Caracterização do Meio e Local Circundante
A freguesia de São Bartolomeu de
Messines situa-se no interior algarvio , pertence ao concelho de Silves , ocupa
uma área de 250 Km2 , com uma população residente de 8600 habitantes segundo
o recenseamento de 1991.
Nesta freguesia podemos distinguir três zonas com características sócio- económicas
e culturais distintas : A Serra , o Barrocal e a Vila .
A Serra caracteriza-se por uma agricultura de subsistência, com um saneamento básico
deficiente e poucos meios de transporte e comunicação, registando-se assim uma
dupla problemática de desenvolvimento / isolamento .
Nestas circunstâncias o êxodo serrano tem sido inevitável pelo que a população
tem vindo a diminuir consideravelmente nas ultimas décadas . O nível sócio-
cultural é bastante fraco e na generalidade a população activa não possui
para além do 1º ciclo do Ensino Básico.;
O Barrocal dispõe de mais recursos naturais e humanos do que a Serra . Tem
vindo a dar-se a revitalização e a inovação da sua agricultura. Predomina a
pequena propriedade , onde nas ultimas décadas os campos de sequeiro com
amendoeiras , alfarrobeiras e figueiras tem vindo a dar lugar aos pomares de
citrinos e à horticultura .
Não obstante os sinais de vitalidade do sector agrícola , os agricultores que
têm vindo a diminuir de número confrontam-se com dificuldades de vária ordem,
nomeadamente :
1. Falta de incentivos à produção
2. Falta de mão de obra
3. Mecanização insuficiente
4. Estruturas precárias de escoamento dos produtos e comercialização
5. Livre circulação de produtos da União Europeia
Esta zona já possui infra-estruturas básicas mais satisfatórias , quer a nível
de saneamento , quer a nível de meios e vias de comunicação.
A população da Serra e do Barrocal vive pulverizada por cerca de 53 aldeias e
locais . Verifica-se uma grande dispersão geográfica de residência dos alunos
, obrigando a sua deslocação no início e no final do dia em transportes
organizados pela autarquia em articulação com a rede de transportes públicos.
A Vila é caracterizada , em termos económicos , principalmente por actividades
comercias em desenvolvimento com pouco planeamento e certas carências
estruturais . O sector secundário revela-se praticamente inexistente
exceptuando-se a pequena industria de construção civil . De qualquer modo
registam-se carências em saídas profissionais e acentuadas assimetrias, quer
no interior da freguesia quer desta relativamente, ao espaço regional Algarvio
onde administrativamente se insere , por consequência parte da população
activa , desloca-se diariamente para o litoral , onde exerce as suas profissões
.
Um dos indicadores que dão a conhecer o “status” sócio - económico dos
agregados familiares é que dos 646 alunos que frequentam a escola , 256 (39,6%)
são subsidiados pela Acção Social Escolar, sendo (82%) do escalão A e (18%)
do escalão B.
Caracterização da Escola
A Escola encontra-se em
funcionamento há 18 anos , em edifício definitivo, composto por quatro blocos
e dispõe de infra-estruturas minimamente necessárias , à excepção do pavilhão
gimnodesportivo .
Serve uma população de 646 alunos distribuídos por 26 turmas do 2 º, 3 º
ciclos do ensino básico e do ensino secundário. A maioria dos alunos são
provenientes do meio rural (57,8 % ) sendo ( 42,2 % ) do meio urbano . Cerca de
( 8,9 %) dos alunos são provenientes da freguesia de São Marcos da Serra A
escola funciona em regime diurno e nocturno.
Recursos Físicos
Campo de Jogos 2 campos de Ténis
; 1 campo de futebol ; 1 campo de Basquete; 1 Campo de voleibol e uma caixa de
areia ( salto em comprimento )
Salas de aula normais
Salas de Educação . Visual. , Educação Visual e Tecnológica e Educação
Tecnológica.
Laboratórios
Sala de Educação Musical
Sala de Informática
Sala de Reuniões
Salas de Apoio ;
Serviços administrativos
Outros : Refeitório , Bufete , Papelaria , Biblioteca , Sala do Conselho.
Directivo , Sala de Professores, Sala de Pessoal não Docente
Caracterização de S. Marcos da Serra
S. Marcos da Serra é uma povoação que dista cerca de 30km de Silves, sendo uma das freguesias deste Concelho. Situa-se em plena serra algarvia e dispõe de escassos recursos laborais, económicos e culturais.
A população é, na sua grande, idosa, e subsiste dos labores dos campos
e de pequenas reformas de sobrevivência.
A população jovem tem vindo, ano após ano, a decrescer, devido ao facto de não existirem condições de fixação dessas pessoas em locais do interior, por falta de empregos e a agricultura explorada em pequenas hortas ou nos campos não é compensadora – por isso depois da escolaridade obrigatória, (que muitos não terminam) vão para locais que lhes dêem essas condições mínimas de vida. Acabam por constituir as suas famílias fora da terra que os viu nascer, e em consequência disso, verifica-se a desertificação dos campos.
É testemunho disso, o encerramento das escolas do Monte Velho, Joios,
Corte Peral, Boião e Monte das Pitas, que fecharam por não terem número
suficiente de crianças.
Os usos e costumes da população também se têm vindo a perder pois não
há quaisquer estruturas de natureza cultural. Há apenas o Clube Desportivo
(Serrano Futebol Clube), uma Escola de Musica que algumas crianças frequentam e
aprendem a tocar órgão e acordeão.
O único espaço verde dentro da população é o pequeno jardim que dá
o aspecto de alguma dignidade ao único edifício antigo da povoação – a
Igreja.
Existem alguns espaços comerciais – várias mercearias, dois talhos,
pronto a vestir, uma drogaria – que numa povoação envelhecida, não deixam
de ser uma fonte viva, que se completa com um pequeno mercado mensal que se
realiza aos primeiros sábados de cada mês.
Há também que salientar a existência
da indústria da panificação, com quatro padarias em funcionamento, uma delas
com moagem. Não se pode deixar de citar como o pão de S. Marcos da Serra é
apreciado como um produto caseiro e de qualidade.
Outro produto , indispensável à ocupação das pessoas da zona rural,
é a apanha do medronho e o fabrico da aguardente.
Pelo que tem sido dado observar è uma população com hábitos
alimentares deficientes, onde se dá grande importância à carne de porco –
com a festa que encerra, quando o seu abate è feito à moda antiga – aos
enchidos e produtos gordurosos verificando-se depois, carências alimentares de
toda a ordem.
Outro aspecto negativo que tem vindo a empobrecer a actividade da população
è a falta de rede de transportes que a sirva convenientemente. A classe
trabalhadora e a classe estudantil não têm transportes alternativos que sirvam
as suas necessidades. Apenas há a funcionar uma carreira de transportes da EVA
e uma única automotora a parar na estação da CP, outrora tão activa.
É pois, no sentido de educar e esclarecer as novas gerações que a
Escola terá que desenvolver Projectos Educativos, integrando ao mesmo tempo, no
meio envolvente, suscitando-lhes interesses pelas actividades escolares e
torna-los intervenientes no processo ensino-aprendizagem.