O triângulo das Bermudas é uma zona marítima situada frente a costa sudeste dos Estados Unidos, no Atlântico ocidental. Se extende desde as ilhas Bermudas, pelo norte, para o sul da Flórida, no leste, até um ponto situado através das Bahamas, mais além de Porto Rico, a 40 graus de longitude oeste, para logo regressar novamente para as Rermudas.
Esta situação está geralmente aceita entre todos os
pesquisadores que mais aprofundaram no assunto. Somente algumas pequenas
diferenças são dadas entre alguns estudiosos do Triângulo.
Assim, Ivan Sanderson chegou à conclusão de que a zona tinha
forma de elipse, e de que existiam mais outras doze zonas, repartidas por
todo o mundo a intervalos regulares. Spencer pensa que a zona mais peri-gosa
do planeta segue a plataforma continental. Partindo de um ponto frente
a Virgínia, se dirige para o sul, ao longo da costa dos Estados
Unidos, para terminar ao redor do golfo do México, passando pela
Flórida.
Uma zona de desastres inexplicáveis
Como podemos observar são pequenas diferenças. Mas a mais curiosa das declarações sobre a situação do Triângulo das Bermudas é a que nos dá, ainda que fique claro que não acreditamos em sua existência, a guarda costeira dos Estados Unidos. Em um impresso, registro 5270, do sétimo distrito do serviço, nos informa: “O Triângulo das Bermudas, ou do Dia-bo, é uma zona imaginária, situada frente a costa atlântica dos Estados Unidos, que é conhecida pela alta proporção de perdas inexplicáveis de barcos, pequenos botes e aviões. Os vértices geralmente aceitos do Triângulo são: as ilhas Bermudas, Miami (Flórida) e San Juan (Porto Rico)”.
Os meteorologistas se referem com freqüência ao “Triângulo
do Diabo” como uma área limitada por linhas que vão desde
as Bermudas até Nova York, pelo norte, e pelo sul até as
ilhas Virgens, ondulando à maneira de leque para o oeste e abrangendo
75 graus de latitude oeste.
O “mar dos barcos perdidos”
A primeira referência do Triângulo das Bermudas” teve efeito
em 5 de dezembro de 1945, em consequência da desaparição
de seis aviões da marinha norte-americana e seus respectivos tripulantes.
Muitos séculos antes de serem produzidos os incidentes aéreos
e marítimos da década de quarenta e até a atualidade,
esta região, e além do cabo Hatteras, as costas da Carolina
do Norte e do Sul e o estreito da Flórida, já eram conhecidas
com outros nomes fatídicos, como o “Cemitério dos Barcos”
e “Mar dos barcos perdidos”. Durante cento e cinquenta anos, e ainda antes
de existirem casos arquivados, haviam sido verificadas estranhas desaparições
e até desintegrações de aparelhos. No entanto, foi
a partir de 1945, como consequência das perdas massivas que começaram
a ser produzidas, quando os pesquisadores começaram a dar importância
à zona e a estudar as características das misteriosas desaparições.
A história começou há quinhentos anos
Quase todas as desaparições de barcos dentro do Triângulo das Bermudas, desde que temos notícias, vem sendo produzidas em uma região do oceano Atlântico ocidental chamado, há muitos anos, Mar dos Sargaços ou como dissemos, o “Mar dos barcos perdidos”. Descoberto pelos primeiros marinheiros espanhóis e portugueses que atravessaram o oceano há quinhentos anos, deriva seu nome da alga marinha Sargassum.
A característica mais notável desta região é
a imobilidade de suas águas e presença de uma alga, a sargassum,
que marca os limites deste mar dentro do oceano, flutuando em grandes massas.
Se trata de um mar quase estancado e desprovido de correntes, exceto em
seus limites com a corrente do golfo. Se extende uns 320 km. ao norte das
Grandes Antilhas até a Flórida e a costa atlântica.
Permanece a uns 300 km. de distância da terra e se desloca para o
cabo Hatteras, seguindo logo uma direção para África
e a península Ibérica, para regressar finalmente para América.
Um Mar Legendário, o dos Sargaços
Ao longo de muitos séculos, as lendas sobre o mar dos Sargaços vem sendo acumuladas. Talvez as primeiras foram criadas por navegantes fenícios e cartagineses, que o cruzaram a milhões de anos, chegando a terras americanas, como o demonstram as inúmeras inscrições em pedras encontradas no Brasil e Estados Unidos, os tesouros de moedas fenícias e cartaginesas descobertas nas ilhas Açores e Venezuela e certas amostras pictórias do México.
Assim podemos conhecer o informe do navegante cartaginês Himilco,
escrito quinhentos anos antes de Cristo, sobre o mar dos Sargaços
um tanto sensacionalista e exagerado mas muito gráfico: “Não
é notada brisa que move o barco, tão morto está o
perigoso vento deste mar quieto...; tem tantas algas sobre as ondas, que
parecem conter o navio, como se fossem arbustos...; o mar não tem
grande profundidade, a superfície da terra está coberta por
muito pouca água...; os monstros marinhos se movem continuamente
em todas as direções e existem bestas ferozes que nadam entre
os barcos que se arrastam lentos e preguiçosos”.
Bruscas Mudanças Atmosféricas?
Em geral, os oceanógrafos e os meteorologistas atribuem as causas
destas supostas desaparições a súbitas mudanças
atmosféricas, explicando a ausência de restos e de manchas
de óleo nas embarcações pela corrente do golfo do
México, que atua para o norte, entre a Flórida e as Bahamas,
a uma velocidade de 1,5 a quatro nós.
No entanto, a ciência oficial continua sem dar explicações
convincentes aos acontecimentos do Triângulo das Bermudas, negando
ao mesmo tempo as teorias mais ou menos fantásticas que já
circulam por todos os continentes.
Mas antes de continuar
com as possíveis explicações ao enigma do Triângulo,
queremos enumerar os casos mais importantes das desa-parições
produzidas.
Desaparições mais importantes
— Ano 1800, nave USS “Pickering”, rotas de Guadalupe a Delaware, com 90 tripulantes a bordo.
- Outubro de 1814, nave USS “Wasp”, rota pelo Caribe, 140 tripulantes.
-1824, nave USS “Wildcat”, rota de Cuba a ilha Tompkins, com 14 tripulantes.
- 1840, “Rosalie”, em rota da França a Cuba, encontrado abandonado, salvo por um canário.
— 1843, nave USS “Grampus”, desaparecida no mês de março frente a San Agustin, com 48 tripulantes a bordo.
-1854, encontrada abandonada a escuna ‘Bella” nas Índias ocidentais.
-1855, encontrado abandonado o “James B. Chester”, no sudoeste das Açores.
-1872, desaparecido
em dezembro o bergantim “Mary Celeste”, no norte das Açores, com
10 tripulantes.
Desaparições a partir de 1880
- Em janeiro de 1880
desapareceu o navio-escola HMS “Atlanta”, em rota desde as Ber-udas para
a Inglaterra, com 290 homens
.
— 22 de janeiro de
1908, desaparecida barca “Baltimore”, sobre o leste de Hampton Roads, Virgínia,
com nove tripulantes.
— 27 de janeiro de 1908, escuna “George R. Vreeland”, no leste de Hampton Roads, Virgínia, com sete homens.
-Novembro de 1909, “Spray”, em viagem ao redor do mundo, desaparecido entre Miami e as Índias ocidentais.
— Em 1909, as escunas “Martha S. Bement”, “Maggie S. Hart”, “Auburn” e “Atina R. Bishop”, desapareciam ao leste de Jacksonville, na Flórida, com suas respectivas tripulações.
— 1910, desaparece o primeiro navio de vapor USS “Nina”, ao sul de Savannah, Georgia, e também o navio “Charles W. Parker”, na costa do sul de Jersey, com 17 homens.
— 17 de dezembro de 1913, desapareceu a escuna “George A. Lawry” ao leste de Jacksonville, Flórida.
— 29 de janeiro de 1914, escuna “Benjamin F. Poole”, ao leste de Wilminton, na Carolina do Norte.
— Em 1915 desaparece o cargueiro “Bertha L. Basker”, de Nova York a San Martin. Também no mesmo ano o cargueiro “Silba”, de Nova York às Antilhas holandesas.
-Em 1918 o carvoeiro
da marinha USS “Cyclops”, com 308 tripulantes, desapareceu das Barbados
a Baltimore.
A trágica década dos vinte
— Em 1920 desaparecer a escuna “Amélia Zeman”, ao leste de Norfolk, Virgínia, e “Hewitt”, que transportava enxofre de Nova York a Europa, passando pelo Triângulo.
- No ano de 1921 desapareceram a escuna “Bagdad”, diante de Cayo Hueso, na Flórida; o vapor “Monte San Michele”, que viajava desde Nova York à Europa; o vapor “Esperanza de Larrinaga”, na mesma rota que o anterior; a cisterna “Ottawa”, que também viajava de Nova York à Europa, passando pela zona do Triângulo. Do mesmo modo desapareceram os navios de carga “Steinsud”, “Florino” e “Svartyskog”, viajando para Europa.
— Em 1925 o carangueijo “Raifuku Maru”, ao leste das Bahamas, e o “Cotopaxi”, entre Charleston, Carolina do Sul, e La Habana.
— Em 1926 o navio
de passageiros “Porta No-ca”, entre a ilha dos Pinos e Gran Caimán.
Também o cargueiro “Suduffco”, ao sul de Port Neward.
Multiplicam-se as desaparições
— Em junho de 1931 desaparece o primeiro avião, “Curtis Robin”, frente a Palm Beach, Flórida, com dois tripu1antes.
— Em dezembro de 1935, o avião “Wright Whirlwing”, entre La Habana e a ilha dos Pinos, com três homens a bordo.
— Entre 1938 e 1944
desapareceram o cargueiro “Anglo Australian”, ao sudeste das Açores;
o “Glória Colite”, a 200 milhas ao sul de Mobile; o “Proteus”, entre
Santo Tomás e Norfolk, Virgínia; o “Nereus’, também
na mesma rota; o “Mahukona”, 600 milhas ao leste de Jacksonville; o “Paulus”,
navio de passageiro, entre as Índias ocidentais e Halifax; o ‘Martin
Mariner”, 150 milhas ao sul de Nor-folk, e o “Rubicon”, cargueiro abandonado
frente a costa da Flórida.
Os aviões também caem
— Durante o ano de
1945 desapareceram um B-25 entre Bermudas e Açores e o avião
PB-4YW entre Miami e Bahamas, com 15 tripulantes. Em 5 de dezembro deste
ano desapareceram cinco bombardeiros torpedeiros TBM Avenger (vôo
19), a 225 milhas ao nordeste de Fort Lauderdale, na Flórida, com
15 tripulantes.
Também desapareceu
no mesmo dia o hidroavião “Martin Mariner”, que saiu em auxilio
do vôo 19, no mesmo ponto que os anteriores. Em 27 de dezembro do
mesmo ano desapareceram as escunas “Voyager LL” e “Valmore”, diante da
Costa da Carolina do Norte. Desde este ano e até 1967, podem ser
contabilizadas mais umas trinta desaparições.
— Em 1968 desapareceram os cargueiros “Elisabeth”, na passagem dos Ventos, e o “Ithaca Island”, entre Norfolk e Inglaterra.
— No ano de 1969 desapareceram um avião Cessna 172, nas proximidades das Bahamas, e os barcos “Teignmouth Electro”, a 700 milhas ao oeste das Açores, e mais quatro iates.
— Em 1971 um avião
Phanton 11 F4 reator, a 85 milhas de Miami; o cargueiro “Garibe”, da Colômbia
à República Dominicana; o pesqueiro “Lucky Edur”, frente
a costa do sul de Jersey, com 10 tripulantes a bordo, e aproximadamente
sete mergulhadores que exploravam a zona.
As Últimas Notícias
— Em 1973 o cargueiro “Anita”, com 32 homens, desapareceu ao leste de Norfolk; o iate “Defiance”, ao norte de Santo Domingo; o avião “Navión 16”, entre Freeport e Flórida, e um navio de refugiados haitianos, com 45 pessoas a bordo, no Canal Velho das Bahamas.
- Em 1974 os iates “Saba-Bank”, de Nassau a Miami; e o “Dutch Treat”, de Rocha Cat a Miami. Também os aviões “Cherokee Six” e o “Lockheed Lodestar”, entre Gran Caimán e Fort Lauderdale, na Flórida.
— Em 1975 o camaroeiro “Dawn”, entre as rochas da Flórida e Faro Smith Shoals; a em-barcação “Magnum”, a 20 milhas de West End, nas Bahamas, o veleiro “Meridán”, entre Bermudas e Norfolk; o avião “Twin Beechcraft”, ao oeste das Gran Inagua, nas Bahamas, o rebocador “Boundless”, desde Miami a San Juan; o cabotagem “Speed Artist”, de Barbados a Guadalupe; a cisterna “Imbross”, diante da costa da Flórida em rota para o Ca-nadá, com 22 homens e o cargueiro “Drosia”, diante do cabo Hatteras.
— Em 1976 desapareceu
o veleiro com motor “Higt Fligt”, de Miami a Bimini.
Uma Lista Incompleta das Desaparições
Este número de desaparições catalogadas é necessariamente
incompleto, porque não inclui certos aviões militares nem
outras naves de superficie que estão sendo investigadas como possíveis
atos de sequestro, sabotagens ou atividades político-revolucionárias.
Mas atualmente estão saindo à luz a desaparição
de outras, não divulgadas no momento, em consequência da crescente
consciência pública com relação ao que poderíamos
chamar o fenômeno do Triângulo das Bermudas.
Existem Explicações para o Enigma?
Depois de ter realizado, durante muitos anos, profundos estudos sobre os
casos de desaparições, Spencer acredita que a única
explicação possível sobre a desaparição
de barcos e aviões com seus respectivos passageiros é que
tenham sido e são capturados fisicamente dos mares e céus
pelos quais viajam. “Se bem que a desaparição total dos navios
de mais de 175 metros de comprimento, em mares totalmente em calma e a
80 km. da costa, o mesmo que a aviões a ponto de aterrizar, não
pode acontecer conforme as normas terrestres e, no entanto, es-tão
acontecendo, somos obrigados a concluir que os estão levando do
planeta”. E não somente Spencer pensa nesta possibilidade, mas vários
persistentes pesquisadores do Triângulo concordam igualmente que,
se não existe uma explicação terrestre sobre as desaparições,
a explicação poderia ser extraterrestre.
Previamente Vieram os Óvnis
Além disso, na maior parte dos casos, antes haviam sido produzidas
visões de objetos com luzes de distintas cores e intensidades durante
a noite e foram comprovadas anomalias magnéticas nos aparelhos de
controle das naves, tanto de barcos como aviões.
Spencer pensa que o motivo principal para que sejam produzidos tantos casos
no Triângulo ou Limbo é que por ali as oportunidades de capturar
exemplares humanos são inúmeros, já que em geral,
os presumidos visitantes parecem evitar aterrizagens e contatos com seres
humanos. A zona está constantemente povoada de viajantes por mar
e por ar e seria fácil para os estranhos visitantes entrar e sair
dali. Segundo sua opinião, a força motriz dos ÓVNIS
poderia ser baseada na utilização, muito tecnológica,
das frequências radiais corno propulsor. Isto explicaria, claramente,
as anomalias eletrônicas verificadas em quase todos os incidentes
registrados. Se existem algumas coincidências entre os pesquisadores
acerca desta teoria extra-terrestre, não acontece o mesmo com a
procedência e motivações que teriam estes capturadores.
Perturbações eletromagnéticas
M.K. Jessup, autor de considerável preparação científica
por ser astrônomo e especialista em selenografia, opinou em seu livro
“O caso dos ÓVNIS”, “que o desenvolvimento de nossa era aeronáutica
é de grande interesse para nossos vizinhos do espaço” e que
por isso é explicado o crescente número de aparições
de OVNIS concentrados na zona do Triângulo, situada frente a costa
da Flórida e ao redor de Cabo Kennedy.
Segundo as teorias
de M.K. Jessup, a resposta ao mistério do Triângulo das Bermudas
“é encontrada talvez nas aberrações de controles eletromagnéticos,
que são evidenciados somente em algumas épocas, quando são
ativadas por casua]idade ou de propósito, e parece possível
que a presença dos ÓVNIS dá crédito às
cargas de energia requeridas”.
Quanto ao lugar de procedência destas naves, nada se sabe, mas alguns
teóricos opinam que a fonte de visitas poderia ser encontrada mais
próxima da Terra, talvez em seus próprios oceanos.
DAQUI A TRINTA DIAS...
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