Rascunho do Inferno

"Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo,
prefiro acreditar num mundo do meu jeito..."

 

- 30 de Novembro

Tenho visto muita gente desistir de prestar vestibular na UEG só porque a faculdade é lá em Anápolis, e acham que é muita canseira ir e voltar todo dia. Só que na UFG não é muito diferente. Eu, por exemplo: acordo as 5 da manhã, e o ônibus me pega aqui perto de casa às 6, e me deixa na porta da UEG, lá em Anápolis, além do ônibus ser confortável, eu mesmo vou dormindo a viagem inteira. Se eu estudasse na UFG, teria que acordar nesta mesma hora, pegar 2 coletivos, um pro centro e outro pro Campus, provavelmente teria que ir em pé, por que a essa hora os ônibus tão tudo lotado, ou seja, muito mais cansativo. Por isto se você está prestando vestibular agora, não perca esta oportunidade de fazer uma boa faculdade, e o que é melhor: pública.

Lord Karnak
(
Angra - Reaching Horizons)

Balanço da Semana

Livros:
- A Agonia da Idade Média, de Jules Michelet (Avaliação: Perfeito)
- Sociologia, de Pedro Demo (Muito Bom)

Filmes:
- U.S. Marshals (Ótimo)
- Morcegos (Médio)
- Olha quem está falando agora (Bom)
- Fim dos Dias (Muito Bom)

Álbuns:
- Avalon, Mystic Places (Muito Bom)
- Joe Satriani, Crystal Planet (Ótimo)
- Arch Enemy - Stigmata (Ótimo)

Legenda: Perfeito, Ótimo, Muito Bom, Bom, Médio, Ruim, Péssimo

Lord Karnak
(
Extreme - More Than Words ;p )


- 29 de Novembro

Tribo Urbana
A Tribo Urbana hoje, que fica localizada na av. T-10 é um dos mais badalados bares de Goiânia. O que pouca gente sabe é que este mesmo nome já foi um dos lugares mais undergrounds da cidade. Na época, a Tribo Urbana ficava localizada em Campinas, próximo à av. 24 de Outubro, e era, na verdade, uma creperia. O ambiente era muito loko, uma casa de dois andares, mas não muito grande. No rádio só rolava Rock, como Deep Purple, Led Zeppelin, Iron Maiden, Radiohead, e o garçon era mó figura, quase sempre já tava meio chapado. Naquela época só frequentavam os malucos, nada de playboys com gel no cabelo. Infelizmente ela teve que fechar há uns dois anos atrás, não se sabe porque. Quando ouvi rumores que a Tribo iria reabrir, pensei: "ainda bem, mais uma opção de bar em Goiânia". Mero engano. A Tribo Urbana hoje não passa de um antro de Mauricinhos e Patricinhas com seus peculiares super-egos, desfilando celulares e conversando sobre quantas já pegou nessa semana. Apenas uma cópia da Tribo do Açai. Simplesmente Deprimente...

Lord Karnak
(
Avalon - Crystal Ball)


- 28 de Novembro

Galera, me desculpem o sumiço. Essa semana eu andei enrolado com a faculdade, chega na última semana todos os professores resolvem passar trabalho de avaliação, e eu além dos meus ainda tive que fazer mais de um monte de gente (ganhei uma boa grana, eheheheh). Minhas aulas vão até Quinta-feira que vem, e até lá ainda tem mais uns 3 ou 4 trabalhos pra fazer. Só nessas duas últimas semanas eu já li 4 livros inteiros. Estou estudando agora o que não estudei o ano inteiro. O bom é que quase não está tendo aula, porque todos os professores passaram só trabalhos, e a gente vai lá praticamente só pra entregá-los, então eu já estou quase me formando em truco. Já tô até pensando em adicionar essa matéria no meu currículo.

Lord Karnak
(
Dimmu Borgir - Mourning Palace)


- 25 de Novembro

Cultura do Egoísmo
Não há dúvidas de que nossa sociedade atual se constitui na mais egoista já construida até hoje. Desde pequenas nossas crianças aprendem a combater seus amigos. Nas escolas de 2° grau, todos são concorrentes na guerra do vestibular. Na faculdade, a guerra continua, agora em busca do mercado de trabalho. Você aprende que deve manter seus "amigos" próximos, pois no fundo todos são seus rivais. Aprende que nessa guerra, vale tudo para estar na frente. Aprende a não Ter escrúpulos nem fidelidade. Na primeira oportunidade, não tenha dúvidas em trair um amigo para conseguir sua vaga. Passe por cima de tudo e de todos se quiser chegar a algum lugar. A virtude está ultrapassada. Ela foi substituída pela religião do sucesso. As igrejas, que sempre servem às elites dominantes, implantam uma nova moral cristã, a fim de melhor atender às exigências do novo e agora verdadeiro deus adorado: o sucesso. Enfim, vivemos em uma sociedade anticristã, que cria guerras onde os guerreiros somos nós mesmos, e enquanto nos combatemos, eles, os que criaram essa guerra, se mantém lá, sentados em seus tronos, no alto do Coliseu, assistindo aos gladiadores sendo devorados pelos leões.

Lord Karnak
(
Blue Oyster Cult - Burning for You)

O que não é Amor

"Já se falou tanto em amor, amizade e paixão. Que tal falarmos do que não é amor?

Se você precisa de alguém para ser feliz, isso não é amor. É carência.

Se você tem ciúme, insegurança e faz qualquer coisa para Ter alguém ao seu lado, mesmo sabendo que não é amado, e ainda diz que confia nessa pessoa, mas não nos outros, que lhe parecem todos rivais, isso não é amor. É falta de amor próprio.

Se você acredita que "ruim com ela(e), pior sem ela(e)", e sua vida fica vazia sem essa pessoa; não consegue se imaginar sozinho e mantém um relacionamento que já acabou só porque não tem vida própria, se existe em função do outro, isso não é amor. É dependência.

Se você acha que o ser amado lhe pertence; sente-se dono(a) e senhor(a)de sua vida e de seu corpo; não lhe dá o direito de se expressar, de ter escolhas, só para afirmar seu domínio, isso não é amor. É egoísmo.

Se você não sente desejo; não se realiza sexualmente; prefere nem ter relações sexuais com essa pessoa, porém sente algum prazer em estar ao lado dela, isso não é amor. É amizade.

Se vocês discutem por qualquer motivo; morrem de ciúmes um do outro e brigam por qualquer coisa; nem sempre fazem os mesmos planos; discordam em diversas situações; não gostam de fazer as mesmas coisas ou ir aos mesmos lugares, mas sexualmente combinam perfeitamente, isso não é amor. É desejo.

Se seu coração palpita mais forte; o suor torna-se intenso; sua temperatura sobe e desce vertiginosamente, apenas em pensar na outra pessoa, isso não é amor. É paixão.

Agora, sabendo o que não é amor, fica mais fácil analisar, verificar o que está acontecendo e procurar resolver a situação. Ou se programar para atrair alguém por quem sinta carinho e desejo; que sinta o mesmo por você, para que possam construir um relacionamento equilibrado no qual haja carinho, compreensão e reciprocidade, aí sim, este é o verdadeiro e eterno amor."

Autor Desconhecido


- 24 de Novembro

Eu tentei, juro que tentei. Mas um pássaro depois que é libertado da gaiola dificilmente quer voltar à ela. E é assim que eu me sinto agora. Preso, enclausurado, sufocado. Não quero continuar. E não me olhe assim. Você não sabe o que se passa aqui dentro. Já se sentiu dividido entre fazer algo e magoar alguém, ou não fazer e se magoar? Durante todo este tempo, aprendi que a melhor saida neste caso é ser sincero. E por isto não quero lhe enganar. Só quero de volta minha solidão.

Lord Karnak
(
Seal - Kiss from a Rose)


- 22 de Novembro

Saída
Não tenho muito o que reclamar. Afinal, as coisas começam a melhorar. Não sei bem o que é. Talvez eu tenha me acostumado com a solidão. Talvez tenha me acostumado de não Ter pra quem ligar, nem com quem dividir minhas coisas. Talvez tenha me acostumado a guardar tudo aqui dentro, e agora não saiba mais como compartilhar. No fundo sinto medo deste outro caminho que você me mostra. Durante tanto tempo reclamei de minha solidão, e agora que alguém me mostra a porta de saída me sinto sem forças para abri-la. É difícil se livrar das correntes que eu mesmo criei. Por isto preciso de sua ajuda. Já que escolheu ficar a meu lado, sei que saberá esperar meu tempo certo. Você me traz a esperança de volta. E assim aos poucos vou aprendendo a amar outra vez.

Lord Karnak
(
Angra - Bleeding Heart)


- 21 de Novembro


Shaman - The Ritual

Após a traumática separação dos integrantes do Angra, uma incógnita logo veio à tona: o que seria das duas partes que restaram? De um lado os guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt, e do outro o vocalista André Matos, o baixista Luís Mariutti e o batera Ricardo Confessori. Os dois primeiros seguiram com o Angra, totalmente reformulado, lançando um excelente álbum de re-estréia, o Rebirth. Já os outros três montaram o Shaman, que lança agora seu primeiro álbum, The Ritual. A semelhança com o Angra não passa despercebida, mas é nos detalhes que o Shaman se diferencia. Todas as composições estão excelentes, com poderosos riffs e belas melodias, mescladas com algumas passagens de música latina, como na introdução de For Tomorrow. Os destaques ficam por conta de Time Will Come, Over Your Head e a balada novelística Fairy Tale, que mostram que a separação parece Ter dado novo ânimo à todos os ex-integrantes do antigo Angra. E quem ganha com isso é o Metal, que ao invés de uma, agora conta com duas ótimas bandas.

Lord Karnak
(
Shaman - For Tomorrow)

Mãe: Como foi a faculdade hoje, filho?
Filho: Foi horrível.
Mãe: Ué, porque?
Filho: Perdi todas.
Mãe: Como assim? Porque?
Filho: Ué, só saia com carta ruim, e os caras só de zap e sete copas...
Mãe: ...

Lord Karnak
(
Shaman - Here I Am)


- 20 de Novembro

Ele: Por que você tá triste?
Ela: Ah, é que meus pais se separaram.
Ele: Hum.. sei como é isso...
Ela: Nossa, eles tiveram uma briga feia.
Ele: É sempre assim. Meus pais também brigavam muito antes de se separarem.
Ela: Ah é? Me conta aí como foi.
Ele: E o que eu ganho em troca?
Ela: Ué... o que você quer?
Ele: O que você acha?
Ela: Um bei?...hmmm...

Hoje meu telefone voltou a funcionar finalmente. Meu dia foi normal. De manhã fui pra faculdade jogar truco como sempre. Tive que apresentar um trabalho na primeira aula, de antropologia, sobre Metaleiros. A professora até que gostou, falou que se eu aprofundar nesse assunto dá até uma monografia. Quem sabe? À tarde fui cortar o cabelo, depois fiquei aqui morgando. Resolvi gravar um CD só com Death e Black praticamente. É a minha 12° coletânea:

1. Bruce Dickinson - Road to Hell
2. Grave Digger - The Final War
3. Kreator - Violent Revolution
4. Pungent Stench - Schools Out Forever
5. Agathodaimon - Spirit Soldier
6. Cradle of Filth - Beneath the Howlling Stars
7. Testament - Sewn Shut Eyes
8. Death - Lack of Comprehension
9. Death - Pull the Plug
10. Carcass - Heartwork
11. Pantera - Death Hattle
12. Slayer - South of Heaven
13. At the Gates - The Swarm
14. Immortal - Sons of Northern Darkness
15. Cradle of Filth - Sleeplees
16. Therion - Flesh of the Gods


Eu tava olhando quais as bandas que aparecem mais vezes em todas as coletâneas, e cheguei ao seguinte ranking:

1° Helloween 6 vezes
2° Skid Row 5 vezes
3° Dr. Sin 5 vezes
4° Kreator 4 vezes
5° Bon Jovi 4 vezes


É, agora meus dias estão assim, em ritmo de ferias. Só faltam mais duas semanas pro término das aulas. Férias é aquela chatice. O dia todo em casa sem fazer nada. Mas nessas, se eu pudesse, vazava pra São Paulo. Queria conhecer a galeria do rock, e também alguns amigos da Net. Será que ninguém aí me arruma uma carona e um lugar pra ficar lá não? É, acho que eu tô querendo demais né. O jeito é continuar sonhando mesmo... ;~~

Lord Karnak
(
Opeth - Forest of October)

Garota Interrompida
Afinal, o que é ser normal? Qual o limite entre a sanidade e a loucura? O mundo está cheio de sanatórios e lugares destinados aos loucos. São apenas pessoas que não se adaptam a esse mundo, e por isto precisam ser isolados dele. São vistas como perigosas, por isto tem que ser reclusas, para proteger o mundo contra elas. Ser normal é se adaptar ao mundo. É não contrariar as regras. É fazer o que todos fazem. Enfim, é seguir a cartilha elaborada por eles, seguir em silêncio, sem reclamar. É longa a lista de quem não o faz. E nesta lista estão todos aqueles que não conseguem se encaixar em um mundo cruel, hipócrita e falso. Um mundo onde você é valorizado pelo que tem e não pelo que é. Não me admira que não consigamos nos adaptar à este mundo. No fundo, tentamos nos esconder em nosso próprio mundo, um mundo mais palpável e verdadeiro. Lá fora, eles são considerados os normais, e nós os loucos. Aqui dentro, estes papéis se invertem...

Lord Karnak
(
Within Temptation - Caged)


- 15 de Novembro

Essa é do tempo em que os Titãs faziam Rock de verdade e com atitude.

Igreja

"Eu não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei

Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém

Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis

Eu não gosto do terço
Eu não gosto do Berço
De Jesus de Belém

Eu não gosto do papa
Eu não creio na graça
Do milagre de deus

Eu não gosto da igreja
Eu não entro na igreja
Não tenho religião..."

Titãs


- 13 de Novembro

O Peso da Fama
Eu achava que jornalista pentelho só existiam nos filmes. Mas esses dias tive a comprovação de que até nessa roça asfaltada em que eu moro eles habitam. Todo mundo deve Ter acompanhado nos jornais o caso dos pais candangos que tiveram seu filho roubado, e depois de 17 anos encontraram o tal vivendo com uma família aqui em Goiânia. Pois é, acontece que o tal mancebo estuda na escola da minha irmã, e ela conta que no dia seguinte à descoberta, choveram de repórteres na porta da escola querendo tirar fotos e conversar com o garoto. Invadiram a sala, entrevistaram amigos, professores, coordenadores, até pediram pra ele fazer pose de nerd, coisa que desagradou até o próprio garoto, já que segundo ele mesmo, "eles queriam fotografar uma imagem que não era a dele". Mesmo depois da coordenadora praticamente expulsar os intrusos da sala, pois a aula tinha que continuar, ainda teve um que se escondeu no banheiro e voltou depois querendo mais fotos. Eu fiquei foi com pena do garoto, que ainda teve que aguentar depois as gozações até da moça da cantina, que soltou um sonoro "nossa, o garoto que apareceu no Fantástico tá comprando salgado na minha cantina." Deprimente. Sei que meus colegas universitários estudantes de jornalismo não se aborrecerão com este comentário, mas é deprimente ver como esses seres são tão inconvenientes, inoportunos e insistentes. Fazem de tudo pra Ter a melhor notícia, a melhor imagem, mesmo que para isso tenham que passar por cima das pessoas, invadir sua privacidade e infernizar suas vidas. Se justificam dizendo que a verdade tem que ser mostrada, mas não há justificativa para os danos que estes causam às suas vítimas, muitas vezes colocando-os em situações constrangedoras. A verdade tem que ser dita, mas não precisa ser explorada e vendida como é feito pela maioria destes mercenários com câmera.

Lord Karnak
(
Cadaveria - Spell)

Turbulência 3: Heavy Metal (?)
Sim, este é o título do filme exibido na última Segunda-feira pela Rede Globo, mas o mais apropriado seria Turbulência 3: New Metal. Estrelando, o mocinho que vira bandido que vira mocinho de novo. Trata-se de um clone do Marilyn Manson, em todos os aspectos, que resolve fazer um show em um avião, em pleno vôo. Mas durante o show o vocalista enlouquece e começa a matar as pessoas. Depois descobre-se que na verdade, a banda estava sendo vítima de um grupo terrorista satânico, e que o vocalista havia sido trocado por um sósia. Lá pelas tantas o verdadeiro vocalista volta, mata todos os terroristas, e de quebra ainda pousa o avião. O filme até que não é tão ruim assim, a única ressalva fica por conta da cena em que o cara vai pousar o avião, quando ele arranca de seu pescoço uma cruz invertida e reza à deus para que o ajude. Totalmente dispensável.

Lord Karnak
(
Sonata Arctica - Kingdom for a Heart)


- 12 de Novembro

Nova Legião Urbana?
Desta nova safra de bandas fazendo Rock Nacional, a que mais tem se destacado é o Catedral. O principal motivo deste sucesso é a semelhança da banda com o lendário Legião Urbana. O vocalista nega que seja proposital, mas é assustadora a semelhança de seu timbre de voz com o de Renato Russo. Isso aliado às belas composições e letras faz da banda uma ótima opção para os fãs da Legião. No entanto, existe outro fator que coloca a banda no topo das paradas de sucesso: trata-se da decadência do Rock Nacional. O estilo que teve seu auge nas décadas de 80 e 90, principalmente com as bandas Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial, Titãs, Paralamas do Sucesso, RPM, IRA!, e outras, hoje vive um momento de crise. Desta safra de bandas, as únicas que continuam fazendo boa música são os Engenheiros, o Capital e o IRA!. O restante, ou acabou, ou se bandeou pros lados do pop rock sem graça, como é o caso dos Titãs, RPM e Paralamas, que se renderam à onda pop capitaneada por bandas como Skank e J. Quest, que utilizam da fórmula refrões grudentos + letras alienadas pra fazer sucesso. Analisando as bandas que estão surgindo neste século, não podemos Ter muita esperança. Existem hoje muitas bandas aventureiras, que estouram uma música e depois somem, como é o caso dos Virgulóides (alguém se lembra do Bagulho no Bumba?), e do Cogumelo Plutão (Esperando na Janela, lembra?). Das que conseguiram emplacar e estão se consolidando hoje, temos o LS Jack, mais um representante da ala pop alienada, o CPM 22, que faz um punk rock bem ao estilo Blink 182, e o Catedral, que tenta resgatar tudo aquilo que o estilo foi nos anos 90, no auge da Legião Urbana. Tudo isto prova que o rock nacional não morreu, está apenas adormecido. Espero que com o surgimento desta nova estrela, ele ressurja e retome o lugar que merece no cenário nacional.

Lord Karnak
(
Catedral - Tchau)

Lista de Bandas/Cantores Nacionais Preferidos

- Legião Urbana
- Engenheiros do Hawaii
- Capital Inicial
- Catedral
- Titãs (Antigo)
- RPM (Antigo)
- Paralamas do Sucesso (Antigo)
- Zeca Baleiro
- Zé Ramalho
- Cazuza
- IRA!


- 11 de Novembro

Armadilha Futurista
A história de um futuro dominado pelas máquinas não é nova no imaginário humano. E, depois de Matrix, o melhor filme que conseguiu concretizar esta história foi o Exterminador do Futuro, especialmente o segundo filme, que contrariando à maioria das sequências, supera e muito seu antecessor. Mas esse lance de misturar futuro e passado por vezes confunde ao telespectador, e no caso do Exterminador do Futuro 2, confundiu até mesmo os produtores do filme.

O raciocínio é um pouco complexo, mas tentarei aqui expo-lo. O cientista que seria responsável, no futuro, pelo desenvolvimento dos cyborgs que posteriormente viriam a dominar o mundo, desenvolve a tecnologia das máquinas a partir de um ship vindo do próprio futuro. O tal ship fazia parte do primeiro exterminador enviado no filme 1. Bom, eis a questão: se os cyborgs viriam a ser os produtos da pesquisa do tal cientista, como ele poderia desenvolvê-los a partir de um ship deles mesmos, ou seja, a partir do próprio produto? Em outras palavras, ele teria que Ter criado os cyborgs a partir de uma idéia original sua. Na hipótese do filme, os cyborgs no futuro teriam existido antes dele os desenvolver, e somente com o envio de um exterminador ao passado é que ele teria acesso à tecnologia necessária para fazê-los. Mas como isso seria possível, se os fatos do passado é que desencadeiam o futuro?

O outro erro é mais simples. Durante o filme, Sarah e John Connor conseguem destruir o ship e todo o laboratório onde seriam desenvolvidos os cyborgs, além de matar o próprio cientista. Neste caso, os cyborgs não seriam desenvolvidos e não dominariam o mundo. Eles mudaram o futuro. Os exterminadores então, teriam que deixar também de existir, pois de acordo com o novo futuro, eles nunca seriam produzidos. É, brincar com o tempo não é fácil.

Eu não gosto muito de ficar apontando erros em filmes, mas desta vez é diferente. Geralmente se diz que um filme é mentiroso pois tentamos aplicá-lo à lógica da vida real, e nos esquecemos que cada filme tem sua própria lógica. Mas neste caso, a própria lógica do filme o trai. Talvez até mesmo os escritores da história que deu origem ao filme tenham percebido estes erros, mas deixaram passar. Talvez não. De qualquer forma, isto não tira o brilho desta obra prima do cinema mundial, que consegue fazer uma profunda reflexão sobre as consequências do desenvolvimento tecnológico exagerado e da natureza destrutiva da humanidade.

Lord Karnak
(
Kenny Loggins - Footlose)

Lista de Filmes Favoritos
Esses são só os que eu consegui lembrar...

- Matrix
- Gladiador
- Cidade de Deus
- Coração Valente
- Exterminador do Futuro 2
- Clube da Luta
- À Espera de um Milagre
- Gênio Indomável
- A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
- Balada do Pistoleiro
- Perdidos no Espaço
- Pulp Fiction


- 10 de Novembro

Estava eu andando pelos Blogs escrachados dessa nossa rede, em busca de meu elo perdido (leia-se aqui meu bom humor), quando me deparei com um corretor de textos muito útil, eu diria até, essencial. Trata-se do Corretor de Testio do Seu Creysson. O pior é que funciona mesmo. http://www.interzap.com.br/rjcorrea/javascript/seu_creysson.htm

Lord Karnak
(Legião Urbana - La Maison Dieu)


- 08 de Novembro

Como não tinha nada pra fazer hoje mesmo, resolvi atualizar a sessão de artigos. Arrumei as seções e acrescentei mais um monte de artigos que eu havia escrito, não só aqui no Blog como em outros lugares. Quem se interessar, o link fica no fim da página.

Lord Karnak
(
JK - You and I)


- 07 de Novembro

Não sei o que anda acontecendo comigo. Vocês já devem Ter percebido que minha frequência criativa diminuiu bastante nos últimos dias. Ando meio sem Ter o que escrever. Na verdade, assunto até que tem, mas não sei o que acontece, não encontro motivação pra colocar no papel. Já passei por muitas fases desse tipo antes, sei que é passageiro. Mas enquanto não passa, vou tentar espantar a desmotivação e escrever algumas linhas de vez em quando.

Ultimamente tenho pensado muito em uma pessoa. Bom, tudo começou no Domingo passado, quando eu tava vendo um campeonato de Skate no Globo Esporte, aí tinha uma comentarista muito gata com um sotaque de paulista muito bonitinho. Hoje, me deu muita vontade de ouvir Zeca Baleiro, e foi essa pessoa que me ensinou a gostar da música dele. Acho que ela já sabe quem é, ehehe. Um beijo menina ;))

Lord Karnak
(
Zeca Baleiro - Bienal)


- 05 de Novembro

O Direito à Preguiça
A sociedade moderna se cobre de mitos para controlar a ideologia das massas. Um deles é o mito do trabalho. Desde pequeno somos educados para valorizar o trabalho, sempre ouvimos frases como "O trabalho dignifica o homem". Assim, numa época em que a revolução tecnológica, ao invés de gerar empregos como a revolução industrial o fez, gera o desemprego, substituindo milhares de trabalhadores por máquinas, fica difícil conciliar a necessidade do trabalho com a realidade. Nas campanhas presidenciais, as principais promessas geram em torno do emprego, que é a principal reinvidicação da população em geral. Tudo isto acontece por que o homem não soube lidar com o desenvolvimento tecnológico, fazendo do trabalho uma religião, um vício. No século XIX, aos poucos as máquinas vão substituindo o trabalho do homem. Como previu Aristóteles, o dia em que as máquinas trabalhariam sozinhas chegou. O trabalhador então, deveria trabalhar menos, e receber mais, já que a máquina produzia muito mais do que ele, no mesmo espaço de tempo. Mas não é isso o que ocorre. Os burgueses concentram todo o lucro em suas mãos, e simplesmente dispensam os trabalhadores. Os trabalhadores, ao invés de trabalharem menos, passam a trabalhar mais, passam a concorrer com as máquinas. Com o número enorme de desempregados, chamados por Marx de "Exército de reserva", as condições de trabalho decaem, já que com medo do desemprego, os operários se sujeitam ás piores condições de trabalho possíveis. O trabalho, como é escasso nos dias de hoje, deveria ser racionalizado. Em primeiro lugar, a produção deveria ser compartilhada com todos igualmente. Em segundo lugar, o trabalho também deveria ser compartilhado. Como? Fazendo com que a jornada de trabalho seja de 3 horas diárias, e somente durante os 6 primeiros meses do ano. No restante do tempo o trabalhador teria o tempo livre para a prática da preguiça, o que lhe permitiria um acesso à cultura e ao lazer, que hoje são regalias da elite que não trabalha, pois tem quem o faça por ela. Quando os europeus chegaram à América, chamaram os índios de preguiçosos, pois eles só trabalhavam 3 horas por dia. Acontece que durante estas poucas horas, os índios conseguiam produzir o alimento necessário para abastecer toda a tribo. Durante o resto do tempo o índio se dedicava às atividades de lazer e religiosas. Com o avanço tecnológico moderno, deveria Ter acontecido o mesmo conosco, não fosse a ganância dos burgueses, que ao invés de trabalharem menos com a utilização das máquinas, criou a religião do trabalho, obrigando ao operário que trabalhasse mais, sob piores condições. Todas estas idéias estão contidas no livro "O Direito à Preguiça", de Paul Lafargue. Escrito em 1880 na França, sob influência direta das idéias marxistas, o livro denuncia a exploração do trabalhador francês, e aponta os melhores caminhos para combatê-la. Paul e Laura Lafargue, sua esposa e filha de Karl Marx, foram grandes defensores da revolução socialista, e se suicidaram em 1911, aos 70 anos de idade, por acharem que sua velhice seria um peso para eles e para os outros, coisa que eles não queriam. Juntamente com o Manifesto Comunista, O Direito à Preguiça está entre as principais obras revolucionárias socialistas de todos os tempos. A edição brasileira vem com um excelente prefácio de Marilena Chauí, o que torna esta obra ainda mais interessante.

Lord Karnak
(
Kreator - System Decay)


- 04 de Novembro

Cálice

(...)
"Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero Morrer de meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça..."

Chico Buarque


- 03 de Novembro

Minha Culpa
Não pense que não é nossa culpa. Sei que tudo o que nos ocorre tem por trás nosso próprio dedo. Por vezes chegamos à horas em que tudo desaba sobre nossas cabeças. Horas em que tudo o que queremos é alguém legal pra conversar. Horas em que tudo o que queremos, é alguém em quem confiar. Mas até isto nos foi tirado. Tirado por nós mesmos. Então só me resta colher minhas lágrimas, e saborear o fruto que eu mesmo plantei: minha própria solidão...

Lord Karnak
(
Bon Jovi - Bed of Roses)


- 01 de Novembro

Loucura de Serra

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