O Encontro de Públicas que será realizado em Campinas é a
expressão da mobilização do movimento estudantil
nesta greve. Em meio a luta salarial dos professores e funcionários
e da luta pelo aumento do repasse do ICMS para 11,6%, os estudantes mostraram
que não são apenas apoiadores da greve das outras categorias,
mas que possuem uma pauta de reivindicação e lutarão
pela sua conquista. Os momentos de radicalização do movimento
estudantil demonstrou que para os estudantes o “pé na porta” é o
nosso principal “cartão de entrada” para negociar
com os reitores.
Em meio a greve de 2000 organizamos o primeiro Encontro de Públicas.
Desde então, a realização de um outro encontro vinha
sendo constantemente discutido em reuniões, assembléias
e congressos nesses últimos quatro anos. Essa vontade de um outro
encontro expressa a carência de espaços onde os estudantes
das universidades públicas paulistas consigam discutir entre si
os problemas da Universidade e encaminhar mobilizações
conjuntas. Isso não ocorre apenas por uma distância física
entre os estudantes, mas pela falta de uma organização/entidade
que nos represente estadualmente, que encaminhe nossas lutas, nossas
bandeiras e seja reconhecida pela maioria dos estudantes.
Nesta greve, o que tivemos de mais rico foi a unificação
de nossas lutas. Assim, através de Plenárias Estudantis
organizamos os Atos em São Paulo, a ocupação da
Reitoria da Unesp e, agora, o Encontro de Públicas. Os resultados
obtidos foram a visibilidade das nossas bandeiras, as reuniões
com os reitores e a fortificação da nossa mobilização.
E para que esta mobilização não morra com o fim
da greve, precisamos encaminhar e planejar os próximos passos
da nossa luta. Este será o objetivo principal do encontro.
Neste espaço, organizado conjuntamente entre os Comandos de Greve
da USP, Unesp e Unicamp, discutiremos os problemas da universidade (falta
de moradia, professores e funcionários), a Reforma Universitária,
que já está sendo implantada, e faremos uma avaliação
da greve e da nossa mobilização. O Encontro terá duas
mesas de debates (Reforma Universitária e Opressão), três
Grupos de Discussão (Reforma, Universidade e Movimento Estudantil),
atividades culturais, e terminará com uma grande Plenária.
Sua resolução será referência e um indicativo
para o movimento estudantil.
Todos para o Encontro de Públicas nos dias 2, 3 e 4 de
junho em Campinas.
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