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Informativo nº COE01005
Ref.: Teoria da Relatividade “versus” Criacionismo.

S. Paulo, 11 de fevereiro de 2005.

Teoria da Relatividade “versus” Criacionismo.

Neste ano em que se comemora o centenário da publicação da “Teoria da Relatividade”, de Albert Einstein em 1905, assistimos um vigoroso ressurgimento do “Criacionismo”, pseudociência defendida por fanáticos religiosos que negam a Teoria da Evolução. Para piorar, eles querem que o “criacionismo” seja ensinado nas escolas públicas.

Segundo a Teoria da Relatividade, “até mesmo o tempo é relativo” e depende do referencial. Somente a velocidade da luz é constante. A famosa fórmula E = m.c2 (A energia “E” é diretamente proporcional à massa “m” vezes a velocidade da luz “c” elevada a segunda potência”. O “c” é a constante que representa a velocidade da luz - aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo.)

Os “criacionistas” afirmam que “o a Terra não tem nem 6 mil anos”. E que “o Universo tem 5735 anos de idade, mais os seis dias da criação” (segundo artigo do Rabino Simon Schwab publicado em 1962). Eles bem que poderiam “relativizar o tempo”, usando a citação bíblica “Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia." (in Bíblia, Pedro 3:8), mas preferiram utilizar as “metáforas bíblicas” como “verdades absolutas”, ao “pé da letra”.

Considerando que os “criacionistas” dizem que o universo tem apenas alguns milhares de anos de idade, “temos o fato embaraçoso de que muitas estrelas estão a milhões ou mesmo bilhões de anos-luz de distância. Se as próprias estrelas têm apenas alguns milhares de anos de idade, sua luz não devia ter nos alcançado ainda, e assim a maioria das estrelas do universo estariam invisíveis se o criacionismo fosse verdadeiro.” (O MUNDO MUITO LOUCO DO CRIACIONISMO”, discurso apresentado em 17 de abril de 1992, na 22a Convenção Nacional Anual dos Ateus Americanos, pelo escritor científico Frank R. Zindler - ex-professor de biologia e geologia).   Zindler comenta a resposta apresentada por Henry Morris no livro "A Notável Origem do Planeta Terra" (1972):

·         Morris: "O sol, a lua e as estrelas foram formados especificamente para 'ser sinais, e para as estações e para os dias, e os anos,' e 'para iluminar a terra' (Gênesis 1:14,15). Para atingir este objetivo, eles teriam obviamente que ser visíveis na terra. Mas esta exigência é uma coisa muito pequena para um Criador! Porque seria menos difícil criar uma estrela do que criar as emanações da mesma? Na verdade, Deus não criou a 'luz' no Primeiro Dia, antes de criar 'luzes' no Quarto Dia? É até mesmo possível que a 'luz' que banhava a terra nos três primeiro dias [antes do sol ser criado] tenha sido criada no espaço para mostrar o caminho para os inúmeros 'portadores de luz' que ainda estavam para ser criados no Quarto Dia."

·         Zindler: Em outras palavras, a luz que vemos chegando de uma estrela a cem milhões de anos-luz de distância não esteve viajando por cem milhões de anos. Deus criou a luz perto da terra; a luz nunca veio realmente de uma estrela. Só parece ser assim! Deus, ao que parece, criou um mundo de aparência enganosa. Curiosamente, Morris parece alheio a essa embaraçosa implicação de sua explicação, e ele deixa de perceber um detalhe ainda mais importante: se Deus criou as estrelas para ser os indicadores de épocas e estações para os habitantes pré-científicos da terra, não é estranho que tenha sido justamente para as estrelas que ele teve que criar falsos raios de luz, invisíveis a olho nu - e assim não podiam ser usadas "para sinais e estações"?

O discurso de Frank R. Zindler, publicado em 10/12/2000 no site Sociedade da Terra Redonda www.str.com.br, traz uma grave constatação:

 “A guerra entre os criacionistas e as escolas públicas acabou. Os criacionistas parecem ter ganho. Apesar do fato de terem falhado em impor leis tornando ilegal o ensino da evolução, apesar de terem falhado em impor leis obrigando ao "tempo igual" para a mitologia criacionista e a ciência evolucionista, e apesar do fato de os cientistas diariamente descobrirem ainda mais evidências provando a realidade da evolução, quase nada em termos de ciência evolucionista é ensinado nas escolas públicas dos Estados Unidos. Diretores e professores foram tão intimidados pelos fanáticos pelo Gênesis que quase ninguém tem coragem de lidar com o assunto supostamente controverso da evolução.”

Aqui no Brasil, diversos Estados estão impondo o “ensino religioso” nas escolas públicas. A doutrinação é evidente. Por exemplo: em São Paulo, a Secretaria de Educação “enfeitou” sua sede com motivos natalinos em dezembro de 2004. Mas, curiosamente, esta mesma Secretaria ignorou completamente as festas do Carnaval/2005, em fevereiro. O Natal é uma festa cristã, enquanto que o Carnaval celebra ritos pagãos. Seria discriminação religiosa?

Esperava-se que os “criacionistas” apresentassem suas conquistas científicas, algo que fosse equivalente à descoberta da “energia nuclear”, da “célula foto elétrica”, das “células tronco” etc. Dizer que todo o Universo foi criado por um Deus para servir ao Homem não tem a mínima base científica; e nem serve de resposta às questões chaves da humanidade: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?

       

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