- 30 de Novembro
Tenho visto muita gente desistir de prestar
vestibular na UEG só porque a faculdade é lá em Anápolis,
e acham que é muita canseira ir e voltar todo dia. Só
que na UFG não é muito diferente. Eu, por exemplo:
acordo as 5 da manhã, e o ônibus me pega aqui perto de
casa às 6, e me deixa na porta da UEG, lá em Anápolis,
além do ônibus ser confortável, eu mesmo vou dormindo
a viagem inteira. Se eu estudasse na UFG, teria que
acordar nesta mesma hora, pegar 2 coletivos, um pro
centro e outro pro Campus, provavelmente teria que ir em
pé, por que a essa hora os ônibus tão tudo lotado, ou
seja, muito mais cansativo. Por isto se você está
prestando vestibular agora, não perca esta oportunidade
de fazer uma boa faculdade, e o que é melhor: pública.
Lord Karnak
(Angra
- Reaching Horizons)
Balanço da Semana
Livros:
- A Agonia da Idade Média, de Jules
Michelet (Avaliação: Perfeito)
- Sociologia, de Pedro Demo (Muito Bom)
Filmes:
- U.S. Marshals (Ótimo)
- Morcegos (Médio)
- Olha quem está falando agora (Bom)
- Fim dos Dias (Muito Bom)
Álbuns:
- Avalon, Mystic Places (Muito Bom)
- Joe Satriani, Crystal Planet (Ótimo)
- Arch Enemy - Stigmata (Ótimo)
Legenda: Perfeito, Ótimo,
Muito Bom, Bom, Médio, Ruim, Péssimo
Lord Karnak
(Extreme
- More Than Words ;p )
- 29 de Novembro
Tribo Urbana
A Tribo Urbana hoje, que fica localizada na
av. T-10 é um dos mais badalados bares de Goiânia. O
que pouca gente sabe é que este mesmo nome já foi um
dos lugares mais undergrounds da cidade. Na época, a
Tribo Urbana ficava localizada em Campinas, próximo à
av. 24 de Outubro, e era, na verdade, uma creperia. O
ambiente era muito loko, uma casa de dois andares, mas não
muito grande. No rádio só rolava Rock, como Deep Purple,
Led Zeppelin, Iron Maiden, Radiohead, e o garçon era mó
figura, quase sempre já tava meio chapado. Naquela época
só frequentavam os malucos, nada de playboys com gel no
cabelo. Infelizmente ela teve que fechar há uns dois
anos atrás, não se sabe porque. Quando ouvi rumores que
a Tribo iria reabrir, pensei: "ainda bem, mais uma
opção de bar em Goiânia". Mero engano. A Tribo
Urbana hoje não passa de um antro de Mauricinhos e
Patricinhas com seus peculiares super-egos, desfilando
celulares e conversando sobre quantas já pegou nessa
semana. Apenas uma cópia da Tribo do Açai. Simplesmente
Deprimente...
Lord Karnak
(Avalon
- Crystal Ball)
- 28 de Novembro
Galera, me desculpem o sumiço. Essa semana
eu andei enrolado com a faculdade, chega na última
semana todos os professores resolvem passar trabalho de
avaliação, e eu além dos meus ainda tive que fazer
mais de um monte de gente (ganhei uma boa grana, eheheheh).
Minhas aulas vão até Quinta-feira que vem, e até lá
ainda tem mais uns 3 ou 4 trabalhos pra fazer. Só nessas
duas últimas semanas eu já li 4 livros inteiros. Estou
estudando agora o que não estudei o ano inteiro. O bom
é que quase não está tendo aula, porque todos os
professores passaram só trabalhos, e a gente vai lá
praticamente só pra entregá-los, então eu já estou
quase me formando em truco. Já tô até pensando em
adicionar essa matéria no meu currículo.
Lord Karnak
(Dimmu Borgir
- Mourning Palace)
- 25 de Novembro
Cultura do Egoísmo
Não há dúvidas de que nossa sociedade
atual se constitui na mais egoista já construida até
hoje. Desde pequenas nossas crianças aprendem a combater
seus amigos. Nas escolas de 2° grau, todos são
concorrentes na guerra do vestibular. Na faculdade, a
guerra continua, agora em busca do mercado de trabalho.
Você aprende que deve manter seus "amigos" próximos,
pois no fundo todos são seus rivais. Aprende que nessa
guerra, vale tudo para estar na frente. Aprende a não
Ter escrúpulos nem fidelidade. Na primeira oportunidade,
não tenha dúvidas em trair um amigo para conseguir sua
vaga. Passe por cima de tudo e de todos se quiser chegar
a algum lugar. A virtude está ultrapassada. Ela foi
substituída pela religião do sucesso. As igrejas, que
sempre servem às elites dominantes, implantam uma nova
moral cristã, a fim de melhor atender às exigências do
novo e agora verdadeiro deus adorado: o sucesso. Enfim,
vivemos em uma sociedade anticristã, que cria guerras
onde os guerreiros somos nós mesmos, e enquanto nos
combatemos, eles, os que criaram essa guerra, se mantém
lá, sentados em seus tronos, no alto do Coliseu,
assistindo aos gladiadores sendo devorados pelos leões.
Lord Karnak
(Blue Oyster Cult
- Burning for You)
O que não é Amor
"Já se falou tanto em amor,
amizade e paixão. Que tal falarmos do que não é amor?
Se você precisa de alguém para ser feliz, isso não é
amor. É carência.
Se você tem ciúme, insegurança e faz qualquer coisa
para Ter alguém ao seu lado, mesmo sabendo que não é
amado, e ainda diz que confia nessa pessoa, mas não nos
outros, que lhe parecem todos rivais, isso não é amor.
É falta de amor próprio.
Se você acredita que "ruim com ela(e), pior sem ela(e)",
e sua vida fica vazia sem essa pessoa; não consegue se
imaginar sozinho e mantém um relacionamento que já
acabou só porque não tem vida própria, se existe em
função do outro, isso não é amor. É dependência.
Se você acha que o ser amado lhe pertence; sente-se dono(a)
e senhor(a)de sua vida e de seu corpo; não lhe dá o
direito de se expressar, de ter escolhas, só para
afirmar seu domínio, isso não é amor. É egoísmo.
Se você não sente desejo; não se realiza sexualmente;
prefere nem ter relações sexuais com essa pessoa, porém
sente algum prazer em estar ao lado dela, isso não é
amor. É amizade.
Se vocês discutem por qualquer motivo; morrem de ciúmes
um do outro e brigam por qualquer coisa; nem sempre fazem
os mesmos planos; discordam em diversas situações; não
gostam de fazer as mesmas coisas ou ir aos mesmos lugares,
mas sexualmente combinam perfeitamente, isso não é amor.
É desejo.
Se seu coração palpita mais forte; o suor torna-se
intenso; sua temperatura sobe e desce vertiginosamente,
apenas em pensar na outra pessoa, isso não é amor. É
paixão.
Agora, sabendo o que não é amor, fica mais fácil
analisar, verificar o que está acontecendo e procurar
resolver a situação. Ou se programar para atrair alguém
por quem sinta carinho e desejo; que sinta o mesmo por
você, para que possam construir um relacionamento
equilibrado no qual haja carinho, compreensão e
reciprocidade, aí sim, este é o verdadeiro e eterno
amor."
Autor Desconhecido
- 24 de Novembro
Eu tentei, juro que tentei. Mas um pássaro
depois que é libertado da gaiola dificilmente quer
voltar à ela. E é assim que eu me sinto agora. Preso,
enclausurado, sufocado. Não quero continuar. E não me
olhe assim. Você não sabe o que se passa aqui dentro. Já
se sentiu dividido entre fazer algo e magoar alguém, ou
não fazer e se magoar? Durante todo este tempo, aprendi
que a melhor saida neste caso é ser sincero. E por isto
não quero lhe enganar. Só quero de volta minha solidão.
Lord Karnak
(Seal
- Kiss from a Rose)
- 22 de Novembro
Saída
Não tenho muito o que reclamar. Afinal, as
coisas começam a melhorar. Não sei bem o que é. Talvez
eu tenha me acostumado com a solidão. Talvez tenha me
acostumado de não Ter pra quem ligar, nem com quem
dividir minhas coisas. Talvez tenha me acostumado a
guardar tudo aqui dentro, e agora não saiba mais como
compartilhar. No fundo sinto medo deste outro caminho que
você me mostra. Durante tanto tempo reclamei de minha
solidão, e agora que alguém me mostra a porta de saída
me sinto sem forças para abri-la. É difícil se livrar
das correntes que eu mesmo criei. Por isto preciso de sua
ajuda. Já que escolheu ficar a meu lado, sei que saberá
esperar meu tempo certo. Você me traz a esperança de
volta. E assim aos poucos vou aprendendo a amar outra vez.
Lord Karnak
(Angra
- Bleeding Heart)
- 21 de Novembro
Shaman - The Ritual
Após a traumática separação dos
integrantes do Angra, uma incógnita logo veio à tona: o
que seria das duas partes que restaram? De um lado os
guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt, e do
outro o vocalista André Matos, o baixista Luís Mariutti
e o batera Ricardo Confessori. Os dois primeiros seguiram
com o Angra, totalmente reformulado, lançando um
excelente álbum de re-estréia, o Rebirth. Já os outros
três montaram o Shaman, que lança agora seu primeiro álbum,
The Ritual. A semelhança com o Angra não passa
despercebida, mas é nos detalhes que o Shaman se
diferencia. Todas as composições estão excelentes, com
poderosos riffs e belas melodias, mescladas com algumas
passagens de música latina, como na introdução de For
Tomorrow. Os destaques ficam por conta de Time Will Come,
Over Your Head e a balada novelística Fairy Tale, que
mostram que a separação parece Ter dado novo ânimo à
todos os ex-integrantes do antigo Angra. E quem ganha com
isso é o Metal, que ao invés de uma, agora conta com
duas ótimas bandas.
Lord Karnak
(Shaman
- For Tomorrow)
Mãe: Como foi a faculdade hoje, filho?
Filho: Foi horrível.
Mãe: Ué, porque?
Filho: Perdi todas.
Mãe: Como assim? Porque?
Filho: Ué, só saia com carta ruim, e os caras só de
zap e sete copas...
Mãe: ...
Lord Karnak
(Shaman
- Here I Am)
- 20 de Novembro
Ele: Por que você tá triste?
Ela: Ah, é que meus pais se separaram.
Ele: Hum.. sei como é isso...
Ela: Nossa, eles tiveram uma briga feia.
Ele: É sempre assim. Meus pais também brigavam muito
antes de se separarem.
Ela: Ah é? Me conta aí como foi.
Ele: E o que eu ganho em troca?
Ela: Ué... o que você quer?
Ele: O que você acha?
Ela: Um bei?...hmmm...
Hoje meu telefone voltou a funcionar finalmente. Meu dia
foi normal. De manhã fui pra faculdade jogar truco como
sempre. Tive que apresentar um trabalho na primeira aula,
de antropologia, sobre Metaleiros. A professora até que
gostou, falou que se eu aprofundar nesse assunto dá até
uma monografia. Quem sabe? À tarde fui cortar o cabelo,
depois fiquei aqui morgando. Resolvi gravar um CD só com
Death e Black praticamente. É a minha 12° coletânea:
1. Bruce Dickinson - Road to Hell
2. Grave Digger - The Final War
3. Kreator - Violent Revolution
4. Pungent Stench - Schools Out Forever
5. Agathodaimon - Spirit Soldier
6. Cradle of Filth - Beneath the Howlling Stars
7. Testament - Sewn Shut Eyes
8. Death - Lack of Comprehension
9. Death - Pull the Plug
10. Carcass - Heartwork
11. Pantera - Death Hattle
12. Slayer - South of Heaven
13. At the Gates - The Swarm
14. Immortal - Sons of Northern Darkness
15. Cradle of Filth - Sleeplees
16. Therion - Flesh of the Gods
Eu tava olhando quais as bandas que aparecem mais vezes
em todas as coletâneas, e cheguei ao seguinte ranking:
1° Helloween 6 vezes
2° Skid Row 5 vezes
3° Dr. Sin 5 vezes
4° Kreator 4 vezes
5° Bon Jovi 4 vezes
É, agora meus dias estão assim, em ritmo de ferias. Só
faltam mais duas semanas pro término das aulas. Férias
é aquela chatice. O dia todo em casa sem fazer nada. Mas
nessas, se eu pudesse, vazava pra São Paulo. Queria
conhecer a galeria do rock, e também alguns amigos da
Net. Será que ninguém aí me arruma uma carona e um
lugar pra ficar lá não? É, acho que eu tô querendo
demais né. O jeito é continuar sonhando mesmo... ;~~
Lord Karnak
(Opeth
- Forest of October)
Garota Interrompida
Afinal, o que é ser normal? Qual o limite
entre a sanidade e a loucura? O mundo está cheio de
sanatórios e lugares destinados aos loucos. São apenas
pessoas que não se adaptam a esse mundo, e por isto
precisam ser isolados dele. São vistas como perigosas,
por isto tem que ser reclusas, para proteger o mundo
contra elas. Ser normal é se adaptar ao mundo. É não
contrariar as regras. É fazer o que todos fazem. Enfim,
é seguir a cartilha elaborada por eles, seguir em silêncio,
sem reclamar. É longa a lista de quem não o faz. E
nesta lista estão todos aqueles que não conseguem se
encaixar em um mundo cruel, hipócrita e falso. Um mundo
onde você é valorizado pelo que tem e não pelo que é.
Não me admira que não consigamos nos adaptar à este
mundo. No fundo, tentamos nos esconder em nosso próprio
mundo, um mundo mais palpável e verdadeiro. Lá fora,
eles são considerados os normais, e nós os loucos. Aqui
dentro, estes papéis se invertem...
Lord Karnak
(Within Temptation
- Caged)
- 15 de Novembro
Essa é do tempo em que os Titãs faziam
Rock de verdade e com atitude.
Igreja
"Eu não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis
Eu não gosto do terço
Eu não gosto do Berço
De Jesus de Belém
Eu não gosto do papa
Eu não creio na graça
Do milagre de deus
Eu não gosto da igreja
Eu não entro na igreja
Não tenho religião..."
Titãs
- 13 de Novembro
O Peso da Fama
Eu achava que jornalista pentelho só
existiam nos filmes. Mas esses dias tive a comprovação
de que até nessa roça asfaltada em que eu moro eles
habitam. Todo mundo deve Ter acompanhado nos jornais o
caso dos pais candangos que tiveram seu filho roubado, e
depois de 17 anos encontraram o tal vivendo com uma família
aqui em Goiânia. Pois é, acontece que o tal mancebo
estuda na escola da minha irmã, e ela conta que no dia
seguinte à descoberta, choveram de repórteres na porta
da escola querendo tirar fotos e conversar com o garoto.
Invadiram a sala, entrevistaram amigos, professores,
coordenadores, até pediram pra ele fazer pose de nerd,
coisa que desagradou até o próprio garoto, já que
segundo ele mesmo, "eles queriam fotografar uma
imagem que não era a dele". Mesmo depois da
coordenadora praticamente expulsar os intrusos da sala,
pois a aula tinha que continuar, ainda teve um que se
escondeu no banheiro e voltou depois querendo mais fotos.
Eu fiquei foi com pena do garoto, que ainda teve que
aguentar depois as gozações até da moça da cantina,
que soltou um sonoro "nossa, o garoto que apareceu
no Fantástico tá comprando salgado na minha cantina."
Deprimente. Sei que meus colegas universitários
estudantes de jornalismo não se aborrecerão com este
comentário, mas é deprimente ver como esses seres são
tão inconvenientes, inoportunos e insistentes. Fazem de
tudo pra Ter a melhor notícia, a melhor imagem, mesmo
que para isso tenham que passar por cima das pessoas,
invadir sua privacidade e infernizar suas vidas. Se
justificam dizendo que a verdade tem que ser mostrada,
mas não há justificativa para os danos que estes causam
às suas vítimas, muitas vezes colocando-os em situações
constrangedoras. A verdade tem que ser dita, mas não
precisa ser explorada e vendida como é feito pela
maioria destes mercenários com câmera.
Lord Karnak
(Cadaveria
- Spell)
Turbulência 3: Heavy Metal (?)
Sim, este é o título do filme exibido na
última Segunda-feira pela Rede Globo, mas o mais
apropriado seria Turbulência 3: New Metal. Estrelando, o
mocinho que vira bandido que vira mocinho de novo. Trata-se
de um clone do Marilyn Manson, em todos os aspectos, que
resolve fazer um show em um avião, em pleno vôo. Mas
durante o show o vocalista enlouquece e começa a matar
as pessoas. Depois descobre-se que na verdade, a banda
estava sendo vítima de um grupo terrorista satânico, e
que o vocalista havia sido trocado por um sósia. Lá
pelas tantas o verdadeiro vocalista volta, mata todos os
terroristas, e de quebra ainda pousa o avião. O filme até
que não é tão ruim assim, a única ressalva fica por
conta da cena em que o cara vai pousar o avião, quando
ele arranca de seu pescoço uma cruz invertida e reza à
deus para que o ajude. Totalmente dispensável.
Lord Karnak
(Sonata Arctica
- Kingdom for a Heart)
- 12 de Novembro
Nova Legião Urbana?
Desta nova safra de bandas fazendo Rock
Nacional, a que mais tem se destacado é o Catedral. O
principal motivo deste sucesso é a semelhança da banda
com o lendário Legião Urbana. O vocalista nega que seja
proposital, mas é assustadora a semelhança de seu
timbre de voz com o de Renato Russo. Isso aliado às
belas composições e letras faz da banda uma ótima opção
para os fãs da Legião. No entanto, existe outro fator
que coloca a banda no topo das paradas de sucesso: trata-se
da decadência do Rock Nacional. O estilo que teve seu
auge nas décadas de 80 e 90, principalmente com as
bandas Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Capital
Inicial, Titãs, Paralamas do Sucesso, RPM, IRA!, e
outras, hoje vive um momento de crise. Desta safra de
bandas, as únicas que continuam fazendo boa música são
os Engenheiros, o Capital e o IRA!. O restante, ou acabou,
ou se bandeou pros lados do pop rock sem graça, como é
o caso dos Titãs, RPM e Paralamas, que se renderam à
onda pop capitaneada por bandas como Skank e J. Quest,
que utilizam da fórmula refrões grudentos + letras
alienadas pra fazer sucesso. Analisando as bandas que estão
surgindo neste século, não podemos Ter muita esperança.
Existem hoje muitas bandas aventureiras, que estouram uma
música e depois somem, como é o caso dos Virgulóides (alguém
se lembra do Bagulho no Bumba?), e do Cogumelo Plutão (Esperando
na Janela, lembra?). Das que conseguiram emplacar e estão
se consolidando hoje, temos o LS Jack, mais um
representante da ala pop alienada, o CPM 22, que faz um
punk rock bem ao estilo Blink 182, e o Catedral, que
tenta resgatar tudo aquilo que o estilo foi nos anos 90,
no auge da Legião Urbana. Tudo isto prova que o rock
nacional não morreu, está apenas adormecido. Espero que
com o surgimento desta nova estrela, ele ressurja e
retome o lugar que merece no cenário nacional.
Lord Karnak
(Catedral
- Tchau)
Lista de Bandas/Cantores Nacionais
Preferidos
- Legião Urbana
- Engenheiros do Hawaii
- Capital Inicial
- Catedral
- Titãs (Antigo)
- RPM (Antigo)
- Paralamas do Sucesso (Antigo)
- Zeca Baleiro
- Zé Ramalho
- Cazuza
- IRA!
- 11 de Novembro
Armadilha Futurista
A história de um futuro dominado pelas máquinas
não é nova no imaginário humano. E, depois de Matrix,
o melhor filme que conseguiu concretizar esta história
foi o Exterminador do Futuro, especialmente o segundo
filme, que contrariando à maioria das sequências,
supera e muito seu antecessor. Mas esse lance de misturar
futuro e passado por vezes confunde ao telespectador, e
no caso do Exterminador do Futuro 2, confundiu até mesmo
os produtores do filme.
O raciocínio é um pouco complexo, mas
tentarei aqui expo-lo. O cientista que seria responsável,
no futuro, pelo desenvolvimento dos cyborgs que
posteriormente viriam a dominar o mundo, desenvolve a
tecnologia das máquinas a partir de um ship vindo do próprio
futuro. O tal ship fazia parte do primeiro exterminador
enviado no filme 1. Bom, eis a questão: se os cyborgs
viriam a ser os produtos da pesquisa do tal cientista,
como ele poderia desenvolvê-los a partir de um ship
deles mesmos, ou seja, a partir do próprio produto? Em
outras palavras, ele teria que Ter criado os cyborgs a
partir de uma idéia original sua. Na hipótese do filme,
os cyborgs no futuro teriam existido antes dele os
desenvolver, e somente com o envio de um exterminador ao
passado é que ele teria acesso à tecnologia necessária
para fazê-los. Mas como isso seria possível, se os
fatos do passado é que desencadeiam o futuro?
O outro erro é mais simples. Durante o
filme, Sarah e John Connor conseguem destruir o ship e
todo o laboratório onde seriam desenvolvidos os cyborgs,
além de matar o próprio cientista. Neste caso, os
cyborgs não seriam desenvolvidos e não dominariam o
mundo. Eles mudaram o futuro. Os exterminadores então,
teriam que deixar também de existir, pois de acordo com
o novo futuro, eles nunca seriam produzidos. É, brincar
com o tempo não é fácil.
Eu não gosto muito de ficar apontando erros
em filmes, mas desta vez é diferente. Geralmente se diz
que um filme é mentiroso pois tentamos aplicá-lo à lógica
da vida real, e nos esquecemos que cada filme tem sua própria
lógica. Mas neste caso, a própria lógica do filme o
trai. Talvez até mesmo os escritores da história que
deu origem ao filme tenham percebido estes erros, mas
deixaram passar. Talvez não. De qualquer forma, isto não
tira o brilho desta obra prima do cinema mundial, que
consegue fazer uma profunda reflexão sobre as consequências
do desenvolvimento tecnológico exagerado e da natureza
destrutiva da humanidade.
Lord Karnak
(Kenny Loggins
- Footlose)
Lista de Filmes Favoritos
Esses são só os que eu consegui lembrar...
- Matrix
- Gladiador
- Cidade de Deus
- Coração Valente
- Exterminador do Futuro 2
- Clube da Luta
- À Espera de um Milagre
- Gênio Indomável
- A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
- Balada do Pistoleiro
- Perdidos no Espaço
- Pulp Fiction
- 10 de Novembro
Estava eu andando pelos Blogs escrachados
dessa nossa rede, em busca de meu elo perdido (leia-se
aqui meu bom humor), quando me deparei com um corretor de
textos muito útil, eu diria até, essencial. Trata-se do
Corretor de Testio do Seu Creysson. O pior é que
funciona mesmo. http://www.interzap.com.br/rjcorrea/javascript/seu_creysson.htm
Lord Karnak
(Legião Urbana - La Maison Dieu)
- 08 de Novembro
Como não tinha nada pra fazer hoje mesmo,
resolvi atualizar a sessão de artigos. Arrumei as seções
e acrescentei mais um monte de artigos que eu havia
escrito, não só aqui no Blog como em outros lugares.
Quem se interessar, o link fica no fim da página.
Lord Karnak
(JK
- You and I)
- 07 de Novembro
Não sei o que anda acontecendo comigo. Vocês
já devem Ter percebido que minha frequência criativa
diminuiu bastante nos últimos dias. Ando meio sem Ter o
que escrever. Na verdade, assunto até que tem, mas não
sei o que acontece, não encontro motivação pra colocar
no papel. Já passei por muitas fases desse tipo antes,
sei que é passageiro. Mas enquanto não passa, vou
tentar espantar a desmotivação e escrever algumas
linhas de vez em quando.
Ultimamente tenho pensado muito em uma pessoa. Bom, tudo
começou no Domingo passado, quando eu tava vendo um
campeonato de Skate no Globo Esporte, aí tinha uma
comentarista muito gata com um sotaque de paulista muito
bonitinho. Hoje, me deu muita vontade de ouvir Zeca
Baleiro, e foi essa pessoa que me ensinou a gostar da música
dele. Acho que ela já sabe quem é, ehehe. Um beijo
menina ;))
Lord Karnak
(Zeca Baleiro
- Bienal)
- 05 de Novembro
O Direito à Preguiça
A sociedade moderna se cobre de mitos para
controlar a ideologia das massas. Um deles é o mito do
trabalho. Desde pequeno somos educados para valorizar o
trabalho, sempre ouvimos frases como "O trabalho
dignifica o homem". Assim, numa época em que a
revolução tecnológica, ao invés de gerar empregos
como a revolução industrial o fez, gera o desemprego,
substituindo milhares de trabalhadores por máquinas,
fica difícil conciliar a necessidade do trabalho com a
realidade. Nas campanhas presidenciais, as principais
promessas geram em torno do emprego, que é a principal
reinvidicação da população em geral. Tudo isto
acontece por que o homem não soube lidar com o
desenvolvimento tecnológico, fazendo do trabalho uma
religião, um vício. No século XIX, aos poucos as máquinas
vão substituindo o trabalho do homem. Como previu Aristóteles,
o dia em que as máquinas trabalhariam sozinhas chegou. O
trabalhador então, deveria trabalhar menos, e receber
mais, já que a máquina produzia muito mais do que ele,
no mesmo espaço de tempo. Mas não é isso o que ocorre.
Os burgueses concentram todo o lucro em suas mãos, e
simplesmente dispensam os trabalhadores. Os trabalhadores,
ao invés de trabalharem menos, passam a trabalhar mais,
passam a concorrer com as máquinas. Com o número enorme
de desempregados, chamados por Marx de "Exército de
reserva", as condições de trabalho decaem, já que
com medo do desemprego, os operários se sujeitam ás
piores condições de trabalho possíveis. O trabalho,
como é escasso nos dias de hoje, deveria ser
racionalizado. Em primeiro lugar, a produção deveria
ser compartilhada com todos igualmente. Em segundo lugar,
o trabalho também deveria ser compartilhado. Como?
Fazendo com que a jornada de trabalho seja de 3 horas diárias,
e somente durante os 6 primeiros meses do ano. No
restante do tempo o trabalhador teria o tempo livre para
a prática da preguiça, o que lhe permitiria um acesso
à cultura e ao lazer, que hoje são regalias da elite
que não trabalha, pois tem quem o faça por ela. Quando
os europeus chegaram à América, chamaram os índios de
preguiçosos, pois eles só trabalhavam 3 horas por dia.
Acontece que durante estas poucas horas, os índios
conseguiam produzir o alimento necessário para abastecer
toda a tribo. Durante o resto do tempo o índio se
dedicava às atividades de lazer e religiosas. Com o avanço
tecnológico moderno, deveria Ter acontecido o mesmo
conosco, não fosse a ganância dos burgueses, que ao invés
de trabalharem menos com a utilização das máquinas,
criou a religião do trabalho, obrigando ao operário que
trabalhasse mais, sob piores condições. Todas estas idéias
estão contidas no livro "O Direito à Preguiça",
de Paul Lafargue. Escrito em 1880 na França, sob influência
direta das idéias marxistas, o livro denuncia a exploração
do trabalhador francês, e aponta os melhores caminhos
para combatê-la. Paul e Laura Lafargue, sua esposa e
filha de Karl Marx, foram grandes defensores da revolução
socialista, e se suicidaram em 1911, aos 70 anos de idade,
por acharem que sua velhice seria um peso para eles e
para os outros, coisa que eles não queriam. Juntamente
com o Manifesto Comunista, O Direito à Preguiça está
entre as principais obras revolucionárias socialistas de
todos os tempos. A edição brasileira vem com um
excelente prefácio de Marilena Chauí, o que torna esta
obra ainda mais interessante.
Lord Karnak
(Kreator
- System Decay)
- 04 de Novembro
Cálice
(...)
"Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero Morrer de meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça..."
Chico Buarque
- 03 de Novembro
Minha
Culpa
Não pense que não é nossa culpa. Sei que
tudo o que nos ocorre tem por trás nosso próprio dedo.
Por vezes chegamos à horas em que tudo desaba sobre
nossas cabeças. Horas em que tudo o que queremos é alguém
legal pra conversar. Horas em que tudo o que queremos, é
alguém em quem confiar. Mas até isto nos foi tirado.
Tirado por nós mesmos. Então só me resta colher minhas
lágrimas, e saborear o fruto que eu mesmo plantei: minha
própria solidão...
Lord Karnak
(Bon Jovi -
Bed of Roses)
- 01 de Novembro
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