 2 se encarrega disto.

Cada diodo colocado no circuito causa um acréscimo de 0,6 V resultando em 13,2 V aproximadamente (a tensão encontrada nos terminais de uma bateria de carro de 12 V quando completamente carregada).

O circuito integrado 7812 só fornece correntes de até 1 A, mas esta intensidade é suficiente para excitar três transistores 2N3055 ligados em paralelo. Cada transistor pode controlar 3,33 ampères.

Nos emissores dos transistores temos resistores de 0,22 W. Sua finalidade é distribuir igualmente a corrente entre estes componentes, pois suas características não são exatamente iguais. Sem os resistores, existe o perigo de um transistor ter que conduzir uma corrente maior que outro, sofrendo com isto uma sobrecarga que pode levá-lo a queimar.

Na saída do circuito, além de um fusível adicional de proteção de 15 A, temos um capacitor de filtro e um resistor de carga, cuja finalidade é manter a tensão nos terminais, mesmo na ausência de uma carga externa.


MONTAGEM

O circuito completo da fonte é mostrado na figura 1. A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 2.

Os transistores devem ser montados em radiadores de calor de pelo menos 50 cm quadrados

(5 x 10 cm) com fixação em local de boa ventilação. O regulador de tensão CI, deve ter um radiador de calor menor.

Para a retificação, pode ser usada uma ponte Semikron SKB 7/02 ou então os diodos SK2 ou SK3 para 200 V. O capacitor eletrolítico de filtragem de 10.000 uF pode ser obtido com a ligação de dois eletrolíticos de 4.700 uF x 35 V.

Os resistores R2, R3 e R4 são de fio de 0,22 W com pelo menos 2 W de dissipação. Tendo dificuldades em conseguir estes valores, existem alternativas:

-- Ligação de dois resistores de 0,47
W x 1 W em paralelo.

-- Ligação de quatro resistores de 1 W x 1 W em paralelo.

A chave S, seleciona a tensão de saída: na posição A temos 12 V, na posição B temos 12,6 V e na posição C temos 13,2 V.

O resistor R 6 deve ser de fio com pelo menos 5 W de dissipação. Observamos que os fios de ligação que conduzem as correntes principais devem ser todos grossos (18 ou 16).


PROVA E USO

Para provar a fonte é só ligar algum aparelho com consumo conhecido e verificar se a tensão permanece estável na saída. Uma lâmpada de 12 V de farol de carro é uma boa carga para esta prova.

Na ligação de aparelhos de som, transceptores e toca-fitas é preciso observar a polaridade dos fios.

A lâmpada neon é optativa, servindo apenas para indicar que a fonte se encontra ligada.

LISTA DE MATERIAL


Semicondutores:

CI1 -- 7812 - circuito integrado regulador de tensão
Q1,
Q2, Q3 -- 2N3055 - transistores NPN de alta potência
D1 a D4 -- 50 V x 8 A (min) - diodos ou ponte retificadora. Ponte SKB 7/02 ou diodos SK2 ou SK3 (Semikron)
D5,
D6 -- 1N4002 - diodos de silício

Resistores:
R1 -- 220 kW x 1/8 W
R2, R3, R4 -- 0,22 W x 2 W - fio
R5 -- 2,2 k
W x 1/2 W
R
6 -- 100 W x 5 W - fio

Capacitores:
C1 -- 10.000 mF x 35 V - eletrolítico - ver texto
C2
-- 100 mF x 16 V - eletrolítico

Diversos:

NE1 -- lâmpada neon comum S1 -- Interruptor simples

S2 -- Chave de 1 pólo x 3 posições rotativa

T1 -- Transformador com primário conforme a rede local de energia e secundário de 15 a 22 V x 10 A - ver texto
F1 - Fusível de 3 A
F2 - Fusível de 15 A

Placa de circuito impresso, radiadores de calor para os transistores, fios, solda, cabo de força, suporte para os fusíveis, caixa para montagem, fios com garras para conexão ao aparelho alimentado ou conector do tipo acendedor de cigarros de carro, fios comuns, solda, etc.


 

FAREJADOR DE RF


Este circuito bastante simples serve para acusar a presença de sinais de altas frequências ou rádio freqüências, como os gerados pelos transmissores de rádio. Com ele podemos verificar se um oscilador ou um transmissor estão o funcionamento e até localizar transmissores secretos do tipo utilizado por espiões e detetives.

Facílimo de montar, usa apenas 3 componentes, cabe numa pequena caixa plástica e pode ser levado no bolso ou numa maleta, sempre que for necessário saber se existem sinais de rádio (altas freqüências) ou de um transmissor em operação nas proximidades.

Veja seu diagrama completo na figura 1.

Os sinais são captados pela bobina L1 e detectados pelo diodo D1. A partir de D1 os sinais contínuos são levados ao instrumento indicador causando a deflexão de sua agulha indicadora. O instrumento M1 é um instrumento indicador de 50 a 200 mA e o diodo D1 pode ser de qualquer tipo de germânio como o 1N34, 1N6O ou outro.

L1 é formada por 30 a 40 espiras de fio esmaltado de qualquer espessura entre 22 e 32 (um fio comum de ligação serve) enroladas num bastão de ferrite de 10 a 20 cm de comprimento e diâmetro de aproximadamente 1 cm.

LISTA DE MATERIAL

L1 -- Bobina - ver texto
M1 -- Microamperímetro de 50 a 200 mA
D1 -- 1N34 ou equivalente - diodo de germânio

Diversos:
Bastão de ferrite, fios esmaltados, caixa para montagem, fios, solda, etc.

Para verificar o funcionamento do aparelho basta aproximá-lo de qualquer pequeno transmissor ou oscilador em funcionamento. A agulha do instrumento deve se movimentar tanto mais, quanto mais forte for o sinal detectado.

Na figura 2, temos o aspecto da montagem sem a caixa.

Nos transmissores e osciladores fracos será preciso aproximar bem L1 da bobina do oscilador para que os sinais sejam acusados.

Para procurar transmissores escondidos basta fazer uma «varredura» no local suspeito, sempre observando a agulha. Uma pequena movimentação indica uma irradiação suspeita que deve ser investigada.



COMPROVADOR DE
TRANSMISSORES


CARACTERÍSTICAS:
· Tensão de alimentação: 3 ou 6 V
· Corrente drenada: menor que 200 VA
· Faixa de freqüências operação: 500 kHz a 200 MHz

Descrevemos a montagem de um utilíssimo comprovador de transmissores, um projeto ideal para os feitores que montam este tipo de equipamento e depois encontram dificuldades para veríficar se estão funcionando, ou ainda, para obter o máximo rendimento com o ajuste.

O circuito proposto detecta os sinais de alta freqüência gerado por osciladores ou obtidos nas antenas ou circuitos tanque de pequenos transmissores (e também grandes), dando assim uma indicação de funcionamento. Com a comprovação, o ajuste ou mesmo a detecção de falhas fica bem mais fácil.

Evidentemente, se o comprovador não indicar sinal algum na saída de um transmissor, teremos condições de saber onde está o problema com muito mais facilidade.

Simples de montar, o comprovador é alimentado por duas ou quatro pilhas pequenas e tem um consumo muito baixo. Sua sensibilidade permite a detecção de oscilações de circuitos muito pequenos e até mesmo a uma boa distância do transmissor, dependendo de sua potência.


COMO FUNCIONA

Na entrada do circuito, temos uma vareta de metal que tanto pode ser uma antena telescópica como um simples pedaço de fio rígido.

Esta antena capta os sinais do oscilador ou transmissor em prova e os envia a um diodo que faz sua detecção de modo a obter uma corrente retificada que polariza a base de um transistor amplificador.

O choque de RF XRF impede que sinais muito abaixo dos 500 kHz entrem no circuito como o ruído da rede de energia, provocando Indicações falsas.

O potenciômetro P1 serve para ajustar a polarização de base do transistor deixando-o no limiar de sua sua condução de modo que, por mais fraco que seja o sinal detectado, ele sempre provoque uma alteração na condução deste transistor.

Assim, a corrente de coletor do transistor indicada pelo instrumento ligado em série terá um valor de repouso e será facilmente alterada na presença de qualquer sinal de alta freqüência. Esta alteração será tanto maior quanto maior for a intensidade do sinal que entrar no circuito.

O circuito é muito sensível, pois o transistor pode amplificar os sinais centenas de vezes, significando que mesmo sinais muito fracos podem ser acusados pela vadação de corrente que provocam no instrumento indicador.


MONTAGEM

Na figura 1, temos o diagrama completo do comprovador de transmissores.

Como se trata de montagem bastante simples e não crítica, se o leitor não quiser ter muito trabalho, pode soldar os principais componentes numa ponte de terminais veja figura 2.

Esta ponte cabe facilmente numa caixa plástica cujas dimensões são determinadas principalmente em função do tamanho do instrumento o do suporte das pilhas.

O instrumento indicador M1 pode ser de qualquer tipo com fundo de escala entre 50 e 250 mA. O choque de RF, XRF, pode ter valores entre 47 mH e 470 mH, mas caso tenha dificuldades em obtê-lo sua montagem é simples: enrole de 50 a 200 voltas de fio bem fino (32 ou mais fino) num palito de fósforo ou de dente.

O diodo D1 admite equivalentes, desde que sejam de germânio.

Os resistores são de 1/8 W ou maiores e P1 é um potenciômetro comum. Para as pilhas use um suporte comum, observando a polaridade dos fios na ligação.

O transistor admite também equivalentes e qualquer NPN de uso geral pode ser usado.


PROVA E USO

Para provar o aparelho, ligue inicialmente a alimentação acionando S1 e ajuste P1 com cuidado até que o ponteiro do instrumento indicador vá até aproximadamente metade da sua escala.

Depois, aproxime a antena do aparelho de um pequeno transmissor em funcionamento, mas sem encostar na antena desse transmissor. Deve haver uma movimentação da agulha do instrumento M1 indicando a presença de sinal. Quanto mais potente for o transmissor, maior será esta deflexão. Quanto mais perto da antena aproximarmos o sensor deste indicador, também maior será a deflexão da agulha do indicador.

Nunca encoste a antena do comprovador na antena do transmissor, principalmente se ele usar válvulas ou for de potência elevada, pois isso pode causar a queima de componentes, principalmente do transistor.

LISTA DE MATERIAL

Semicondutores:
Q1 -- BC548 ou equivalente - transistor NPN de uso geral D1 --
1N34 ou equivalente - diodo de germânio

Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 -- 1 M
W
R2
-- 10 kW
P1 -- 100 kW - potenciômetro

Capacitores:

C1
- 10 nF - cerâmico

Diversos:
XRF -- 47 a 470
mH - choque de RF - ver texto
M1 -- 0-200
mF- instrumento indicador - microamperímetro, ver texto S1 -- Interruptor simples
B1 -- 3 ou 6 V - 2 ou
4 pilhas pequenas
A -- antena - ver texto
Ponte de terminais, caixa para montagem, suporte de pilhas, botão plástico para
o potenciometro, fios, solda, etc.


Para usar é só aproximar o aparelho do transmissor em prova o suficiente para ter uma indicação em seu instrumento. Por esta indicação podemos ter uma idéia da intensidade do sinal que está sendo emitido, levando em conta também a distância.



ANTENA PLANO-TERRA COM GUARDA-CHUVA


CARACTERÍSTICAS
· Freqüência central: 100 MHz

· Faixa de freqüências indicada: 88 a 108 MHz
· Impedância: 50 W
· Padrão de irradiação: omni-direcional

Um velho guarda-chuva pode servir de base para a montagem de uma excelente antena plano-terra para pequenos transmissores que operem na faixa de FM e VHF.

Com alterações das dimensões, usando um guarda-sol de praia, por exemplo, podemos ter uma antena para a faixa dos 11 metros.

As dimensões dadas neste artigo permitem montar uma excelente antena para a faixa dos 100 MHz, que é a faixa de operação de muitos transmissores descritos neste livro.

Um dos problemas dos montadores de pequenos transmissores de FM é que, sem uma boa antena, seu alcance está limitado a algumas dezenas ou centenas de metros.

No entanto, diversos leitores que residem em sítios ou fazendas e portanto, podem irradiar seus sinais numa distância maior sem o perigo de causar problemas de interferências, precisam de uma boa antena.

Ocorre entretanto, que diferentemente da parte Eletrônica, a parte Mecânica que envolve a montagem de uma antena pode trazer alguns problemas. Por este motivo, procuramos uma solução simples que está acessível à maioria das pessoas.

Partindo de um velho guarda-chuva, podemos fazer a adaptação de uma vareta vertical (elemento irradiante) com dimensões apropriadas e uma bobina de carga, obtendo assim uma excelente antena para a faixa de FM, com rendimento que, mesmo com transmissores muito pequenos de algumas dezenas de miliwatts, pode proporcionar alcances de vários quilômetros.


COMO FUNCIONA

O que caracteriza uma antena plano-terra é a substituição do segundo elemento irradiante de um dipolo pela terra, que é artificialmente elevada por meio de varetas horizontais, de modo a permitir sua instalação num mastro, conforme indica a figura 1.

Desta forma, temos uma vareta vertical que é o elemento irradiante dos sinais, devendo ter aproximadamente 1/4 do comprimento de onda do sinal que deve ser transmitido e diversas varetas horizontais que simulam um plano de terra, cuja finalidade é irradiar o outro semiciclo do sinal.

Essas varetas formadoras do plano de terra, devem ter um comprimento que corresponda a aproximadamente 1/8 do comprimento de onda na freqüência do sinal e seu número pode variar de 3 a 20.

Também pode ser usada uma placa de metal ou mesmo uma tela de metal formando um plano-terra contínuo.

O condutor central do cabo coaxial é ligado à vareta vertical por meio de uma bobina de carga e a malha externa é ligada a todas as varetas que formam o plano de terra.

Como este tipo de antena tem características capacitivas, a finalidade da bobina de carga é justamente compensar isso.

A vareta central para a faixa de FM e TV pode ser uma antena telescópica comum de modo a permitir que o usuário ajuste seu comprimento e assim obtenha o maior rendimento possível.

Esse ajuste pode ser feito, no caso de transmissores, com um pequeno medidor de intensidade de campo.


MONTAGEM

Na figura 2, temos o aspecto geral da antena, que usa como elemento básico um guarda-chuva comum adaptado de modo que as varetas fiquem dispostas de forma quase horizontal (uma pequena inclinação para baixo pode ser tolerada).

As dimensões dos elementos não são críticas, devendo o usuário, com base nas indicações de sinal de seu transmissor, fazer as alterações que levem ao melhor desempenho.

Para outras freqüências de operação temos as seguintes alterações:

FAIXA DOS 11 METROS

· Elemento vertical: 2,65 m
· Bobina: 7 espiras de fio 22
· Elementos do plano de terra: 1,40 m

O
importante nesta montagem é que a bobina e a vareta vertical sejam perfeitamente isoladas da base e das varetas horizontais.

Na figura 3, damos os pormenores da base e da fixação da bobina com o elemento vertical.

A bobina pode ser parafusada ou colada numa base de acrílico ou outro material isolante e as ligações são feitas por meio de soldagem, de modo a garantir contatos elétricos perfeitos, uma vez que deve ficar exposta ao tempo.

Para a faixa de FM, a bobina consta de 4 espiras de fio 22 esmaltado ou mesmo comum e sua fôrma pode ser um tubo de PVC ou outro matedai Isolante com 2 ou 2,5 cm de diâmetro.

O cabo coaxial de 50 W vai à saída do transmissor e seu comprimento dependo da localização de ambos.

A vareta vertical tanto pode ser presa por um tarugo de metal como de outra forma que o montador julgar mais prática, lembrando apenas que o terminal desta bobina deve fazer um contato elétrico perfeito com essa vareta.


PROVA E USO


Para testar a antena, ligue o transmissor e com a ajuda de um medidor de intensidade de campo, ajuste a altura do elemento vertical de modo a obter máximo rendimento. Se ainda assim não conseguir o esperado, altere o número de espiras da bobina.

Para melhor desempenho, a antena deve ficar em local alto o longe de objetos que possam afetar a propagação dos sinais.


 

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