"Somos os "filhos do meio" da história. Homens sem lugar.
Nâo temos a Grande Guerra, nem a Grande Depressão.
Nossa grande guerra é a espiritual.
Nossa grande depressão são nossas vidas.
Fomos criados pela televisão
para acreditar que um dia seríamos ricos,
estrelas do cinema e do rock.
Mas não seremos.
E estamos aos poucos aprendendo isto.
E estamos muito, muito zangados.. "

Sábado, 31 de Julho

Quem tiver de sapato não sobra
Quando nossas ações não alteram em nada o quadro das coisas, só nos resta avacalhar. Vejo muitos dizerem da importância da consciência política, a importância de se fazer as coisas certas. Ai paro e me pergunto: fazer as coisas certas pra quem? Pra manter este sistema imundo que ai está? Pra manter toda a merda que eles varrem pra debaixo do tapete e continuam agindo como se nada estivesse acontecendo? Quero mais é jogar a merda no ventilador, espalhar o caos e a desordem. Chegamos em um ponto em que nada, absolutamente nada do que fazemos irá modificar coisa alguma. E enquanto isto eles continuam a dizer: sejas comportado, faça isto, não faça aquilo, vote consciente, como se isto fosse realmente fazer alguma diferença. Mas não faz, o sistema se encarrega de tudo por nós, de modo que só temos que fingir e continuar vivendo como se nos importássemos. O problema maior é que estamos lutando contra o sistema, e contra o restante da massa que, mesmo criticando, dará o sangue para defendê-lo. Quem estamos tentando salvar então? A idéia de coletividade inexiste nos dias de hoje. Assim só me resta avacalhar no pequeno círculo onde eu atuo. Sem grandes projetos, sem a perspectiva de que podemos construir alguma coisa, só nos resta destruir o que já existe. Esta é a palavra de ordem no momento: Desordem e caos. "O terceiro mundo vai explodir, quem tiver de sapato não sobra..."

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Corrosion of Conformity - Fuel)


Sexta-Feira, 30 de Julho

Fim dos Blogs?
Já faz algum tempo que chegamos ao fim da era Blog. Tudo agora gira em torno da imagem, e a internet conhece agora sua decadência, quando o conteúdo perde a importância frente à forma. Lembro-me quando li um texto de um professor de português, na sexta série se não me engano, onde ele criticava a utilização de imagens ao invés de textos nas portas de banheiro para designar os gêneros masculino e feminino. Agora sei como ele se sentia frente a isto. Quando vejo os milhares de fotologs que atraem cada vez mais e mais pessoas, e substituem o trabalho de se criar um belo texto pela facilidade de uma simples fotografia. Mas é exatamente isto que o homem procura hoje, simplicidade. Queremos tudo nas mãos, sem ter o trabalho de se criar. Abortamos a criatividade em nome da futilidade. Até concordo que a fotografia pode expressar muitas coisas quando bem utilizada, mas este não é o caso de 100% dos flogs que vejo por ai. A única coisa que fazem é mostrar o guarda-roupa de seu autor, em várias poses e caras diferentes. Enquanto isto os Blogs, que considerava ser uma revolução no mundo virtual, ao dar à pessoas comuns o poder de se expressar, de escrever, criticar ou apenas mostrar aspectos de sua vida cotidiana, vão se acabando aos poucos. Por tudo isto que foi dito, encerro lançando a campanha: EU ODEIO FOTOLOGS.

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Corrosion of Conformity - Goodbye)


Quarta-Feira, 28 de Julho

Butterfly Effect

Há tempos não via um filme tão instigante, tão denso e tão inteligente. Acho que desde Vanilha Sky e Minority Report. Será possível o bater de asas de uma borboleta no Brasil desencadear um desastre ecológico do outro lado do planeta? É disso que se trata aqui. Aqueles fatos pequenos, aparentemente insignificantes, mas que se modificados acabam causando uma reação em cadeia e modificando todo o resto. Este é o princípio da Teoria do Caos, e o que este filme tenta é mostrar exatamente isto, como modificando fatos aparentemente insignificantes em nossa vida, podemos modificar todo o resto. O filme acaba se tornando uma fábula, onde o herói tenta de todas as formas modificar seu passado para alterar seu futuro. Muitos poderão dizer que se trata de um filme fora da realidade ou coisa assim, mas o objetivo do autor não foi fazer um filme condizente com a realidade. E é exatamente por isto que ele agrada tanto. Trata-se de algo novo, inesperado, e totalmente impensado. O filme começa confuso, vários fatos se intercalam sem parecerem ter qualquer ligação. Mas ao longo da trama o espectador se habitua à linguagem do filme, e aos poucos o quebra-cabeças vai fazendo sentido. Pra quem tem a mente aberta, e gosta de conspirações e de fugir do lugar comum, este é o filme certo.

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Danger Danger - Rock America)

Psicologia do Medo
Com certeza uma das piores coisas pra mim é agir sob pressão. Considero a liberdade fator essencial para um bom relacionamento, e tenho um ódio profundo por qualquer tipo de condicionamento ou coação. Quando sob pressão, as pessoas não são elas mesmas, passam a agir coagidos por outros, e isto tira delas seu caráter pessoal e único. Por isto gosto de deixar que as pessoas ajam livremente, só assim podemos conhecê-las como realmente são, seus gostos e seu jeito, sem influências nem pressões de nenhum tipo. Por isto mesmo me sinto mal ao perceber que de alguma forma minhas atitudes pressionam os outros, e também quando certas atitudes vêm a me pressionar de alguma forma. Isto me torna inseguro, e me faz sentir mal. Lembram quando eu disse sobre o senso de rejeição? Acho que o medo é um pouco fruto disto. O medo de não estar agradando, de não estar fazendo a coisa certa, de que não esteja conseguindo suprir as expectativas dos outros. Há tempos não sentia isto, e não me lembrava do quão horrível isto é. E de erta forma, todo relacionamento traz estes inconvenientes. Já tinha até desaprendido a lidar com tudo isto. Mas espero que seja apenas nóia da minha cabeça. Afinal, acho que é um preço a se pagar...

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Saxon - Court of the Crimson King)


Domingo, 25 de Julho

Diário de Bordo
Conforme eu havia dito, aqui estou eu de volta pra contar como foi minha viagem. Foi mais do que uma simples viagem, foi uma aventura, onde não faltaram desilusões, contratempos, drama, tragédia, comédia, romance e muitas, mas muitas risadas. Mas é melhor começarmos do começo.

1. Highway to Hell
Tudo começou na manhã de sábado, dia 17 de julho. Reunidos na Praça Cívica, eu e meus dois companheiros de História, Clodoaldo e Cristiano aos poucos conhecíamos nossas futuras companheiras de viagem. Além de pessoal da UEG, havia também muitas da UCG. Falo no feminino, porque homens mesmo tinha pouco. Ainda bem. Depois de mais de 3 horas de atraso, eis que finalmente chega o ônibus. E que decepção. O ônibus parecia com aquele que leva a gente todo dia pra UEG, ou seja, uma lata velha. Imagine passar 18 horas dentro de um ônius deste. Evitei fazer isto neste momento pra não me decepcionar mais. Guardamos nossas malas, e procuramo um bom lugar. Quer dizer, procurar não foi exatamente o termo, já que só sobraram os três últimos lugares, ao lado do banheiro. Isso mais tarde acabaria nos legando o apelido da turma do fundão, mas este não foi o que mais nos marcou na viagem. Do nosso lado sentaram-se uma senhora, com um garoto que aparentava ter uns 15 anos mais ou menos, mais na frente um rapaz e uma loira muito gatinha, e do lado uma menina meio estranha, que foi durmindo a maior parte da viagem, não sei como ela consegue. Beleza, saímos de Goiânia e até que conseguimos interagir bem com o pessoal do busão. Não conhecíamos nem as meninas da UEG, apenas de vista, mas isto não foi problema. Logo descobrimos que o pessoal do fundão estavam juntos, e que a senhora era mãe do garoto e da loira, e faziam letras na católica. É, família que viaja unida, sofre unida. Logo o primeiro contratempo: um pneu estourou, bem do lado da loirinha. A gente tomou um susto tão grande. Paramos em um posto pra arrumar, e aproveitamos pra almoçar. No resto da viagem fui me encarregando de confraternizar com o restante do ônibus. Logo estava eu lá na frente jogando truco com algumas meninas da católica. Quando fui voltar pro meu lugar, a loira estava esparramada nele. Porra, guria folgada, pensei. Mas ela se tocou e quis sair, mas como sou muito educado, disse que poderia ficar. Ela se sentou e eu ao lado dela. Mal eu sabia o que aquele convite iria me proporcionar mais tarde. Aproveitamos pra nos conhecer, e assim foi a viagem até escurecer. No jantar, eu e meus 3 companheiros resolvemos puxar uma vaquinha pra comprar um vinho. Não foi difícil. Levamos o galão lá pro fundão, e ai foi só farra. Tinha me esquecido de dizer que no ônibus tinha som, e uma caixa ficava exatamente lá no fundo, do lado do meu banco. Ao som de Rappa, todo mundo foi pra lá, e foi só farra. Bebendo vinho e ouvindo música, cheio de mulher, quer mais o que? Não perdi tempo e pedi pra deitar no colo da loira, que ainda teimava em sentar ao meu lado. Logo já começaram os primeiros pegas, um fica daqui, outro beija dali, e a coisa foi esquentando. Lá pela meia noite a festa foi esfriando e aos poucos cada um foi voltando pro seu lugar. Depois de mais uma parada, a loirinha pediu pra deitar no meu colo. Já havia descoberto que seu nome era Marciane, mas todos a chamavam de Anny, mas o apelido que pegou mesmo foi o de milho, por causa do cabelo. Ela deitada ali, eu alisando a cabeça dela, nem preciso dizer o que rolou depois né. Foi uma noite ótima, apesar de eu não ter dormido nada, já que tenho dificuldades pra dormir em ônibus, mas passei bem acompanhado. No outro dia, já chegando no Rio, tivemos uma surpresa bastante desagradável. O tempo estava totalmente nublado e o clima muito frio. Durante alguns minutos não nos conformamos, mas fazer o que né. A essa altura já estávamos totalmente a vontade com a turma do fundão. Eu e meus três companheiros, Anny, sua mãe e irmãos, que são muito gente boas também. Mais um contratempo quando chegamos no Rio, uma barreira policial encrencou com o nosso ônibus. Acabaram tendo que pagar uma multa e nos liberaram, depois de uma meia hora de conversa com os policiais. Chegamos na UFRJ às 5 da tarde, com mais de 10 horas de atraso da viagem, cansados e famintos.

2. A Família Milho
A primeira impressão da faculdade foi a imensidão, realmente era muito grande, maior que a UNB umas 5 vezes. E segundo o odor agradável da Baia de Guanabara. Se novela tivesse cheiro, muitos iriam se decepcionar muito com o Rio. Logo procuramos um lugar pra nos alojar. Colocaram a gente no sexto andar, em uma sala, mas como não coube todo mundo, uma parte do pessoal foi pro quinto andar ficar com a galera da UFG, e a outra arranjou uma sala meio mocosada lá, que pelo que eu vi, não era nem pra ter sido usada. Mais tarde acabei migrando pra esta sala, onde estavam já alojados a Anny e família, e mais dois amigos, time completado por eu e meus dois companheiros. A sala em que nos colocaram era uma sala da turma de artes, de forma que no fundo tinha um cômodo separado, com pia, bancos, mesas, de forma que a gente nem precisava sair do quarto pra trocar de roupa, nem escovar os dentes, nem pra comer, já que as comidas eram em marmitas, nós pegávamos e subíamos pra lá, pra comer na mesa mesmo. Enquanto isto nos outros quartos o pessoal tinha que sair pra o outro entrar, porque nem cabia ninguém. Os motivos de termos ficado sozinhos naquela sala, e ninguém mais ter ido pra lá se tornaram latentes mais tarde. Alguns até que tentaram, mas não nos aguentavam. Isto porque nós zoávamos o tempo inteiro. O Cristiano e o Clodoaldo eram mó piada, dançavam, cantavam, encenavam peça de teatro, recitavam poesia, assim, do nada. Ás vezes nós ficávamos a tarde inteira só trancados no quarto discutindo sobre religião ou sobre os condicionamentos do homem. E pras pessoas normais, isto era sinal de loucura. Isso quando não jogávamos truco às 3 da manhã, gritando e batendo a mão na mesa. Os que tentaram se mudar pro nosso alojamento, achando que por ter menos pessoas seria mais tranquilo logo se arrependeram e sairam. Nossa turma acabou ficando muito unida em relação ao restante do grupo, e acabamos ganhando a alcunha de A Família Milho. Mãe, filhos, genro e amigos, a patota estava formada.

3. Estudar pra quê?
Durante um bom tempo fiquei me perguntando quem havia ido a este congresso pra estudar. Digo isto porque rolava festa o dia todo e a noite toda. Impressionante. Oficialmente as festas rolavam a noite, com bandas e DJ's ao vivo. Mas durante o dia não era difícil achar uma rodinha de violão ou samba por ali. Logo no primeiro dia tivemos 3 shows, uma banda de forró, outra de samba de roda, bem no estilo de Cordel do Fogo Encantado, e outra de rock, intercalados pela animação de um DJ. A festa rolou até 6 da manhã, e eu nem aguentei ficar até o final. No outro dia pegamos o café da manhã, que estava horrível por sinal, e vazamos pro centro da cidade. O tempo não estava lá essas coisas, por isto não dava pra ir à praia. Visitamos a Igreja Nossa Senhora do Carmo, o Paço Municipal, o museu Tiradentes, onde fica a câmara estadual do Rio, uma outa igreja que eu esqueci o nome e uma biblioteca portuguesa, todos em estilo colonial e cada um mais lindo que o outro. Apesa de todo mundo falar da violência do Rio, não fomos assaltados nestes passeios. Mas me impressionou na cidade a quantidade de morros, e de favelas consequetemente. Pra onde vc olha tem uma, é impressionante. No centro, a impressão que tinhamos era a de estar em uma cidade européia, pelo frio, e também pelo estilo da cidade, mesclando os antigos casarões coloniais com os comércios modernos. Muito legal isto. Não deu pra andar tudo que queríamos, já que começou a chover, e também porque no Rio escurece muito cedo, 17:30 já estava escuro, então não quisemos arriscar de voltar a noite. Combinamos de voltar no outro dia, o que acabou não acontecendo, e eu acabei ficando sem ir ao teatro municipal, só passei na porta mesmo. Na quarta feira, como abriu um solzinho, mixuruca mas abriu, aproveitamos pra ir à praia. Fomos primeiro à Copacabana, ficamos em frente ao Copacabana Palace, mó chique. Mas como continuava meio frio, eu nem arrisquei de entrar na água. Mas só de andar na areia e ver o mar já foi ótimo. Depois saimos de lá e fomos até a barra da tijuca. Nossa, ali sim é que dá pra ver a cidade maravilhosa que tanto dizem. Hotéis luxuosíssimos, mansões enormes, praia bem cuidada fazem daquele o cenário ideal que as novelas passam. Na volta ainda passamos na porta do Hard Rock Café, enorme, muito bonito. Realmente é uma cidade de extremos, onde de um lado temos a miséria da favela, e de outro a luxúria e o desperdício dos hotéis pra turistas. Na quinta aproveitando o que restava do sol fomos até Ipanema, também muito bonita. À noite no alojamento as festas rolavam soltas. Lá embaixo tinham as oficiais, com bandas e DJs, e nos andares também os alojamentos se reuniam e faziam suas próprias festas. Num dia era no 7°, no outro no 5°, 6°, em todos os andares rolou. No nosso além de nós ficou a delegação de Minas e ali do lado a do Ceará. Os mineiros passavam dia e noite fumando maconha. O quarto deles era uma marola só, e era bem em frente ao nosso. Os caras fumavam na cara dura, não tavam nem ai. Passavam o tempo todo chapados. E eram gente boa, a gente até foi lá dar uns pegas com os caras de vez em quando. Com o pessoal do Ceará a enturmação foi pela música. Um dia eu tava passando por ali e bem em frente ao alojamento deles havia uma rodinha com um violão tocando músicas do Legião Urbana. Eu e o Clodoaldo ficamos por ali e logo estávamos cantando e dando palpite em qual música tocar. Foi muito legal. Na quinta feira rolou uma festa Rave que foi muito massa, ficou todo mundo louco. O problema só era que tinha muito gay, aliás, congresso de letras só dá mulher e gay praticamemnte, não tem jeito. Na sexta rolou o tão esperado concurso de Transnel, onde os homens se vestiam de mulher. Foi o mais engraçado de todos. O pessoal do nosso alojamento resolveu se vestir também, ficaram cada um mais engraçado que o outro. Com tanta festa, só fiquei me perguntando se realmente estava rolando palestras, discussões e tudo o mais, ou se isso tudo era só lenda.

4. A Casa Caiu
Mas nem tudo são flores nesse jardim. Tivemos muitos contratempos durante todo o tempo em que tivemos lá, e a delegação de Goiás acabou ficando com uma fama de bagunceiros. Só podia ter gente de história metida nisso. Tudo começou com a comida, que estava uma merda. O café da manhã era um pão com salame e leite, mas eu nem vi a cor do leite, porque sempre acabava. Isso quando não acabava o pão também. Mas nem me importei, já que sempre acordávamos tarde, e perdíamos o café. Mas o almoço e o jantar eram piores. O cardápio foi o mesmo a semana inteira, arroz, feijão e frango, a comida era horrível, e também sempre acabava, deixando a galera puta da vida. A fila pra comer era sempre grande, muito mal organizado o negócio. Foi numa dessas vezes que a comida acabou que começamos a criar problemas pra organização. Reclamamos, gritamos, xingamos, e não arredamos o pé até que a comida chegasse. Isto aconteceu por uns dois dias, o que nos tornou bem conhecidos da organização. Outro problema foi com os chuveiros. Todos gelados. E como a temperatura não passava dos 20° a maior parte do tempo, ficava um pouco complicado tomar banho. Até que um pessoal da nossa delegação descobriu um outro banheiro que tinha água quente. Quando chegaram lá porém, um dos seguranças faltou bater no pessoal pra não deixá-los entrar. Chegou a oganização, e a confusão foi geral. Resultado: não conseguiram tomar banho, e ainda cortaram o tal chuveiro quente que havia lá. Mas nossa turma não deixou barato, reclamando e espalhando o caso a todas as delegações. Mas tanta reclamação só foi surgir efeito na quinta feira. Arrumaram o problema da comida, que não faltou mais, mas o cardápio continuava horrível, e providenciaram 3 chuveiros quentes pro banheiro feminino e 1 pro masculino. Além de tudo isto, ainda tivemos problemas internos em nossa delegação, no dia que fomos á praia. Havíamos ido todos juntos com o ônibus da excursão. Chegando lá, combinamos de encontrar às 16 horas pra voltar. Beleza, uma parte do pessoal se despersou, e ficou de voltar às 16. Só que nesse intervalo, os planos mudaram pra se encontrar as 14 horas e irmos a outra praia. Deu o horário, entramos no busão e vazamos. Só que o pessoal que saiu primeiro não sabia que os planos haviam mudados, e acabou ficando pra trás. Puta sacanagem. Tiveram que voltar de coletivo. O outro problema foi na hora de voltar pro alojamento, inventaram de ir procurar um motel pra tomarmos banho quente. Olha a idéia. Depois de muito rodarmos a toa, paramos na porta de um, e uma das organizadoras da excursão foi até lá ver como ia ficar. E sumiu. Passaram-se, 10, 20, 30 minutos e nada. Aos poucos fomos ficando preocupados, um pessoal foi até o hotel, e disseram que ela realmente havia estado lá, mas já tinha ido embora. Agora pronto, alguém sequestrou essa mulher, só pode. Esperamos ainda um tempão, até que resolvemos voltar pra Universidade, e deixar uns 3 no posto onde estávamos parados pra esperar se ela voltava. Depois o ônibus voltava pra buscá-los. Isso porque já estava escuro, e estávamos na entrada do Parque da Maré, segundo alguns uma favela ali perto. Um ônius cheio de turitas parado num lugar desses é um prato cheio né não. Quando íamos colocar nosso plano em prática, eis que surge a doida. Ela tava esse tempo todo rodando por ali procurando outro hotel, já que naquele disseram que não dava pra gente tomar banho só. Putz, todo mundo ficou indignado, deixar a gente ali parado esse tempão, correndo risco. Porra, sacanagem. Tudo isto gerou uma reunião pra lavar a roupa suja da galera na sexta, onde todo mundo pôde se desculpar e se xingar a vontade.

5. O sonho acabou... ou está só começando?
Mas tudo isto não tirou o brilho da nossa viagem. Primeiro que eu estava feliz só por ter saido de Goiânia, por não ter que trabalhar, e tudo o mais. Segundo que eu arrumei uma loira muito gata, inteligente e legal, ou seja, fiquei o resto da viagem em estado de embriaguês permanente. No último dia resolvemos sair, nós da família milho, pra ir ao supermecado comprar suprimentos pra viagem. Pegamos uma kombi rumo a Bonsucesso, e quando falamos pra moça que queríamos ir a um supermercado, ela se ofereceu a ir, esperar a gente e nos trazer de volta, tudo isto cobrando apenas o preço da passagem de cada um. Nossa, achamos ótimo, afinal, ficar perdido por ai procurando supermercado iria ser foda. Compramos água, pão com salame, bolachas, maçãs, mixirica. A viagem de volta correu bem, tirando o frio que eu passei de noite. Dessa vez não tivemos contratempos, e chegamos aqui hoje às 17 horas, morto de vontade de voltar pra casa, mas ao mesmo tempo lamentando por ter que voltar ao curso normal das coisas. Agora é acostumar de novo ao ritmo da vida. O que vai acontecer daqui pra frente eu não sei, mas espero que este não seja o fim, mas apenas o começo...

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Steel Dragon - Blood Polluton)


Sexta-Feira, 16 de Julho

Curtindo a Vida Adoidado
Finalmente as férias chegaram, e dessa vez, depois de muito tempo, vou poder ir à praia novamente. Estou indo para o Rio de Janeiro, pro ENEL, Encontro Nacional dos Estudantes de Letras. O que eu tenho a ver com Letras? Nada, a não ser meu amor pela literatura, e pela praia, claro. Aproveitando que o preço da excursão estava muito bom, o jeito foi arrumar um atestado pro serviço, e pegar 10 dias de folga forçados. Estou me sentindo como Mathew Broderick, se fingindo de doente pra matar aula. Mas é por uma boa causa. Pelos próximos 10 dias portanto vocês não verão meu rastro por aqui. Quando voltar conto tudo como foi. Astalavista! ~_O

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Black Eyed Peas - Shut Up)


Quarta-Feira, 14 de Julho

Perfeição
Achou que finalmente havia encontrado o sentido de sua vida. Ela representava tudo o que sempre quis. Sua doçura o atraia. E sentiu-se correspondido. Quando chegava perto, sentia que seus corpos se atraiam de uma forma inexplicável. Poucas vezes havia se sentido de tal forma. Contava os minutos para a hora de vê-la, e tudo em sua volta girava em torno de sua pessoa. Sua voz fazia-o flutuar, seu olhar queimava-lhe por dentro, não se cansava de olhá-la. Um anjo, é isso que ela deve ser. Será possível possuir um anjo? Ou será muito egoismo de nossa parte? Passava seus dias pensando no que fazer para conquistá-la. Realmente nunca soube como. E não seria agora que aprenderia. No fundo, sabia que acabaria se tornando apenas um amor platônico, esquecido no fundo de alguma gaveta ou pendurado na porta do armário. Em todo lugar, lia que devia tentar, que a vida não vale a pena se não corremos atrás de nossos sonhos e desejos. Mas dentro dele sabia que não conseguiria. Ela acabou se tornando apenas um sonho dentro dele. Dividido entre a possibilidade do fracasso e sua certeza, preferiu se esconder atrás da dúvida. Pareceu-lhe doer menos do que a realidade...

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Genesis - Home by the Sea)


Domingo, 11 de Julho

Senso de Rejeição
Descobri que tenho um forte senso de rejeição. Sempre parto do princípio de que todos me acham chato, e que minha companhia é desagradável. Por isso às vezes evito o contato, evito ir atrás dos outros, com medo de ser rejeitado. E tenho percebido que isso tem me trazido problemas, já que assim deixo de ir falar com certas pessoas, e elas acham que é justamente o contrário, que eu é que as acho chatas, e acabam se afastando de mim. Estou tentando mudar, mas é difícil, meu pessimismo me leva a isto. Me acostumei a pensar sempre o pior, e olha o que me aconteceu. Será que eu tenho que procurar um psicológo? "Sou o espírito rejeitado de Jack..."

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Twisted Sister - Tonight)


Sexta-Feira, 09 de Julho

Lord Karnak Banner

Esse é o banner que eu fiz pra esse Blog.
Fala que não ficou massa?

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Beyonce - Baby Boy)


Quarta-Feira, 07 de Julho

FODA-SE

Meu deus, até o Foda-se já registraram...

Drunk
Sai com uns amigos do trabalho ontem, fomos prum barzim beber. Ando fazendo isto cada vez mais, e até que tem sido bom, é sempre bom sair com pessoas divertidas. Detalhe que hoje eu tinha prova, pergunta se eu fui? Acordei totalmente tonto, acho que aquelas caipirinhas que eu bebi tiveram efeito retardado, e com uma vontade inexplicável de ouvir Dr. Sin. Pra relaxar, fui ler alguns blogues, e descobri coisas muito legais, como por exemplo o show do Shaman em Goiânia dia 12 de Setembro. Vamo ver se rola mesmo né. Ah, essa semana também eu fui convidado a participar da comunidade do iorgut. O trem é até legal, e percebi que um monte de gente que eu conheç já tinha cadastro lá. Só tava faltando eu mesmo. Quem tiver cadastro pode me procurar. Me acharão nas comunidades relacionadas ao Bob Sponja, ao Clube da Luta e a qualquer comunidade estilo pós-moderna...

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Dr Sin - Third World)


Segunda-Feira, 05 de Julho

As Flores do Mal
Acha que pode usar e abusar das pessoas como quer? Chega, cansei. Cansei de sua indiferença, de seu egoísmo, das suas mentiras. Nada do que me diz acredito mais. De repente tudo passou a ser um jogo em que eu perdia sempre, até eu descobrir suas trapaças. Você nunca jogou limpo comigo, só em minha ingenuidade. Tudo foi feito de ilusões, e você achava que poderia manter a farsa para sempre. Mas um dia as máscaras caem, e ai o que sobra de nós além de nós mesmos? Mas acho que você não se importa, afinal já está na sua hora. Hora de procurar outra vítima a ser sugada. Apenas tome cuidado para não dar de cara com outra cobra como você...

New Look
Esse visual é a capa do meu filme preferido de todos os tempos: Clube da Luta. Irônico, divertido, e altamente crítico, acho que é o filme que melhor representa a crise de valores pelas quais passa o homem pós-moderno. Por isso resolvi colocá-lo como tema deste Blog. Além dist, não aguento ficar com um mesmo visual muito tempo...

Lord Karnak - Satisfação Garantida:


Domingo, 04 de Julho

Just a Boy
Hoje eu fui assistir Homem Aranha 2. Putz, que filme bom. Realmente o spider é um ótimo personagem pros cinemas. Só sua presença já garante a diversão. Também, com as acrobacias que ele faz, não dá pra não curtir. Além disto, um herói com conflitos existenciais, procurando encontrar um lugar neste mundo, e conciliar sua vida de herói à sua vida pessoal é um prato cheio no mundo de incertezas e crises que vivemos hoje. E o filme mostra isto bem, aliás, ele é todo baseado nesta contradição, nesta crise interna que vive Peter Parker. Tudo isto nos traz ótimas cenas de humor, como a cena dele descendo no elevador vestido de aranha, como uma pessoa normal, e outras ótimas de ação, como a que ele para o trem sem freio ou quando o Dr. Octopus joga um carro em cima dele e da Mary Jane no restaurante, essa já até passou no trailer. O vilão deste novo filme não tem o charme do Duende Verde, mas também ficou muito legal. A Mary Jane continua linda como sempre, e finalmente parece que dessa vez a coisa entre os dois vai engrenar. Agora é esperar pelo terceiro, e que muitos outros venham por ai.

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Twisted Sister - I Believe in You)


Sábado, 03 de Julho

Projeto Caos
Já não acredito mais que podemos mudar o mundo. Já não acredito mais nas grandes teorias, nos modelos explicativos, nos sonhos de um mundo melhor. Vejo na janela o caos em que o mundo se tornou, onde pessoas matam e morrem sem motivo, onde guerras começam e terminam sem explicações. Mas talvez nao precisemos de motivos. Já não dá pra acompanhar o que acontece hoje, tudo é muito rápido, muito efêmero, como dizia Marx, tudo o que é sólido desmancha no ar. E enquanto isto nós continuamos, mais por falta de opção do que por vontade, continuamos nos dilacerando, nos consumindo, e buscando, buscando sempre, por algo que não sabemos, e que provavelmente nunca encontraremos. Somos filhos das revoluções, filhos das utopias, filhos dos sonhos. E todos falharam, nenhum deles conseguiu mudar o mundo. Daí nosso pessimiso, nosso conformismo, nosso derrotismo, nossa alienação inalienada. Olhamos o mundo, sabemos de nossa condição, mas não fazemos nada para mudar, por que não acreditamos mais que podemos mudar nada. Estudamos história, e isto nos torna deprimidos, nos torna céticos com relaçao ao futuro. Isto só aumenta nossa sensação de vazio, de falta de sentido, de falta de lugar. Somos deslocados da realidade. Seres sem ser, pessoas sem espírito. Enquanto a máquina capitalista tenta nos prencher esse vazio com o consumismo. Compre, cada vez mais e mais, e você será feliz. Num mundo em que nada se fixa, tudo o que é hoje já não é mais amanhã, talvez o significado de felicidade tenha se modificado. Já não buscamos mais a felicidade eterna que nos prometeram. Buscamos a felicidade instantânea, o orgasmo do momento, a fugacidade. Promessas. Nosso mundo é feito disto. Nos prometeram que se lutássemos, poderíamos fazer um mundo novo; nos prometeram que um dia encontraríamos nosso amor perfeito, nos prometeram que se trabalhássemos duro, um dia ficaríamos ricos, nos prometeram que um dia seríamos astros do rock, bastaria que seguíssemos nossos sonhos. Mas nossa geração já não acredita mais em promessas, já não acredita mais em sonhos. Somos uma geração de céticos, e o que é pior, conscientemente. Nos sentimos odiados pelo mundo, tudo nos é tirado, tudo nos é podado. E acabamos odiando o mundo também, a futilidade das pessoas, a falta de senso crítico, não percebendo que são apenas marionetes nas mãos do sistema. Mas nós sabemos disto, temos consciência, e mesmo assim isto não nos torna diferentes de todos eles. Não estamos de fora da Matrix, apesar de saber da existência dela. Não cabe a nós tentar mudar o mundo mais. Isto não faz mais sentido. Só nos resta destruir, pilhar, pixar, mijar na sopa dos burgueses. Só nos resta o caos, a anarquia, a baderna. Somos o lixo da sociedade, resultado de anos e anos de tentativas, de socialismos, de guerras, de sonhos. Nossos heróis morreram de overdose, e nossos inimigos estão no poder. Não temos ideologia, não queremos ter. Somos a geração coca-cola, e só nos resta consumir, desde a roupa de marca mais cara até o lixo das drogas. Vivemos sem saber por que, e nem deus consegue nos convencer mais. Talvez até ele tenha desistido de nós. E esta história não acaba aqui, ela não acabará tão cedo, talvez nunca. Finais felizes foi algo que inventaram para que não tivéssemos a sensação de estar vendo nossa própria vida na tela.

Lord Karnak - Satisfação Garantida:
(
Marilyn Martin - Sorcerer)


GOinHell Metal Militia

Fuck You!

Prêmio Teia de Aranha

Sponge Bob Square Paint Movie


léO carreR
30/08/82
virginianO
goiâniA-gO
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umbandA

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clubE da lutA

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