Declaração da Prª Valnice Milhomens sobre a Visão dos Doze
PRª VALNICE VILHOMENS
Quando falamos do que não conhecemos por experiência, corremos o risco de comentários tendenciosos. Não existe um chamado "movimento G 12". O termo "G 12", ao que parece, foi usado nos Estados Unidos, para simplificar um modelo de igreja em células, sendo agora usado no Brasil.
A Missão Carismática Internacional, em Bogotá, fundada pelos pastores César e Cláudia Castellanos, nasceu como uma igreja em células. Usou inicialmente o modelo da Igreja do Dr. David Y. Cho. Posteriormente, Pr. César, buscando de Deus uma estraégia mais eficaz, deparou-se com o modelo usado por Jesus: Além de ministrar às multidões, investiu Sua vida em doze homens. Recebe, em oração, uma visão estratégica de discipulado, na qual cada pessoa buscará gerar 12 líderes através de suas células. Aplicará 2 Tm. 2:2 nesse discipulado, reproduzindo-se indefinidamente.
A Igreja em Células no Modelo dos Doze (este é o termo usado em Bogotá) tem demonstrado pelos frutos a sua bênção e eficácia no cumprimento da Grande Comissão - fazer discípulos. A Diferença do modelo de Bogotá e outros de igreja em células, é que normalmente as células são de evangelismo e edificação. Em Bogotá, as células são essencialmente de evangelismo.
Cada pessoa ganha para Cristo deve ser integrada em uma célula. Esta busca cada semana alcançar novos. Cada novo crente é visto como um líder em potencial. Passa por um processo de consolidação e depois é encaminhado a uma Escola de Líderes onde será treinado como líder célula. Ao abrir sua própria célula, ele sai de sua célula mãe, mas continua ligado ao seu líder, que continuará a discipulá-lo. É como um filho. Seu líder vai reunindo em torno de si, cada um dos líderes nascidos em suas células, até ao número de doze. A isso chama-se o grupo de 12.
Em outras palavras, um grupo de 12 são doze líderes, tendo como cabeça o líder que os gerou. Cada um dos doze vai procurar reproduzir-se do mesmo modo, o que acelera o crescimento da Igreja, com qualidade. A Igreja pode ter milhões, ainda assim todos são amados, cuidados e continuamente discipulados. Cada líder de célula está ligado a um líder de doze. Outra diferença do modelo de Bogotá em relação a outros de Igrejas em células, é que normalmente a multiplicação das células ocorre quando se atinge um certo número de pessoas. Em Bogotá, uma célula deve multiplicar-se em doze, pois o programa é dirigido no sentido de que todos os membros da célula se tornem líderes. A multiplicação de uma célula em doze pode levar de um a três anos, dependendo do líder.
Como se vê, o modelo dos doze é apenas uma estratégia de discipulado que tem dado certo, dentro do espírito de Mateus 28:18-20 e Efésios 4:11-13.
Dentro da estrutura de igreja há quatro pilares: Células (evangelizando), Encontros (consolidando), Escola de Líderes (treinando) e Grupos de Doze (enviando).
Como em todo o modelo é muito forte a formação de um discípulo que reflita o caráter de Cristo, o novo crente é levado rapidamente a um processo de disicpulado.
Todo esse processo, incluindo as férias, leva cerca de dois anos.
Encontros
O termo "encontro" é para resaltar que nossas mudanças reais só ocorrem num verdadeiro encontro com Jesus. O encontro de três dias, que está sendo atacado, é realmente uma bênção. Trata-se simplesmente de um retiro espiritual no qual o novo crente experimenta um impacto espiritual marcante em sua vida. É quando muitos têm de fato seu primeiro encontro com Jesus, um verdadeiro novo nascimento.
Objetivo do Encontro
À semelhança do que aconteceu com Paulo depois da visão de Jesus a caminho de Damasco, quando por três dias esteve separado na presença de Deus, o encontro visa separar o novo crente do seu ambiente para um tempo concentrado na presença de Deus. Ali ele é levado na primeira noite a refletir sobre o plano de Deus para sua vida (geralmente sexta-feira à noite, aproveitando-se um fim de semana).
Faz-se um pacto de silêncio naquela noite para que a pessoa possa refletir sobre a sua condição diante de Deus. Esse silêncio e meditação de fato é antes de dormir e na manhã seguinte até a primeira ministração. No restante do encontro, a comunhão uns com os outros é estimulada, de modo que o novo crente tem tanto uma experiência de comunhão mais profunda com Deus, como com seus novos irmãos.
No sábado, o novo crente é ministrado através de estudos bíblicos e oração nas áreas de pecado, arrependimento, o Calvário, libertação, perdão, cura interior, batismo no Espírito Santo e a visão. Ele é levado a ver o pecado como ele é e a passar por uma profunda experiência de arrependimento. A cruz será sempre trazida à tona. Ele vai aprender a aplicar os efeitos da obra redentora de Cristo em todas as áreas da sua vida. Vai ver seu pecado em Jesus e renunciá-lo, abrançando o perdão de Deus; encontrará forças em Deus para perdoar os que o têm ofendido, seguindo o exemplo de Cristo na cruz; apropriar-se-á do fato de que naquela cruz Jesus levou não somente seus pecados mas suas feridas, suas dores, sua maldição e, pela fé, ele pode apropriar-se do perdão, libertação e cura. Por causa de uma ministração tão concentrada, o novo crente é marcado. As transformações ocorridas são extraordinárias, dependendo, é claro, do nível das ministrações.
Estou pasmada de ver como uma estrutura tão simples e tão de Deus, que tem tocado tantos milhares e transformado verdadeiras multidões, possa ser atacada por servos de Deus. Pelo que tenho lido, há coisas acontecendo em volta do encontro, e que nada têm a ver com o modelo de Bogotá. Gostaria de esclarecer algumas coisas a esse respeito:
Prª Valnice
Milhomens |