INTRODUÇÃO - ENSINO RECORRENTE

Estrutura.

O carácter interactivo dos vários aspectos da disciplina de ARTES VISUAIS, torna difícil a sua separação em Unidades Didácticas.

Se a sequencialidade entre as unidades é desejável, a continuidade nas actividades envolvidas é fundamental. É esta continuidade, ou repetição cada vez mais aprofundada, que permite o desenvolvimento e a interiorização do repertório expressivo.

Assim, as Unidades Capitalizáveis propostas não são "matérias" estanques que se vão somar num total, mas antes um enfoque em cada uma delas sobre determinado aspecto de um todo intimamente relacionado.

Finalidades.

Pretende-se que o aluno - estudante-trabalhador - tome consciência do seu papel como interveniente na qualidade de vida. Para a melhorar terá de ser criativo e crítico, tanto como produtor de "objectos" que poderá vir a ser, como consumidor/ fruidor que será de certeza.

Outra finalidade do programa proposto é ainda o desenvolvimento da autonomia - independência no processo de desenvolvimento das soluções para os problemas, independência de critérios de escolha que terão de ser fundamentados em valores pessoais, independência nos processos de construção de saberes a partir das suas próprias bases.

Estas finalidades especificam-se em relação a esta disciplina nos seguintes.

Objectivos gerais:

Desenvolver a capacidade de;

- percepção visual;

- expressão e comunicação visual;

- utilização de vocabulário verbal específico;

- utilização de utensílios, materiais e técnicas expressivas;

- utilização de normas, sistemas e métodos de desenho técnico rigoroso;

- resolução de problemas de Design;

- apreciação do património cultural;

- formulação de juízos de valor fundamentados em critérios pessoais.

Organização.

O desenvolvimento de cada uma das unidades apresenta-se em fichas, onde a intenção com que se pretende que sejam abordados os conteúdos é descrita através dos objectivos.

As sugestões de trabalho, descritas em termos de actividades do professor e do aluno, não deverão ser tomadas como receitas limitativas à criatividade, mas antes como complemento dos objectivos.

No seu conjunto, sugestões de trabalho e objectivos descrevem melhor o nível de abordagem dos conteúdos e dão ainda uma visão dos papéis de cada um dos intervenientes.

As 1.ê, 4.ê e 6.ê unidades são sequenciais. A posição relativa das restantes poderá ser alterada.

Indicações metodológicas gerais.

Os princípios legais que regem este Curso, desenvolvido a partir de Unidades Capitalizáveis, determinam um contexto de ensino muito individualizado, onde o papel do professor é sobretudo o de guia e tutor e o do estudante- trabalhador é fortemente marcado pelo autodidactismo.

Assim, e sobretudo em função da autonomização do aluno, as novas aprendizagens deverão ser feitas a partir da resolução de problemas definidos em discussão entre aluno e professor.

A exploração de alternativas, se não for feita na aula e acompanhada pelo professor, deverá ser discutida "à posteriori" e as opções fundamentadas verbalmente pelo aluno.

Propõe-se ainda que os dados das investigações realizadas, sejam registados em linguagem visual (esboços, fotografias, recortes, etc.) e que o "produto final" seja sempre acompanhado de todos os elementos que constituam a prova visual do desenvolvimento de uma ideia:

- ideia inicial;

- registo das investigações feitas;

- as alternativas exploradas;

- evolução da alternativa escolhida;

- etc...

- "produto final",

Bibliografia.

O carácter de autodidactismo que marcará o trabalho de exploração de cada unidade por parte do aluno, obriga a que seja proporcionada documentação mínima que lhe permita adquirir noções e conhecer processos cometidos às realizações em vista.

Relativamente às unidades U2, U3, U5, U6, U7, U10, U11 e U12, essa documentação consta de textos de apoio sobre cada matéria, expressamente elaborados pela Editorial do Ministério da Educação.

Relativamente às restantes unidades, sugerem-se as seguintes obras de consulta:

para as U1, U4 e U8,

- DESENHO DE CONSTRUÇÕES MECÂNICAS

(autor: Simões Morais; edição PORTO EDITORA; dois volumes)

- DESENHO TÉCNICO (autor: L. Veiga da Cunha; edição FUNDAÇÃO C. GUlBENKIAN) para a unidade U9, - AARTE EM PORTUGAL

(autor: Flórido de Vasconcelos; edição VERBO; dois volumes) - ROTEIRO DOS MUSEUS DE PORTUGAL (edição INSTITUTO PORTUGUÊS DO PATRIMÓNIO CULTURAL) - TESOUROS ARTíSTICOS DE PORTUGAL

(edição SELECÇÕES DO READER'S DIGEST de 1982)