CURSO
DE ANÁLISE TÉCNICA APLICAÇAO DE FIBONACCI E
CANDLESTICK - parte1 CONTEÚDO:
1.0 - Definição de análise técnica
2.0 - A TÉCNICA
3.0 - Os números de fibonacci
3.1 - Marcação
3.2 - Retração (correção de um movimento de alta)
3.3 - Expansão o número cabeça
(ou pivot para alguns).
3.4 A simetria
3.4 - Suportes e Resistências
4.0 Candlesticks
4.1 - As principais figuras
4.2 - Figuras de reversão
4.3 - A aplicação do Stop
1 Definição de Análise técnica
Se contrapõe à ANÁLISE FUNDAMENTALISTA. Enquanto esta
analisa a empresa (dividendos, investimentos futuros e
etc) a ANÁLISE TÉCNICA analisa o mercado em que a ação
está sendo negociada.
Para a ANÁLISE FUNDAMENTALISTA o mercado não é
eficiente em termos de informações e, em função disto,
os preços correntes não refletem instantaneamente todas
as informações relevantes possíveis de determinar o
preço das ações.
A ANÁLISE TÉCNICA, por sua vez, se utiliza de um
conjunto de técnicas e instrumental analítico para a
realização de projeções de preços futuros das ações,
que não são variáveis aleatórias.
As técnicas mais difundidas são:
- teoria Dow
- teoria das vagas de elliot
- A série de Fibonacci
- Candlesticks
- Uso dos Indicadores.
2 A TÉCNICA
No nossa caso específico, vamos estudar a APLICAÇÀO
DOS NUMEROS DE FIBONACCI NOS GRÁFICOS e conjugar a
aplicação de tais números numa estratégia com a
utilização dos CANDLESTICKS.
3 - OS NÚMEROS DE FIBONACCI
A série de fibonacci (matemático italiano) é constituída
de tal forma que cada número é igual a soma dos dois
que lhe antecedem. Assim tem-se que:
0 + 1 = 1
1 + 1 = 2
1 + 2 = 3
2 + 3 = 5
3 + 5 = 8
5 + 8 = 13
e assim por diante
A série pois é:
1;1;2;3;5;8;13;21;34;55;89;144
A razão entre dois números consecutivos tende a se
estabilizar em:
½ = 0,5
2/3 = 0,66
3/5 = 0,60
5/8 = 0,625
8/13 = 0,615
13/21 = 0,619
21/34 = 0,618
34/55 = 0,618
55/89 = 0,618
Desta forma, aplicada à análise técnica, constatou-se
que a conclusão de um movimento (de baixa ou de
alta) pode ser prevista utilizando a relação básica da
série de fibonacci, ou seja: 0,618; e seu complemento 0,382
aproximados. Em termos percentuais para 62% e 38%
respectivamente.
Além dos percentuais citados, de 38 e 62%, é também
extremamente utilizado o percentual de 50% (e com menor
uso os extremos: 23,6 e 78,6%), como veremos adiante,
quando tratarmos das expansões.
Vide um exemplo da correção de um movimento de um papel
(TNLP4) no ESTUDO1:
Pelo que se pode ver no gráfico, no período de maio a
agosto, tivemos um movimento em que a tnlp4 saiu da cotação
de 27, atingiu o topo em 50 e recuou até 36, o que
representava exatamente 62% de correção do movimento
anterior.
Podemos observar, entretanto, considerando o mesmo período,
que nos momentos dos percentuais de 38% e 50% da queda o
papel provocou movimentos de tentativa de voltar a subir,
ambos esbarrando no percentual de 23,6%.
3.1 a Marcação dos números de Fibonacci
O que vimos no estudo1 foi a prova de que os preços das
ações tendem a se movimentar obedecendo aos percentuais
da séries de fibonacci.
Pudemos perceber, também, que o movimento de queda
encerrou exatamente no percentual da série de 62%.
Mas como fazer esta marcação?
As duas principais marcações da série de Fibonacci
para se antever a expectativa futura dos preços
são:
3.2 RETRAÇÃO previsão do tamanho da
queda
Para se fazer a marcação da retração de um movimento,
ou seja, calcular o possível momento em que o papel pode
parar de cair, aplica-se o fibonacci a partir
da menor cotação do papel (no período em que se deseja
analisar) até a sua cotação máxima.
Esta é a parte mais simples da teoria, mas é evidente
que isto só será possível de se aplicar em um gráfico
com a ajuda de um programa capacitado para tal, como é o
caso do Metastock, Apligraf, Broadcast e outros., que
ensinam como plotar a ferramenta no gráfico.
Outra alternativa, pra quem não tem um sistema gráfico
é o CALCULADOR DE FIBOS que pode ser baixado da pasta:
http://parttimetrader.com
3.3 EXPANSÃO prevendo a alta máxima que o
papel deverá atingir
Aqui reside o maior segredo da utilização da série
fibonacci. Para tanto alguns conceitos precisam ser
observados:
A) - a adoção do cálculo da expansão tem que ser
aplicada sempre após a certeza de que o papel está
iniciando um movimento de escada de alta, com
pelo menos um degrau. Ou seja, é necessário observar
que houve uma quebra na tendência de baixa e o papel está
agora iniciando um movimento de fundos superiores;
B) - o início deste movimento, em fundos superiores
pressupõe ainda que a correção (ou queda) do que seria
a 1ª alta, após o corte do movimento de baixa, seja
limitada até o máximo de 62% do movimento anterior.
Veja exemplo na ARACRUZ (iniciando o seu movimento de
alta em dez/00) no estudo2:
Por que a queda não pode ultrapassar o limite de 62% do
movimento anterior?
- porque é regra que passando dos 62% o movimento tende
a descartar totalmente a alta anterior.
NOTA IMPORTANTE: A este movimento de início de uma
escadinha de alta damos o nome de MOVIMENTO
CABEÇA (ou pivot, conforme alguns dizem).
A regra então é: TODO MOVIMENTO DE ALTA SÓ SE
CONSOLIDA COM O SURGIMENTO DE UM MOVIMENTO CABEÇA
(PIVOT).
Vide a seguir: o cálculo da expectativa da continuação
do movimento de alta da ARACRUZ (ainda em Dez/00), a
partir do surgimento de um MOVIMENTO CABEÇA no estudo3:
Por que o nome movimento cabeça?
Porque o topo deste movimento (1ª alta) servirá de base
(CABEÇA) para que possamos calcular o movimento máximo
que a ação poderá alcançar, baseado em seu movimento
SIMÉTRICO. Ou seja, consideramos que a 1ª alta
corresponda a 50% do movimento tal do papel, daí a
simetria.
Veja Agora o movimento completo no estudo4:
Poderá ser visto também que o papel, após atingir a
simetria máxima, iniciou um movimento de queda até
atingir novamente os 62% (NO DIA 20/01/2001).
Em face destes estudos talvez a Aracruz já
tenha completado o seu movimento de baixa. Entretanto,
caso a baixa ultrapasse os 62% do fibo terá a sua alta
totalmente descartada.
Curso
parte 2.
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