Movimento COEP - COMUNIDADE DE OLHO NA ESCOLA PÚBLICA

Não basta ser professora... Tem que ser Educadora!!!

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Informativo  nº COE06202

Ref.: Gênero, Preconceito, Estereótipo, Sexismo e Misoginia;

S. Paulo, 25 de setembro de 2002.

Para:             Assessorias de imprensa e comunidade em geral

Gênero, Preconceito, Estereótipo, Sexismo e Misoginia

“...que nossas filhas nos desensinem o que nossas mães nos ensinaram” (Ziraldo – Escritor Brasileiro)

                                              

O Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública (COEP) sempre preocupou-se em combater preconceitos e estereótipos na Educação. Nossa atitude, em relação às mulheres, sempre pautou-se pelo reconhecimento da enorme responsabilidade que elas têm na formação das crianças.

Destacamos que o nosso lema – “Não basta ser professora... Tem que ser Educadora!!”-  é feminilizado por influência dos professores Madza Julita Nogueira e Claudius Ceccon, os quais declararam: “O corpo docente brasileiro é um corpo feminino. Cerca de 90% dos professores do ensino fundamental não são professores e sim professoras. Portanto, com licença dos representantes do sexo masculino, usaremos quase sempre a palavra professora para nos referirmos ao conjunto formado pela imensa maioria de mulheres e pouquíssimos homens que se dedicam a ensinar crianças em nosso país”. (in “Todos Pela Educação no Município” – Unicef/Cecip – 1993 – patrocinado pelo MEC).

O COEP indica o Caderno nº 5 do Conselho Estadual da Condição Feminina – “Educação – Construindo a igualdade entre os sexos”, o qual apresenta propostas concretas para enfrentar os estereótipos:

 “(...) o que fazer para interromper esta corrente de preconceitos e discriminações que impões às mulheres uma condição secundária?

Com certeza não é uma tarefa fácil. No entanto, é possível, por meio de ações simples e cotidianas, começar a intervir sobre a realidade, dando os primeiros passos para transformá-la.

Um bom começo é assumir uma postura crítica  em relação aos materiais pedagógicos que diariamente são oferecidos às crianças em idade escolar. Eles, em grande parte, são instrumentos de reprodução da “cultura da dominação”, que mantém e alimenta os estereótipos sexistas”.

 A seguir, explicamos alguns termos que possibilitam identificar discriminações:

Gênero – é definido como o sexo socialmente construído. Trata-se de um conjunto de práticas, símbolos, representações, normas e valores sociais que as sociedades elaboram, continuamente, a partir de diferenças sexuais, anátomo-fisiológicas. Ao nascer, somos machos ou fêmeas, isto é, nascemos com aparelhos biológicos sexuais diferentes.

Preconceito – É uma opinião pré-estabelecida, que é imposta pelo meio, época e educação. Ele regula as relações de uma pessoa ou de um grupo com a sociedade. Ao regular, ele permeia toda a sociedade, tornando-se uma espécie de mediador de todas as reações humanas.

Estereótipo – É um conceito muito próximo do preconceito e pode ser definido como “uma tendência à padronização, com a eliminação das qualidades individuais e das diferenças; com a ausência total do espírito crítico nas opiniões sustentadas” (Shestakov).

Sexismo – São inúmeros os pontos de contato entre racismo e sexismo. Enquanto o racismo designa imagens, atitudes, comportamentos e estereótipos discriminatórios em relação a uma etnia, o sexismo se aplica às diversas formas de discriminação baseada no sexo. “O sexismo é uma tendência que favorece um sexo em detrimento de outro. Por exemplo, os estereótipos ligados ao sexo favorecem o sexo masculino.” (Dunningam)

Misoginia - Antipatia, aversão mórbida às mulheres. “Se no sistema a diferença é negada e, finalmente, homens e mulheres vêem a sua individualidade cindida nas representações do masculino e do feminino, que gerações após gerações de homens e mulheres sob o domínio patriarcal viram a sua individualidade negada, desrespeitada, cerceada, isso não significa, em absoluto, que do ponto de vista histórico tal processo seja simétrico. É precisamente na assimetria das relações como relações de poder que o sistema de gêneros se constitui e na medida em que o feminino representou sempre o outro, a diferença - é essa a fonte de toda a misoginia - é lícito, parece-nos, identificar às representações historicamente ligadas ao feminino - ou parte delas - a luta pela diferença enquanto tal” (in “Teses pelo fim do Sistema de Gêneros” - Ilana Amaral, militante do coletivo "contra-a-corrente" - http://www.terravista.pt/IlhadoMel/1188/ilana.htm )

Finalizando, destacamos que mesmo o Conselho Estadual da Condição Feminina (Rua Antonio de Godoy nº 122 – 6º andar – CEP 01034-000 – S. Paulo/SP – tel.: 11-221-5021/fax : 221-8904 – e-mail: cecf-sp@ieg.com.br e cecfso@hotmail.com ) tem produzido algumas cartilhas que reforçam estereótipos. Por exemplo: “Manual Prático da Mulher Candidata”, o qual propõe que a mulher atue nas áreas segundo o estereótipo vigente: creches, moradia e assistência social, ignorando que as mulheres já ocupam todas as áreas do conhecimento e as profissões “ditas masculinas”: construção civil, motoristas, engenharia, economia, finanças, etc.

(a) Coordenação – Mauro Alves da Silva – Grêmio SER Sudeste

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