Hipnose e Regressão

A hipnose é um estado de concentração focalizada, do tipo que muitos de nós experimentamos diariamente.

Quando você está relaxado e sua concentração é tão intensa que não se deixa distrair por ruídos externos e outros estímulos, você está num estado superficial de hipnose. Toda hipnose é na verdade auto-hipnose, pois o paciente controla o processo. O terapeuta é meramente um guia. Quase todos nós entramos freqüentemente em estado hipnótico - quando estamos concentrados num bom livro ou filme, quando dirigimos nos últimos quarteirões a caminho de casa sem perceber como chegamos, sempre que ligamos o "piloto automático".

Um objetivo da hipnose, bem como da meditação, é ter acesso ao subconsciente. Esta é a parte da mente que fica debaixo da consciência comum, sob o constante bombardeio de pensamentos, sensações, estímulos externos e outros ataques à nossa consciência. O subconsciente funciona em um nível mais profundo que o nosso nível de consciência usual. No subconsciente os processos mentais ocorrem sem que notemos. Vivenciamos momentos de intuição, sabedoria e criatividade quando estes processos subconscientes cintilam em nossa percepção consciente.

O subconsciente não está limitado por nossas fronteiras impostas de lógica, espaço e tempo. Pode lembrar de tudo, de qualquer tempo. Pode transmitir soluções criativas para nossos problemas. Pode transcender o usual para atingir uma sabedoria muito além das nossas capacidades cotidianas. A Hipnose acessa a sabedoria do subconsciente de um modo focalizado a fim de conquistar a cura. Estamos em hipnose sempre que a relação habitual entre a mente consciente e a inconsciente é subvertida, de modo que o subconsciente assuma um papel mais dominante. Existe um amplo espectro de técnicas hipnóticas. São destinadas a penetrar numa gama ampla de estados hipnóticos, dos mais leves aos níveis mais profundos.

De certo modo, a hipnose é um continuum no qual estamos cientes do consciente e do subconsciente em grau maior ou menor. Descobri que muitas pessoas podem ser hipnotizadas em um grau desejável para a terapia se recebem informações sobre a hipnose e se seus medos são discutidos e apaziguados. A maioria do público tem concepções errôneas sobre a hipnose pelo modo como a televisão, o cinema e o teatro a retrataram.

Quando hipnotizado, você não está adormecido. Seu consciente está sempre a par do que você está vivenciando neste estado. Apesar do contato subconsciente profundo, sua mente pode comentar, criticar e censurar. Está sempre no controle do que você diz. A hipnose não é um "soro da verdade". Você não entra numa máquina do tempo e de repente se descobre transportado para outro tempo e lugar sem percepção do presente. Alguns hipnotizados vêem o passado como se assistissem a um filme. Outros ficam mais intensamente envolvidos, com maiores reações emocionais. Outros ainda "sentem" mais do que "vêem" as coisas. Às vezes a reação predominante é auditiva ou até mesmo olfativa. Mais tarde, a pessoa recorda tudo que foi vivenciado durante a sessão de hipnose.

Pode soar como se fosse necessária uma enorme habilidade para se alcançar estes níveis mais profundos de hipnose. Contudo, cada um de nós os vivencia facilmente a cada dia, quando atravessamos o estado entre vigília e o sono, conhecido como estado hipnagógico. Estamos numa espécie de estado hipnagógico quando acabamos de acordar e podemos ainda relembrar nossos sonhos vividamente, mas sem estar plenamente despertos. É o período que antecede a reentrada das lembranças, e preocupações do dia-a-dia na nossa mente. Como a hipnose, o estado hipnagógico é profundamente criativo. Quando passamos por ele, a mente está completamente voltada para dentro e pode ter acesso à inspiração do subconsciente. O estado hipnagógico é considerado por muitos como um estado de genialidade, sem quaisquer fronteiras ou limitações. Neste estado temos acesso a todos os nossos recursos e a nenhuma das restrições auto-impostas.

Thomas Edison valorizava tanto este estado que desenvolveu sua própria técnica para manter-se nele enquanto trabalhava em suas invenções. Sentando-se numa cadeira especial, Edison usava suas técnicas de relaxamento e meditação para alcançar o estado de consciência entre o sono e a vigília. Ele segurava algumas bolas de bilhar na palma da mão fechada para baixo, repousada no braço da cadeira. Debaixo da mão colocava uma tigela de metal. Se Edison pegasse no sono, sua mão se abriria, as bolas cairiam dentro da tigela e o ruído o despertaria. Depois ele repetia o processo várias vezes.

O estado hipnagógico é muito parecido com a hipnose e na verdade mais profundo do que muitos níveis da hipnose. Ao ajudar o paciente a alcançar um nível mais profundo de sua mente, um terapeuta especializado nas técnicas hipnóticas pode acelerar expressivamente o processo de cura. E quando idéias e soluções criativas se estendem além da solução de problemas pessoais, amplos segmentos da sociedade podem se beneficiar, como todos nós nos beneficiamos da invenção da lâmpada elétrica por Thomas Edison.

A voz orientadora do terapeuta ajuda a focalizar a concentração e a alcançar um nível mais profundo de hipnose e relaxamento. Não há perigo na hipnose. Ninguém que eu tenha um dia hipnotizado ficou preso ao estado hipnótico. Você pode emergir de um estado de hipnose sempre que quiser. Ninguém jamais teve seus princípios éticos e morais violados. Ninguém nunca agiu involuntariamente como uma galinha ou um pato. Ninguém pode controlá-lo. O controle é todo seu.

Na hipnose sua mente permanece alerta e observadora. É por isto que as pessoas que estão profundamente hipnotizadas e ativamente envolvidas numa seqüência de lembranças da infância ou de vidas passadas são capazes de responder às perguntas do terapeuta, falar com seu jeito habitual, conhecer os acidentes geográficos que estão vendo até mesmo saber o ano, que geralmente aparece diante de seus olhos interiores ou simplesmente em suas mentes. A mente hipnotizada, ao mesmo tempo que mantém a consciência e o conhecimento do presente, situa no contexto a infância ou as lembranças da vida passada. Se é o ano de 1900 que aparece, mas você se descobre construindo uma pirâmide no Egito antigo, você sabe que o ano é a.C., mesmo que não veja estas letras.

Esta é também a razão pela qual um paciente hipnotizado, descobrindo-se em meio a uma batalha campestre de uma guerra medieval européia, por exemplo, pode reconhecer pessoas daquela vida passada que ele conhece na vida presente. É também por isto que ela fala inglês moderno, pode comparar as toscas armas daquele tempo com as que poderia ter visto ou usado nesta existência, fornecer datas e assim por diante.

A mente atual está consciente, observadora, analítica. O paciente pode sempre comparar os detalhes e eventos com os de sua vida presente. Ele é simultaneamente o espectador do filme, seu crítico e geralmente seu astro. E pode, ao mesmo tempo, permanecer no estado hipnótico e relaxado.

A hipnose coloca o paciente num estado com grande potencial curativo por dar-lhe acesso ao subconsciente. Metaforicamente, coloca o paciente na floresta mágica que abriga a " árvore da cura ". Mas se a hipnose o deixa neste país da cura, o processo de regressão é que é a árvore da qual pendem os frutos sagrados que ele deve comer para se curar.

A terapia da regressão é o ato mental de voltar a um tempo anterior, qualquer que seja este tempo, a fim de resgatar lembranças que podem continuar a influir negativamente na vida atual do paciente e que são provavelmente a fonte dos seus sintomas. A hipnose permite que a mente produza um curto-circuito nas barreiras conscientes para atingir estas informações, incluindo as barreiras que impedem o paciente de ter acesso às suas vidas passadas.

Compulsão repetitiva é o nome com que Freud descreve a necessidade quase sempre irresistível de redramatizar ou reproduzir experiências emocionais tipicamente dolorosas ocorridas no passado. Em sua obra Papers on Psycho-Analysis (1938), o famoso psicanalista britânico Ernest Jones define a compulsão repetitiva como "o impulso cego de repetir experiências e situações anteriores inteiramente independente de qualquer vantagem que este ato traria do ponto de vista de dor-prazer". Não importa o quanto seja nocivo e destrutivo o comportamento, a pessoa parece compelida a repeti-lo. A força de vontade é ineficaz para controlar a compulsão.

Freud descobriu a eficácia de trazer o trauma inicial à consciência, liberando-o por catarse (processo que os terapeutas chamam de ab-reeação), e integrando o que se sentiu e aprendeu. A terapia de regressão hipnótica, executada por um terapeuta capaz, primeiro coloca o paciente num estado hipnótico e depois dá a ele as ferramentas necessárias para trazer à luz um incidente traumático. Com freqüência, o incidente ocorreu durante a infância. Esta é uma teoria padrão da psicanálise.

Outras vezes, porém, como descobri ao tratar de Catherine, o trauma inicial remonta a um período bem mais distante no tempo, a vidas passadas. Descobri que cerca de 40% dos meus pacientes precisam se aprofundar em outras existência para resolver seus problemas da vida clínica atual. A regressão a um período primitivo da existência atual costuma ser bastante proveitosa para a maior parte dos demais.

Para os primeiros 40%, todavia, a regressão a vidas anteriores é a chave para a cura. O melhor terapeuta, trabalhando dentro dos limites classicamente aceitos de uma única existência, será incapaz de efetuar uma cura completa para o paciente cujos sintomas foram causados por um trauma ocorrido numa vida anterior, talvez centenas ou até milhares de anos antes. Mas quando a terapia de vidas passadas é usada para trazer à consciência estas lembranças há muito reprimidas, a melhora nos sintomas atuais costuma ser rápida e expressiva.

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Descobri que a hipnose combinada com a terapia de regressão explora o inconsciente mais profundamente do que técnicas psicanalíticas como a livre associação, em que o paciente permanece num estado relaxado porém consciente, simplesmente fechando os olhos. Como a terapia de regressão hipnótica promove um nível mais profundo de associações, por penetrar em áreas da memória inacessíveis à mente consciente, ela proporciona a muitos pacientes resultados mais profundos e significativamente rápidos.

O material revelado pela terapia de vidas passadas é, em alguns aspectos, como os poderosos arquétipos universais descritos por Carl Jung. Contudo, o material da terapia de regressão a vidas passadas não é arquétipo ou simbólico, e sim constituído de fragmentos da memória real da experiência humana do passado para o presente. A terapia de regressão a vidas passadas combina a especificidade e a catarse curativa, que é o que há de melhor na terapia freudiana, com a participação curativa e o reconhecimento do profundo significado simbólico que é a marca registrada de Jung.

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Fazer a regressão a vidas passadas sozinho em casa, contudo, é benéfico e relaxante na maioria dos casos. O subconsciente é sábio e não fornecerá ao consciente uma memória que ele não seja capaz de assimilar. Há um leve risco de sintomas adversos, como ansiedade ou culpa, que podem ser aliviados, se necessário, com uma visita a um terapeuta competente. Um indivíduo que tenha alguma dessas reações numa experiência isolada irá simplesmente interrompê-la, protegido por seu subconsciente, ao passo que um terapeuta destreinado tentaria invadir o subconsciente e forçar o paciente a continuar antes que estivesse pronto.

Como tenho uma agenda sobrecarregada, minha prioridade principal como psiquiatra é curar meus pacientes, em vez de confirmar as lembranças de suas vidas passadas - embora tal validação também seja extremamente importante.

Descobri que lembranças reais de vidas passadas são acessadas e descritas pelo paciente em um ou dois padrões. Chamo o primeiro padrão clássico. Nele, o paciente entra numa existência e é capaz de apresentar um quadro muito completo de detalhes sobre aquela vida e seus acontecimentos. Quase como uma história, grande parte da existência completa desfila, freqüentemente se iniciando com o nascimento ou infância e seguindo até a morte. É possível que o paciente vivencie sem sofrimento e com serenidade a cena da morte e uma recapitulação da vida, na qual as lições da existência são esclarecidas e debatidas muitas vezes por figuras religiosas ou guias espirituais, aumentando consideravelmente o nível de sabedoria do paciente.

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O segundo padrão de lembrança de vidas passadas é o que chamo de fluxo de momentos-chave. Neste padrão, o subconsciente entrelaça os momentos mais importantes e relevantes de um leque de existências, os que melhor irão elucidar o trauma oculto e curar o paciente mais rápida e poderosamente.

Às vezes, o fluxo inclui a revisão da entrevida, outras vezes não. Às vezes, a lição - ou padrão - é sutil e só se torna clara quando próxima do final do fluxo ou quando pergunto especificamente ao paciente sobre ela. Em outras ocasiões o padrão é telegrafado instantaneamente pela memória e pelo fluxo de momentos-chave.

Com alguns pacientes, o fluxo de momentos-chave tem uma qualidade fragmentária. Pode se expandir tanto de forma detalhada quanto num padrão clássico em sessões posteriores, segundo o fluxo de memória e cura mais favorável para o paciente em questão, conforme determinado pelo seu subconsciente. Com freqüência, o fluxo de momentos-chave se movimenta com intensidade e ainda assim calma e pacificamente de um trauma para outro, de um cenário de morte para outro, enquanto tece sua própria forma de iluminação, sem brilho, porém profundamente curativa.

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Para finalizar, nem todo mundo precisa recordar existência anteriores através da regressão sob hipnose. Não são todos os que sofrem o peso de traumas ou cicatrizes de vidas passadas que sejam significativos na existência atual. Com freqüência, o que um paciente necessita é se concentrar no presente, não no passado. Contudo, ensino à maioria dos meus pacientes técnicas de meditação e auto-hipnose, já que estas habilidades são imensamente valiosas na vida cotidiana. Se um paciente deseja se curar de insônia, baixar a pressão arterial, perder peso, parar de fumar, fortalecer o sistema imunológico para combater infecções e doenças crônicas, reduzir o estresse ou adquirir estados de relaxamento e paz interior, estas técnicas podem ser eficazmente utilizadas pelo resto da vida.

Apesar dos benefícios, há porém ocasiões em que os pacientes recusarão a hipnose. Os motivos costumam ser surpreendentes. Quando eu era residente em psiquiatria na faculdade de medicina de Yale, um empresário me foi encaminhado para tratamento de seu medo de voar. Naquela época, eu era um dos poucos terapeutas em Yale que usava a hipnose para curar fobias monossintomáticas, ou seja, medos de uma coisa específica, como viajar de avião, dirigir em estradas ou pavor de cobras. O trabalho deste empresário exigia enorme quantidade de viagens. E como ele não podia se limitar ao transporte terrestre, precisava claramente superar este medo.

Esbocei cuidadosamente o procedimento hipnótico. Transmiti minha confiança e otimismo de que ele poderia ser curado, que não ficaria mais paralisado pelo medo. Esta cura não só ajudaria muito seus negócios, assegurei, como ele poderia viajar em férias para lugares mais distante e exóticos. Todo o seu estilo e qualidade de vida iriam melhorar.

Ele olhou-me pensativo, intrigado. Os instantes passavam lentamente. Por que ele não se mostrava mais entusiasmado? - Não, doutor, obrigado - disse por fim. - Não farei o tratamento! Isto me pegou inteiramente de surpresa. Eu já tratara com sucesso muitos pacientes com sintomas similares e nenhum recusara minha ajuda.
- Por quê? - perguntei. - Por que não quer ser curado?
- Porque acredito em você, doutor. Você vai me curar. Aí vou perder o medo de voar, vou tomar o avião, ele vai decolar, vai cair e eu vou morrer. Não, obrigado!
Não tive argumentos. Cordial, ele deixou o consultório com sua fobia intacta, mas inegavelmente vivo.
Eu estava aprendendo cada vez mais sobre a mente humana, suas resistências e recusas.


A Compreensão através da Experiência

É freqüente um novo paciente ou participante de seminário me confidenciar:
- Dr. Weiss, estou muito interessado em experimentar a regressão a vidas passadas, mas sinto alguma dificuldade em aceitar o conceito de reencarnação.
Se você se sente assim, não está sozinho. Muitas pessoas precisam comunicar esta dúvida antes de iniciar o processo de regressão em suas terapias, e é um tópico comum das perguntas e respostas em meus seminários e palestras. Antes de minhas experiências extraordinárias com Catherine, eu próprio era extremamente cético acerca do processo de reencarnação e do potencial de cura da regressão a vidas passadas. Mesmo depois, precisei de vários anos para assumir o compromisso de trazer a público minhas novas crenças e experiências.

Embora a terapia de Catherine tivesse mudado de maneira radical minha compreensão da natureza da vida e da cura, eu hesitava em permitir que outras pessoas soubessem destas experiências porque temia ser considerado louco ou estranho por colegas e amigos. Por outro lado, eu pudera constatar a eficácia da terapia de vidas passadas ao tratar com sucesso outros pacientes utilizando a mesma técnica. Sabia que precisava resolver esta questão. Para isto, fui à biblioteca médica em busca de outra pesquisa disponível. O médico racional em mim, orientado pelo hemisfério cerebral esquerdo, gostava desta solução para o problema e eu esperava que tal confirmação existisse. Se eu tropeçara acidentalmente em lembranças de vidas passadas, estava certo de que outros psiquiatras, usando técnicas hipnóticas, deviam ter feito experiências semelhantes. Quem sabe um deles não teria tido coragem suficiente para contar a história?

Fiquei decepcionado por só encontrar poucos - embora excelentes - relatórios de pesquisa. Por exemplo, a documentação de casos do Dr. Ian Stevenson, em que crianças relembravam detalhes de suas vidas anteriores. Muitos desses detalhes foram mais tarde comprovados numa investigação. Isto era muito importante, porque ajudava a confirmar o conceito de reencarnação. Mas havia pouco mais disponíveis, quase nada sobre o valor terapêutico da regressão a vidas passadas.

Saí da biblioteca ainda mais frustrado do que ao entrar. Como era possível? Minha própria experiência já me permitira formular a hipótese de que a recordação de vidas passadas poderia ser uma ferramenta terapêutica útil para inúmeros sintomas físicos e psicológicos. Por que ninguém mais relatava a sua experiência? Além disso, por que quase não havia reconhecimento na literatura profissional das experiências de vidas passadas que emergiam durante a hipnoterapia clínica? Parecia improvável que tais experiências fossem só as minhas. Outros terapeutas deviam tê-las tido também.

Em retrospecto, percebo que na verdade queria que alguém tivesse feito o trabalho que eu faria em breve. Naquela ocasião podia apenas especular se outros psicoterapeutas hesitavam tanto quanto eu em se apresentar. Concluída a pesquisa, vi-me dividido entre o poder e o realismo de minhas próprias experiências e o medo de que estas idéias e novas crenças sobre a vida após a morte e contatos com guias-mestre pudessem não ser pessoal e profissionalmente "adequadas".

Decidi consultar outra disciplina. Recordei, do meu curso de religião na Universidade de Columbia, como as grandes tradições orientais, o hinduísmo e o budismo, têm na reencarnação um dogma central, e como nestas religiões o conceito de vidas passadas é aceito como um aspecto básico da realidade. Também tinha aprendido que a tradição sufista do Islã possui uma história muito bonita da reencarnação, expressa na poesia, na dança e na canção.

Simplesmente não podia acreditar que durante os milhares de anos da história das religiões ocidentais ninguém tivesse escrito a respeito de experiências como a minha. Eu não podia ter sido o primeiro a receber esta informação. Mais tarde, descobri que tanto no judaísmo quanto na cristandade as raízes da crença na reencarnação são muito profundas.

No judaísmo, a crença fundamental na reencarnação, ou gigul, existiu por milhares de anos. Esta crença havia sido uma pedra fundamental básica da fé judaica até aproximadamente l800-1850, quando a ânsia de "modernização" e de aceitação pela comunidade científica do mundo ocidental transformou as comunidades judaicas da Europa Oriental. Contudo, a crença na reencarnação fora fundamental e dominante até aquela época, menos de dois séculos atrás. Nas comunidades ortodoxas e chassidim, a crença na reencarnação continua inquebrantável até hoje. A Cabala, literatura mística judaica datada de milhares de anos, está repleta de referências à reencarnação. O rabino Moshe Chaim Luzzatto, um dos mais brilhantes eruditos judeus dos últimos séculos, resumiu o gigul em seu livro The Way of God: "Uma única alma pode ser reencarnada inúmeras vezes em corpos diferentes e, desta maneira, pode reparar o dano causado em encarnações anteriores. De modo similar, pode também atingir a perfeição que não foi alcançada em suas encarnações anteriores."

Quando voltei a pesquisar a história da cristandade, descobri que antigas referências à reencarnação no Novo Testamento foram apagadas no século IV pelo imperador Constantino, quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano. Aparentemente, o imperador sentira que o conceito de reencarnação ameaçava a estabilidade do império. Cidadãos que acreditavam em outra chance de viver poderiam se tornar menos obedientes e submissos à lei do que os que acreditavam num único Juízo Final para todos.

No século VI, o Segundo Concílio de Constantinopla apoiou a lei de Constantino ao fazer oficialmente da reencarnação uma heresia. Tal como Constantino, a Igreja temia que a idéia de vidas anteriores enfraquecesse um tempo maior em busca da salvação. Concordavam que a chibata do Juízo Final era necessária para garantir atitudes o comportamento adequados.

Durante a mesma era cristã primitiva que abria o caminho para o Concílio de Constantinopla, outros padres da Igreja, como Orígenes, Clemente de Alexandria e São Jerônimo, aceitavam e acreditavam na reencarnação. Bem como os gnósticos. Até o século XII, os cátaros cristãos da Itália e sul da França eram severamente punidos por sua crença na reencarnação.

Enquanto refletia sobre essas novas informações, percebi que, além de sua crença na reencarnação, os cátaros, gnósticos e cabalistas tinham outro valor em comum: a convicção de que a experiência pessoal direta, muito mais do que o que vemos e conhecemos com nossas mentes racionais ou do que nos é ensinado por qualquer sistema religioso, é uma fonte superior de sabedoria espiritual. E esta experiência pessoal direta promove de forma poderosa o crescimento espiritual e pessoal. Infelizmente, como as pessoas podem ser severamente punidas por crenças heterodoxas, os grupos aprenderam a mantê-las em segredo. A repressão aos ensinamentos de vidas passadas tem sido mais política que espiritual.

E assim comecei a entender os "porquês". Eu mesmo me preocupava em ser punido por minhas crenças caso as tornasse públicas. E no entanto sei que as pessoas têm direito de acesso às ferramentas do crescimento e da cura, e na minha própria experiência clínica tenho visto que a regressão a vidas passadas pode curar e transformar a vida das pessoas. Sei também que os pacientes se tornam melhores, membros mais úteis da sociedade e de suas famílias, com muito mais a oferecer.

Mas mesmo depois de Muitas Vidas, Muitos Mestres ter sido publicado, continuei aguardando o ataque. Esperava que os médicos me ridicularizassem, que minha reputação ficasse maculada e até mesmo que minha família sofresse. Os medos eram infundados. Embora soubesse de um ou dois colegas desgarrados que andaram resmungando sobre "o pobre Brian não sabe onde está pisando", em vez de perder amigos e colegas, acabei ganhando outros. Também comecei a receber correspondência - cartas maravilhosas - de psiquiatras e psicólogos que tiveram experiências semelhantes, mas que não ousavam torná-las públicas.

Foi uma poderosa lição para mim. Eu assumira o risco de documentar e apresentar minhas experiências ao público e ao mundo profissional e minha recompensa foi o reconhecimento, a confirmação e a aceitação. Além do mais, aprendera que a compreensão nem sempre tem origem na leitura de compêndios. Pode vir também da investigação da própria experiência. A intuição pode levar ao intelecto. Os dois podem conviver, nutrir e inspirar um ao outro. Foi o que aconteceu comigo.

Conto esta história porque suas dúvidas - o cabo-de-guerra entre o conhecimento experimental e o intelectual - podem, em essência, ser semelhantes às minhas. Muito mais pessoas do que você pode imaginar têm experiências e crenças. E muitas se sentem desestimuladas a comunicar suas experiências pelas mesmas razões que você. Outras talvez as expressem, mas em particular. É importante manter a mente aberta, confiar em suas experiências. Não deixe que os dogmas e as crenças solapem sua experiência pessoal e sua percepção da realidade.

Outra preocupação que as pessoas têm acerca de vidas passadas é se é "estranho" acreditar em fenômenos metapsíquicos. Esta preocupação é mais fácil de apaziguar. Tais experiências são universais. Pergunte discretamente a amigos e parentes se algum dia tiveram alguma espécie de sonho premonitório ou outra experiência metapsíquica. Você pode descobrir resultados surpreendentes.

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Como psiquiatra comparo instintivamente o conteúdo das lembranças de vidas passadas dos meus pacientes com o conteúdo distorcido e metafórico do material psicanalítico tradicional dos sonhos. Neste sentido, tenho conseguido fazer minhas próprias descobertas a respeito da natureza da fantasia e da metáfora versus o que é memória real nas lembranças de vidas passadas. Também tenho sido capaz de comparar a experiência de regressão a vidas passadas com o tradicional método freudiano de revelar as memórias da infância.

Em minha prática, descobri que a mistura fluida, vívida, aparentemente multicolorida de experiência real, metáfora e distorção que ocorre na regressão a vidas passadas é muito semelhante à encontrada nos sonhos. Numa sessão de regressão a vidas passadas, meu trabalho consiste em ajudar a separar elementos, interpretá-los e descobrir um significado coerente para este entrelaçamento, tal como numa sessão de psicanálise tradicional, podendo incluir lembranças da infância.

Minha experiência mostra que nos sonhos talvez 70% do conteúdo consistam em símbolo e metáfora, 15% lembrança real e os 15% restantes em distorção ou disfarce. Descobri que na recordação de vidas passadas as proporções costumam ser bastante diferentes. Talvez 80% sejam lembrança real, 10% símbolo e metáfora e os últimos 10% distorção ou disfarce. Por exemplo, se você voltar à infância, você se lembrará do nome da professora, das roupas que usava, do mapa na parede, dos amigos que tinha e do papel de parede verde na sala de aula. Numa investigação posterior, pode ocorrer que o papel de parede fosse na verdade amarelo no jardim de infância, e verde na sala de aula do primeiro ano. Mas isto não elimina a validade do restante de sua lembrança. Da mesma forma, uma lembrança de vidas passadas pode ter a qualidade de um "romance histórico". Ou seja, o núcleo importante da verdade pode ser preenchido com fantasia, elaborações ou distorções, mas a essência será uma lembrança sólida e apurada. O mesmo ocorre com o material dos sonhos e em regressões na vida atual. É tudo proveitoso. A verdade permanece.

Um analista tradicional poderia achar que a lembrança de vidas passadas seria apenas uma fantasia psicológica ou projeção e embelezamento de um aspecto ou trauma da infância.

Minha experiência e a de outros terapeutas que me escreveram sobre seus casos dizem o contrário. Lembranças, impulsos e energias de vidas passadas parecem formar ou criar o padrão da infância nesta existência. É simplesmente outra repetição ou reunião de padrões preexistentes.

Na verdade, este fenômeno de inputs anteriores de vidas passadas aflorando na infância e repetindo-se uma vez mais é muito similar ao conceito de neurose e compulsão repetitiva que Freud formulava por hipótese ( isto é, traumas ocultos no passado resultando nos sintomas presentes e precisando ser descobertos para aliviar esses sintomas ). Minha única discordância com a análise tradicional sobre esta questão específica é que o espaço de tempo para Freud era pequeno e limitado, precisando ser estendido além desta existência para alcançar a raiz de alguns problemas. Quando este espaço é ampliado, costumam ocorrer rápidos e eficazes resultados terapêuticos.

Como terapeuta ou paciente você não precisa acreditar em vidas passadas ou na reencarnação para que a terapia de vidas passadas funcione. A prova está na eficácia. Mais de uma vez ouvi de um colega psicoterapeuta: "Ainda não sei se acredito nessa história de vidas passadas, mas eu a utilizo e realmente funciona!"


A Cura do Corpo pela Cura da Mente

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual da Pensilvânia mostrou que a hipnose pode aumentar a quantidade de determinados leucócitos no sistema sanguíneo. Inúmeros estudos documentam a relação entre a melhora do desempenho atlético e as técnicas de visualização. Muitos pesquisadores e clínicos têm usado a hipnose para eliminar vícios em fumo, comida e até mesmo em álcool e drogas pesadas. As técnicas de meditação também têm sido eficazes em muitos casos.

A terapia de vidas passadas através da hipnose também pode alcançar alguns destes mesmos resultados. Tenho realizado centenas de regressões terapêuticas a vidas passadas desde minhas primeiras experiências com Catherine. Constatei que tanto sintomas físicos quanto psicológicos podem ser rapidamente curados através da terapia de vidas passadas, mesmo sem o uso de remédios.

Continuo incapaz de identificar o mecanismo exato das curas físicas que ocorrem como resultado da terapia, embora levante algumas hipóteses. A cura advém do simples ato de rememorar e revivenciar um trauma inicial, tal como reexaminar um trauma de infância durante a psicoterapia convencional resulta em cura emocional. Talvez o grande agente de cura seja a tomada de consciência de que a alma nunca morre, só o corpo. A cura também pode ocorrer à medida que o paciente compreende os fatores originais que desencadearam a doença. Ou o segredo pode residir numa combinação de todos estes processos, típicos da terapia de vidas passadas.

Embora eu seja apenas capaz de levantar hipóteses a respeito das razões pela quais as lembranças de vidas passadas curam, posso testemunhar os resultados desta evocação. Minha experiência demonstrou que a regressão a vidas passadas sob hipnose pode ser parte importante do tratamento, da melhora e até mesmo da cura de certos sintomas e doenças crônicos, especialmente os ligados ao funcionamento do sistema imunológico e os que possuem um componente psicossomático.

A terapia de vidas passadas é particularmente eficaz no tratamento de dores músculo-esqueletal, das dores de cabeça resistentes à medicação, de alergias, asma e dos problemas causados pelo estresse ou relacionados ao sistema imunológico, como gastrite e úlcera. Em alguns casos, parece melhorar lesões ou tumores cancerígenos. Muitos pacientes meus têm conseguido suspender a medicação contra a dor depois de fazerem a terapia de vidas passadas. Ela também resolve problemas emocionais na medida que revela a relação desses problemas com condições físicas originadas em uma vida anterior.

A pesquisa médica neste campo está só começando. Contudo, posso afirmar que a terapia de vidas passadas deve ser seriamente considerada como um poderoso e eficaz acréscimo ao rol de terapias holísticas eficazes, ou seja, de terapias que têm por objetivo não só aliviar um sintoma ou um problema, mas curar a pessoa como um todo, corpo e mente.
É menos importante saber onde está o segredo do que constatar os resultados e benefícios. Eles podem ser surpreendentes.

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Nem sempre o processo de cura durante sessões de regressão é tão abrangente. Às vezes é uma simples questão de descobrir a origem física, numa vida passada, de uma dor física atual. Quando não há necessidade de explorar aspectos emocionais como fonte do problema físico atual, isto não será feito durante a terapia de vidas passadas. A cura pode ser simples e direta. Dores de cabeça crônicas são um dos vários problemas que reagem particularmente bem à terapia de vidas passadas.


Curando Relacionamentos Conflitivos

É por meio dos relacionamentos que aprendemos a expressar e receber amor, perdoar, ajudar e servir.

Das experiências que alguns de meus pacientes têm no estado de "entrevida", passei a acreditar que é antes do nascimento que escolhemos a família de cada existência. Escolhemos viver os padrões de comportamento que melhor propiciarão nosso crescimento, com as almas que reproduzirão as situações de aprendizagem. Com muita freqüência, são almas que conhecemos e com quem interagimos de muitas maneiras em outra existências.

As pessoas sempre me perguntam se irão se reunir com os entes queridos em outra vida. Continuo achando, e muitos outros pesquisadores concordam, que retornamos em grupos vária vezes. Reencarnamos com as mesmas pessoas. O grupo pode se tornar muito amplo, à medida que o número de existências aumenta, mas o grupo básico permanece pequeno e razoalvelmente constante. Os relacionamentos dentro do grupo básico podem mudar. Por exemplo, um relacionamento mãe-filho em uma existência pode reaparecer como um parentesco mais distante em outra, mas os espíritos ou almas são os mesmos. Com experiências de regressão, o reconhecimento dos relacionamentos anteriores pode ser trazido à consciência.

O reconhecimento subconsciente de uma pessoa com a qual tivemos uma ligação em vida passada às vezes se manifesta por atração ou repulsa imediatas e pela repetição do antigo padrão de comportamento da vida passada. O comportamento pode parecer fora de contexto ou fora de equilíbrio nas circunstâncias da vida presente. Isto ocorre com mais freqüência em famílias ou em casais onde os relacionamentos são mais próximos e os elos mais poderosos. Mas o reconhecimento de vidas passadas e a repetição de antigos padrões de comportamento podem também ocorrer em muitos outros relacionamentos, tais como de patrão-empregado, vizinhos, professor-aluno e mesmo no nível de líderes mundiais atacando-se mutuamente.

Partilhar muitas existências, alegrias, tristezas, realizações e desesperança, raiva e encantamento e, acima de tudo, crescimento infinito com outra alma é o que realmente significa ter uma alma gêmea. Uma alma gêmea é com freqüência alguém com quem nos encontramos e sentimos uma ligação instantânea, como se já conhecêssemos essa pessoa há muito tempo. De fato, provavelmente conhecemos mesmo. Não precisamos estar envolvidos romanticamente com uma pessoa para sentir a satisfação e plenitude da ligação com uma alma gêmea.

Nem temos apenas uma única alma gêmea. A idéia defendida no ocidente, propagada pelo filósofo Platão, de que cada um de nós tem somente uma outra metade perfeita que pode "completar" nossa própria alma incompleta é apenas parcialmente verdadeira. O fato de várias pessoas parecerem nos completar - partilhando e contribuindo para nosso crescimento, intimidade e alegria - , nos faz crer que temos um grupo de várias almas gêmeas. Pode ser um grupo pequeno que cresce à medida que acumulamos experiências profundas com diversas almas em muitas existências, mas a sensação de se ter conhecido uma pessoa antes ou partilhado sentimentos intensos e insights certamente não fica limitada a uma só pessoa. Podemos até nos relacionar com mais de uma alma gêmea ao mesmo tempo. Nosso parceiro romântico pode completar nossa alma de uma maneira, tal como podem, de outras maneiras, um amigo fiel, um pai ou um filho.

À medida que crescemos interagindo com nossas almas gêmeas, subimos a escada das existências. Transcendemos velhos padrões, chegamos a vivenciar plenamente o amor e a alegria e perdemos os últimos vestígios de raiva e medo. Por fim, chegamos ao ponto em que podemos fazer uma escolha: renascer para ajudar os outros diretamente, ou permanecer na forma espiritual e ajudar o próximo de um outro nível. A reencarnação não é mais necessária para o crescimento emocional. Podemos passar da trilha do crescimento emocional para a trilha do crescimento através do servir.

Reunir-se a uma alma gêmea após uma separação longa e involuntária é uma experiência pela qual vale a pena esperar - mesmo que seja uma espera de séculos.


A Cura dos Mecanismos de Defesa Nocivos

Os viciados em drogas também costumam estar profundamente conscientes da "eternidade" do seu problema. Às vezes a tendência ao vício já vem de existências anteriores. Ou talvez os problemas que uma pessoa espera poder mascarar pelo uso de álcool ou drogas tenham sido transportados de outra existência, dando a sensação de atemporalidade e eternidade.

Em ambos os casos, pacientes que enfrentam o desafio da recuperação costumam ter uma necessidade subjacente em comum com o obeso, que é a necessidade de defesa e proteção.

Como o excesso de peso, as drogas e o álcool parecem colocar uma camada entre a pessoa e seus sentimentos, medos e mágoas infligidos por outros. As drogas podem também impedir que um viciado assuma responsabilidades, pois as pessoas sempre podem culpar as drogas ou o álcool por seus problemas. É fácil usar o vício como desculpa pelos fracassos, desapontamentos ou erros, em vez de aceitá-los de modo realista e usá-los como oportunidade de crescimento.

Em contraste com a obesidade, a motivação para o consumo abusivo de drogas envolve um elemento de fuga e abstenção. Este abuso oferece um método de supressão de lembranças ou sentimentos.

Neste sentido, o embotamento da consciência com drogas e álcool pode ser uma forma de suicídio lento. Como o suicídio, o consumo abusivo de drogas é um meio de evitar ou fugir de questões intoleráveis. Viciados que se submetem à terapia de regressão a vidas passadas às vezes descobrem que cometeram suicídio em outras vidas e que as questões de que queriam escapar anteriormente ressurgem como uma espécie de vingança. Desta vez, a necessidade de fuga transformou-se no lento suicídio e escapismo do vício.

Em alguns casos, as oportunidades de crescimentos numa existência passada foram desperdiçadas quando questões dolorosas não puderam ser enfrentadas. Talvez, numa existência anterior, aspectos importantes tenham sido encobertos pelo véu de estados alterados induzidos pelo álcool ou pelas drogas. Embora as questões de agora possam ser diferentes, a tentação de usar a mesma válvula de escape para evitar a dor pode se reproduzir.

De qualquer forma, a única maneira de se livrar tanto da questão central quanto da armadilha do consumo de drogas é enfrentar ambas de frente e resolvê-las de maneira espiritual e realista.


Enriquecendo sua Vida

A regressão a vidas passadas às vezes proporciona grande alegria a famílias onde existem crianças adotadas ao mostrar-lhes que, embora não haja nenhum vínculo biológico e o sangue possa falar mais alto, o espírito prevalece sobre o sangue. Tenho feito regressões que indicam que os vínculos entre filhos adotados e seus pais adotivos podem ser mais fortes do que os laços entre estes filhos e seus pais biológicos. Quando vários membros destas famílias onde há adoção são regredidos, costumam reconhecer uns aos outros em existências anteriores.

A prática tem mostrado que se um relacionamento entre pai e filho está destinado a ocorrer, e o caminho físico está bloqueado, outro canal é descoberto. Relacionamentos entre pais e filhos nunca são aleatórios.

...Trechos do livro A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas, de Brien L. Weiss

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