Muitos não devem estar familiarizados com tal termo ou então, subentendem seu significado. Tendo seu auge em 1970, rock progressivo é o que o próprio nome diz: uma mistura de vários ritmos, como jazz, folk e blues, e é claro, rock, com letras estimulando a imaginação e a criatividade, novas tecnologias e técnicas de composição. Eu costumo dizer que é uma mistura de rock com clássico, o que é verdade às vezes, mas não sempre. O motivo desse argumento é o fato das músicas apoiarem muito pro lado instrumental e, consequentemente, para o talento dos músicos. As letras desempenham um papel importante: um tema para a música, que com sua melodia, descreve exatamente o que o vocalista canta. Ou seja, a composição é bem trabalhada chegando ao ponto dos instrumentos cantarem a própria música pra você. As músicas não se limitam à durações, tendo suítes que passam de 20 minutos de duração. Os ritmos variam desde o erudito e clássico até o metal (prog-metal).
É por isso que esse estilo é mal enxergado por muitos, pois caracterizam o estilo voltado à intelectuais e mais bem favorecidos economicamente, com seus fantásticos sintetizadores de última geração, uma base literária fantástica, longos solos de guitarra, músicas que tinham 3 horas de gravação, mega-turnês e um incrível espetáculo de luzes. A mídia se acostumou a resumir o progressivo às bandas mais conhecidas como Pink Floyd, Genesis e Yes. Grandes bandas, verdade seja dita, mas nenhum estilo se resume às bandas de maiores sucessos, como Michael Jackson e Madonna no lado pop. Além disso, as músicas não tem a finalidade de ser dançante, nem de serem músicas ambientes, se tornando a inimigo número 1 das rádios. E quanto ao mercado? Todos sabemos as pretenções das gravadoras, não só hoje, mas como sempre foi: acreditando que o público jovem é o maior dos consumidores nessa área, investindo apenas em músicas de fácil entendimento e com batidas pop (o que importa é o dinheiro na mão das gravadores, onde a minoria que gosta de qualquer estilo alternativo fica na mão).
O conceito de progressivo é tão amplo que várias bandas hoje em dia ainda executam e se aplicam a diversas outras não reconhecidas. Eu já tinha uma suspeita, mas recentemente confirmei que Radiohead é progressivo (ouça as baladas 'Fake Plastic Trees' e 'Ok computer'). Ou seja, embora bastante enfraquecido, o rock progressivo continua até os dias de hoje, muitas bandas no cenário 'underground', sem gravadoras famosas, procurando cada vez mais adeptos ao estilo. O problema é que as músicas exigem uma grande habilidade de seus músicos, constituindo um terrível paradoxo: é difícil achar um meio termo, onde o resultado da música ou é excelente ou horrível. Talvez deve ter sido isso que tanto desencorajou as gravadoras: a incerteza. A Internet desempenha um grande papel atualmente, divulgando bastante o estilo a pessoas que sequer já ouviram falar no estilo (afinal, é um estilo que perdeu a popularidade há 20 anos).