ABDUÇÕES

AS ABDUÇÕES – ou simplesmente raptos ou seqüestros – demonstram um outro ângulo de uma incrível seqüência de estórias contadas por pessoas de todo o mundo, de classes sociais distintas e de todas idades e sexos. Quais seriam os reais motivos destas abduções?







      Na madrugada do dia 26 de novembro de 1979, três jovens do povoado de Cergy-Pontoise (arredores de Paris), Frank Fontaine, Jean-Pierre Prevot e Salomon N´Diaye carregavam um caminhão com objetos que pensavam vender durante o dia num mercado das proximidades.
      Repentinamente viram no céu uma “bolha de fogo” que sobrevoava as casas. Aquilo desceu e se deteve. Fontaine decidiu aproximar-se com o veículo e averiguar de que se tratava. Como passara um bom período desde sua partida e ele não regressara, seus amigos foram procurá-lo. Afirmam que encontraram o caminhão no meio do caminho, rodeado por uma forte névoa, Frank Fontaine não estava em lugar algum. Avisaram à gendarmeria que não conseguiu descobrir nada, Consultados os serviços de radar dos aeroportos mais próximos, declararam não ter detectado nada anormal no espaço aéreo.
 
 

SETE DIAs DEPOIS

      Sete dias durou a incerteza sobre o destino de Fontaine. Durante essa semana, os comentários sobre discos voadores alcançaram seu ponto alto na comarca, até que o jovem reapareceu da mesma forma estranha como desaparecera, Salomon N’Diaye diz que ouviu uma noite alguém que batia na sua porta. Desceu para abrir e encontrou seu amigo Frank, que parecia ter perdido a noção do tempo: falava como se em vez de ter passado uma semana apenas tivessem passado dois minutos. A volta de Fontaine causou um grande impacto na pequena cidade. Alguém disse tê-lo visto “aparecer” dentro de um halo luminoso. O jovem declarou ter experimentado uma estranha alucinação; não lembrava nada desses sete dias passados, embora estivesse convencido de que tinha sido sequestrado por um ÓVNI.
 
 

APARECE O EXTRATERRESTRE HAURRIO

      Posteriormente os três jovens disseram ter entrado em contato com uma entidade extraterrestre que chamavam de “Haurrio”. A história de Fontaine levantou fortes controvérsias entre os especialistas franceses. Para uns trata-se, sem dúvida, de uma história montada pelos três jovens, para outros ainda existem aspectos importantes do incidente que não encaixam numa convencional explicação de fraude, seja uma ou outra coisa, o certo é que ocaso Cergy-Pontoise é pelas suas características e também pelas polêmicas que apresenta um fato típico de “abdução”.
 
 

A DIFÍCIL DEMONSTRAÇÃO DOS RAPTOS

      As “abduções” (ou “raptos”) constituem necessariamente a página mais sub jugante mas, também, a mais controvertida do variopinto “dossiê” dos objetos voadores não identificados, Raras vezes podem ser demonstradas já que algumas técnicas aplicadas, como depois veremos com a hipnose, não são conclusivas, mas apresentam muitos aspectos complexos e significativos para poder negá-las. Os investigadores, excessivamente cautelosos, as têm ejn consideração no último canto dos seus arquivos e para os divulgadores sensacionalistas as abduções são nem mais nem menos que manifestações do esperado “contato”, Provavelmente o caminho correto se situe fora destas duas éticas. As abduções se estão produzindo atualmente no mundo inteiro com uma frequência tal que, necessariamente, nos dão a pensar. Sua mesma proliferação é o indício mais claro de que há algo real por trás delas, Mas além das abduções vêm efeitos físicos e psíquicos nas testemunhas, efeitos que dificilmente poderiam conseguir-se numa fraude ou num engano.
 
 

É UM FATO REAL?

      Que as abduções sejam algo real não significa que nos encontramos ante a chave do enigma dos fenômenos aéreos, que nos cantos mais extremos do planeta, pessoas das mais diversas condições, tenham dito serem raptadas, introduzidas no interior de um OVNI e examinadas (já que esses são os traços mais co-muns a todas as abduções) não significa que podemos afirmar sem mais que os OVNIS são naves que vêm à Terra para estudar os seres humanos. Num terreno tão escorregadio como o dos OVNIS há que andar com pés de chumbo se queremos desvelar a verdade por cima da fácil tentação da fantasia; sabemos que estes raptos e estes exames “médicos” são produzidos, mas não sabemos o que podem realmente significar.
      O interesse pelas abduções é relativamente recente entre os círculos de investigadores de ÓVNIS. Como resultado disto, até pouco tempo nao se iniciou sua difusão e estudo na literatura especializada. Isso não quer dizer que as abduções sejam fenômenos recentes. Pelo contrário, os informes de raptos são tão antigos como o próprio fenômeno OVNI. Guy Quincy, um ufólogo francês que reco-pilou um catálogo de aterrissagens registra um incidente deste tipo em Marsella, nada menos que em 1921!
 
 

As ABDUÇÕES MAIS ANTIGAS

      As abduções remontam-se inclusive, a outras etapas da história da humanidade, Se devemos ser rigorosos, temos que reconhecer que passagens bíblicas como o do carro “de fogo" que rapta Elias, ou a estranha “baleia” que leva Jonas, são possíveis antecedentes destes casos. Na tradição latina encontramos sem dúvida um dos incidentes de abdução mais espetacular. Referimo-nos ao sequestro de Romulo, o fundador de Roma, junto à Laguna de la Cabra enquanto se dirigia aos seus concidadãos. Diversos autores romanos se fazem eco desta história - que cavalga entre a realidade e a mitologia, pelo que pode fazer referência meta-mórfica a um fato verídico — mas nenhum modo tão correto como Ovidio, quando no capítulo quinze do livro XIV das “metamorfoses, escreve:
 
 

UM RELATO DE OVIDIO

      “Em instantes presas nuvens escureceram os ares e o raio e os relâmpagos extenderam o terror pela terra. Marte, apoiado na sua lança subiu ao seu carro; com um golpe de látigo insitou seus cavalos e, rasgando os ares os lançou à terra. A seguir se deteve em meio dos bosques que coroam a colina do palatino e enquanto Romulo administrava justiça aos quirites foi levado com ele. O corpo mortal desvaneceu-se ao atravessar as primeiras camadas de ar...” .
  A diferença fundamental entre as abduções históricas e as recentes, é que nas antigas não se faz referência a detalhes de tipo “científico” como acontece atualmente (ou seja, não se fala de exames médicos, de detalhes sobre a estrutura dos objetos celestes, etc.) Nas abduções históricas as crônicas se centralizam quase exclusivamente no próprio fato do rapto, indicando algumas destas fontes que os raptados nunca regressaram.
 
 

ABDUÇÕES E DESAPARECIMENTOS MISTERIOSOS

      O tema do não retorno dos abducidos nos introduz no que se chamou “os desaparecimentos inexplicáveis, recolhidos já por Charles Fort nos inícios do nosso século. O denominava como casos “incidentes Ambrose Bierce” referindo-se assim ao misterioso desaparecimento do grande novelista e jornalista norte-americano desse nome, no México, em 1913. Outros informes como o famoso “dossiê” do “Mary Celeste” nos falam de pessoas que desapareceram em diferentes lugares e épocas sem que nunca tenham voltado a saber-se delas, Trata-se como afirmam alguns autores, de abduções sem retorno? Ou bem obedecem outras causas diferentes?
  Patrice Gaston, numa monografia sobre este espinhoso tema parece nos dar uma pista para resolver essa disjuntiva quando nos refere que: “Em 1941 uma equipe de salvamento foi a Suíça, à procura de três alpinistas dos quais não se tinham notícias. Depois de uns dias e de grandes esforços encontraram os rastros dos três homens, as seguiram e com estupor comprovaram que se detinham, repentinamente, no centro de uma planície nevada, Não po-diam ter desaparecido, engolidos por alguma rachadura e mais além a nave não apresentava rastro algum. Mas, a partir das últimas marcas foram descobertos Três orifícíos irregulares que formavam um triângulo equilátero de 12,80 metros de lado, como se um engenho aéreo tivesse aterrissado ali com seus suportes,.. Os investigadores opinaram que se tratava de um triplo desaparecimento nas circunstâncias que os fatos não permitiam estabelecer com clareza. Depois o expediente foi esquecido em alguma gaveta”.
 
 

Foi UMA ABDUÇÃO?

      Tratava-se de uma abdução? Ou dos três alpinistas desapareceram por causas “naturais”? (lembremos que em 1941 a Europa estava cm guerra); Se devemos acreditar que estudaram no dia o fato e se devemos ter em consideração o significativo das insólitas marcas, devemos inclinar-nos pela primeira opção. O que acontece, passo a passo, durante um destes sequestros? Como se desenvolvem estas incríveis experiências? Muitos analistas estudaram os informes publicados e alguns chegaram a conclusões altamente reveladoras, Entre estes estudos vale a pena destacar o doutor Alvin Lawson, a Universidade da Califórnia. Recolhendo grande quantidade de material documental sobre abduções e estudando ele mesmo alguns casos significativos, Lawson chega a estabelecer em “Encontro Modelo” moldes que se repetem em quase todos os sequestrados por ÓVNIS:
 
 

MOLDES DE UMA ABDUÇÃO MODELO

1. A testemunha é raptada pela força e introduzida num objeto. Vê uma luz brilhante.
2. Ouve um zumbido geralmente de caráter musical.
3. A testemunha se sente num meio sem gravidade, como se o corpo flutuasse.
4. Avança por um corredor ou conduto.
5. Aproxima-se de uma porta.
6. Encontra-se com um ser que flutua e que às vezes está rodeado por um halo luminoso.
7. Comunica-se telepaticamente com o ser.
8. A testemunha vê ante si própria, como numa tela, uma rápida sucessão de cenas pertencentes à sua própria vida.
9. A testemunha é examinada medicamente.
10. Recebe determinadas ordens que deve cumprir.
11. E novamente depositada fora da nave.
12. Geralmente a testemunha sofre alterações
da sua personalidade, na sua escala de valores, nas suas crenças, depois do seqüestro e como
aparente consequência dele.
     Para certos investigadores, desaparecimentos misteriosos como a dos alpinistas suíços de 1941 não seriam abduções clássicas interrompidas por algum motivo no ponto 9.
 
 

O RAPTO DE HÉLÈNE GIULIANA

      É hora de ilustrarmos com algum exemplo bem documentado todo este tema. Ocuparemo-nos de uma experiência acontecida na noi-te do dia 10 e 11 de junho de 1976, próximo da localidade francesa de Valence. A testemunha foi uma garota de vinte anos, Hélène Giuliana, moradora do local.
  Por volta da uma e meia da madrugada, Hélène voltava a sua casa depois de ter estado no cinema, Seu carro começou a falhar repentinamente na altura de um solitário local conhecido como Pont du, Martinet, Alguns metros mais adiante, o carro se deteve como se tivesse ficado sem energia. Nem os faróis funcionavam. Hélène viu então a uns 15 metros de distância, sobre a estrada, uma massa luminosa de cor laranja que flutuava a um par de metros do chão. Aterrorizada, a testemunha colocou o seguro nas portas do carro e cubriu o rosto com as mãos...
 
 

DUAS HORAS E MEIA INEXPLICADAS

      Hélène voltou a olhar e não encontrou as luzes, Girou a chave da ignição e o carro funcionou perfeitamente. Arrancou e afastou-se daquele local. Ao chegar à casa viu, por casualidade a hora, eram quatro da manhã!, o que ti-nha acontecido durante essas duas horas e meia em branco que, para ela, tinham sido apenas uns segundos?
      André Revol, do grupo ufológico “Ouranos” pôs-se em contato com ela quando alguns jornais publicaram o caso. Depois de vencer suas resistências, conseguiu que Hélène se submetesse a uma seção hipnótica que revelara o mistério do tempo em branco. O que segue é a própria declaração em transe hipnótico da testemunha, interrogada por dois médicos.
— Hélène o que você vê?
— Vejo uma luz,
— E depois?
 
 

DOIS ANÕES VESTIDOS DE PRETO

    — Meus olhos estão doendo. Vejo dois anões por trás da luz. Aproximam-se do carro,., Abrem a porta esquerda... Levam-me até a luz,,, Volto e o carro desapareceu... Levam-me no seu aparelho... Subo uma escadas com eles. Entro no aparelho por uma porta de ferro. Um do anões tem na mão direita um objeto... Toca a porta com isso e a porta se abre. Os anões são pequenos, chegam a altura do meu peito. Têm cabeças mínimas. Estão vestidos com trajes escuros.,, pretos. São feios. Têm olhos enormes, narizes achatados, bocas pequenas, como de crianças. Usam chapéus estranhos.
— Continua.
— Colocam-me no aparelho.., diretamente no quarto. Não há cores. O quarto é grande como uma casa, Tudo é de ferro, O teto é côncavo,,. Os anões amarram-me na mesa de ferro.., redonda... a mesa lhes chega no meio do corpo... não posso me mexer, Tenho medo... Tenho uma espécie de algemas nos pés e nas mãos... Não posso me mexer. Acabam de colocar um tipo de pano na minha frente.
 
 

HÉLÈNE ACRESCENTA MAIS DADOS

      Embora apresente sintomas de excitação, os médicos continuaram com a sessão hipnótica, inquirindo mais dados sobre a experiência que Hélène no seu transe estava revivendo.
— O quarto está iluminado — continuou ela
— com luzes brancas, vermelhas e amarelas... há botões... botões... Um dos anões tem um objeto na mão... o outro, com uma espécie de lâmpada elétrica, desenha círculos, círculos com luzes sobre a minha blusa,,. Um dos anões tenta explicar-me algo. Não entendo nada. Parece ficar chateado, Tem cinco dedos, luvas... não vejo seus pés.
A testemunha ficou em silêncio por alguns minutos.
Os médicos perguntaram:
—Onde estais agora?
— Estou no meu carro. Os anões fecharam a porta. Acordo, A luz já não está ali, partiu para o céu. Sem ruído algum.
— Hélène, não tenha medo, olha o aparelho e diga como é.
— O aparelho tem três metros de altura, mais ou menos, vejo luzes intermitentes sob o aparelho... luzes que piscam.
 
 

QUERIAM TRANSMITIR-ME UMA MENSAGEM”

— Por que os anões te escolheram?
— Porque estava sozinha no meu carro, Queriam transmitir-me uma mensagem. Voltarei a vê-los esta noite.
— Por acaso deram a entender que voltariam?
— Sim, em seis meses.
— E você pode comunicar-se com eles?
— Se olhar para o céu e pensar com muita força neles, A sessão terminou nesse momento, Acor-daram à jovem, que não lembrava de nada do que tinha dito, A seu pedido, deixaram que ouvisse a fita gravada com sua declaração. Estupefata, não podia dar crédito aos seus ouvidos, Não podia acreditar que era ela quem falava do fantástico rapto e dos estranhos humanóides da luz laranja. Não tinha consciência de nada disso, Só sua inconsciência guardava testemunha da experiência. O caso Hélène Giuliana é um de tantos com características idênticas que se produzem no mundo inteiro, O leitor pode aplicar o esquema dos doze pontos de Lawson ao relato da garota e comprovará que, salvo alguns detalhes, ajusta-se ao “Encontro modelo”.
 
 

UM ENCONTRO EM DAKOTA DO NORTE

      Passemos a outro incidente ainda mais espetacular, se isto é possível. Teve como cenário as proximidades de Fargo (Dakota do Norte) e as testemunhas foram as já famosas Jackie e Sandra Larson.
      Sandra Larson viajava no seu carro na manhã do dia 26 de agosto de 1975 com um amigo e com sua filha Jackie. Dirigiam-se de Fargo a Bismarck pela estrada quando por volta das quatro da manhã viram repentinamente no céu uma luzpotente.
      Paralelamente ouviu-se um estranho trovão, Olharam então por uma janela do carro e perceberam que se aproximavam uns dez objetos brilhantes, de luminosidade alaranjada. Ao chegar a uns cinquenta metros do carro, os OVNIS detiveram-se sobre um local arborizado, um dos aparelhos pareceu dividir-se pela metade e alguns subiram no ar, Sandra teve então a sensação, já que viajavam a grande velocidade, que o carro estava parado.
 
 

DAQUI A TRINTA DIAS...

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