34 Dias Marcantes


Fevereiro - Março de 2001.


 Amados irmãos companheiros de oração e ação,

“Até aqui o Deus Eterno nos ajudou.” (1 Samuel 7:12)

Este foi o versículo lema nos 34 dias de viagem. Sentimos desde o ínicio a ajuda do Senhor e as bençãos dEle a cada passo dado e a cada metro de rio viajado. Com o desejo de repartir contigo essas bençãos damos um breve resumo da viagem.

Nos próximos dias, se Deus quiser, estaremos viajando ao Brasil.

Muito obrigado pelas suas orações e por toda a sua ajuda, Deus te abençõe e recompense.

Isaias e Queia Yud

Tribos e cidades visitadas

- Iquitos (cidade) – estivemos 3 dias.
- Pevas (tribo dos: Huitotos – Boras – Ocaina - Yaguas) – estivemos 1 dia.
- Pucaurquillo (tribo dos: Huitotos – Boras) – estivemos 25 dias.
- Equipe de viagem e trabalho: nós, o Guilhermo e Pr. Maribel (pastor peruano de uma igreja da cidade de Huanuco).
- Cursos: Realizamos dois cursos bíblicos, de três semanas: um para os pastores formados pela missão (os temas foram 1 Coríntios e Homilética) e outro - paralelo a este - para líderes leigos (que não estudaram em seminários bíblicos), cujos temas foram Casamento e Doutrinas Básicas. As mulheres tiveram um curso com o tema Mulheres da Bíblia. Foram no total 56 alunos.
- Construção: Também ajudamos por três dias na construção do novo templo.
- Saúde: Atendimento a doentes e venda de remédios.
- Outros: Pregações, aconselhamentos, trabalho com as crianças.
- Decisões por Cristo: 28 pessoas adultas.


Boras dançando
- Puerto Sinai  (tribo dos Ticunas) – estivemos 2 dias. Aconselhamos a um pastor e família, que estava com problemas.
- Cushillo-Cocha (tribo dos Ticunas) – visitamos o Instituto Bíblico dos Ticunas – IBIETA.
- Caballo-Cocha (cidade) – estivemos 1 dia.
- Santa Rosa (cidade).
- Tabatinga-AM (cidade brasileira) – estivemos 1 dia. Evangelizamos um jovem brasileiro.
- Letícia (cidade colombiana).

Viagem pelo Rio Amazonas

- Canoa com motor, 6 horas.
- Lancha. A capacidade da lancha é de 150 pessoas mas transporta de 300 a 400 pessoas, e cargas. Não tem bancos nem camas. A viagem é em redes (foto abaixo), inclusive para dormir. Viajamos 22 horas.


Viagem de lancha para a Tribo Ticunas

- Lancha com motor fora de bordo 230 cavalos, 16 horas.
- Avião, 2 horas.

Nosso cardápio nas tribos

- Casabe (massa de mandioca podre), parecida com bolacha. Tribos Huitotos e Boras.
- Cahuana (bebida de mandioca), parecida com sagú. Tribos Huitotos e Boras.
- Formigas.
- Coró (bicho da madeira).
- Tartaruga.
- Macaco.
- Porco do mato.
- Cutia.
- Peixes com ovos, outros.

Novas experiências na cultura indígena

1. Incêndio:
Acordamos às 2 horas da madrugada com gritos de que a casa estava queimando. Não era na nossa casa, mas outra casa da tribo. O fogo começou no telhado que é coberto com folhas. Por ser época de chuvas e as folhas estarem molhadas foi mais fácil de controlar o incêndio. Toda a tribo ajudou, uns com água do rio, outros tirando as folhas.
O pastor desta tribo, subiu no telhado da casa e começou a cortar as cordas que amarram as folhas e outro índio arrancava as folhas, para que o fogo não se alastrasse mais. O fogo foi controlado, queimou a metade do telhado. No outro dia todos comentavam na tribo como o pastor ajudou a apagar o fogo da casa de pessoas incrédulas. Foi um bom testemunho.

2. Velório:
Logo quando a nossa equipe chegou na tribo, fomos chamados pelos filhos de uma índia que estava muito doente. Ela tinha 54 anos, mas parecia ter 80. Já não andava (foto) e quase não comia. Dizia que queria ser batizada, perguntamos por que e a resposta foi porque queria ser curada. Explicamos o que é o batismo e falamos de Jesus. Ela confessou os seus pecados e recebeu a Jesus, e quase todos os seus familiares também.


Mulher indígena da tribo Bora (doente)
Morreu durante a nossa visita à tribo.

Alguns dias depois ela morreu. No velório tivemos algumas experiências marcantes: entramos à noite em uma casa grande (maloca). No meio estava uma mesa e o corpo enrolado em lençóis: não aparecia nada, nem o rosto. Por todos os lados tinham redes penduradas onde famílias inteiras iriam passar a noite para acompanhar os familiares do morto. O chão coberto com plásticos onde outras famílias dormiriam aquela noite.

Também é costume tomar aguardente (pinga) e mastigar folha de cocaína. Tivemos oportunidade de falar de Jesus, e houveram várias decisões. Quando estava amanhecendo o dia eles fizeram um caixão, com tábuas doadas pelos índios da tribo e depois cobriram este com tecidos brancos. Na hora de enterrar todos choram alto gritando, mas sem lágrimas.

3. Peixes com ovos:
Nestas tribos (Huitotos e Boras) a melhor comida é peixe com os ovos dentro. Em outras tribos seria as partes de dentro da galinha (cabeça, moela, coração, tripas).

4. Alegria dos Huitotos e Boras:
Estas duas tribos índigenas são caracterizadas pela alegria: gostam de contar coisas engraçadas, de fazer brincadeiras, de rir.

Férias no Brasil e necessidades

Queremos compartilhar para oração algumas necessidades, nos dois meses no Brasil:
1. Passagens aéreas, ida e volta, Pucallpa – Lima – São Paulo – Curitiba.
2. Carro emprestado para a locomoção no Brasil em março e abril de 2001.
3. Divulgação em igrejas do Brasil, março/abril 2001. Precisamos conseguir o sustento financeiro para 2001, 2002, 2003.

Telefones no Brasil

A partir de 10 de março de 2001:
Mãe do Isaias – 0xx  41 282-5179  ou  382-7349
Família da Queia – 0xx  41 339-8010
(ainda não sabemos onde ficaremos)

Contribua conosco

- Bradesco - Ag. 049.3 C/C 133.141.8
- Banestado - Ag. 125 C/C 116.105.0

Isaias e Queia Yud - famyud@yahoo.com
Missionários com Índios no Peru
Visite www.oocities.org/famyud


xxx By Edemar A. Santos [mail], atu.08-ago-01.[home]