O Brasil e FHC: O Pesadelo Precisa Acabar!

Escrito por Carlos Antonio Fragoso Guimarães


Em homenagem ao Dia do Trabalho de 1998


Por termos muitas necessidades individuais e outras tantas que são coletivas, por sermos criaturas interdependentes, e, enfim, por ninguém ser auto-suficiente em nada - quer no sentido material, quer no social e espiritual -, o homem criou uma estrutura que, com o tempo, vem se aperfeiçoando e se modificando, embora às vezes se apresente de modo anacrônico ou insalubre às aspirações mais básicas do ser humano: o Estado.

Esta grande instituição jurídica, o Estado, existe por causa do homem, e não o contrário, como parece ser em nossos dias. Ele existe unicamente com a finalidade de viabilizar a vida de todas as pessoas que constituem uma coletividade. Seu objetivo deve ser o bem comum, das pessoas que fazem o povo soberano de uma nação, das pessoas que o financiam com seu trabalho, dando uma parte considerável de seu dinheiro, para a manutenção desta grande máquina que, tal como um Frankenstein, parece ter adquirido vida própria, infernizando a vida de um povo já de há muito judiado, qual o povo brasileiro... Uma máquina que se torna cada vez mais onerosa, constituída por pessoas que se esquecem de que são representantes do povo, parte deste mesmo povo, e que, enchendo-se da arrogância e da prepotênicia que o poder dá, julgam-se acima dos demais mortais e passam a legislar e administrar em causa própria ou de pequenos grupos com interessens afins, mas que são poderosos setores da economia nacional e multinacional, e os valores e anseios mais básicos de todo um povo são destratados e/ou negligenciados.

Fonte:O Baguete Diário

Não é necessário ser um revoltado ou um esquerdista gratuito para se perceber a real inteção de muitas das interferências que o Estado, através de seus órgãos com força e poder coercitivo, exerce sobre todos nós... os fins buscados no exercício dessa força coercitiva implicam quase sempre nos interesses do próprio Estado, comandado pelos políticos que o constituem, e não à comunidade humana que sofre, coagida, a sua ação.

Se não fosse assim, o projeto Sivam (aquele que visa por radaras na região amazônica) teria sido dado à Engenharia e Ciência brasilieiras, já altamente qualificada tecnologicamente para o levar adiante, e com soberbas vantagens econômicas e de soberania, o que ajudaria a gerar empregos e a salvaguardar informações estratégicas valiososas sobre o tráfego aéreo desta região e suas fronteiras, e não dado de mão beijada aos norte-americanos que, além de ganhar muito dinheiro usando mesmo uma tecnologia menos precisa - a alta tecnologia não seria dada à mostra no nosso País "atrasado"- que a que nós poderíamos ter usado, estão monitorando, segundo seus interesses, tudo o que lhes convenha em nosso território verde... já não tão verde devido à queimada de Roraima, quando nosso tão sábio Presidente só veio à tomar algumas pálidas medidas efetivas no final, quando a pressão Internacional se fez bem visível... Além do mais, o desastre das queimadas na Amazônia devido à programação inciada com os militares para a ocupação da área - de forma altamente desorganizada - bem como a exploração latifundiária - mais preocupada com a especulação financeira - têm atraído mais a preocupação e o estudo internacional que o nacional, onde esta realidade é, tanto quanto psosível, negada, maquiada ou cinicamente deformada pelo governo e os meios de comunicação. Além do mais, os grandes fazendeiros - que são verdadeiros criminosos ecológicos na região - dão abertamente apóio ao governo FHC e aos seus comparsas políticos... Além disso, os fascistas da UDR - responsáveis pela morte de um dos mais respeitados - inclusive internacionalmente - líderes dos seringueiros da região, Chico Mendes, dão aberto apóio ao governo, o que nos permite avaliar "a árvore pelos seus frutos"... Até quando criaturas inocentes, das quais depende o planeta, serão vítimas desta visão mecanicista e capitalista destes cínicos e medíocres?

Ora, uma das mais importantes e fundamentais bases de desenvolvimento de uma nação é a conscientização da força política que reside nas mãos de todos os cidadãos, e não nesta alienação generalizada que prega que o povo é impotente ou incompetente para cuidar de si, como ocorre, similarmente, na ideologia biomédica cartesiana que prega que o "paciente" (= passivo) é incompetente para cuidar de si mesmo, cabendo ao sábio "médico" (que é o doutor ativo) a responsabilidade sobre o corpo que não lhe pertence, como a um mecânico a que não pertence a máquina que cuida. Ora, somos nós, os cidadãos, que somos os destinatários da nação. Somos nós que temos o poder de escolher as pessoas que nos irão representar. Somos os senhores desta sociedade instituicionalizada que forma o Estado Brasileiro, e não o inverso. E isto está escrito bem em frente ao livro que se chama Constituição: "Todo o Poder emana do Povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente..." (Parágrado único do artigo 1º, AINDA vigente na Constituição Federal).

Infelizmente em nosso país, a cultura do paternalismo aparente ainda é forte o suficiente para influenciar a opinião de muitos. Não fosse assim, nosso povo não seria tão massacrado por duas realidades antagônicas: de uma lado, uma miséria material e moral sempre crescente, destruidora da qualidade de vida de milhões, e, do outro, uma realidade virtual, digna de um Goebells , que é inculcada pela propaganda, afirmando as maravilhas do crescimento de um Brasil semi-primeiro mundo, exibindo a felicidade que está se tornando cada vez mais distante. Precisamos acordar desta modorra e desta alienação política habilmente calculada pelos que detêm o poder, e que nos passam uma idelogia tipicamente "novela urbana das oito". Precisamos ver que tudo o que vemos de mal e ruim na rua é reflexo de uma visão de mundo e de uma forma de administração corrompida. Precisamos acordar já, antes que nossa casa, nosso patrimônio, sejam comprometidos mais do que já estão. Ou então, como diz Renato Russo:

Renato Russo, Perfeição.


Talvez esta letra fale mais do que tudo da era em que vivemos, era de vaidade e hipocrisia polítca, representada à perfeição pelo pseudo-imperador Fernando Henrique Cardoso.

    TAXA DE DESEMPREGO É A MAIOR DESDE 1984 O desemprego no Brasil continua galopante. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a taxa de março: 8,18% contra 7,42% em fevereiro e 5,97% no mesmo mês de 97. O resultado foi o segundo maior da História da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), apurada desde 82. Só perde para os 8,28% registrados em maio de 84. Em São Paulo e Salvador, o desemprego foi recorde: 8,97% e 9,94%, respectivamente. No Rio, a taxa atingiu 6,32% - em fevereiro fora de 5,03% e em março de 97, de 3,90%.

Fonte:O Baguete Diário

Poucas vezes na história de nosso país a população trabalhdora foi tão lesada em seus direitos como agora, muitos dos quais foram adquiridos à custa de muita luta e através de anos de sacrifícios. Da mesma forma, nunca se investiu tanto em processos de propaganda política para, através da mídia eletrônica comercial - principalmente a televisão -, se falsear uma realidade social extremamente grave, e que nos é dada a ver em sua crueza mesmo pelos mesmos veículos de comunicação que fazem, de modo geral, a apologia do governo.

Alias, como temos mais de uma oportunidade de testemunhar (1989, 1994), a imprensa toma frequentemente a heróica tarefa de revisar o "óbvio": o paradigma da direita, há tanto tempo no poder, é tomado como a visão "real" do mundo... Nada fora dele é bom, prático ou útil, muito pelo contrário. A chamada "esquerda" -se é que ela existe - está ultrapassada diante da vitória retumbante do capitalismo, donde até mesmo se falar da Morte da História... Os raciocínios de parte da imprensa nacional adota o "falar" de parte da imprensa externa, particularmente a norte-maericana, e, como a quase totalidade da imprensa Terceiro Mundista, se compraz numa enxurrada de lógicas e apralógicas, como dizem Antônio Houaiss e Roberto Amaral, apontando para o futuro: fora do sistema político-econômico que adotamos não há salvação! Ou seja, fora do capitalismo no estágio em que está - imperialismo, neo-colonialismo, gerencialismo, a globalização, o monopólio da mente, da educação, da técnica, da ciência e da informação - enfim, todas as etapas de solapamento de tudo o que nos pode fazer, de fato crescer, da era FHC que vivemos, fora disto tudo, com as suas conseqüências mais brutais - desemprego, degeneração da qualidade de vida da maioria, crescimento do sentimento de angústia e alienação, violência, etc. - não há salvação...
É esta a nossa democracia: a de indivíduos que são mais cidadãos que outros, que detêm a quase totalidade da renda nacional, e que, por isso mais titulares de diretos que outros, inclusive o de se expressar e o de deixarem serem expressos o que está de acordo com o que pensam. Se admitem direitos civis para todos, restringem os direitos de que outros possa pensar e saber de coisas diferentes do que é dado a eles conhecer pela sua janela paradigmática, e valeme-se dos expedientes mais diversos para manter as coisas como estão, boris-casoysticamente, incluindo no "peneiramento" os que não lhes sejam mais favoraveis por grau de instrução (quanto mais mecanicista, melhor), à distribuição de renda, e, num grau de fascismo extremamente cínico, por acreditarem que apenas os "eles" sabem e têm a chave para tudo... São os hipócritas de sempre, os fariseus amantes do poder e poucu afeitos a mudanças...

Desde sempre, por exemplo, os Com-Terra latifundiários sempre tiveram força política. Eles de tudo fizeram para desacreditar e desmoralizar o movimento abolicionista, século passado, e tanto conseguiram que o Brasil foi um dos últimos países do mundo a erradicar a escravatura (mas será que ela acabou mesmo?), e mesmo assim mais por pressões internacionais que pelo humanismo de nossa classe política extremamente colada ao conservadorismo. A resposta à abolição foi essa, dada por um dos coroneis daquela época que não é muito diferente da resposta dos "produtores rurais" de hoje: "Princesa, a Senhora acaba de perder um Império". E, de fato, o golpe militar de Benjamim Constant e Deodoro da Fonseca não demorou mais que um ano para se fazer, com o apóio dos Com-Terra. Foi assim em 64... Foi assim no Chile (assistam o filme "A Casa dos Espíritos"), e é ainda assim que continua.

O liberalismo nunca se envergonhou diante do escravismo que praticou ou do colonialismo que ainda pratica, nem liga para o desatre ecológico que esta sociedade mecanicista e desumana tem feito para usufruto e felicidade de 1/4 da população mundial e das classes abastadas do Terceiro Mundo. As teses paradigmáticas desta burguesia, valendo-se dos direitos e das liberdades apenas para si própria, como diz Houaiss e Amaral, foram sempre usadas como arma e instrumento quando dizem respeito ao "resto" da população, principalmente à base desta estrutura, ou aos subalternos quase não-humanos (pelo menos são tratados como tais): os trabalhadores e camponeses, e ai destes se se oragnizarem para fazer face a seus direitos... ai, a tal democracia vai para as cucuias. O tal liberalismo esquece sua pregação rapidinho, pois a igualdade é apenas entre eles, e se tranforma em autoritarismo, em cinismo. Baste lembrar 64, 89... 94... e agora mesmo, como está ai. VEJA, ou melhor, ISTO É a nossa ÉPOCA: Chile, Bolívia, Brasil, Argentina... Vietnã, Granada, Panamá, Irãs-Contra, Baia dos Porcos, etc .

É preciso ser muito inteligente para se notar isso? A direita, há tanto tempo no poder, em que temos uma idéia muito bem fotografada no reino dos bastidores de ACM, se compromete tanto com a Democracia quanto com o autoritarismo, de acordo com as conveniências. O bolo da renda e das riquezas tem de crescer sim, mas a parte do leão sempre ficará com a minoria até que tenhamos coragem e vontade de mudar, e isso implica, sim, em romper draticamente com o status quo vigente...

Ultimamente temos visto como os movimentos populares que se insurgem contra as desigualdades e contradições da ordem vigente - tão ardorsamente adotada pelos que tudo tem e nada querem que mude, e que se concentram nas grandes cidades -, como o MST, a Pastoral da Terra, o Movimento dos Meninos de Rua, e outros tantos, são atacados e desmoralizados, como o foram os Camponeses de Canudos há 100 anos atrás, em nome da ideologia da direita, mesmo que está ideologia encubra os fatos da terra e do desespero da pobreza tais como eles são.
Ao tão sábio intelecutal que, com sua ironia, pretende desmoralizar as opinões que não lhe puxam o saco, vai ai o que disse o Dalai Lama: "Não tenho ódio dos Chineses... eles não sabem o que fazem. Mas há outra formas de violência além da que vem da China, e estas são, muitas vezes, bem pesadas e, por tanto, mais graves. Trata-se da violência da imposição de idéias e formas de vida que não respeitam a diferença humana, de opiniões ou de escolha de vida. A sociedade moderna é uma sociedade doente porque dexou de lado os valores humanos para se por ao lado dos valores mecânicos e monetários. O fato de pessoas necessitadas serem ignoradas em todos os países por razões políticas revela o que está nos faltando; embora sejamos inteligentes, poderosos e suficientemente fortes para explorar povos e destruir o mundo, não possuímos a a bondade e o amor verdadeiros. Em primeiro lugar, é necessário perceber que, como seres humanos, não queremos morrer. Essas pessoas também são seres humanos, portanto tampouco desejam a morte, mas uma vida digna de seres humanos que são. Elas têm o direito de viver, elas precisam de ajuda".

Está claro que o governo FHC não enfrenta os problemas básicos de nossa sociedade, posto que outros interesses - especialmente os dos que detêm o poder econômico - determinam as diretrizes neoliberais desta administração. Enfrentar os problemas fundamentais, tais como reforma agrária, dívida externa e interna, educação e saúde de forma precisa seria, além de uma violência aos poderosos Com-Terra, banqueiros e empresários, donos de redes de ensino privada e de seguradoras e planos de saúde, políticos de direita, bem como os donos de hospitais e médicos particulares, enfin todos os que levaram FHC ao poder e que, do mesmo modo, o podem derrubar, assim como fizeram o o outro Fernando... o collorido caçador de marajás, cujo cordão umbilical para com todos estes citados era o justo e honesto PC Farias...

O projeto e plano de governo do atual imperador das Medidas Provisórias é administrar o Brasil do Real, ou seja, da fome e da concentração de renda (uma das mais peversas do mundo, segundo o Banco Mundial e o BID), sem prejuízo de um mínimo de tática para manter o controle social ao preço de ganhos secundários, para que a atual estrutura de poder e de privilégios de uma minoria se mantenha. Não falta recursos e idéias aos que detêm o poder e têm os meios econômicos para maquiar a situação de miséria sempre crescente, material e moral, humana e espiritual, em que mergulha nosso país, quer seja com pão, ou melhor, com dentaduras, e o circo da Copa do Mundo, do pagode, da novela global e outros mecanismos sublimianares de mistificação, influência e coerção indireta e direta graças aos mecanismo de manipulação dos fatos, perpetuando sua visão de mundo conocorde com a sua ideologia, prorrogando o controle das "elites", pelas revistas e telejornais estupidamente, descaradamente tendenciosos de nosso país.

Tal como se cáia um túmulo para impressionar externamente e ocultar a podridão interna, este governo tem como cabeça dirigente um pseudo-Estadista que se maquia prontamente para se passar por messias do 3° mundo latino frente à comunidade econômica e política externa, de preferência do primeiro mundo... Com a mesma força dos brilhos de fogos, ele faz da mídia seu espelho e se apresenta lá fora como um homem sensível às questões sociais, mas faz dos aposentados brasileiros menos que lixo ou pesos econômicos, o que se evidencia muito bem nos destratos desumanos a que a burocracia bancária e previdenciária os fazem se submeter, justamente por não serem eles considerados "fatores" produtivos ou economicamente viáveis ante à ideologia do capitalismo taylorista própria do neo-liberalismo. Muito pelo contrário, eles são até mesmo considerados despesas inúteis ("Vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais direito a nada! " ).

Além disso, num processo de reducionismo de um sistema complexo a algo facilmente assimilável pelas massas, ajudando a ocultar causas mais profundas, este falso império, tal como o de Nero, transformou uma classe, os funcionários públicos, no grande bode expiatório de todas as mazelas da nação, enquanto fatores muito mais influentes são escondidos ou excluídos da apreciação pública, como a dívida externa que continua sendo uma praga sempre prontamente paga e ocultada dos olhos de todos, e a educação - principalmente nas Universidades Federais e nas estóicas escolas públicas -, que mais do que nunca está sendo propositadamente sucateadas, mais e mais a cada dia. Afinal, saber é poder, não é? Um Herodes não gostaria de pessoas inteligentes que pudessem lhe questionar a legitmidade ao trono... Nada melhor, pois, que dividir para reinar, e que melhor meio se tem para isso senão desacreditar a elite pensante através dos meios de comunicação com ideologia concorde ao do governante? Por que não desmoralizar os conscientizadores, os professores e todos os que estão ligados a eles? Isso pode ser feito, mesmo que por meios um tanto quanto terroristas.... As universidade Federais estão em greve e o Presidente com a caneta na mão sedento para cortar o dinheiro já mínguado destas instituiçõs cujo corpo trabalhista, como os dos demais funcionários do executivo, não vê um único reajuste sequer desde 1994.

Na verdade, este arremedo de déspota esclarecido, pronto a socorrer banqueiros corruptos, obriga a criação de impostos, como a CPMF, cujos recursos são usados em tudo - inclusive na campanha de reeleição -, menos ao fim a que se destinam, como a saúde pública. Este bizzarro príncipe sempre se mostra sorridente e - cínico ateu que é - grita "Aleluia!" em frente aos evangélicos, beija a mão do Papa, mas agride os representantes religiosos ligados à reforma agrária e denigre os intelecutais que são dicordes de seu "brilhante" pensamento neo-liberal harmônico com as misérias da globalização... Como bom e inteligente estudioso de Maquiavel, ele sabe bem assimilar a premissa de seu mestre de que "Os fins justificam os meios". Ele se aproveita das misérias naturais para fazer sua campanha, e persegue, abusando do poder que têm, os que lhe apontam os erros. Vejamos só um exemplo:

    BISPO ACUSA POLÍTICOS EM RESPOSTA A PRONUNCIAMENTO DE FHC O bispo de Afogados de Ingazeira (PE), dom Francisco Austregésilio Mesquita Filho, disse ontem na 36ª Assembléia-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que o Governo e os políticos do Nordeste criaram a política da seca para se manter no poder às custas da compra dos votos dos miseráveis. As declarações foram uma resposta ao pronunciamento do presidente Fernando Henrique Cardoso, que considerou irresponsável a defesa da CNBB de saques a supermercados e armazéns do Governo. http://www.oglobo.com.br/pais/pais803.htm http://www.correioweb.com.br/noticias/correio/brasil/pagina1.htm

Fonte:O Baguete Diário

Além disso, temos a lembrança das críticas de Betinho para exemplificar isto, bem como as demais crítcas lúcidas feitas por Leonardo Boff e dos saudosos Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Florestan Fernandes. Dom Lucinano Mendes de Alemeida é uma das pessoas mais lúcidas a criticar a política excludente de FHC (Veja aqui sua entrevista a um jornal).

A Realidaede social - bem diversa da realidade vinculada nas milionárias propagandas do governo - é clara para todos, até mesmo para os poderosos da política, com todo o apóio da alta burguesia nacional, que acha que tudo deve continuar como está enquanto suas compras em Nova York puderem ser feitas e seus filhos continuem a frequentar os Shopping de toda a vida, e a cursar as faculdades de Direito e Medicina. E mesmo para os repórteres arautos do pensamento neo-liberal, e que são verdadeiramente "uma vergonha" em seus ataques pueris ao pensamento progressista e de esquerda... Esperamos que o povo brasileiro possa escapar da ganância dos poderosos e dos inlfluentes donos dos meios de comunicação, e, finalmente, não escolhe mais a Barrabás, pois FHC, em seu trunfo mítico, o Plano Real, tem cobrado um alto preço social. Bem que este Presidente tem o orgulho de dizer "Que é Cartesiano até os ossos..." Não poderia ser diferente...

    FH DECLARA QUE FIM DA SECA DEPENDE DE DEUS O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou, anteontem a noite, que a solução para o problema da seca no Nordeste não depende so do governo federal. "Depende de Deus, do tempo e da chuva", disse, ao ser questionado se tinha controle absoluto sobre a situacao. FHC comentou ainda as doações de alimentos para as vitimas da seca. Segundo ele, a "solidariedade cria problemas", porque é "caro" transportar os alimentos doados até os municípios atingidos pela estiagem. http://www.uol.com.br/fsp/brasil/fc07059804.htm

    VIGÁRIO APROVA SAQUES E TENSÃO SOCIAL PROVOCADA PELA SECA AUMENTA O vigário-geral de João Pessoa, Luiz Antônio de Oliveira, afirmou que a Igreja na Paraíba não condena o saqueamento do comércio pelos flagelados. "O saque é uma reação, não uma ação", defendeu o padre. Na região do Cariri, a tensão social impede o prefeito de Soledade, Fernando Araújo Filho (PMDB), de voltar para sua casa. Os flagelados ameaçaram invadir sua casa e o comércio. O prefeito recebeu o ultimato no sábado, quando 300 pessoas cercaram sua casa. A Polícia Militar da Paraíba está enviando policiamento a vários municípios para evitar os saques nas feiras e no comércio. Segundo o padre Luiz Antônio, a seca estava prevista há um ano, e não existe motivos para surpresas, principalmente por parte da sociedade e do governo. http://www1.estado.com.br/edicao/pano/98/04/29/ger723.html http://www.opovo.com.br/9804/30/principal/terceiro.htm


Fonte:O Baguete Diário


João Pessoa, 1ºde maio de 1998

Veja também estes links:

Muito Além da Rede Globo    Globalização e Neoliberalismo: A Intentina Capitalista   Carta ao Senhor Roberto Marinho  Rede Globo, O Império de Roberto Marinho    Meios Violentos de Comunicação Bancarrota   Governo do Varejo   Esquerda e Direita     O Encanto das Serpentes   Delírio Neoliberal   Desencanto da Globalização       Neoliberalismo X Humanismo, o quadro de uma Era   A Economia Mecanicista: Uma Crítica