Eu gosto muito de escrever, costumo chamar meus escritos de Unart. Pois é isso que elas são. Uma "desarte"geral. Elas são a minha principal valvula de escape. Espero que gostem das que estão por aqui. Não adianta correr para as livrarias para comprar os meus livros, eles não estão lá. Eu não conheco nenhum editor.... Mas é isso mesmo eu devo colocar 5 poesias "on-line" e troca-las semanalmente. Meus dois primeiros livros estão disponiveis para download. Espero que gostem.

Download

Unart - meu primeiro livro (1989-1993)

Nonsense - meu segundo livro (1993-1995)

On line

33

Fênix

Lágrima dos Anjos


33

Muito e tão pouco.
Uma vida como Cristo.
Rotações de um disco.
Um dia eu deixo de ser louco.

Choraram em meus ombros
Por coisas que outros fizeram.
Não gosto de ver sofrer quem eu gosto
E nada poder fazer.

Sinto sua pele,
Sua respiração,
Seu coração,
Sua lágrima.

Seus sentimentos,
Seus sofrimentos.
Poucas coisas eu sei.
Solidão é uma delas.

Me sinto protetor,
De algo que não é meu.
Me sinto inútil,
Pois abraça-la é só o que posso fazer.

Tantas coisas mais desejaria.
Seu sorriso tão lindo,
Assim a queria ver.
Como explicar o que os outros fazem?

Queria que gostasse de mim.
Fragilizado.
Não nego o ombro
Que tantas vezes me faltou.

Mal sabem,
Quem será o meu esteio,
Quando elas fazem comigo
O que os outros fazem com elas ?

Não reclamo da confiança.
Pena !
O que é confiavél,
Não é tentador.

Tentações,
Quando o sentimento é tão honesto,
Que o impede de se aproveitar
De seus sentimentos abalados.

Quando após enxugar suas lagrimas,
Depois que ninguém precisa da minha força,
Posso apagar a luz
E chorar.

Eduardo Bacelar
17/junho/1995
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Fênix

     A lua está tão formosa quanto radiante, me lembrando um sorriso que já presenciei. Queria te presentear com ela. Como você, nuvens a roubam de mim.
     A caneta flui solta entre meus dedos, como os pensamentos em meu corpo.
Revejo imagens que meus olhos não podem mais alcançar. Como um cigarro onde a fumaça já se desfez e a única coisa que me faz acreditar que fumei são as cinzas deixadas para traz. Um amor renascido da cinzas como uma fênix.
     O suave aroma de um vinho se mistura com o seu perfume. Não sei qual dos dois me embriaga mais. Os pensamentos vão e vem enquanto os sentimentos crescem. Dentro de mim uma batalha interminável entre desejo e realidade.
     Horas se passam e não me canso de ouvir a sua voz e sua respiração. Tento te dizer algo, mas a língua parece não querer dizer o que sinto. Minha mão sua quando encontra as suas. Não sei se por medo, prazer, nervosismo. Sem motivo, no meu rosto se encontra um sorriso bobo, meio lerdo, meio infantil e meio malicioso.
     O seu pescoço parece dizer: comece o beijo por aqui. Sou uma besta por não saber interpretar sinais. Toda vez que acho que podia ser, não será, assim como toda vez que eu acho que não poderia ser , o é.
     Pensamentos são tão diferentes de ações...
     Ela se despede com um beijo no meu rosto. Não era bem isso que eu queria, mas porque seria diferente? Após fechar a porta apago a luz, aumento o som, ponho mais um pouco de vinho e retorno a varanda. Entregue aos meus pensamentos ainda sinto o seu perfume…
     Tantos promissores são uma farsa, talvez minha farsa seja menos pior que a minha realidade. Uma máscara para esconder a timidez, o medo de falhar e a carência O coração bate mais forte como quem diz: Ei amigo, estou um pouco enferrujado mais ainda estou aqui.
     Tenho medo de pensar que talvez você fosse a pessoa certa. Entretanto isso eu não tive a coragem de desvendar. Pelo menos até o dia em que dessas cinzas renasçam a vigorosa fênix.

Eduardo Bacelar
3/junho/1996
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Lágrimas dos Anjos.

Caia uma chuva avermelhada,
Espessa como o sangue.
Um lamento dos anjos
Tentando limpar o mundo.

Um mundo que a muito esqueceu
A magia,
O sorriso,
E o amor.

Uma triste canção,
Levada pela Brisa,
Como uma última dança,
Como a última chance.

Lágrimas frias me molham.
Espremo o coração.
Ao invés de sangue,
Tive fel.

A última noite na terra
Como a conhecemos.
Sinto sua falta.
Quem roubou as suas asas?

O leite da vida
Já azedou
O mundo se parte,
Como vaso que não pode ser colado.

Todos sentem que há algo errado.
Não sabem o que,
Não fazem nada,
Não fazem nada a tempos.

Precisa-se de uma mudança,
Talvez uma volta,
Aos tempos da inocência,
Aos tempos da vida.

Mudamos
Ou seremos mudados.
Como está não vai ficar
E se ficar porque não partir?

Eduardo Bacelar 17/09/1995
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